A Vingança escrita por MisuhoTita


Capítulo 8
O Desespero de Richard




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As lágrimas banham o rosto de Richard, simplesmente não conseguia acreditar no que seus olhos estavam lhe mostrando. Sua mãe... Sua amada e querida mãe não poderia...

Lorde Simon Elliot também está paralisado perante o corpo mutilado de sua esposa, porém, precisava ser forte por seu filho. Ele tenta colocar uma de suas mãos no ombro de Richard, porém, é repelido por ele.

Richard ajoelha-se perante o corpo de sua mãe e o abraça, suas vestes brancas rapidamente começam a se manchar com o sangue de sua mãe. Desesperado, Richard começa a murmurar para o corpo sem vida de sua mãe:

― Mãe... Mamãe... Por favor, acorda... Por favor, não me deixe... Fala comigo mamãe...!

Mais lágrimas banham o rosto de Richard, enquanto tenta em vão reanimar o corpo morto de sua mãe.

Cameron fecha os olhos perante aquela cena, não conseguia imaginar como um ser humano era capaz de fazer tamanha crueldade. Simon olha para o melhor amigo de seu filho e lhe diz:

― Por favor, traga a polícia até aqui. E... Uma carruagem para levarmos o corpo de Annie.

Sem dizer uma palavra, Cameron saí, deixando aquela dolorosa cena para trás.

Simon aproxima-se de seu filho, que está agarrado ao corpo de sua mãe de uma maneira desesperadora e chorando descontroladamente. Tinha que tirá-lo dali. Ele diz:

― Richard, meu filho... Nós precisamos...

Richard se recusava a ouvir as palavras que o pai estava prestes a dizer, se recusava a acreditar que sua mãe estava morta. Sem dar ouvidos ao pai, continuou agarrado ao corpo de sua mãe.

Simon não sabia mais o que fazer, entendia como seu filho estava se sentindo, pois ele sempre fora muito apegado à mãe. Mas, ele tinha que aceitar e encarar o fato de que sua mãe estava morta.

As lágrimas continuavam a inundar o rosto de Richard, parecia que não tinham fim. Ele ainda continua sussurrando para o corpo de sua mãe:

― Mamãe... Mamãe volta...

Com um grande pesar, Simon abaixa-se para encarar seu filho.

― Richard, você já é um homem. Precisa encarar a realidade e aceitar o fato de que infelizmente sua mãe não está mais conosco.

Richard encara seu pai por um breve instante antes de voltar sua atenção para o corpo sem vida de sua amada mãe.

― O senhor não entende, meu pai. É minha culpa a mamãe estar morta.

Enfim conseguira dizer às palavras que estavam presas em sua garganta.

― Richard, meu filho. O que aconteceu a sua mãe foi uma fatalidade, ninguém teve culpa.

Ainda encarando o corpo de sua mãe, Richard diz:

― Não, meu pai. A culpa é única e exclusivamente minha. William Lancelot assassinou mamãe apenas para se vingar de mim.

Até aquele momento, Simon não tocara naquele nome, mas, já que Richard o mencionara, diria o que achava daquele homem.

― Meu filho, aquele homem tem um espirito ruim. Você não é responsável pelas ações dele. Na época em que o denunciou, você fez o que achou certo, fez o que eu e sua mãe o ensinamos a fazer. E me orgulho disso, com apenas 20 anos, você mostrou o homem de caráter que eu e sua mãe criamos.

― Mas ele voltou e assassinou a mamãe... Naquela época, ele disse que voltaria para se vingar, e foi o que fez, ele cumpriu aquele maldito juramento.

Simon estava se controlando para não deixar suas lágrimas de dor caírem na frente de seu filho. Agora, Richard só tinha a ele. E, duvidava de que o tal William Lancelot iria parar por ali, conhecia a vida bem demais para saber que aquele era apenas o início das desgraças que se abateriam sobre seu filho. Precisava ser forte e dar a Richard todo o apoio que ele estava precisando naquele momento, deixaria as lágrimas de dor pela perda de sua amada Annie quando estivesse sozinho em seu quarto.

― Richard, a polícia já deve estar chegando. Eles encontrarão William Lancelot e o condenarão a pena de morte.

Richard não deu ouvidos as últimas palavras de seu pai. Não queria saber de William Lancelot, de polícia, de nada. Sua mãe estava morta por sua culpa, este era o fato, o peso que teria que carregar consigo para o resto de sua vida.

Neste momento, a polícia chega, junto com alguns homens de suas terras e um médico legista. Simon tenta tirar seu filho do chão, afastá-lo do corpo de Annie, mas é em vão. Simon diz:

― Richard, afaste-se, eles precisam levar o corpo.

Mas é em vão, Richard continua abraçado ao corpo de sua mãe. Ele diz:

― Me deixe em paz!! Eu não vou deixa-la!!!

Cameron e mais dois policiais juntam-se a Simon, e, conseguem tirar Richard do corpo de Annie. O médico legista vê o corpo e diz:

― Está morta.

Ouvindo aquelas palavras do médico legista, Richard sentiu como se seu coração estivesse sendo perfurado por uma espada. Ele viu, sem reação alguma, seus homens cobrirem o corpo de sua mãe para leva-lo até suas terras, onde deveria ser velado e depois enterrado.

Tudo isto por sua culpa.

A carruagem começa a partir. Simon olha para seu filho, cujas vestes brancas tornaram-se vermelhas devido ao sangue de Annie. Pela primeira vez, Richard permite-se ser conduzido por seu pai até onde haviam deixado os cavalos, onde monta Alma Branca automaticamente e segue para o castelo Elliot sem dizer uma única palavra.

Chegando ao castelo, Richard sobe para seu quarto mecanicamente, tranca a porta, joga-se em sua cama e, deixa as lagrimas continuarem a inundar seu rosto. Lágrimas de uma tristeza profunda pois, nunca mais veria sua amada mãe de novo, ela nunca mais iria sorrir para ele, nunca mais ele lhe daria rosas de presente, nunca mais tomariam chá juntos, ela nunca mais adivinharia seus pensamentos apenas olhando para ele, nunca mais...!

 

 

*****

 

 

Longe dali, em uma casa alugada, William Lancelot sorri de maneira triunfante para Jake. Ele diz:

― Há essas horas, Jake, o maldito Elliot deve estar sofrendo a morte de sua mãe.

― Imagino que sim, Sir William.

William tira de uma cristaleira duas taças, enche ambas de champanhe e entrega uma a Jake dizendo:

― Vamos fazer um brinde ao meu primeiro momento de glória, Jake.

― Que seja o primeiro de muitos, meu senhor.

Os dois brindam alegremente a morte de Lady Annie Elliot.

― Sabe Jake, só lamentei o fato de não poder ver a cara do maldito Elliot.

― Sua hora chegará, meu senhor.

― Tem razão, Jake. Após os funerais de lady Annie Elliot, darei início a segunda parte do meu plano de vingança.


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