Sete Dias em Férias escrita por Ennaz


Capítulo 5
Quinto dia


Notas iniciais do capítulo

Finalmente! Finalmente consegui teminar esse capítulo, e estou tão animada com o próximo que acredito que a atualização será rápida.
Divirta-se com esse novo capítulo!



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Shaoran acordou lentamente. Sentiu que seus abraços envolviam um corpinho fino e quente. A única coisa que sabia naquele momento era que gostava da sensação. Apertou um pouco mais o abraço. Sentiu algo esquentar a blusa de seu pijama de forma lenta e periódica. Sentiu uma... duas... três vezes até assimilar que o corpinho era feminino. Abriu os olhos. Viu Touya dormindo na cama de cima do beliche, depois visou Yukito na cama de baixo do beliche, em seguida vislumbrou Sakura deitada ao seu lado, com a cabeça um pouco abaixo da dele no travesseiro. Ficou um tempo olhando para ela. Era dela a respiração que aquecia a blusa de seu pijama, e era o corpo fino dela que abraçava. Deu um pequeno sorriso e, enquanto acariciava o rosto de Sakura, pensou:

"E ainda disse que não queria dormir comigo..."

Shaoran, cuidadosamente, tirou o seu braço de baixo de Sakura e saiu da cama de forma bem silenciosa. Olhou para Sakura e a viu mexer-se inquieta na cama e tomar todo o espaço para si, deitando-se de bruços e abraçando o travesseiro. Shaoran abriu um sorriso, se aproximou de Sakura e a beijou no rosto dizendo:

-Eu te amo.

Sakura sorriu e se mexeu um pouco mais tranqüila. Shaoran sorriu novamente, mas parou ao sentir um olhar atravessar sua nuca como se fosse uma navalha. Imediatamente se virou deparando-se com um Touya muito nervoso sentado na cama. O seu olhar era assassino, a verdadeira razão de Shaoran quase ter tido um enfarte ao sentir o olhar do cunhadinho sobre ele.

-O que a minha irmãzinha está fazendo na sua cama? - rosnou Touya num sussurro para não acordar aos outros.

-Eu não sei - Shaoran respondeu num sussurro irritado - Eu acordei e ela estava aqui hoje de manhã. Ela veio sozinha até aqui, não fui eu quem a trouxe.

Touya desceu da cama, e depois ficou encarando Shaoran com um olhar duro, ao que o garoto retribuiu. Sendo mais baixo que Touya, Shaoran teve de elevar a cabeça para poder encará-lo nos olhos, o inverso via-se em Touya, que tinha de abaixar a cabeça.

-Espero que nada tenha acontecido - disse Touya.

-E não aconteceu - respondeu Shaoran acentuando o olhar.

-Espero mesmo - disse Touya em seguida saiu do quarto bufando como um touro brabo.

Shaoran observou o cunhado sair do quarto. Respirou aliviado por Touya não ter feito um escândalo e acordado ao resto da casa. Yukito, que acordara no momento em que Touya praticamente ameaçava Shaoran, sentou-se na cama e olhando serenamente para o jovem Li, disse:

-Não se preocupe, o Touya sabe que não houve nada.

-Só espero que ele não fique encarnando com esse assunto.

-Duvido que o Touya não deixe de encarná-lo com esse assunto - disse Yukito com um semblante risonho.

Shaoran apenas deu um risinho, e em seguida olhou para Sakura, que dormia tranqüila na mesma posição de antes.

"Não sabe o problema que acabou de arranjar, meu anjo..." - pensou com um sorrisinho terno.

-Dormiu bem? - perguntou Yukito observando Shaoran.

-Muito bem - respondeu Shaoran sem tirar os olhos de Sakura.

-Teve bons sonhos? - perguntou Yukito.

-Maravilhosos - respondeu Shaoran, saindo do quarto.

Yukito observou Shaoran sair, e em seguida olhou para Sakura. E com um sorrisinho sereno, disse para si mesmo:

-Esses dois vão acabar casando... e o Touya sabe disso melhor do que ninguém...

Depois se levantou, deu um beijo paterno no rosto de Sakura e saiu do quarto. No café da manhã, o clima não era exatamente tranqüilo, nem de longe era sereno. Touya, a toda hora lançava olhares furiosos em direção de Shaoran, e o garoto, orgulhoso como era, apenas devolvia os olhares. Os únicos que conversavam amigavelmente eram Fujitaka e Yukito. E Kero como sempre, só sabia ser amigável com Fujitaka.

-Ô pai... - chamou Touya olhando feio para Shaoran. O garoto logo soube que era com ele.

-Sim, Touya - atendeu Fujitaka já imaginando o que viria a seguir.

-Sabia que a sua filha dormiu ontem na cama do moleque... e com o moleque.

-O que?! - Kero escandalizou-se.

-É sério? - perguntou Fujitaka para Shaoran, sem o sorriso, embora sua expressão não fosse dura, parecia haver um pouco de preocupação.

-Senhor Kinomoto, não houve nada - disse Shaoran.

-Mentira! - gritou Kero já partindo para cima de Shaoran, que o afastou com um safanão, o jogando contra a parede da sala.

-Não, eu sei que houve nada, só queria saber o que realmente aconteceu - disse Fujitaka com um sorriso sereno. Enquanto Kero deslizava na parede para o chão.

-Bom... tudo que eu sei é que eu dormi sozinho na cama ontem a noite, e quando eu acordei hoje de manhã a Sakura estava dormindo do meu lado...

-Então a Sakura foi até o seu quarto? - perguntou Fujitaka mais para si do que para os outros.

-Moleque; você me paga - resmungou Kero para sim enquanto voltava para mesa e recomeçava a comer.

Nesse instante eles ouvem um barulho vindo de cima. Em seguida eles ouvem passos atravessarem toda a extensão do que seria o corredor e parar no banheiro.

-É a monstrenga - comentou Touya.

Shaoran, que até agora só ouvira falar sobre isso da boca de Touya e do Kero, ficou ligeiramente impressionado em saber que ela consegue ser realmente barulhenta logo cedo.

-Assustado? - perguntou Touya querendo provocar.

-Nem de longe - respondeu Shaoran - minhas irmãs conseguem ser mil vezes mais barulhentas. O tempo todo uma grita que não acha os brincos, que não acha as presilhas, que não acha a escova, que não sabe o que usar no dia, que está atrasada para algum compromisso... e são as quatro, sem falar que quando a minha prima dorme na minha casa ela faz tanto barulho quanto as quatro juntas, e o que é pior, ela grita no meu ouvido, não é nem para a casa, é no meu ouvido que ela grita aquelas perguntas. Não sei até agora como ainda não fiquei surdo.

Touya não soube como revidar, pelo visto o moleque sofria o quádruplo do barulho produzido pela sua irmã, e o que é pior, multiplicado por dois quando a prima dormia em sua casa. Só pôde ficar quieto.

-Bom dia! - Sakura agora entrava na sala usando um vestido verde-escuro que era um pouco justo no tronco, e a saia era rodada. Calçava uma sandália rasteirinha na cor de palha. Como acessório, ela usava um chapéu de palha com um laço verde-escuro como enfeite do chapéu.

-Bom dia, Sakura - disseram Yukito, Shaoran e Kero.

-Bom dia, minha filha.

-Bom dia, monstrenga...

-Bom dia, papai - disse dando um beijo no rosto do pai - Bom dia, Yukito, bom dia Kero, bom dia Shaoran - disse dando um selinho em Shaoran - E... Touya - disse irritada - Bom dia, mamãe!

-Vai sair, minha filha? - perguntou Fujitaka.

-Vou sim, pai...

-Vai aonde?

-Vou visitar o vovô de novo... - Shaoran bufou irritado - E você vem comigo - disse Sakura lançando um olhar perigoso em direção ao namorado.

-Sim senhora - Shaoran apenas respondeu.

-Como está o seu braço, Sakura - perguntou Fujitaka observando sua filha mexer o braço com dificuldade.

-Está muito dolorido, mas eu agüento.

Não demoraram muito no café da manhã. Logo os dois já haviam comido e Sakura apressou o namorado a se arrumar para mais um dia de passeio. Em cinco minutos já saíam de casa e caminhavam pela pequena estrada de terra.

-Você parece que não gosta do vovô - comentou Sakura após caminharem um pouco em silêncio.

-Não... é ele quem não gosta de mim...

-Mas por quê?

-Um dia vai saber.

-Ai, seu chato, você disse a mesma coisa ontem.

-É porque não é bom você saber através de mim, é de outra pessoa que você deve ouvir a razão.

-Está bem... entendi, é o que você quer, não é? Então que seja feita a sua vontade...

-Ainda bem que você entendeu - comentou Shaoran aliviado.

Sakura ficou em silêncio, deu um suspiro frustrado. Shaoran olhou para ela pelo canto do olho, adorava o modo em como ela mudava de humor de uma hora para outra, ele só precisava fazer um agrado para que ela voltasse a ficar alegre como mais cedo. No caminho eles se encontraram novamente com a garota que vendia rosas.

-Uma rosa, senhor? - perguntou a jovem.

-Claro - respondeu Shaoran entregando uma moeda pela rosa.

-Aqui está - disse a jovem entregando a rosa após guardar a moeda numa bolsinha.

Dessa vez essa era mais linda, mais encorpada e mais brilhante, fora o perfume que era mais delicioso. Sakura que andara um pouquinho mais para longe, esperou um pouco acanhada Shaoran se aproximar e lhe entregar a rosa. Achou graça, pois ele também estava um pouco vermelho.

-Uma rosa para a senhorita? - disse entregando a rosa para Sakura.

-Claro - disse Sakura pegando a rosa com cuidado para não se machucar com os espinhos.

Shaoran se aproximou até ficar com o rosto a centímetros de distância do de Sakura. Ele pôs uma mecha de cabelo atrás da orelha de Sakura, causando arrepios na mesma, e disse:

-Sabe que eu te amo, não sabe?

-Sim, eu sei...

-Eu te amo - disse Shaoran enquanto se aproximava mais e colocava suas mãos na cintura fina de Sakura - Hoje mais que nunca...

-Eu também... - Sakura praticamente sussurrou antes de Shaoran tocar seus lábios com os dele.

Ainda era aquele beijo gentil e inocente da infância, ambos jamais o aprofundavam, talvez por medo ou vergonha de o fizer, mas naquele dia Shaoran queria algo mais que um selinho demorado. Como uma forma de pedir permissão, Shaoran passou a ponta de sua língua nos lábios de Sakura sem desfazer o contato entre os lábios. Sakura sentiu um pequeno arrepio ao sentir a ponta da língua de Shaoran deslizar em seus lábios, entendeu o que ele queria... cedeu ao pedido. Shaoran sentiu os lábios de Sakura se entreabrirem um pouco, lhe dando permissão para aprofundar um pouco mais ao beijo. Shaoran logo o fez, encaixou seus lábios nos dela.

Enlaçou seus braços na cintura fina de Sakura a trazendo mais para perto, e Sakura enlaçou seus braços no pescoço de Shaoran o aproximando ainda mais. Não permitiram que suas línguas entrassem na dança, mas aos lábios foram permitidos alguns movimentos. Ficaram assim por mais um tempo até desfazerem o contato, por falta de ar. Entreolharam-se por um tempo. Shaoran beijou Sakura no rosto num ponto próximo ao pescoço e a abraçou em seguida. Sakura retribuiu ao abraço e fechou os olhos para poder aproveitar melhor o momento.

-Eu te amo - disse Sakura.

-Eu também te amo - respondeu Shaoran também de olhos fechados.

Ficaram mais um tempo abraçados até resolverem retomar a caminhada. Desfizeram o abraço e continuaram a caminhar de mãos dadas. Caminharam um bom pedaço até um grupo de cinco rapazes bloquearem o caminho.

-Oh, vejam quem eu encontrei? O garoto de quem eu falei - disse o ser de cabelos escuros e olhos castanhos.

Era o mesmo ser que fizera o infeliz comentário no lago, só que desta vez ele não estava sozinho, estava acompanhado por mais quatro amigos. Todos pareciam ter entre dezoito e dezenove anos e não pareciam estar com cara de quem queria fazer amigos.

-O que vocês querem? - Shaoran se pôs entre os garotos e a Sakura.

-Viemos lhe dar uma lição por ter batido no nosso amigo - acusou um rapaz forte e alto de ombros largos e cabelo ruivo e olhos castanhos.

-Que? - fizeram Sakura e Shaoran.

-É isso mesmo - disse um rapaz tão alto e grande quanto o ruivo, e de cabelos loiros e olhos azuis.

-Mas não bati nele, eu queria, mas o irmão dela o pôs para correr antes que eu colocasse as minhas mãos nele, não foi nem preciso relar a mão no cara.

-É mentira, ele e os outros dois que estavam com eles se juntaram para bater em mim - teimou o ser.

-Hiroshi, você disse que tinham sido seis - disse o rapaz que era um pouco mais magro e baixo que os demais, este tinha os cabelos negros e olhos verde-azulados.

-Err... bom... Kazuyuki... é que... sabe, né? Sabe como eu gosto de exagerar... mas é verdade, ele bateu em mim, ele e os outros dois que estavam com ele.

Sakura ficou temerosa por Shaoran, sabia que ele era forte, mas eram cinco contra um, será que daria conta?

-Não importa se os três bateram em você ou não, não devemos brigar aqui - adiantou-se um rapaz de olhos acinzentados e cabelos castanhos claros, este era alto e magro de porte aperfeiçoado e parecia ser bastante galante. Os outros o olharam confusos - Tem uma dama presente e seria tremendamente descortês começar uma briga na frente dela.

-O Sho tem razão - disse o ruivo - Uma dama não deve presenciar lutas feias, principalmente quando será o seu namorado o arrebentado.

Sakura não gostou nem um pouco do comentário, e nem se importando se eram cinco homens grandes e fortes, saiu de trás de Shaoran e se pôs entre ele e os cinco rapazes e, com um olhar desafiador e determinado, disse:

-Ninguém vai machucar o Shaoran, nem aqui e nem em outro lugar.

-Sakura? - Shaoran ficou espantado.

-Que? - fizeram os cinco, espantados pela coragem e ousadia da pequena.

-Exatamente o que vocês ouviram; ninguém vai machucar o meu namorado - disse Sakura abraçando Shaoran para protegê-lo - Até porque ele nem encostou no amigo de vocês. O meu irmão só disse para ele se mandar e o amigo de vocês se mandou.

-Hiroshi, foi isso mesmo? - perguntou Sho com um sorrisinho.

-Foi nada, mentira dela - disse o outro de forma infantil. Todos olharam para ele com diferentes reações. Os dois mais magros de seus amigos queriam rir, os mais fortes queriam matá-lo, e Sakura e Shaoran não faziam idéia do que acontecia.

-Panaca! - disseram o loiro e o ruivo dando um soco cada um na cabeça do Hiroshi.

-Hiroshi, você é triste - comentou Kazuyuki, o de olhos verde-azulados.

Depois de dar uma risadinha, Sho, o de olhos acinzentados se virou para Sakura e Shaoran.

-Perdoem os meus amigos, eles são um tanto cabeças quentes e é preciso que eu e o Kazuyuki estejamos sempre por perto para não se meterem em confusão.

Sakura se soltou de Shaoran, mas continuou ao lado dele, deixando claro que ainda não confiava neles.

-Me perdoe, jovem dama, por meus amigos a terem assustado. Em troca de um sorriso teu - disse tirando uma rosa branca de só ele sabe onde - Uma rosa branca como símbolo de paz e amizade entre nós - disse o rapaz entregando a rosa á Sakura - Está tudo bem entre a gente?

Perguntou Sho dando um sorriso muito semelhante ao de Eriol, isso fez com que Shaoran o olhasse com raiva e desafiador. O rapaz não se abalou diante da expressão assassina de Shaoran e continuou com a rosa estendida á espera que Sakura a pegasse. Sakura hesitou um pouco, mas decidiu que poderia aceitar a rosa.

-O-obrigada - disse Sakura enquanto pegava a rosa. O jovem entendeu como um "sim" e sorriu contente. Sakura sorriu de volta. O rapaz olhou para Shaoran e disse:

-Cuide bem dela, meu bom rapaz.

E saiu para socorrer o amigo Hiroshi que era espancado pelo ruivo e pelo loiro enquanto o Kazuyuki apenas ria da desgraça do amigo. Sakura e Shaoran, este com uma carranca tão feia quanto a de Touya, observaram os cinco rapazes se retirarem, sendo que Hiroshi era arrastado pelo ruivo. Depois de o quinteto desaparecer de suas vistas, Shaoran disse:

-Aquele cara, me lembrou muito o Eriol.

-Você os acha parecidos?

-Acho, e não gostei nada...

Sakura o fitou por um tempo, não demorou muito tempo para perceber que o namorado só estava com ciúmes, como costuma ficar quando um garoto se aproximava de Sakura falando de forma gentil e galante. A jovem deu um suspiro cansado e disse:

-Vamos?

E os dois retomaram a caminhada para a casa de Masaki Amamiya.

-Então - disse Sakura tentando acreditar no que acabara de ouvir - Você é o meu bisavô?

Sakura estava na Sala de Chá de Masaki. Estava acompanhada pelo próprio Masaki e por Sonomi, que se mantinha um pouco distante da conversa. Shaoran se encontrava na sacada da sala, onde permanecera desde que chegara.

-Exatamente - disse Masaki esperando pela reação de Sakura.

-E por que está me contando sobre isso só agora? - perguntou Sakura tentando entender os motivos.

-Porque antes eu tinha medo e agora... bem... digamos que o seu... namorado descobriu e ele me convenceu de que já estava na hora...

-Então o Shaoran já sabia?

-O troço descobriu por si só - comentou Sonomi alto o suficiente para Shaoran ouvir da sacada.

Sakura ficou pensando a respeito do que acabara de ouvir. O seu amigo era seu bisavô, ou seja, era o avô de sua mãe cujo casamento ele foi contra e que parou de falar com ela após ela se casar. O senhor que acusara seu pai pela morte de sua mãe, e que depois se arrependeu pelo que fez, e hoje sofre por ter sido tão teimoso e deixado de aproveitar os dias com ela. Sakura fechou os olhos, depois olhou para o seu bisavô e com um sorriso disse:

-Estou tão feliz por ter finalmente te conhecido, vovô.

Masaki sorriu feliz e tocado pela reação de sua bisneta, ela realmente era igual a sua neta, e agora que ela sabia quem ele era, poderia contar muitas histórias sobre a infância da Nadeshiko para ela, mesmo que Fujitaka já tivesse as contado. E poderia enfim cuidar de sua bisneta como ele cuidava de Nadeshiko, o que incluía ficar de olho no namorado dela...

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí, gostou? Reviews!!