Acordei com um humor maravilhoso! Estava feliz, possivelmente namorando, Dylan não me pretubava mais e minha mãe estava ficando mais tranquila quanto as minhas saidas, ou onde eu estava, até por que se não tava em casa, tava no Sandro.

Eu e o Sandro estamos felizes, conversamos e saimos quase todo final de semana, não brigamos mais e confiamos cada vez mais um no outro.

Quem eu não tenho visto muito é o pirralho, estou com saudades dele, das suas implicancias e das nossas discusões com deboche, era até legal brigar com ele, hehe!

Quer saber vou visitá-lo hoje..

Tomei um banho, me arrumei e avisei minha mãe que ia na minha tia.

Andei um pouco, não era tãão longe assim. Chegando lá toquei a campanhia, e quem atendeu? O pirralho, com um sorriso dislumbrante no rosto ao me ver!

- Juuuu! - gritou vindo atender e me abraçando.

- Eeeeu! - falei, enquanto ele me pegava em seus braços e me rodava. - Como você está?

- Tô ótimo, e você?

- Também. - sorri quando me soltou.

- Vem, minha mãe tá lá dentro, vai gostar de te ver.

- Ok.

Entramos e quando minha tia me viu soltou um grito de felicidade que eu pulei de susto.

- Ju, que ótimo te ver! Você está cada vez mais linda! - falou, me abraçando.

- Também acho - falou Bê.

Sorri, corando um cadin, ele ainda conseguia me deixar vermelha.

- Venha, estou fazendo um bolo delicioso de chocolate.

- É, chegou bem na hora pra comer meu bolo! - falou o Bê, que saudade desse implicância.

- Vai te catar pirralho.

- Saudade de ouvir esse seu pirralho - Sussurrou em meu ouvido, passando por mim.

Sentamos na mesa e comemos o bolo de chocolate, conversamos sobre muita coisa, como estou no colégio principalmente. Soube que o pirralho está saindo com aquela garota que ele conheceu na praia. Lembra? A tal de Ana? Poisé. Senti uma pontada de cuimes, mas logo resolvi de esquecer, eu estava com o Sandro e ele tinha o direito de sair com quem quisesse.

- Então, como anda o coraçãozinho? Sua mãe falou que está saindo com um rapaz, qual o nome dele? - perguntou minha tia, me deixando chocada como minha mãe é fofoqueira.

- Beem, éééé... - droga! - O nome dele é Sandro, ele estuda no mesmo colégio que eu!

- Mas isso é tão fofo! - minha tia sempre tinha um comentário brega pra fazer

Falei mais um pouco sobre o Sandro pra minha tia que a cada suspiro meu ela ria e falava 'Que fofo'. Bernardo ficou quieto a conversa toda, não soltou nem uma de suas piadinhas maldosas. Oque achei beeem estranho.

Sai da casa da minha tia um pouco mais tarde do que esperava, eu ainda pretendia passar no Sandro.

Já tava chegando na esquina quando ouço gritarem meu nome.

Olhei para trás parando, notando que era o Bê

- Juuu, espera - falou chegando onde eu estava - Vou te levar em casa, tá escurecendo.

- Ah Bê, eu .. - olhei para ele e vi que sua expressão estava triste, não queria vê-lo assim. - Tudo bem, vamos. - segurei sua mão e caminhei ao seu lado.

- Você então, está namorando?

- Não exatamente.

- Mas estão juntos, né? - olhei para ele que olhava para baixo e as vezes para nossas mãos

- Sim, estamos.

- Está feliz?

- Sim

- Você o ama?

- Sim. - respondi e ele parou de andar, me fazendo olhar para ele.

- Me desculpe Ju. - olhei pra ele confusa

- Pelo que?

- Por demonstrar meus sentimentos na hora errada.

- Não Bê, você não precisa me pedir desculpas. Eu quis.

- Mas não quer mais. - falou, soltando minha mão e olhando para baixo.

- Não. Desculpe.

- Tudo bem Ju, eu entendo.

- Eu amo você.

- Ju não fala isso, não piora as coisas.

- Desculpa. Mas é verdade.

- Mas não é do mesmo jeito que eu te amo.

- Não. - eu não conseguia mentir para ele.

- Entendo.

- Bê, eu o amo como primo, o que aconteceu entre nós foi bom, eu gostei, eu quis e deixei que acontecesse e peço desculpas por isso. Não queria te magoar, eu... - Parei de falar, não sabia o que falar. Me diz: oq eu falar nessas horas? - Desculpa ter deixado chegar a isso.

- Olha Ju, sei que você o ama, e que quer ficar com ele. Também sei que entre a gente não poderia rolar nada, sei disso, eu entendo. Não se preocupe. - sorriu, pegando minha mão e voltando a andar. - Nosso amor é diferente.

Não falei mais nada depois daquela frase 'Nosso amor é diferente', ele estava certo, nosso amor é mesmo diferente. Mais um diferente mágico.