My Destiny Is You escrita por Nyh_Cah


Capítulo 56
Capítulo 56




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Alice
Ouvi a porta a bater duas vezes o que significava que tinham entrado duas pessoas no quarto. Eu não estava a dormir, tinha apenas os olhos pesados devido ao sedativo. Fiquei a ouvir a conversa toda. Tudo o que a Esme tinha dito e o Jasper também, eu tinha ouvido. A Esme sabia tanto de mim. Compreendia-me tão bem. Ela era mais minha mãe do que a Evolet. Desde pequenina que me lembro de ela tomar conta de mim e de me ajudar, porque ninguém o fazia em minha casa. Eu adorava ir para casa da Esme porque sentia-me sempre segura e amada. Abri os olhos lentamente e logo caíram lágrimas deles. A Esme percebeu que eu estava acordada e veio para o pé de mim. Ela tinha um sorriso maternal no rosto. O sorriso que sempre me dava segurança, o sorriso que me fazia sentir protegida. Ela sentou-se na minha cama de frente para mim e abraçou-me carinhosamente. Chorei um pouco nos braços dela. Ela não disse nada, apenas esteve ali para me dar apoio para eu saber que tinha alguém.
- Obrigada. – Sussurrei entre soluços perto do ouvido dela. Ela tinha feito tanto por mim.
- Querida, não é preciso agradeceres. – Disse ela limpando os rastos das lágrimas. – Eu vou estar sempre aqui para ti.
- Esme. – Comecei. – O que disse é verdade? – Perguntei, referindo ao que ela disse sobre a minha mãe estar arrependida. Eu sempre quis que a minha mãe gostasse de mim. Sempre quis que ela me visse como filha dela.
- Sobre o quê, querida? – Perguntou.
- Sobre a minha mãe estar arrependida?
- Estou. – Respondeu ela com um sorriso pequeno. – Eu sei que ela te magoou muito, Alice. Eu sempre percebi o quanto eras infeliz por nenhum dos teus pais te amar, por nenhum dos teus pais te vir como uma filha. Na altura em que a tua mãe engravidou, ainda éramos novas. Eu estava grávida da Rose e ela estava grávida de ti, mas enquanto eu tinha um marido que me amava e uma vida estável a tua mãe não. A tua mãe ainda namorava, não era nada sério e ao engravidar, eles foram obrigados a casar. Eu via que ali não havia amor e tentei dizer à tua mãe que não estava a fazer o correcto, que havia outra alternativa, mas ela casou com o teu pai. O teu pai nem queria ouvir nada sobre gravidez. E a tua mãe só dizia que não estava pronta e com a atitude do teu pai começou a desesperar e a ver o quanto iria ser infeliz. Ela falou comigo sobre abortar. Eu disse várias vezes para ela rejeitar essa opção. Tu não tinhas culpa de nada, mas ela continuava a culpar o bebé. Ela chegou mesmo a ir à clínica mas não conseguiu entrar, não teve coragem. Eu acompanhei-a e ajudei-a muito na gravidez, mesmo estando quase a ter a Rose. Quando tu nasceste e vieste para casa, o teu pai praticamente não parava em casa e a tua mãe não queria cuidar de ti. Ela contratou uma ama e tu passavas o dia todo com ela. Mesmo muito pequenina parecia que tu percebias o que se estava a passar à tua volta. Eras um bebé triste, não tinhas aquele brilho e aquela vivacidade que um bebé tem. Quando o horário da ama acabava, eu trazia-te para minha casa e eu percebia que tu lá em casa eras mais feliz. Passavas todos os fins de tarde comigo e com a Rose, depois à hora do jantar eu levava-te para casa. E foste crescendo assim. – Contou ela. Eu desde sempre que me lembro de ir para casa da Esme. Era uma coisa normal para mim, era como se ela fosse parte da minha família e eu fosse lá visita-la, mas nunca pensei que isso acontecia desde que eu nasci, e porque os meus pais não queriam tomar conta de mim. – Eu não te estou a dizer isso para te sentires pior, só quero que saibas a história toda. Eu e a tua mãe éramos grandes amigas. Sempre unidas. Mas eu via como ela se comportava ao pé de ti e não gostava disso. Chamei-a a atenção várias vezes, discutimos várias vezes, até que nos afastámos por completo. Mas eu não podia deixar-te entregue a eles e pedi à tua mãe para ficar contigo uma parte do dia. Claro que ela não rejeitou. Quando ela engravidou da Chyntia , ela viu um recomeço, ela e o teu pai. Eles agiam de uma maneira completamente diferente à tua irmã. Ficaram entusiasmados com a gravidez e parecia que gostavam mesmo dela e eu via-te cada vez mais de lado naquela família. Mesmo sendo a irmã mais velha, a Chyntia fazia-te tanto mal e tu deixavas como se o deixares fizesse com ela gostasse mais de ti. Eu via que tu querias tanto ser aceite na tua família como tu eras na minha e tu também o dizias. Tu estavas tão acostumada a ser rejeitada que quando nós mudamos de casa, tu não apareceste durante uma semana em nossa casa. Eu fiquei preocupada pensei que teria acontecido alguma coisa e no Sábado fui até tua casa para falar contigo. Não sei se te lembras do que me disseste mas eu nunca me irei esquecer. Uma menina com a tua idade não haveria de se sentir como tu te sentias. Eu perguntei-te o que se tinha passado para não teres ido lá a casa e tu não falavas. Pensei que tinha sido a tua mãe ou o teu pai a proibir-te até que tu te desfizeste em lágrimas e disseste: “eu pensei que vocês se mudaram porque não me queriam mais ao pé de vocês, por isso não apareci.” Tu ainda eras nova, não tinhas que ter esses pensamentos e esses sentimentos.
Eu via como os teus pais apaparicavam a Chyntia e não queriam saber de ti. Tu cada vez passavas mais tempo em nossa casa e eu até preferia assim, porque sabia que eras feliz connosco. Cresceste e nada mudou. Quando desapareceste, eu fui ter com a tua mãe para saber de ti e ela simplesmente disse que não tinha mais nenhuma filha.
A Evolet cometeu muitos erros, magoou-te muito, fez-te muito mal. Eu presenciei isso tudo, Alice. Sei do que estou a falar. Quando ela veio ter comigo, eu fiquei furiosa e irritada por ela andar à tua procura. Ela não tinha esse direito. Não tinha o direito de saber da tua vida, de saber o que se andava a passar. Mas eu vi-a que ela estava desesperada, que ela tinha ficado sem chão. Eu atirei-lhe tudo à cara, tudo o que ela tinha feito contigo e ela chorou, e chorou muito. Eu conheço-a há muito tempo e sei que não foi um choro fingido. Ela estaca mesmo preocupada contigo. Ela percebeu o quanto errou e o quanto de magoou e tem a consciência de que a podes rejeitar. Ela separou-se do teu pai, na altura em que tu voltaste para cá. Depois daquele encontro que vocês tiveram no parque, ela começou a perceber como tinha sido para ti e que tu não merecias isso. Ela começou uma nova vida sozinha. Reconstruiu a vida dela para ser uma pessoa melhor. Ela acompanhou a tua vida de longe, Alice. Ela ia ver-te trabalhar. Ela tentou entrar no teu casamento, mas o Edward não deixou. Ela preocupou-se contigo. 
- Mas porque é que ela não veio ter comigo e dizer tudo isso? – Perguntei ainda soluçando um pouco.
- Ela tinha medo do que aconteceu, hoje. Ela tinha medo da tua rejeição e o pior é que ela tem a consciência que merece essa rejeição. Que merece o teu desprezo, tal como ela fez contigo estes anos todos.
- A Esme acha mesmo que ela está realmente arrependida? – Perguntei um pouco confusa com a mudança da minha mãe. Eu não sabia o que pensar. Por um lado eu queria a minha mãe ao pé de mim, queria a oportunidade de saber o que era ter uma mãe mas por outro, eu não queria que ela entrasse na minha vida e voltasse a destrui-la. Eu estava dividida.
- Sim, eu acho que ela está realmente arrependida. – Respondeu a Esme.
- Acha que eu me deva aproximar dela? Que a deixa entrar na minha vida?
- Queria, eu não posso responder a isso por ti. Eu sei que ela está arrependida, mas também sei o quanto ela te magoou e que destruiu grande parte da tua infância e adolescência. Tu é que tens de decidir, se achas que ela merece entrar na tua vida, que seja a avó dos teus filhos, que esteja ao teu lado nos dias importantes. Acima de tudo, tu é que sabes se a consegues desculpar, se consegues esquecer tudo o que ela te fez no passado e construir uma nova história com ela. – Respondeu a Esme. Ela tinha razão. Ela não poderia responder por mim mas eu também não sabia o que fazer, eu tinha tanto medo que ela me voltasse a magoar. – Quero apenas que saibas que eu vou estar ao teu lado, seja qual for a tua decisão. Eu vou-te apoiar e perceber o teu lado. – Sorri um pouco com o que ela disse. A Esme era a pessoa mais boa e amorosa que eu conhecia.
- Não sei o que pensar, Esme. Eu quero muito a minha mãe na minha vida, foi o que sempre quis mas e se ela me volta a magoar?
- Eu sei que tens medo, Alice. Eu não te posso prometer que ela não te vá voltar a magoar, queria poder prometer-te isso mas não posso. Tens de pensar se queres arriscar em tentar uma relação com ela.
- Eu tenho de pensar, Esme. – Disse simplesmente.
- Eu sei e sei que vais tomar a melhor decisão para ti e para a família. – Disse a Esme enquanto batiam à porta. Era a Rose que estava a bater. Não sabia que ela ainda continuava aqui, pensava que ela já tinha ido para casa. Ela estava com um ar cansado e abatido. Não sei se era apenas desta situação ou se se tinha passado alguma coisa.
- Vim me despedir. Tenho de ir para casa. – Disse ela sorrindo fraco. – Amanhã, volto, está bem?
- Está bem, Rose. – Respondi-lhe. Ela deu um beijo na minha bochecha e outro na bochecha da Esme e depois foi embora. O Jasper ainda não tinha chegado, pelo que tinha percebido pela conversa, ele foi falar com a minha mãe. A Esme iria ficar comigo até ele chegar. Depois de almoçarmos, eu pedi-lhe para ela me levar para o berçário, para poder ver o Will. Ficámos lá a tarde inteira, mesmo eu não podendo pegar nele ao colo e depois voltámos para o quarto para ficarmos à espera do Jasper. Ele ainda não tinha vindo.


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Notas finais do capítulo

Oláa! Eu hoje estou a postar mais cedo porque amanhã não vou conseguir postar e tambem quero avisar que provavelmente não irei responder a nenhum comentário até Sábado ou Sexta à noite. Eu vou estar fora a semana e em principio não vou ter acesso a computadores. Espero que compreendam, as minhas férias estão quase a acabar e eu tenho que aproveitar. Tambem queria dizer que a postagens vão passar a ser ao Sábado porque as minhas aulas vão começar e dá-me mais jeito postar ao Sábado.
Espero que tenham gostado deste capitulo e espero os vossos comentários!
Beijinhos
S2



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