Sincerity Or Defiance escrita por LaryReeden


Capítulo 18
Capítulo 18- Extra Alaska- Dois Anos At




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Capítulo 18- Extra Alaska- Dois Anos Atrás

Se você não compartilhar a dor de alguém, você nunca vai entender
- mas só porque você as entende, não quer dizer que as aceite.

Pain para Naruto


Pov Edward Masen Cullen


—Edward... me espera, você está andando muito rápido.

Dizia Tânia, enquanto recuperava o fôlego perdido na corrida para me alcançar.

— Respira loirinha, falta de oxigênio, queima os neurônios, que já lhe são poucos, julgando pela cor do seu cabelo.

Levei um tapa de brincadeira no braço e ri mais do que já estava, duvidar de sua inteligência era um dos meus hobbies favoritas.

— Seu bobo, nem vou perder meu tempo em lhe dar a resposta que você merece, porque estou muito feliz e ninguém vai estragar o meu humor.

— Isso é uma grande mentira, eu já disse.

Você está com falta de neurônios, por isso não consegue nem mesmo elaborar uma resposta descente.
Dito isto eu sai correndo com ela ao meu encalço, quando parei abruptamente em frente a minha casa, também parou e nossos corpos se chocaram, nossos olhos se encontrarão e uma sensação esquisita passou por mim.

“Edward você são AMIGOS, ela é uma IRMÃ para você.
Agitei a cabeça, afastando tais pensamentos, ao mesmo tempo que ouvi minha mãe me chamar da janela da sala.

— Edward entre agora, o almoço vai esfriar, Tânia vá direto para casa heim, Carmem já me ligou querendo saber se você estava almoçando aqui.

Ela assentiu com a cabeça, deu um beijos na minha bochecha e um “tchau Tia Esme”, seguindo em direção a sua casa, que ficava na esquina da minha rua, umas oito casa adiante.

Depois do almoço, eu subi para o meu quarto e me deitei ligando o iPod.
Abri os olhos e corri pelo quarto, parando na caixa azul marinho, que estava em cima da escrivaninha, ao lado do computador.

Era o presente de aniversário da Tânia, ela passou a semana me especulando sobre, e eu me negando a contar.

Foi por isso que eu vim na frente hoje, não esperando por ela na saída da escola.
Curiosa como aquela ali é, voaria sobre a caixa no mesmo segundo que a visse.
Não era nada de mais, apenas um Cardigan de Veludo Cotele Pink da MIL- MIL, minha mãe viu em uma de suas tardes de compras e nós achamos que ficaria perfeito nela, o rosa sempre combinara com sua pele clara e seus cabelos loiros.
Junto com o embrulho, coloquei uma caixa com um simples bilhete, apenas a caligrafia negra sobre o papel branco, nada mais.

(N/A MIU- MIU é a grife feita especialmente para “jovens” e pertence a PRADA.)

***

No sábado logo pela manhã, eu corri até a casa dela, queria ser o primeiro a lhe dar os parabéns, pelos 15 anos.
Tia Carmem me recebeu e disse que eu poderia subir.
Bati na porta esperando ela me responder.

—Quem é?

—Sua voz ainda pesada de sono perguntou.

—Eu o Chapollin Colorado.

—A Edward, para de bancar o bobo logo cedo.

—Eu já disse que sou o Chapollin Colorado, não contava com a minha astúcia?

O riso do outro lado da porta foi nítido.

—E ai, posso entrar ou não?

Assim que perguntei, tentei forçar a maçaneta, mas um berro agudo ecoou.

—Nãoooooooooooooooooooo.

Tudo bem, que a ver de “roupa de dormir”, seria um tanto quanto, constrangedor,mas não era para tanto.

—Loirinha, você está bem?

—Sim, estou. É só que você não pode ver o vestido antes da festa, da azar.
Involuntariamente meus olhos reviram.

—Tânia é somente uma festa de 15 anos e até onde eu sei, o que dá azar é o noivo ver o vestido da noiva antes do casamento, o que é uma crendice muito infantil, além de que nós somos quase irmãos.

—Primeiro, Edward Masen Cullen.

Op’s, é melhor eu sair correndo, quando a Dona Esme ou a Dona Tânia resolvem utilizar meu nome completo é porque a coisa ta feia pro meu lado, mas então continuando.

—Não é “SOMENTE” uma festa de 15 anos, é a “MINHA” festa de 15 anos.

—E Segundo?

Eu debochei, já que ela estava brava mesmo, que mal faria ei provocar um pouquinho.

—Segundo que nós não somos “quase irmãos”, nem “irmãos”, nem nada perto disso.

—Nossa tudo bem, se te ofende ter algum grau de parentesco Cullen.

—Não é isso arrrg. Olha eu estou nervosa ok . E se você veio para ser o primeiro a me dar os parabéns, perdeu a viagem.

—Por que? Quem foi? O Marcus né.

Marcus é meu melhor amigos e eu o conheço muito bem, tudo que ele quer e se aproveitar dela e descartar, “apenas mais um nome na lista”.

—Derrr, lógico que não, foi a minha prima de Washington, aquela que eu não vejo desde criança, ela me ligou hoje, bem mais cedo.

—Ela se lembrou que você ainda vive?

—Sim e disse também que não vai poder vir por causa das aulas, mas que quer que eu vá para lá nas férias de verão.

—E você?

—Já que a Tia Renee não mora mais com a minha vó, eu acho que vou sim.

—Ok, e agora já que você não me deixa entrar mesmo e eu perdi minha “viagem”, vou indo embora.

—Não, espere eu já vou abrir.

Parei próximos ao topo da escada, quando ela saiu do quarto com um vestido ,estilo princesa, verde claro e branco, seu rosto corado e o lábio inferior preso entre dentes.
“Irmã,Edward, Irmã”

—E ai o que achou?

—Errr, bem... lindo, mas verde? O que aconteceu com todas as variações de rosa ou roxo?

Ela corou mais ainda, abriu a boca, fechou, abriu de novo.

—Assim você parece um peixinho dourado.

—O que?

A expressão tímida mudou para uma de completa confusão. Agora era minha vez de ficar sem graça.

—Errr você sabe, com os cabelos dourados e abrindo e fechando a boca como se estivesse decidindo sobre o que dizer, parece um peixinho dourado.

—Ahhh e o vestido, é para combinar com a cor dos seus olhos.

Ela abaixou a cabeça, mudando o tom de suas bochechas de rosa lívido para um vermelho púrpura, meu coração perdeu uma batida, quando sua voz finalizou.

—Sua gravata já está com a Tia Esme e é verde também.

—Sim obrigado.

Eu me aproximei dela e dei um beijo em sua bochecha, a puxando para um abraço.

—Feliz aniversário "maninha", ahhh os 15 anos.

—Você é besta mesmo, fala como se tivesse 30, e ainda tem 15 também se esqueceu.

—Mas eu sou alguns meses mais velho que você.

—E daí?

—E daí que eu posso não ter sido o primeiro a te dar os parabéns, mas com certeza serei o mais bonito!!!

Dei de ombros e desci as escadas, passei pela cozinha para me despedir da Tia Carmem e roubar um brownie de chocolate que cheirava de longe.

***

Dois minutos depois, já entrando em casa eu ouvi um riso alto vindo de dentro, me apressei e corri até a sala.

—Emm o que você está fazendo aqui?

—Vim ver vocês e também para o aniversário da Tânia.

—Pro meu aniversário você não veio não é!

—Você sabe que eu estava em período de provas e bem minhas notas valeram à pena, sai de férias duas semanas antes do esperado.

Meu irmão Emmet estava no 1º semestre do curso de direito de Harvard, fazia quase seis meses que eu não o via, apesar do grandalhão sempre acabar com a minha vida, eu morro de saudades dele.

—Meninos eu vou começar a fazer o almoço, se comportem.

—A mamãe não muda mesmo, né ruivinho.

Bufei audível mente.

—Não me chama assim que você sabe que eu detesto.

—Ta bom, ta bom, "ruivinho".

Ele deu uma gargalhada e quando eu ia replicar ele deu de ombros e continuou a me infernizar.

—Vai cortar esse cabelo, ou a Tânia gosta de bagunçá-lo assim quando vocês estão sozinhos!

—Pode ir parando por ai, você sabe que ela é uma irmã para mim.

—Mas para mim não.

—Nem pense em relar um dedo nela.

—Hey maninho ela é muito "criança" para mim, tenho alvos mais altos.

(N/A 1- Sim o Emm fazia faculdade, mas não faz mais vocês entenderão o porque nos próximos capítulos
2-Há quem cospe pra cima cai na testa, a Alice tem a mesma idade da Tânia atualmente 17 e o Emm 19. hehehe)


—Nessa cidade você pode esquecer Emm.

—É eu sei, mas e você quebrando muitos corações na escola?

Para variar ele não perdia a oportunidade de me zoar.

—Não o de sempre.

—Vocêeeeeee nãooo pegou ninguém ainda? Ohh como minha ausência tem te afetado, precisamos mudar isso já.

—Olha Emmet, eu não "peguei" ninguém porque não me interessa trocar saliva com uma menina fútil qualquer e depois dar as costas.

—É por isso que a Tânia é perfeita, vocês se conhecem desde sei lá, "sempre", ela é linda e a cidade inteira torce para que daqui a alguns anos, eles recebam.
Convidamos para o enlace matrimonial de Edward Cullen e Tânia Denalli.

Eu revirei os olhos, pela milésima vez naquele dia, mas um pouco eu ficava vesgo permanentemente.

***

Meia noite, e toda aquela baboseira de festa de 15 anos, valsa e tudo mais já havia acabado, eu sai na sacada para descansar a cabeça da música excessivamente alta, que não cessava na pista de dança.

Os adolescentes já estavam todos se escondendo porque seus pais, professores e bem adultos no geral já estavam naquele auge King-kong em que eles dançam YMCA e Macarena no pior auge da bebedeira possível, o melhor é fingir que nem os conhece e sair de fininho.
Alguns minutos depois ouvi a porta-balcão atrás de mim se abrindo.

--Ai está você, no momento anti-social.
--É depois que eu vi meu pai gritando Heyyy Mararena Hay e o Emmett se achando o o Jhon Travolta em Embalos de Sábado a noite, eu tive que me afastar.

—Hum eu acabei de o bilhete que acompanhava o seu presente.

—Não foi nada demais.

—É mas, eu já disse que nós não somos irmãos, estamos bem longe disso, as vezes eu penso do que adianta você ter estes olhos tão lindos se eles estão tão cegos, eu te amo , você ainda não se tocou???!

Ok cadê as câmeras?
Além de dizer isso ela tentou me beijar afastei seus lábios com meus dedos.

—Tânia, você está se confundindo.

—Porque, é o que todo mundo espera, as meninas sempre dão em cima de você e você as rejeita, ai a Irina falou que é porque você estava me esperando mas é tímido.

—Não, é porque aquelas meninas da escola são todas imaturas.

—Eu sou imatura?

—Sim, quer dizer não, mas você está sendo agora.

Eu levei um tapa no braço, mas desta vez não foi de brincadeira, ardeu pra caramba.
Fiquei alguns minutos atônito olhando para o nada, quando minha mãe apareceu.

—Edward meu filho o que o que aconteceu com a Tânia, ela desceu chorando.

—Nada que eu queira falar agora mãe.

—Como assim nada?

—Pede para a "Irina" te explicar o porquê ela fica colocando idiotices na cabeça da Tânia.

—Humm , e você está bem?

—Estou só quero ir para casa.

—Tudo bem eu vou chamar o Carlisle e nós já vamos.

Naquela noite eu não consegui dormir, não queria ter falado aquilo, eu confesso que me senti atraído por ela nos últimos dias e que hoje pedi um bom tempo afastando o Kellan e o Marcus de perto dela.
Mas quando ela falou da Irina, aquela menina é uma vadiazinha que vive se aproveitando da Tânia, ela me irrita desde que ficava de pega com o Emm e dava em cima de mim.

***

Eram mais ou menos umas onze da manhã quando eu acordei com um comprimido de anti-acído e um copo d'água na mesinha de cabeceira, raramente meus pais me deixavam beber e exagerar então era mais raro ainda.

Tomei banho, passei na cozinha para dar um beijos na minha mãe, engoli duas torradas com requeijão e corri para casa da Tânia.

—Bom dia Tia Carmem.

—Oi Edward, a Tânia está lá em cima, mas eu acho que ela não quer te ver.

—Por favor eu preciso falar com ela.

—Por mim tudo bem, eu acho mesmo que vocês tem que conversar, entre.

—Obrigado.

Subi a escada, a porta se encontrava aberta, as malas sobre a cama e seu rosto molhado de lágrimas.
Eu parei encostado no batente e disse um "Oi ", sutil para ela se dar conta da minha presença, fui recebido com um berro me mandando ir embora enquanto ela tentava inutilmente secar o rosto.

—Por favor me escuta.

Eu prossegui, assim mesmo.

—Olha Edward, eu acho que você já disse tudo o que queria, quando expos o que acha da minha "M-A-T-U-R-I-D-A-D-E".

Ela enfatizou a última palavra soletrando, eu me senti mal mais uma vez, merda de dia.

—Não é bem assim e você sabe e além disso para que as malas?

—Pra começo de conversa eu não sei de nada, e estou indo para Washington.
Arrrrrrrrg, eu nem sei por que estou te dando explicações.

Eu ignorei seu resmungo de frustração.

—Mas ainda temos duas semanas de aula.

—Eu sei muito bem disso, eu posso até ser 'IMATURA", mas sou uma ótima aluna, meus "NEURÔNIOS" estão intactos e agora você pode me dar licença que eu tenho muita coisa para arrumar.

Depois disso só senti a porta bater com vontade contra o meu nariz.
Desci as escadas correndo com o mesmo, sangrando.
Tia Carmem tentou me impedir, mas eu precisava chegar em casa antes do meu pai sair para o plantão.

Dada à confusão eu acabei com um nariz quebrado e com um permanente tortinho para a esquerda.

Ela seguiu para o aeroporto e a culpa continuou a me morder.
Duas semanas depois as aulas acabarão e eu fui para Londres passar as férias com os meus pais.

Um mês depois –Colégio

Tânia não respondeu a nenhum dos meus e-mails e retwitts, o celular dela sempre caia na caixa postal.
Mas hoje ela ia me escutar, antes da primeira aula.
Quando cheguei a primeira coisa que vi foi ela com o cardigan que lhe dei de aniversário, baton pink e olhos pretos esfumaçados , que não eram de seu feitio, ela sempre usava maquiagem clara, mas deveria ser alguma nova "tendência" ou sei lá.
Mas isso não foi tudo, Marcus, meu melhor amigo e também o maior galinha de todo o colégio estava com os braços em sua cintura beijando seu pescoço exposto pelos cabelos presos em um coque bagunçado de forma pretensiosamente sexy.
Uma raiva cresceu dentro de mim, ela era minha irmã mais nova e eu não podia deixar isso acontecer.

***

Nos dias que se passaram, ela continuou a me ignorar e seu comportamento em relação a mim piorava quando eu tentava qualquer coisa para afastar os abutres dela, ou pior seu comportamento piorou em todos os sentidos, tanto que a Irina estava se tornando uma santa perto de sua pupila.
Um coração quebrado tem o poder de criar um "mostro", ele eu não sei, mas eu tive o poder de criar um mostro.
Mas não tendo mais como concertar isso, eu me conformei.
Não a amava, era somente um instinto de proteção fraternal com atração adolescente, envolvidos da pior forma possível.



Fim do EXTRA Alasca.


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