Make Me Wanna Die escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 4
Capítulo 4 Outras Surpresas - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é enorme, por isso vou dividi-lo em duas partes.



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Quíron parecia que teria um ataque do coração. Ele galopava incansavelmente ao meu redor até me levar a mesa de Hades, quase vazia. Havia apenas três garotas e cinco garotos.

-Garotos, essa é sua nova companheira de chalé, Julie Olivier. Julie estes são Karl Rodriguez, Paul Cloude, William Heptburn, Jackson Bones e Peter Fontaine – ele disse apresentando os garotos, os meus irmãos.

Karl tinha os cabelos pretos lisos até o queixo, Paul tinha os cabelos castanhos arruivados, Will tinha cabelos castanhos cacheados, Jack tinha cabelos louros e Peter cabelos loiros escuros. Todos tinham olhos negros.

-Estas são Taylor Anninston, Jennifer Louis e Gabriela McCurdy.

Taylor tinha os cabelos loiros claros cacheados até a cintura, seus olhos escuros estavam fortemente delineados, já os cabelos de Jennifer, cacheados também, eram de um ruivo forte. Gabriela, no entanto tinha os cabelos da mesma cor que os olhos. Negros profundos.  

Sentei ao lado de Jenny, que me olhava curiosa. O prato em que eu comia estava quase vazio, enquanto eu revirava a comida com o garfo.

 

-Não se preocupe – disse Will, sentado na minha frente – É assustador, mas não se preocupe. Tudo vai ficar bem, você se acostuma. Mas, se não for muito indelicado, porque seus irmãos não estão aqui?

Agora todos prestavam atenção.

-Não sei! – minha voz estava embargada.

Isso estava ficando cada vez mais esquisito. 

 Depois que jantamos e fomos para o chalé de Hades, eu finalmente pude vê-lo por dentro. Por fora ele era sem graça, com pedras negras e ossos decorando as janelas, mas por dentro era espetacular. Os beliches ficavam em um canto do chalé, havia dez beliches, o que dava a capacidade para vinte filhos de Hades ali. A madeira era negra, como os cobertores, mas os lençóis e travesseiros eram brancos. Estantes de livros ficavam na parede perto a porta, já na parede da porta dos banheiros estava cheia de troféus, espadas e outros equipamentos enferrujados. Na parede que sobrou, haviam as escrivaninhas.

Minhas coisas já estava em um beliche ao lado de uma janela. Sentei junto a cama, olhando tristemente para fora da janela.

 

POV BRAD

 

Quando chegamos do arco e flecha, fomos direto para o refeitório. Quando chegamos

todos os outros já estavam lá. Grace sorriu para mim na mesa de Hermes. Puxei Charity pela mão e fomos até ela.

-Oi – ela disse, acenando. Nem acenei porque sentei ao lado dela, puxando Charity para o banco.

Não consegui responder, porque nessa hora Julie entrou e algo estranho aconteceu. Um símbolo negro com fumaça escura brilhante surgiu sobre a cabeça dela. Toda a mesa de Hades começou a murmurar quando isso aconteceu, Quíron ficou inquieto e o Sr. D. ficou paralisado, como eu.

Julie era filha de Hades. Então isso significava que eu era filho dele também? Mas éramos totalmente diferentes, não somente fisicamente como psicologicamente. E não apenas eu, Charity era completamente diferente de nós dois.

 

POV JULIE

 

Naquela noite eu não consegui dormir. Fiquei revirando-me no beliche, sentindo os lençóis de seda ficarem molhados com o meu suor. Uma hora, não agüentei mais e me levantei, enrolando-me no róbe e saindo do chalé. A noite estava fria, mas agradável. A luz das estrelas retinia sobre meus cabelos presos em um coque baixo, meus pés descalços não faziam barulho na grama úmida do orvalho.

-Dando um passeio? – perguntou uma voz, fazendo-me dar um salto, mas quando vi Lucas suspirei aliviada.

-Sim, é muita coisa para processar.

Ele concordou com a cabeça.

-Logo você se acostuma.

-Duvido um pouco!

Ele deu um sorriso torto.

-Não se preocupe, faz um dia que está aqui. Eu estou aqui a onze anos, desde que eu tinha oito anos de idade.

Fiz as contas rapidamente. Lucas tinha 19 anos.

-Não sei se... aqui é meu lugar! – eu disse cruzando os braços com força na frente do peito. Ele notou meu desconforto e passou um braço em volta de meus ombros.

-Ei, sem preocupação. Tudo vai dar certo, ok?

Concordei com a cabeça.

-Mas e Brad e Charity?

Ele mordeu o lábio, e eu continuei.

-Olha, desculpe por ontem. Você estava certo com sua teoria.

 

Agora Lucas parecia aliviado.

-Bem, mas... como será que isso é possível? – perguntei fechando os olhos, suspirando profundamente. Agora estávamos ao lado do anfiteatro, onde havia o banco em que sentamos.

-Julie, eu realmente não sei. Ela pode ter se envolvido com vários deuses...

Senti uma lágrima escorrer.

-Eu não quis dizer isso!

-Sei que não – respondi com a voz embargado, tranqüilizando-o.

-De quem você acha que eles são filhos?

-Bem, pela cor de olhos principalmente. Os semideuses normalmente tem a cor de seus olhos iguais aos de seus pais ou mães. Brad, por exemplo tem a mesma cor de olhos que eu, e os cabelos também.

-Então quer dizer que ele é filho de...?

-Nós achamos que ele é filho de Poseidon.

Suspirei.

-Agora eu não sei de mais nada.

Deitei minha cabeça no ombro dele, sentindo as lagrimas caírem de meus olhos.

-Ei, Julie – ele disse se levantando e estendendo-me a mão – Vamos levante. Você não pode ficar assim para sempre!

-Não quero – supliquei.

-Está sendo dramática. Não é tão ruim assim!

Olhei para ele tipo: ¬¬’

-Certo, certo – ele riu levantando os braços – Acho que amanhã o chalé de Hades ter treino de espadas com o nosso chalé... posso treinar com você?

Eu ri.

-Certo, mas não tenho uma espada.

-Ahh, isso não é nada. A gente resolve!

Sorri para ele.

-Vou dormir – esclareci, me levantando do banco – Até amanhã!

-Boa-noite – ele sorriu.

Quando me virei, dei um sorrisinho. PERAE. Por que eu estou dando sorrisinhos para o nada? Está enlouquecendo Julie? Será que estou mesmo ficando louca? Quem sabe! É bem possível...

Meu pensamento foi interrompido quando cheguei na janela. Abri-a cuidadosamente, mordendo os lábios. Passei meus braços pela janela. Quase sufoquei. Arquejando, passei uma perna, depois a outra. Quase bati em um beliche, mas consegui me equilibrar e fui até minha cama, onde pensei que poderia ter uma noite tranqüila, certo?

Errado. Naquela noite, tive um sonho esquisito. Muito esquisito mesmo.

Eu estava em um lugar escuro. Uma floresta. Os galhos se balançavam perigosamente sobre minha cabeça, e ao longe, corujas piavam. Com um vento gelado, um vulto com uma  capa preta passou correndo por mim, como se eu não estivesse ali. Por isso notei que era um sonho... bem, eu pesadelo. O vulto foi correndo cada vez mais, e eu o seguia. Quando chegou em um lago, tropeçou em umas pedras e com um guincho agudo, a capa caiu.

O vulto era uma garota. Essa garota tinha cabelos ruivos escuros, que estavam presos em um coque solto, deixando várias mexas caírem ao lado do rosto. Ela estava descalça, o jeans dela estava rasgado, a blusa em farrapos e a capa toda suja.

Ela arregalou os olhos verdes claros, olhando através de mim. Virei-me depressa, vendo para quem ela olhava. Um homem. Um homem com uma capa preta envolvendo o corpo. Apenas via-se fiapos de barba branca que escapavam-lhe pelo capuz.

-N-não – ela chorou, puxando para trás com as mãos.

O homem se ajoelhou e olhou indiferente para ela.

-Não tema, brava guerreira.

-N-não – ela repetiu, tentando afastar-se dele.

-Não tema – ele também repetiu, e então levantou-se raivoso.

-NÃO – dessa vez ela berrou a plenos pulmões.

-Cale a boca, garotinha. Você não sabe com quem está lidando. Você não sabe quem eu sou? Não sabe? Responda!

-V-você é... é....

-Vou responder para você, minha filha.

-O que? – ela se engasgou, respirando rapidamente.

O homem atirou a capa para o lado, revelando o corpo musculoso e moreno. O cabelo era tão branco quanto a barba.

-Minha querida, ainda não sabe quem sou?

-V-você é... você é... você é...

Nisso, com um solavanco, eu acordei.


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