Yonnin escrita por Yonnin
Acordei “elétrico” como o de costume. O Sol ainda estava nascendo, os pássaros anunciavam um novo dia sobre as cerejeiras. Hoje seria um dia importante. Talvez o mais importante que eu tenha vivenciado.
Kage-senpai ainda estava dormindo. Hoje não seria necessário esperá-lo. Fui rapidamente me arrumar. Fui até o armário. Lá estava a minha nova roupa. Um kimono preto com uma espécie de capa branca com o número “14” escrito nas costas. Era bem mais confortável do que a roupa de shinobi que eu usava normalmente.
Antes de sair para realizar o meu objetivo fui até um dos armários do esquadrão. Cada prateleira estava repleta de pergaminhos. A maioria deles, ainda vazios, esperando algum selamento que fosse usá-los. Alguns deles, entretanto, já estavam com algumas técnicas seladas. Sem pensar peguei todos, pus na minha mochila e saí.
Mesmo durante as primeiras horas da manhã a Soul Society parecia nunca parar. Era possível ver shinigamis atravessando as ruas em busca de seus esquadrões.
– Ainda está indo, Yonnin-taichou? – A voz me era conhecida.
– Ah, é você, Kurotsuchi-taichou. Vou resolver algumas pendências fora daqui...
– Cuidado com o que vai aprontar. – ele apontou para mim – O velho Yamamoto ainda é muito conservador em relação a algumas coisas... Cuidado...
– Tudo bem... Pode deixar que eu sei me cuidar direito...
Parte 1 – A lista
Tirei do meu bolso um pequeno pedaço de papel. Eu o havia guardado há tempos. Seria ele que guiaria meus passos a partir daqui. Nele havia os nomes dos escolhidos para entrarem no meu esquadrão. Não que eu desconfiasse de algum shinigami em especial. Mas eu preferi escolher a dedo aqueles que me ajudariam a encarar aquela nova realidade.
Entrei no portal da verdade usando o Ryuugan. Era o método mais rápido de se chegar a eles. Em poucos minutos cheguei ao primeiro local da minha viagem: a minha escola.
Não foi difícil enganar os funcionários para me fazer passar por um novo professor de história. Fui logo para a sala. Não sei bem qual seria a reação de meus colegas ao me ver. Eu havia sumido por vários dias, algo realmente incomum de acontecer comigo. Logo quando cheguei em frente a porta pude ouvir a reclamação de um deles.
– Aula de história agora? Com aquele professor desgraçado? – Esta era Brenda, uma das únicas pessoas da escola com que o antigo professor de história implicava. Uma menina um pouco alta, cabelos super-lisos bicolores, um piercing no nariz e sempre com o fone de ouvido naquele horário, a única maneira dela não ouvir a voz do professor na aula de história.
Abri a porta e entrei na sala.
– Bom dia pessoal! Lembram-se de mim? – Foi engraçado ver a cara de surpresa de cada um deles.
– Ju! Onde você estava? – Mariana foi a primeira a sair correndo da cadeira pra falar comigo. Era mais alta que Brenda, com o cabelo liso e negro como a noite parando nos seus ombros. – Nós pensamos que você tinha saído da escola!
– Hehe... Tinha saído por uns dias. Precisava resolver algumas pendências num lugar bem longe daqui.
– Jenor! Vem cá! – Aquela era Nicole, a única lá da escola que podia me chamar assim. Se fosse necessário descrevê-la imagine a menina mais bonita que você já viu, mais bonita até que a própria Afrodite. Não estaria nem aos pés dela. Ela me deu um forte abraço e começou com seu “interrogatório básico”. – Nós estávamos com saudades! Nunca mais suma desse jeito, ouviu bem?
– Tudo bem. Prometo.
Era bom estar de novo entre meus amigos.
– Oi. – Agora quem veio falar comigo foi Guilherme. O melhor amigo que eu consegui ter nesta escola. Uma das poucas pessoas em quem eu confio de verdade. Ele era um menino “seco” de cabelo liso e um brinco na orelha. – Nunca mais suma das nossas vistas viu? – Ele geralmente falava imitando uma voz de humorista. Era o que animava o povo nos dias mais tristes do ano.
– JUNOT! – Natália era a menina mais doida da sala. Era uma menina bem “seca” de longos cabelos lisos e uns óculos no rosto. – Oi!
– Tomou seu “gardenal” hoje? – Eu achava que ela realmente precisava.
– Eu não sou maluca pra ficar tomando remédio pra cabeça. – Disse ela com seu sorriso de maluca.
Depois de falar com eles fui falar com o resto do pessoal. As Thaianes, Rodolfo, Pedro, Vinícius, Carlos, e mais um monte de gente.
– Pessoal, preciso contar algo de extrema importância para vocês.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
PS: Taichou significa capitão.