He Could Be The One. escrita por Alien


Capítulo 6
Talento (não) descoberto & Novas Esperanças.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente postei. Desculpem pela a demora.



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 O dia hoje seria intenso. A primeira aula de música do bimestre, estava deixando borboletas no meu estômago.

Avistei Leslie ao longe, conversando com um grupo de meninas que eu não conhecia. Não me dei o trabalho de ir até lá e cumprimentá-las, até porque meu dia estava tão péssimo quanto a cara de minha melhor amiga ao me ver.

 Entrei na sala onde aconteceria a aula de Biologia. Minha matéria favorita. O professor não era tão bonito quanto Paul, mas não deixava de ter lá o seu charme.

 

- Bom dia, pessoal. Abram seus cadernos, tenho um texto de 3 páginas sobre Anatomia e Fisiologia e gostaria de passá-lo todo ainda esta aula.

 

Parecíamos andorinhas malucas tentando terminar o mais rápido possível aquele texto enorme. Caramba, não sei como ele não cansou de escrever aquilo tudo na lousa.

 O intervalo soou, e corri para o lugar mais tranquilo do pátio, treinar minha voz.

 Comecei cantando uma canção bem simples. Nunca ninguém me disse nada sobre minha voz ser boa ou não, mas eu gostava de cantar, e optei por estudar música nas aulas livres por isso.

 

 

So hum hallelujah

(Então murmure “Alleluia”) 

Just off the key of reason

(Apenas saí da chave da razão)

I thought I loved you

(Eu achei que te amava)

It was just how you looked in the light

 (Mas isto era apenas como você ficava na luz)

 

 Estava lá, entusiasmada com minha canção, quando abro meus olhos e sinto meu estômago revirar.

Tá, ninguém nunca me viu cantando, por isso não sabia se cantava bem ou não.

Mas poxa, justo ele?! Nick estava parado perto de mim com uma expressão que eu reconhecia totalmente como “olha a anormal aí”. Só que dessa vez ele parecia mais sereno, e até emocionado.

Sorri envergonhada. Por incrível que pareça, ele também sorriu, mas percebi que lágrimas haviam brotado em seus olhos, e aquilo me deixou meio sem graça e confusa.

 

- Porque não me contou que cantava antes? – Nick sentou do meu lado, limpando com as costas das mãos as lágrimas que insistiam em sair de seus olhos.

 

- Eu não sabia se era realmente boa nisso. Por isso optei por música – entreguei-lhe um lenço de papel delicadamente dobrado.

 

 Nick enxugou o rosto, mas não tirava seus olhos lindos de mim. Senti um calafrio me subir o corpo, e decidi dar o fora daquele lugar, antes que desmaiasse de tão emocionada e envergonhada.

 

- Nick, preciso ir.

 

- Não! Por favor, cante pra mim mais uma vez? – Como eu diria que não para uma criatura tão perfeita como aquela? Só não sabia o que cantar, especificamente.

 

- S-sim, o que você quer que eu cante?

 

 Ele franziu as sombrancelhas e apertou os dedos contra o queixo, parecendo um Deus grego refletindo sobre algo muito complicado de se entender.

 

- Você poderia cantar Innocence do Corey Crowder? Ficaria perfeito na sua voz!

 

Me exaltei. Claro, eu conhecia o cantor, que por sinal, era muito bom. Uma das minhas inspirações mais perfeitas. Sorri para Nick e respirei fundo, rezando para que Deus não me deixasse desafinar justo naquela hora.

 

I am a man of the world

(Eu sou um homem do mundo)

Tempting my fate just to be with you, girl

(Fitando meu destino apenas para estar com você, garota)

Wishing for gold and sand

(Desejando por ouro e areia)

I won’t stop ‘till it’s in the Palm of my hand

(Eu não pararei até que isto esteja na palma da minha mão)

 

 - Sabe, depois eu posso falar com você? Eu sei que você não tem muito tempo para conversas, mas preciso muito falar com você.

 

 E o que eu mais temia aconteceu. Meus joelhos começaram a tremer, e eu sequer consegui me levantar. Tentei sorrir um pouco para Nick, querendo descontrair o máximo aquele clima de constrangimento/emoção.

 

- Claro, eu falo com você depois.

 

 O sinal de término do intervalo soou, e eu me apressei em chegar adiantada à aula de música, tentando não fitar muito o olhar de Nick ao sair. Ele me fazia ficar diferente, meio abobada.

 

 Não consegui prestar atenção suficiente nas aulas, pensando no que Nick havia dito com relação à minha voz.

Será que ele tinha razão? Pensava enquanto arrumava meus livros e partituras dentro da mochila e seguia em direção à porta de saída.

 Peguei meu ônibus, e quando cheguei em casa corri para o meu quarto, treinar algumas canções. Aquilo por incrível que pareça, havia me deixado entusiasmada com a ideia de poder cantar e, em um futuro próximo, construir uma carreira em cima disso.

 Liguei meu teclado e comecei cantando algumas canções fáceis, quando meu telefone toca.

 Chequei o identificador, e meus nervos se agitaram. Respirei fundo e atendi.

 

- Nick?

 

- Miley! Porquê você não me esperou na saída da escola? Você sabia que queria falar com você…

 

- Ahn, eu esqueci totalmente. Me desculpe. Então, você quer vir aqui em casa? Estou livre de tarefas escolares por hoje, podemos conversar o tempo que for.

 Ok! Isso soou um tanto “Pode vir, eu tenho todo tempo do mundo para você, honey” e minhas bochechas instantaneamente coraram.

 Notei que ele respirou fundo antes de responder, como se estivesse fazendo algum tipo de esforço.

 

- Claro! À que horas?

 

 Olhei meu relógio. Ainda era cedo, e meus pais só iriam voltar ao entardecer.

 

- Daqui à meia hora? É o tempo que nós almoçamos, sim?

 

- Sim, até breve, Miley.

 

 Nick pronunciou meu nome como se fosse o nome de um objeto precioso.

Naquele instante, senti que as coisas poderiam melhorar, e uma incrível auto-confiança invadiu meu espírito, dizendo “Não seja tola! Ele gosta de você, está na cara! Nem mesmo Leslie atende aos requisitos que ele admira em uma garota como você!” Senti meu estômago revirar.

Não queria pensar daquele jeito. Leslie era e é, minha melhor amiga. Tudo bem que não nos falamos mais tão bem, mas o que é que há! Que tipo de amizade não passa por conflitos? Ainda mais, quando se trata de duas pessoas totalmente parecidas, até nos gostos sentimentais (Se é que você me entende).


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Notas finais do capítulo

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