Barulhento Silêncio escrita por Dark_Hina


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Dedicado, não somente a única leitora (rsrsrsrs) mais também a pessoa que nesses dias se demonstrou a melhor amiga que alguém poderia querer ter: Lety!



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Os olhos oscilavam em sua função, era evidente de primeira vista que ela andava cambaleando, então previsivelmente veio o passo em falso que a levou ao chão, e com seu estado não tinha força para se levantar. Na mesma hora um carro para em frente à calçada em que se encontrava a morena caída, do automóvel saiu o mesmo homem que estava na cena do crime há poucos instantes atrás.

Bass suspirou ao ver a cena e tratou de no mesmo instante tirá-la da calçada.

–Hey, calma! Vamos, eu te levo para casa.

–Grissom? - A vista da mulher estava embaçada, sem dúvidas foram bem mais que alguns litros de bebida para deixá-la assim.

–Não me estrague dessa maneira. - O homem colocou-a no banco da frente do passageiro. E começa a dirigir. A mulher riu ao escutar o retruco do amigo.

–Obrigada Brass... - Estava tão cansada ou/e igualmente embriagada que adormeceu no banco. Assim que chegou ao prédio da jovem Brass a acordou e a ajudou a subir para o seu apartamento. Ela disse que ficaria bem, mas e ele só saiu de lá depois de escutá-la trancar a porta.

Ele fez sua 'boa-ação' do dia, e começou a se questionar como estaria à cabeça da moça para fazer algo tão monstruoso com seu corpo e futuro, de experiência própria sabia o quanto era triste vê a cena em trajes masculinos, mas em femininos era deprimente. Tomou posse do volante de seu carro e voltou ao trabalho.

~♥~

No laboratório Grissom ainda aparentava impaciência em seus atos e respostas, algo o incomodava e Catherine sabia que não tinha nada haver com o caso. Ao entrar na sala do amigo com os resultados em mãos ficou tocada ao vê-lo esfregar o rosto com a palma das mãos com os óculos jogado na mesa e seu rosto com traços preocupados.

Eu tenho o resultado da substância detectada pela luz UV, era saliva... - Ela olhou para ele, seu olhar parecia no ângulo dela, mas estava a anos-luz do local, ela sabia que as palavras não tinham nem chegado aos seus ouvidos. -E você não está prestando atenção em nada do que estou falando... - A primeira vez desde que entrara na sala que a atenção dele estava nela. - Eu fiquei sabendo que Ecklie está forçando a barra para demissão da Sara. - Catherine senta-se na cadeira em frente à Grissom. -Não deveria tomar as dores dela.

–E eu não estou assim por causa disso..

–Então é por quê?

–É o que ela está fazendo ou fará da vida dela se for mandada embora do emprego.

–Sara sempre estoura as horas extras, nunca sai de casa, acho que ela pode manter-se até achar um novo emprego.

–Não falo da questão financeira, mais sim psicológica. As horas vagas dela ou são gastas a ler livros sobre o trabalho ou escutar a rádio patrulha da polícia e quando não pode fazer isso, sua melhor companhia acaba sendo uma garrafa de cerveja. - O silêncio predominou na sala, Catherine pegou-se pensando o que poderia dizer, mas optou pelo mais eloqüente dos discursos, o silencio. Grissom entendeu a deixa. -Eu não escutei o que você falou sobre a substância.

–É saliva.

–De quem?

–O DNA não bate com ninguém da família, nem está no sistema.

–Então havia outra pessoa no local. – Uma batida no vidro da porta soou. -Pode entrar!

–O resultado dos fios de cabelos que vocês encontraram. - Greg simplesmente jogou os papéis em cima da mesa de Grissom e saiu deixando o perito com uma interrogação no semblante.

–Eu não coletei nenhum fio de cabelo. – Disse avaliando os papéis.

–Isso fui eu que coletei. Eu deixei minha bolsa em cima da mesa e quando fui buscá-la havia dois fios de cabelos louros aparados pelo jarro de decoração. Me chamou atenção, todos da família eram morenos. – Catherine sentiu seu cenho franzir. –Bateu a comparação entre o cabelo e saliva?

Grissom balançou a cabeça.

-Greg não fez a comparação, aqui só diz que não bate com ninguém da família e nem está no sistema.

-A saliva não era de ninguém da casa, e todo mundo era moreno, o cabelo pode muito bem ser da mesma pessoa.

-Ou um cúmplice.

-Não exagere, você viu a casa não tem sinais nenhum de luta, para quê um cúmplice? – Ela disse a última palavra quase com desprezo, e depois esboçou um pequeno sorriso de deboche.

–Nunca se sabe, as coisas estão tão tumultuadas que o Greg deixou passar esse detalhe.

–Poderia falar a mesma coisa dos fios de cabelo a seu respeito, mas isso o deixaria constrangido e me deixaria com um humor tão rude quanto o seu. - Grissom levantou as sobrancelhas, ela já tinha feito e estava com o humor tão rude quanto o dele. A mulher saiu da sala e deixou o homem a pensar novamente em seus devaneios.

A loira permanecia com ar vitorioso no semblante enquanto percorria os corredores do laboratório criminalista. Parou em uma sala que estava a portas abertas, uma música alta e eletrônica penetrou seus ouvidos quase a fazendo cair. O jovem químico de 'cabelos-em-pé' em tons amarelados fazia das mãos baquetas e dos utensílios do laboratório bateria.

–Slash teu nome é Greg! - O jovem se assustou com as palavras da loira e de forma automática abaixou o volume do som.

–A convivência faz mal assim para as pessoas?

–Do que você está falando?

–Disse algo o que Grissom diria. Vocês dois então em tantos casos juntos e vivem conversando, que está pegando aos poucos a personalidade dele.

–Eu vim lhe pedir que comparasse o DNA dos cabelos com o da saliva, não me dar um prontuário psicológico de como minha forma de pensar está se tornando semelhante à de alguém. - Catherine se virou e saiu, antes de se afastar escutou as palavras “Alguém está de TPM hoje” ressoarem pelo corredor vazio. Não pode resistir a falar enquanto andava. -EU ESCUTEI ISSO GREG! - Na sala que ela havia saído o jovem simplesmente engoliu a seco quando o som chegou a seus ouvidos.



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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo 14/08/2010