Tide Blood escrita por Nakura


Capítulo 24
Ligação


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora!o/ (de qualquer modo, a culpa é de vcs q nao postam reviews u_u) Enfim, eu simplismente amei escrever esse capítulo :3 Não sei exatamente o porque, acho q é porque o final deixa um certo mistério... Espero que gostem.



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Capítulo 20: Ligação

“Porque não existe nenhuma ligação maior que o amor.”

O escuro ia se desaparecendo enquanto abria os olhos. Minha consciência voltou ao normal e percebi que estava em uma sala escura, não dava para ver quase nada. Apenas que estava amarrada em uma cadeira, da cintura aos pés.

- Finalmente acordou, hein, senhorita?- Disse um velho com roupas de doutor e aparência de louco.

- ... –Ainda me sentia um pouco tonta e sem forças para falar.

- Você acordou exatamente na hora que eu queria. –Ele pôs uma das mãos no meu ombro e com a outra ligou uma pequena TV que ficava à minha frente.

- O... O que é isso?

Ele deu um sorriso cínico.

- Apenas veja.

Acordei em me levantei rapidamente, como se tivesse tomado um susto. Olhei à minha volta, estava em uma sala minúscula, com as paredes em um tom cinza escuro com amarelo queimado. Não estava amarrado, preso, nem nada. Ouvi um barulho de porta abrindo.

- Tsuki? –Virei-me, lembrando que ela havia sumido antes de eu desmaiar.

Ela estava lá, em frente à porta. Com seus cabelos cor de mel com castanho, que davam ondas e caíam em seu colo e costas. Seus olhos, amarelos como a lua reluzente, olhavam para mim com a expressão inocente e bela de sempre. Seus lábios finos, seu cheiro adocicado... Tudo estava lá. Mas não pronunciava nem uma palavra.

- Tsuki! Você está bem? –Corri até ela e a abracei, esta apenas abaixou a cabeça e me abraçou de volta.

- Umi-kun... Estava preocupada com você...

- Está tudo bem... Sabe onde estamos?

- Não...

Isso tudo era muito estranho. Por que havíamos sidos pegos e jogados ali? Teria uma armadilha?

- Umi. –A voz dela interrompeu meus pensamentos.

- Sim?

Ela corou e olhou para o lado.

- Eu preciso falar uma coisa importante para você...

Andei até ela e olhei em seus olhos.

- Pode falar.

- Eu... –Ela segurou a camisa fortemente e olhou para mim.

- Eu te amo.

- Umi... –Meus olhos arregalaram-se pela surpresa.

- Surpresa?- Disse o homem.

- Isso... –Olhei novamente para a tela onde apareciam Umi e uma garota idêntica a mim. –Quem é essa?

Ele pousou a mão por baixo de meu queixo.

- Essa é a nossa bela criação. Seu nome é Cascata. E ela tem a habilidade de se transformar em você.

- Umi vai perceber que não sou eu.

- Impossível, ela é perfeita. Tem seu cheiro, sabe das suas atitudes... Até o brilho dos olhos dela são como os seus. Perfeita que nem você.

- ....Que nem eu?-Comecei a me mexer, a fim de sair daquelas amarras. –Quer dizer que eu sou perfeita?

- Sim... Comparada aos humanos normais, você é perfeita.

- Eu pensei que vocês tinham o objetivo de me matar. –Quis muito mudar de assunto.

Ele se aproximou de mim com um sorriso mais cínico que antes.

- Nós não queremos te matar, apenas te isolar do mundo e te usar.

Estremeci com aquilo e acabei caindo da cadeira. Esse cara não tinha apenas cara de louco ele TINHA que ser louco mesmo. Olhei novamente a tela e continuei assistindo aquela tortura.

Ela se aproximou lentamente do meu rosto, mas acabei dando um passo para trás. Ela estranhou, corou e ficou de costas pra mim.

- Tsuki... É você mesmo?

- É claro que sou eu... Umi, há algo de errado? É por causa que eu falei que...

- Sim. –A interrompi. - Por que está falando isso para mim logo agora?

- É porque... Eu estou com medo. Eu não quero me arrepender depois e...

Apoiei as minhas mãos em seus ombros.

- Não precisa se preocupar, nada vai acontecer com você. –A abracei fortemente, mas... Algo me dizia que não era ela... Por quê?

Ela me abraçou fortemente. Suas mãos se arrastavam para o meu rosto e se aproximava cada vez mais de mim.

- Não, Umi! Eu estou bem aqui! –Comecei a gritar para a tela e tentava segurar as lágrimas.

O velho começou a rir.

- Entendeu agora? Não importa o quão perfeita você seja, só está trazendo coisas ruins para os outros. Não está vendo seu amado? Ele estará muito bem sem você! O mundo inteiro está!

As palavras foram como um choque para mim. A verdade finalmente havia aparecido. Eu sempre soube disso tudo, mas pensei... Sinceramente nunca soube no que estava pensando. Apenas ignorei e continuei com a tortura de antes. Assistir aquilo.

A garota continuava falando aquelas coisas pro Umi, e ele parecia acreditar.

“Essa não sou eu!” Algo gritava em minha mente... Será que...

- Sabe Umi... A gente pode tentar um acordo entre as pessoas daqui...

- Acordo? Do que está falando Tsuki?

“Essa não sou eu!”

- Eu acho que voc-

Fui interrompido pelo beijo que ela roubou. Foi perfeito demais, como se fosse a Tsuki que estivesse ali mesmo. Mas...

As lágrimas finalmente rolaram em meu rosto... Era tão dolorido ver isso... Por que estavam fazendo isso comigo?

- Então... Desiste?

Apenas abaixei a cabeça como resposta. Estava amarrada, fraca, sem vontade ou motivação para me defender. Nem o Umi me reconhecia de verdade. O velho desligou a TV, retirou uma seringa e uma faca do bolso e andou até mim.

Ela continuava me beijando. Suas mãos estavam em minha nuca e mexiam delicadamente.

Porém, de repente, uma tristeza enorme me dominou e fiquei com uma vontade imensa de chorar. Era como se alguém estivesse chorando por mim.

A afastei de mim, que me olhava em tom de dúvida.

- Você... Não é a Tsuki.

Ela se surpreendeu.

- Como as-

- Você... Você não é nem um pouco parecida com ela.

Ela se afastou mais ainda e começou a rir de nervoso.

- Como assim?! Eu sou perfeitamente igual a ela!

- Não é não. Em primeiro lugar, as mãos da Tsuki são muito mais quentes que as suas. Em segundo, a Tsuki me olha nos olhos muito mais que você...

Ela ia tirando o disfarce, pouco a pouco, como se estivesse se transformando. Estava se preparando para me atacar, já que havia sido descoberta.

- ... E em terceiro, o beijo da Tsuki é muito melhor que o seu!- Disse, com total certeza de que ela estava me esperando em algum lugar.

Ele injetou algo em mim que me deixou mais fraca ainda, mas antes de terminar de injetar, a seringa se partiu em dois. Ele olhou para trás, com um pouco de medo. Havia alguém na porta.

- Vo... Vo-

Não teve tempo de terminar suas palavras, foi atingido no pescoço, que começou a sangrar muito, e caiu no chão. Minha visão estava turva, a pessoa caminhava em minha direção, mas antes de ver-la totalmente, desmaiei em um profundo sono.

Fim do capítulo


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Sugestões? Críticas? Elogios (:3)? Quem vocês acham q apareceu no final(ou quais pessoas)?