Sete Dias em Férias escrita por Ennaz


Capítulo 6
Sexto dia


Notas iniciais do capítulo

Ahahaha!! Terminei!!
Isso! Isso! Isso, isso, esso!!
Esso?!
Bah!!

Finalmente terminei o sexto capítulo, ou o sexto dia!! Irá adorar esse capítulo!! Tem uma cena super linda!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/8616/chapter/6

Shaoran acordou sentindo uma pequena pressão em seu corpo. Lentamente abriu seus olhos e sorriu ao vislumbrar Sakura deitada com a cabeça em seu peitoral. Novamente haviam dormido na mesma cama, só que desta vez estavam sobre a cama de Sakura. Shaoran olhou envolta, o quarto combinava com Sakura, tinha um ar tão tranqüilo e sereno, e ao mesmo tempo alegre. Viu algumas coisas da Sakura pelo quarto, e também notou o boneco, ou melhor, o Kero dormindo numa almofada que Sakura trouxera para ele. Este ficara a noite toda acordado para se certificar que eles não fariam nada além de simplesmente dormir, só permitira que ele dormisse com Sakura porque os dois haviam tido uma briga feia mais cedo naquele dia.

*Flashback...

-Seu tonto, eu não estou interessada nele! – esbravejava Sakura enquanto rompia pela porta de entrada da casa.

-Então por que aceitou aquela maldita rosa? – esbravejou Shaoran enquanto rompia pela porta com tanta fúria quanto Sakura.

-Para ser gentil! – gritou Sakura enquanto subia a escada – Você não deveria ficar tão sentido com um gesto tão inocente quanto me dar uma rosa!

-Eu só estou cuidando do que é meu... e aquele idiota estava interessado em você... e você deu corda para aquele idiota! – Shaoran gritou enquanto subia a escada atrás de Sakura.

-E daí se ele estiver? Seria perigoso se eu tivesse me interessado, mas eu não me interessei! – Sakura gritou enquanto seguia pelo corredor direto para o seu quarto e batendo a porta com bastante força para fechar.

-Então por que aceitou a rosa? – Shaoran gritou enquanto a seguia. Só que não recebeu a resposta, Sakura já entrara no quarto e se trancara – Sakura! Sakura! Abra a porta! – mandou enquanto esmurrava a porta.

Parou ao ouvir Sakura chorando do outro lado. Uma onda de culpa invadiu seu corpo. Soltou o ar com força, encostou seu punho na porta e sua testa no punho. Não agüentou mais ouvir aos soluços de Sakura e saiu pelo corredor o mais rápido que pôde, desceu a escada, passou por Touya e Yukito que estavam ao pé da escada, obviamente ouviam a discussão. Atravessou a sala e irrompeu porta a fora para começar uma corrida sem destino. Correu sem rumo pela estreita estrada de terra, só parou quando percebeu que já se encontrava na ponta sobre o lago. Olhou para o horizonte e acabou dando de cara com a pessoa que mais odiava naquele momento. Sho, o rapaz que dera a rosa a Sakura estava sobre a ponte, ele observava a lua que já imperava no céu noturno.

-Você... você é causa pelo o meu dia estar péssimo hoje – soltou Shaoran. Algumas pessoas que remavam nas pequenas embarcações sob a ponte o olharam um pouco surpresas.

O rapaz continuou a observar a lua como se não soubesse que alguém falara com ele.

-Eu falei com você!

-E que tipo de falta eu cometi para você estar tão furioso? – perguntou o rapaz olhando Shaoran.

-Você deu aquela rosa para ela...

-Para quem?

-Para a minha namorada...

-E pelo visto brigou com a sua namorada só por ela ter recebido uma rosa minha.

Aquelas palavras fizeram Shaoran se sentir mais culpado.

-Eu não sei se você já percebeu, mas a sua namorada é uma das mulheres mais belas que eu já encontrei... haverá sempre um grande número de homens atrás dela... alguns malas como o meu amigo Hiroshi, outros brutos como os meus dois amigos grandalhões, e outros serão tão gentis e cortês como eu. Mas você deve pôr na cabeça que ela sempre será gentil com eles, mas jamais será amorosa, ela sempre lançará um sorriso gentil, mas jamais lançará um cheio de amor e carinho. Não desconte nela a raiva e a frustração que seu ciúme pode vir a provocar... isso pode causar o fim de um belo futuro...

E Sho saiu da ponte, sem nem olhar para trás. Shaoran, no entanto, continuou onde estava, pensando sobre o que acabara de ouvir e refletindo sobre suas atitudes e sobre Sakura. Sim... precisava pedir desculpas a ela...

Shaoran esperou que todos fossem dormir para entrar na casa. Não tinha coragem de encarar ninguém, principalmente Sakura e o senhor Kinomoto. Esperou um tempo após a última luz acesa da casa se apagasse, foi até a porta e girou a maçaneta, a porta abriu.

Entrou, a casa estava escura. A única pessoa que esperava ver era Touya o esperando no escuro para matá-lo. Só não imaginou encontrar Sakura deitada no sofá da sala. Sentiu o seu coração acelerar, ela estava dormindo no sofá, a pele que o pijama rosa não escondia brilhava á luz do luar que atravessava a janela da sala. Mas sua expressão estava pesada, sinal de que chorara por muito tempo. Shaoran se sentiu o cara mais estúpido do mundo, fizera a pessoa mais importante de sua vida sofrer por uma infantilidade dele.

Aproximou-se lentamente de Sakura, ela parecia estar com frio e a posição em que dormira no sofá não era nada confortável. Aproximou-se mais da jovem. Com toda a cautela, aninhou Sakura em seu colo e a carregou nos braços. Subiu a escada com cuidado e atravessou o corredor. Em dado momento sentiu Sakura se mexer ligeiramente, se aninhando mais ao colo. Shaoran a apertou um pouco mais contra o seu corpo. A porta do quarto de Sakura já estava aberta e a cama já estava pronta para ela dormir. Ele entrou no quarto e a deitou na cama, depois a cobriu. A fitou por um tempo e se virou para sair, mas assim que deu um passo, uma mão segurou a sua.

-Shaoran – a voz de Sakura chegou aos seus ouvidos.

-Estava acordada? – perguntou Shaoran enquanto Sakura se sentava na cama com as costas apoiadas no encosto da cama.

-Acordei no meio do caminho – disse com um sorrisinho.

Shaoran corou ligeiramente. Sentou-se na beirada da cama e não ousou olhar para Sakura.

-Ainda está bravo comigo? – perguntou Sakura com um tom ligeiramente triste.

-Não... estou bravo comigo – ele olhou para Sakura, ela via claramente uma profunda tristeza em seu olhar, isso doeu em seu coração – Cometi um grande erro ao gritar com você...

Shaoran voltou a fitar o chão como se ele fosse a coisa mais interessante que existia ali naquele momento.

-Eu também errei – disse Sakura, e Shaoran a olhou confuso – Não devia ter gritado com você também... se não gritasse você teria pensado melhor e... teria se acalmado...

-Mas isso não me dá o direito de gritar com você só porque senti um ciúme sem sentido...

-Você não grita comigo...

Shaoran a olhou confuso novamente, não sabia o que ela queria dizer com aquilo, ele se lembra claramente que sempre grita com ela quando sente ciúmes, e também quando algo realmente o aborrece.

-Você só conta sobre as suas emoções e sentimentos da melhor forma que consegue, e eu sou a única com quem você realmente se sente á vontade para contar sobre o que te aborrece. Eu sempre escuto sem falar nada e espero você se acalmar...

-É, mas eu deveria ao menos tentar não gritar, e não me deixar ser levado pelas emoções...

-Errando e aprendendo... como eu disse antes... eu também errei ao gritar com você naquela hora, e aprendi hoje que o melhor a fazer seria falar com calma... e você? Qual foi a sua lição?

Shaoran deu um pequeno sorriso.

-Que eu devo ao menos tentar me acalmar, não... eu devo me acalmar, parar e organizar a cabeça antes de fazer alguma coisa.

Sakura sorriu contente.

-Prometo que nunca mais gritarei com você de novo – disse Shaoran a olhando nos olhos.

Ainda com os olhos em contato, Shaoran aproximou-se de Sakura, pôs a mão no rosto dela e em seguida aproximou seu rosto do dela. Sakura fechou os olhos e entreabriu os lábios, onde Shaoran encaixou os seus. Este beijo foi como o último daquele dia, só que desta vez tinha mais paixão. Shaoran desfez o beijo e olhou nos olhos de Sakura, e a beijou novamente.

-Eu estou acordado , vendo e ouvindo tudo que vocês fazem – uma voz com um sotaque proveniente de Osaka, chegou aos seus ouvidos.

Os dois imediatamente interromperam o beijo e olharam para Kero, que se encontrava sentado em sua almofada.

-Nós não estávamos fazendo nada – disse Sakura um pouco envergonhada.

-Sei... de qualquer forma está na hora de crianças irem para cama e dormirem – disse Kero.

-A bola de pêlos está certa – disse Shaoran se levantando para sair do quarto, mas foi novamente impedido de sair pela mão de Sakura.

-Por que não dorme aqui hoje? – perguntou Sakura com um sorriso.

-Como?! – fizeram Shaoran e Kero.

-É que – disse Sakura ficando um pouco vermelha – Não consigo mais dormir longe de você...

-Mas terá de se acostumar, quando voltarmos para Tomoeda não poderemos mais dormir juntos – Shaoran argumentou.

-Só hoje – Sakura insistiu com súplica no olhar.

-Sakura – disse Shaoran sem saber o que fazer, ela sempre conseguia o que queria o olhando daquele jeito, e naquela noite não seria diferente – Está bem.

-Viva – Sakura bateu palmas entusiasmadas.

-Mas antes eu preciso ao menos colocar o meu pijama – disse Shaoran saindo do quarto.

-Eu te espero – disse Sakura quando ele saiu.

Em dois minutos Shaoran estava de volta no seu pijama azul. Sakura deu um espaço para ele se deitar. Ele se deitou. Eles ficaram se olhando.

-Boa noite – disse Sakura se virando para a parede.

-Boa noite – disse Shaoran pondo um braço em volta da cintura de Sakura.

-Não se esqueçam que estou vendo e ouvindo tudo – disse Kero de sua almofada – Ficarei acordado até vocês dormirem.

...Fim do flashback*

Shaoran ainda se lembrava do perfume que o embalara enquanto adormecia, tivera belos sonhos. Pensou sobre a sua vida, via-se abraçado a Sakura a cada cena de em sua mente, era muito amor para um coração agüentar. Resolveu buscar suas roupas para poder tomar um banho. Depois do banho, foi para a cozinha, o senhor Kinomoto já se encontrava no cômodo preparando o café-da-manhã.

-Bom dia, senhor Kinomoto – cumprimentou Shaoran um pouco temeroso.

-Bom dia, como foi com a Sakura? – cumprimentou o senhor sendo gentil e cordial como sempre.

-Hã... foi... nós nos entendemos...

-Bom.

Shaoran ficou bastante aliviado por Fujitaka não querer fuzilá-lo pelo que fizera no dia anterior, nem na noite anterior, sabia que ele jamais faria isso, mesmo assim... pai é pai.

-P-posso ajudar o senhor... se quiser...

-Seria bom, e enquanto isso nós conversamos.

-É...

Conversar com o senhor Kinomoto era uma das coisas que Shaoran mais gostava de fazer, um dos motivos era que o senhor Kinomoto era uma pessoa muito sábia, e o outro motivo era que os dois tinham bastante interesse em arqueologia e coisas do gênero. Muitas vezes chegavam a ficar horas conversando sobre as novidades da arqueologia, e de vez em quando Shaoran ajudava ao Fujitaka com o trabalho, assim como a Sakura, que também gostava muito de História. Touya e Yukito desceram quando o café-da-manhã já estava posto. Touya olhou Shaoran com certa raiva, mas não disse nada e se sentou á mesa após dar bom-dia ao pai. Kero desceu logo, e se sentou ao lado do prato que seria de Sakura.

-A Sakura ainda não acordou, Kero? – perguntou Fujitaka.

-Ela vai acordar daqui a pouquinho...

Ouviram um estrondo. Em seguida ouviram Sakura reclamar por ter caído da cama, depois a ouviram correr até o banheiro. Em cinco minutos Sakura corria escada a baixo, irrompendo em seguida pela porta da sala de refeições dizendo:

-Bom dia!

-Bom dia – responderam todos.

-A monstrenga se machucou ao cair da cama? – Touya provocou quando Sakura se sentou á mesa ao lado de Shaoran. Sakura o olhou com muita raiva – Me esqueci, monstrengas não se machucam tão facilmente, é mais provável que o chão tenha rachado...

-TOUYA!! – explodiu Sakura.

-Vamos comer? – Fujitaka pôs fim a discussão.

-Vamos – concordou Sakura de bom humor.

-Eba! – festejou Kero.

-Obrigado pela comida!

Estava uma manhã maravilhosa, os pássaros cantavam, a brisa refrescava o clima quente do local. Sakura e Shaoran aproveitavam o dia no banco forrado que ficava na varanda. Sakura estava deitada com a cabeça no colo de Shaoran enquanto ele lhe fazia cafuné e lia um livro. Sakura estava prestes a cochilar quando pensou em algo para fazer.

-Shaoran, que tal darmos um passeio? – sugeriu Sakura se sentando. Shaoran parou de ler para ouvi-la – Sabe... amanhã a noite já iremos embora, e... eu queria aproveitar esse tempo para passear pela cidade com você...

-Então vamos – disse Shaoran se levantando e pondo o livro sobre a mesinha redonda.

-Viva! – Sakura alegrou-se, meteu a cabeça para dentro da casa e gritou avisando que sairia com Shaoran, e que provavelmente demorariam a voltar. Em seguida Sakura saiu bastante alegre, de mãos dadas com Shaoran.

Conversaram sobre diversas coisas enquanto faziam o caminho para o parque da cidade, conversaram sobre coisas que nunca tiveram coragem em discutir, coisas como casamento, filhos e... se perguntando em como os filhos seriam quando se casassem... quando...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?
Nossa, quantas vezes eu prguntei isso só nessa fanfic, bem, voltemos ao tópico principal...
Syaoran... o que acharam da cena da briga, é a primeira vez que eu decrevo uma cena com os dois brigando, na verdade é a primeira cena em que faço amigos brigarem... só posso dizer que amei escrever sobre a briga do dois, só por causa da reconciliação que foi algo muito fofo... digno de um Oscar de melhor reconciliação! Não concorda?

REVIEW

já leram a campanha de conscientização, né?
Não é obrigado, mas é importante. São o reviews que nos impussionam (nós os autores)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sete Dias em Férias" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.