Aqui estamos outra vez. Sam, Mary e eu viajando pelas estradas norte – americanas no meu Impala 67, ouvindo o bom rock clássico até chegarmos ao local da próxima caçada. Tudo parecia como antes, mas não era. Havia certa tensão no ar desde que formamos nosso grupinho anti – apocalipse.

 Desde que concordamos em impedir essa luta, nos dividimos em dois grupos. Castiel e Leonel saíram à procura de Deus, dizendo que ele poderia derrotar Lúcifer. Não tenho ideia de onde vão procurá-lo, mas no fundo espero que tenham sorte.

 Coube a nos três atender um pedido do Bobby e tentar nos manter vivos, a parte mais difícil na minha opinião. Bobby soube de uma cidade que está sendo atacada por demônios.

 Finalmente chegamos ao nosso destino e enquanto eu estava cansado por dirigir por horas, os outros dois estavam super relaxados depois de tanto dormir.

- Já chegamos? – perguntou Sam quando desliguei o motor. Antes que eu respondesse, Mary se levantou no banco de trás.

 - Que cheiro é esse? – ela perguntou com os olhos cerrados como fendas, o que não era bom sinal.

 - Não sinto nada, mas deve ser algum lanche que o Dean esqueceu debaixo do banco – respondeu Sammy que fez cara de inocente quando olhei torto pra ele. Mary bufou e saiu do carro. Nos a seguimos sem entender.

 - O cheiro não está no carro. Está na cidade – ela explicou – Parece... Carne podre.

- Não sei quanto ao cheiro, mas não deveria ter pessoas nas ruas – disse. Olhamos para todos os lados e não vimos ninguém.

-Temos que nos separar – ele sugeriu.

 - Ótimo. Lá se vai a minha soneca – reclamei.

- Pense que é por uma boa causa – disse Mary antes de me beijar. Pegamos nossas armas e nos separamos pelo centro. Tudo estava quieto demais.

Rodei por cerca de duas horas e não encontrei nada. Encontrei o meu irmão e ele também não teve muita sorte. Perguntava-me onde estaria a Mary quando ouvimos um tiro. Corremos na direção do barulho e a encontramos em frente ao cadáver de um garoto, com a arma na mão e tremendo.

- O que aconteceu com você? – perguntei ao abraçá-la.

- Ele apareceu do nada querendo me matar. Tentei acalmá-lo, mas não adiantou. Sei que não estava possuído, mas eu nunca vi um rosto daquele jeito – não me lembro de ter visto nada demais no rosto do garoto. Como ela falava rápido posso ter entendido errado.

- Pessoal – falou o Sam – acho que encontramos os moradores.

- Ou melhor, eles nos encontraram – corrigi.

 Estavamos cercados por mais de 30 pessoas. Nossa munição não seria suficiente para dar conta de todos. Aqueles rostos. Só me lembro de ter visto algo parecido com aquilo em um lugar. No inferno.