As Loucas Confissões de Jessica Summer escrita por Miss D


Capítulo 16
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Leiam. Eu não consigo dizer nada.



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Parece que terminar este relato das minhas loucas aventuras não será tão difícil quanto quando eu comecei. E eu só tenho a dizer que...

1. Eu continuo não sendo louca (mentira descarada, e agora você viram que eu estava falando sério).

2. Tudo bem, talvez a minha vida não seja assim tão normal. (Não. Mas não é MESMO).

3. Minha doença de comer compulsivamente só piorou. Esses traumas psicológicos não ajudam!

4. Essa vozinha irritante na minha cabeça, que deveria ser a minha consciência – tipo, a parte de mim que é sábia – ainda me atormenta. E, não, eu não sou esquizofrênica.

5. Continuo não gostando de nada das coisas que eu citei antes. Inclusive loiras. Não é minha culpa, vocês viram, elas têm implicância comigo.



Você quer saber o que aconteceu depois que a gente saiu do hospital? (além do fato óbvio de que a mãe dela quase rancou seu couro com a cinta...). Céus, você não precisava ter contado essa parte.

Enfim.

Parece que agora eu vou ficar de castigo pelo resto da eternidade. Graças a Deus que a menininha não morreu, senão eu não sei o que teria acontecido comigo.

Júlia não para de se gabar por se achar a mais normal, linda e responsável das irmãs.

É claro que ela é. Ela não tem a minha sorte. Porque se ela tivesse, teria ido parar em uma casa igualmente infestada de crianças problemáticas e atentadas, só esperando para botar fogo em você.

Só que eu não vou reclamar. Reclamar só piora. Aprendi isso da forma mais dura – como por exemplo quando eu fui tentar discutir com a minha mãe sobre a injustiça do castigo, que inclui dois meses sem televisão, jogos, celular e sair de casa.

O que a minha mãe parece ignorar é que:

a) Eu nem assisto televisão direito.

b) Sou uma negação para qualquer jogo. Desde virtuais a não virtuais.

c) Celular? Como se eu falasse com alguém (como se você tivesse créditos, também. Seus pais nem colocam, não faz sentido eles tirarem um celular sem nenhuma utilidade real).

d) Estarei privada de visitar o monte de
amigas que eu não tenho, e ir às milhares de festas para as quais eu não sou convidada.



Quero dizer, castigos não funcionam exatamente comigo. Sou uma pessoa sedentária e monótona, excluída da sociedade (e dramátrica também, não é?! Vou falar!).

E minhas resoluções pessoais não concretizadas me irritam um pouco. Porque eu não inventei a máquina do tempo (portanto, não pude acabar com a vida de nenhum daqueles seres que só pioram a minha). Não emagreci. Não virei uma menina normal.



Pessoas que quero matar quando inventar a máquina do tempo:

– O cara que inventou o jogo de Queimada.

– Pitágoras

– Aristóteles

– Platão

– Báskara (dispensa explicações)

– Thales (o do teorema, ela quer dizer)

– Todos esses matemáticos, físicos e químicos loucos varridos que só prejudicam as minhas notas.

– O inventor dos abdominais.

– O idiota que inventou a lição-de-casa (lembrar de torturá-lo, também).

Pessoas que quero matar neste exato momento:

– Minha mãe

– A Marta

– Os filhos da Leda. TODOS eles.

– A Leda

– O marido da Leda

– A Júlia

– Todas as artistas bonitas e perfeitas da face da terra.

É, parece que isso não tem funcionado exatamente para mim. No entanto, tudo bem.

Este é o fim da minha história. Ou pelo menos desta parte que estou contando – toda essa loucura e esses micos que me acompanham por onde quer que eu vá. Sei que a minha vida não acaba aqui, e que ainda vou rir de todas essas desástrofes que acontecem nela. Porque eu sou só uma pré-adolescente, e isso não pode durar para sempre.

Ou será que pode?!

Ai, meu Deus. Diga que não.


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Notas finais do capítulo

N/A: É, gente. Parece que agora é realmente o fim. Quero agradecer a todas as pessoas que leram, indicaram e compartilharam das loucuras da Jess (que, de muitas formas, são minhas também).
NÃO VOU CHORAR (mentira!)
Shiu. Não me delate.
BeijoS e até a próxima,
Miss Doll ;*