Percy Jackson e o Exército das Empousa escrita por Gabriela Marqueti


Capítulo 4
O primeiro ataque


Notas iniciais do capítulo

Semideuses desculpem a demora pra postar. Estava esperando os 7 reviews. e eles chegaram, mto obrigada. Beijoos e aproveitem.



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PDV RANIELLY

 

Fiquei aliviada por termos chegado a tempo. Sabia que a profecia não podia ser cumprida tão rápido assim, mas essa ideia de um de nós morrer com certeza estava me assustando. E sabe, Annabeth tinha me salvado lá no beco e profecia diz :"O terceiro salva aquele que o mundo socorrerá." Como Annabeth não tinha morrido, descartei a possibilidade de eu salvar o mundo.

Eu estava feliz por Percy estar bem, mas sabia que Karina iria voltar, e dessa vez estaria com mais do que duas empousai.

- Nossa, agora eu me dei conta de que não sei nada sobre empousai. Se Annabeth não tivesse me salvado no beco eu estaria morta agora. - eu disse.

- Como assim? Vocês foram atacadas? - perguntou Percy.

- Pois é. Thabata e Juliana. Elas estavam esperando por nós. - disse Annabeth

- Você acha que isso foi tudo armação? - perguntei.

- Acho. A sorte do Percy não é tão boa assim, mas não é coincidência três empousai toparem com a gente. - disse Annie.

- Ei. Você estava comigo todas as vezes que por "coincidência" topamos com algum monstro - disse Percy.

- Mas, você tem essa fama. - disse Annie.

- Quem garante que não é você que tá me dando uma onda de azar?

Eles começaram a discutir e a essa hora eu já estava me rachando de rir. Não sei como seria minha vida sem aqueles dois. Ou minha morte. O~O. Por fim houve uma frase final:

- Então como você explica o pouco tempo em que eu estive desaparecida você atrair um bando de homens esqueleto que seguiram seu cheiro? - disse Annabeth

Percy ficou quieto. E Annabeth tinha uma expressão de vitória no rosto. E eu? Eu continuava me rachando.

- Ainda vamos descobrir quem é o azarado dessa história. Só que mais tarde. Essa conversa não acabou aqui. - disse Percy.

Percy foi pra um dos quartos pra dormir e eu e Annabeth decidimos ir lá fora pra tirar a placa de Alugue-se, antes que mais empousai aparecessem. Enquanto Annabeth tirava os parafusos da placa com uma chave de fenda eu resolvi agradecer:

- Annabeth, obrigada por me salvar lá no beco. Eu não sei nada sobre as empousai. Não conheço seus pontos, não sei seu modo de ataque. Nada. - lamentei.

- Tudo bem, Rany. Só que fique mais esperta da próxima vez. Quando o exército atacar eu não poderei te proteger.

- Ah, tá bom. Vou tentar - disse com a voz trêmula. Annabeth percebeu e olhou pra mim.

- O que foi? - ela perguntou.

- É que... Annie eu não sei lutar. Fiquei anos e anos só caçando com arco e flecha e não sei nada sobre um combate corpo a corpo. Eu vou morrer nessa batalha.

- Ei, não fale assim. Tive uma ideia. Porque não treinamos um pouco antes de irmos dormir? Eu posso te ensinar a lutar. Afinal, Atena é a deusa da estratégia em batalha.

- Você faria isso por mim? - perguntei.

- Claro. Vamos só guardar essa placa tá bem?

 

O quintal era espaçoso e comprido, o que nos dava um bom mini-campo de batalha. Annabeth disse para mantermos uma distância de cinco metros uma da outra para termos velocidade na hora do ataque.

Eu estava com minha espada de prata e ela tinha pedido Contracorrente emprestada a Percy para que pudéssemos treinar com armas iguais. Eu estava ansiosa para começar meu treinamento. Pra mim era emocionante aprender a lutar. Annabeth começou a explicar:

- Rany, quando a espada vir em um ataque frontal, defenda na horizontal, assim - ela me mostrou o movimento de espada - formando uma cruz entre as duas espadas, para que o equilíbrio seja perfeito. Assim, você também consegue contra-atacar com mais facilidade, entendeu?

- Acho que sim. - respondi.

- Tudo bem. Vamos treinar essa parte e conforme eu vou explicando nós vamos treinando, ok?

- Ok.

- Pronta?

Respirei fundo e soltei o ar devagar, tentando relaxar. Coloquei a espada em punho.

- Pronta. Eu vou.

Saí correndo para pegar velocidade. Ataquei Annabeth na vertical. Ela me bloqueou, porém como eu ataquei do alto ela precisou se agachar para bloquear e era impossível obter força naquela altura. Sorri. Ela não tinha saída. Pelo menos pra mim. Mas, aí aconteceu o inesperado, Annabeth pegou no punho da minha espada e girou. Quando percebi a espada cortava o chão e Annabeth me passava uma rasteira. Em um segundo eu estava deitada no chão com as costas e a cabeça doendo, com Annabeth em cima de mim e sua espada no meu pescoço.

Ela levantou:

- Te machuquei?

- Um pouco - tentei me levantar com a mão na cabeça.

- Desculpe. Aprenda, quando você se vê praticamente sem saída, use o corpo do inimigo como apoio para contra-atacar de surpresa. Segurando seu punho, consegui apoio e força para girar o corpo e a perna, como alguém que tropeça e segura na mão de alguém para não cair. Lembre-se disso Rany.

- Tá. - me levantei e me coloquei a postos de novo.

- Agora eu vou atacar. Lembre-se do que eu te ensinei.

Me arrumei e estralei o pescoço pra me acalmar. Mania minha. E então Annabeth atacou.

Ela veio como se fosse atacar na vertical, mas no último segundo girou e atacou na horizontal me pegando de surpresa. Pulei pra trás pra me defender e Annabeth não perdeu tempo. Atacou na vertical e eu fui pro lado. Impulsionada pela velocidade ela ficou de costas pra mim alguns passos a frente. Foi quando me lembrei de como ela tinha pegado a empousa pelas costas e resolvi imitar.

Com o cotovelo, atingi suas costas e ela caiu de joelhos. Peguei ela pelas costas e coloquei a espada em seu pescoço. Eu me considerava vitoriosa. Annabeth se acalmou e eu a soltei. Foi quando ela reagiu, pegou a espada com força, girou nos joelhos e cortou a batata da minha perna.

Soltei a espada e caí de joelhos em consequencia do corte. Annabeth pegou minha espada do chão e formou um X com as duas espadas em volta do meu pescoço. Droga, tinha perdido de novo. Ela me devolveu a espada e eu me levantei:

- Foi bem melhor dessa vez Rany, mas nunca baixe a guarda a menos que o inimigo esteja desarmado ou desacordado.

Assenti com a cabeça, ainda segurando minha perna que não parava de sangrar.

- Vem, vamos cuidar desse ferimento.

Fomos ao banheiro e eu enchi uma bacia com água quente. Enquanto lavava o corte, Annabeth foi buscar curativos. Voltou um tempo depois com um anti-bactericida (N.a:// na nossa linguagem: Merthiolat (não sei se escreve assim ¬¬')) , e esparadrapo. Ela me ajudou a colocar o esparadrapo e eu me levantei.

- Ainda arde? - perguntou.

- Não, está bem melhor obrigada.

- Escuta Rany - disse Annabeth - Você acha que Karina ficou muito encrencada? Sabe, por ter perdido duas empousai e não nos matado?

- Não sei. Mas, se ela for a líder delas, provavelmente está com problemas agora. Nós sabemos que elas não encontraram a pedra, ou então não teriam morrido com o ponto de Aquiles. Hades disse que elas se tornariam totalmente invulneráveis se encontrassem a pedra.

- Verdade. - Annabeth olhou pra mim - Eu só queria saber o que está acontecendo nesse exato momento no Palácio de Perséfone.

 

PDV PERSÉFONE

 

Eu estava sozinha na sala do trono, tendo apenas um guarda por companhia e me roia de raiva por dentro. Como aquela idiota partia com três empousai, deixava elas morrerem e retornava sem o corpo daquelas crianças imbecis? Eu precisava falar com ela, e essa seria o pior momento da vida dela:

- CHAME AQUELA IDIOTA DA KARINA AQUI. - gritei para o guarda - AGORA.

Ele saiu e em pouco tempo ela apareceu pelo corredor, com um olhar matador e se postou à minha frente:

- O que foi?

- O que foi? O que foi? - me levante, a raiva subindo - Você tinha uma simples missão: matar três meio-sangues e por fim, dois meio-sangues matam duas empousai? O que deu na sua cabeça?

- Iríamos atacar de noite, mas eles disseram que não estariam ali à noite. Disseram que iriam embora depois do por-do-sol, na hora em que geralmente atacamos. As garotas iriam sair e o outro, o Percy ia ficar em casa. Era a oportunidade perfeita, porém nossos planos deram errado.

Parei no ato. Saíriam a noite? Eles estavam caçando as empousai. E iriam começar hoje a noite. Karina não podia saber, ou então iria querer mandar um exército atrás deles. E isso não era bom. Não enquanto não encontrassemos a pedra. Me dirigi ao guarda de cabeça baixa:

- Acorde eles, os mais fracos. Diga que precisamos deles para um serviço leve, nada pesado. Vá.

Ele saiu e mais cinco guardas entraram, isso era comum quando o primeiro guarda saía. Karina olhou pra mim entediada:

- Posso ir agora?

- Pode, sim. Pode ir para a cela mais isolada do Hades. Ficará lá por um tempo. Seus esforços não são necessários até a grande batalha. Guardas.

Dois guarda pegaram nos braços de Karina enquanto ela se debatia.

- Não pode fazer isso comigo, Perséfone.

- Não, não. Eu não posso te matar. Mas posso te reter. Sem sangue por uma semana, Karina. Até que você perceba onde errou e não erre de novo.

- VAI PRO INFERNO. -ela gritou.

Eu me virei para encará-la:

- Você esqueceu que eu já estou nele. Levem.

Os guardas levaram Karina para a cela enquanto ela gritava insultos pra mim, mas eu não me importava. Tinha coisas melhores pra fazer.

 

PDV ANNABETH

 

Eu e Rany dormimos no mesmo quarto. Acordamos um tempo depois, porque tínhamos colocado o relógio para despertar a meia noite. Quando as empousai começariam o ataque.

Levantamos com sono e fomos acordar o Percy. Tínhamos uma longa jornada pela frente. Dei um beijo na sua bocheha e chamei:

- Percy, vamos. Está na hora.

Ele abriu os olhos e se espreguiçou. Colocou a mão no bolso e se desesperou:

- Cadê Contracorrente?

- Calma, tá aqui. - devolvi a caneta pra ele.

Ele pegou e guardou no bolso. Coçou os olhos e levantou:

- E aí? Vamos?

 

Andamos pela cidade inteira sem sinal algum das empousai. A menos de dez metros tinha um beco sem saída. E cara, eu tinha aprendido a odiar becos. Rany colocou o braço na frente, nos parando e pedindo silêncio. Foi andando passo por passo em silêncio e fez sinal para a seguirmos.

Olhei pra Percy e ele tinha uma expressão do tipo:" O que que essa louca tá fazendo?".

Olhei pra Rany e murmurei:

- O que você tá fazendo?

- Escutem.

Foi aí que escutei. Do beco no qual estávamos perto vinham gritos aterrorizantes. Empousai atacando com certeza. De repente os gritos cessaram. Nós olhamos um pra cara do outro e saímos correndo até lá. Podia ser tarde demais. Quando estávamos chegando, os gritos recomeçaram.

Foi quando aparecemos no beco. Três empousai atacando uma garota de cabelos ruivos.

- Ei. - gritou Percy - A festa acabou.

As empousai pararam e olharam pra nós. A do meio sorriu:

- Percy Jackson. E trouxe companhia. É bom te ver de novo.

Opa! De novo? Foi aí que ela assumiu a forma humana e eu reconheci aquela empousa de cabelos negros. Kelly. Sussurrei no ouvido do Percy:

- Percy, só quatro palavrinhas: A gente tá morto.

Kelly soltou a garota no chão.

- Essa humana era interessante, mas sangue de semi-deus é mil vezes melhor. Vamos nos divertir com vocês.

Kelly assumiu a forma de empousa e as três atacaram.

Kellu atacou Percy, e uma outra veio pra cima de mim. Ela avançou direto no meu pescoço e eu golpeei o seu com cabo da espada. Ela levantou voo com a mão no pescoço.

Deu uma rasante e me agarrou pelos ombros com as garras. Foi subindo cada vez mais alto, até chegar a uma altura de mais ou menos cem metros acima do chão. Eu não podia atacá-la por dois motivos. Um: eu estava alto de mais e a queda me mataria. Dois: ela estava apertando meu ombro com tanta força que imobilizava meus braços.

Assim que chegamos e duzentos metros o ar congelava e ela gritou pra mim:

- Espero que saiba voar. Ah, me perdoe. Você não sabe.

Ela me soltou e eu fui caindo cada vez mais em direção ao chão. O vento me cegava e provocava lágrimas, meus cabelos soltos subiam como se eu estivesse de cabeça pra baixo, e minha garganta estava sufocada demais pra eu gritar. De repente começou a chover. Será que esse seria meu fim?

 

PDV PERCY

 

Kelly me atacou no calcanhar. Tirei a perna do caminho e pisei em seu pescoço, com a mão direita ela pegou meu tornozelo e eu caí de costas no chão. Kelly me deu um tapa no rosto e estava pronta pra atacar. Foi quando vi seu Ponto de Aquiles: exatamente no meio do peito.

Esperei ela estar bem perto de mim e cravei a espada lá. Ouviu um grito aterrorizante e ela virou pó.

Porém, o grito continuou e vinha do alto. Olhei pra cima, a menos de oitenta metros Annabeth caía em uma velocidade surpreendente. Se eu não pensasse logo ela morreria.

Olhei para o chão. Por causa da chuva tinha uma poça d'água ali. Convoquei as águas e formei um tridente com elas. Eu só precisava esperar o momento certo.

Tudo bem, eu nunca fui bom de mira, mas a vida de Annabeth estava em risco.

Esperei ela ficar na altura da parede do beco e joguei o tridente. Essa era minha única chance. Se eu errasse, não tinha como voltar atrás. Fechei os olhos.

 

PDV ANNABETH

 

Eu fui caindo e finalmente consegui gritar. De repente senti algo cortando meu ombro e me jogando contra a parede. Minhas costas pareceram se quebrar quando se chocaram contra a parede de pedra fria, mas eu estava bem. Ah, meus deuses. Graças a Percy. Tenho que agradecer a Atena depois por ter lhe dado esse momento de inteligência.

Olhei pra ele e sorri. Ele retribuiu. Uma gargalhada sinistra veio do meu lado direito, nós dois olhamos para o lado e vimos a empousa que tinha atacado Ranielly sair voando.

Rany ofegava:

- O que houve? - gritou Percy.

- Ela fugiu assim que viu Kelly morta.

Olhei para o céu e também não vi a empousa que havia me atacado:

- A outra também sumiu. Ei, Percy me tira daqui.

Ele convocou a água, desfazendo o tridente e eu finalmente caí no chão. Consultei o relógio

- Meia hora para o nascer do sol. Vamos embora.

Enquanto saíamos andando paramos no ato. Dez monstros se encontravam na entrada do beco. Três minotauros, três dracaenae, três guerreiros-esqueletos, e para dificultar ainda mais, alguém que eu realmente não queria ver. Medusa.


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Notas finais do capítulo

Cap. enooorme, mas eu prometi pra vcs né? 7 reviews e mais um suuper legal.
Beijos
SEMIDEUSES&SEMIDEUSAS