Acordei e me espreguicei, procurei Sandro ao meu lado mas não o encontrei. Sentei o procurando pelo quarto, não estava lá.

Estava prestes a chamá-lo quando a porta do quarto se abre e ele entra com uma bandeja nas mãos. Sorriu ao me ver acordada.

- Que bom que já acordou, trouxe o café da manhã - Falou colcando a bandeja na cama e sentando ao meu lado.

- Está perfeita! - exclamei, sentindo seus lábios nos meus.

- Com fome? - perguntou, sorrindo e pegando um pedaço de maçã e me oferecendo.

- Muita! - peguei a maçã e a comi. - Tudo bem?

- Claro! Você está aqui não é? - sorriu ao me ver corar.

- Seu pai não chegou?

- Está no quarto dele. - falou enquanto pegava um pedaço de pão.

- E você está calmo por que? - perguntei, procurando minhas roupas. - E se ele acordar e me ver aqui?!

- Ei calma amor..Ele não vai falar nada.

- Como não? É normal ele acordar e ter uma mulher tomando café com o filho dele? - perguntei o encarando.

- Bem... - não deixei ele terminar, levantei da cama e fui pegando minhas roupas - Perai Ju, você não entendeu - foi falando, pegando em meu braço e me puxando para cama.

- Me solta Sandro! Não acredito no que você fa.. - mal terminei de falar e senti seus lábios nos meus. Até esqueci o que ia falar. É parece que ele tem esse efeito em mim.

- As mulheres que eu ia falar não sou eu que trago, é ele... Cada noite é uma, então ele não vai ligar de encontrar uma que eu trouxe não é?

- Uma mulher que você trouxe? Esse mulher tem nome, tá?! - tentei me levantar mas ele não deixou

- Ju, quietinha. Você tá distorcendo as coisas, eu nunca trouxe ninguém aqui. Você é a primeira, então ele não vai se importar, para de drama amor. E quer saber de uma coisa?

- O que? - perguntei fazendo uma careta

- Você é a única que eu traria pra cá, eu te amo sua boba. É única pra mim.

Olhei pra ele procurando uma mentirinha, mas nem achei. Sorri e ele retribuiu o sorriso, me beijando em seguida.

- Vamos terminar de tomar café? - perguntou olhando pra bandeja.

- Tudo bem.

Comemos na cama, as vezes nos beijando ou conversando.

Terminamos de comer e ele pôs a bandeja no chão. Vindo pra cima de mim, começou a me beijar.

Transamos de novo. Com mais amor, desejo, luxúria.

Eu estava feliz, enbasbacada pela sorte que tive de conhecê-lo, apaixonada. Amando e sendo amada. Não queria nada além dele e de seu amor.

Ouvimos passos do lado de fora do quarto e constatamos que seu pai havia acordado, nos vestimos e saimos para falar com ele. Eu também tinha que ir pra casa, nem falei com a minha mãe desde ontem, ela deve tá preocupada e com certeza vai me matar, não antes de aumentar meu castigo que pelo visto eu não cumpria.

- Oi pai, bom dia. - falou Sandro pro pai.

- Bom dia filho. - Virou-se e se espantou ao me ver - opa, quem é essa? - veio até mim e me cumprimentou com um sorriso.

- Bom dia senhor, sou a Juliana, muito prazer em conhecê-lo. - falei, o cumprimentando também.

- Ela dormiu aqui? - perguntou ao Sandro. Seu nome era Jordan e não tinha aparencia de velho. Dava uns 46 anos pra ele. Tinha cabelos grisalhos na lateral da cabeça, seus cabelos estavam bagunçados, típico de quem acabou de acordar, tinha olhos claros como Sandro. Era um jovem-senhor, era bonito afinal.

- Dormiu. - respondeu Sandro, me olhando e de volta para ele. - Algum problema?

- Não, que isso. Por mim tudo bem, também trago mulheres pra cá, certo? - passou pela gente indo pra cozinha, deu um tapinha no ombro de Sandro e sorriu pra mim.

- Viu? Ele não é tão ruim assim. - Falou Sandro, sorrindo e dando de ombros.

- Me pareceu ser legal mesmo - Sério, eu gostei do pai dele, simpatico e me pareceu ser gente boa. - Sandro, eu preciso ir pra casa, minha mãe deve tá me xingando agora por não ter avisado que tava aqui.

- Claro, vamos, eu te levo.

Saimos de seu apartamento e fomos para minha casa, conversamos o caminho todo sobre seu pai e as mulheres que ele levava pra casa. Prostitutas? Acho que sim. Sei lá neé?

Chegamos em minha casa e nos despedimos rapido, combinamos de sair mais tarde. Se minha mãe não me matasse.

Abri a porta de casa e me aparece minha mãe berrando comigo.

- CARALHO JULIANA, ONDE VOCÊ ESTAVA? EU JÁ FALEI PRA VOCÊ ME AVISAR ONDE ESTÁ, PORRA, VOCÊ NÃO TEM JUIZO MESMO, ESTÁ DECASTIGO PRO RESTO DA VIDA!- berrava minha mãe quase arrancando os cabelos. Eu fiquei parada esperando que ela acabasse com o drama.

- Acabou?

- Ainda me vem com esse tom de deboche?! É isso mesmo? - falou, quase me atacando.

- Mãe, relaxa... antes que você infarte deixa eu te explicar. Senta aqui - falei, a puxando para o sofá.

- Nada de mentiras.

- Não vou mentir.

- Fala.

- Lembra quando você me disse que gostava do Sandro, que eu devia dar uma chance pra ele, e que ele sim era o cara certo que gostava de mim de verdade? - fui pergutando e notei sua expressão ir da raiva ao.... alivio?

- Le-lembro. Por que?

- Então, eu estava com ele.

- Vo-vo-você... estava com o... Sandro? - perguntou sem acredidar.

- Estava, passei a noite com ele.

- Vocês...transaram? - como se não fosse óbvio!

- Sim.

- Meu deus...

- Mãe? Você sabe que não sou mais virgem.

- Sim, eu sei. Vocês se protegeram?

- Claro mãe!

- Não sei, do jeito que você é, foguenta e afobada, vai que esqueceu...

- Mããe... cadê a sua confiança em mim?!

- Foi pra cucuia! - falou, rindo

- Obrigada ein - falei, rindo com ela.

- Como foi?

- Foi.. perfeito! - falei, fazendo uma cara de boba apaixonada

- Está apaixonada.

- Percebeu isso agora?

- Não, há um bom tempo, mas você não quis acreditar em mim, como sempre

- Para de drama.

- Ok, parei. E agora, como vocês estão?

- Estamos bem, acho que estamos juntos.

- Estou feliz por você minha querida. Ele é um ótimo rapaz.

- Eu sei mãe

Levantei do sofá e já ia subindo pro meu quarto quando minha mãe me chamou:

- Ju?

- Hmmm? - me virei pra ela

- Você o ama?

- Amo! - afirmei - Nunca tive tanta certeza como tenho agora.

Ela sorriu pra mim e eu fui pro meu quarto, precisava de um banho. E pensei: estava conhecendo o amor