Acordei no dia seguinte, com o Jasper a acariciar-me a bochecha. Estava um pouco enjoada. O Jasper percebeu que se passava alguma coisa.

- Estás bem? – Perguntou preocupado.

- Estou um pouco enjoada, nada de mais.

- Tens a certeza? Não sentes mais nada? – Perguntou.

- Não, não sinto. Já passa, não te preocupes.

- Está bem. Se piorares, diz. Está bem?

- Está bem! – Disse sorrindo. Ele preocupava-se sempre tanto! Ele continuou a olhar para mim preocupado. – Não estejas tão preocupado, é apenas uma má disposição. Está tudo bem. – Disse beijando, de seguida, a ponta do seu nariz. Ele relaxou um pouco e sorriu para mim. – Vês, muito melhor. – Disse sorrindo também.

- Amo-te, é difícil não me preocupar contigo. É mais forte do que eu. – Disse ele.

- Também te amo! – Disse beijando-o.

- Temos de nos levantar, senão vamos chegar atrasados! – Disse ele.

- Não me apetece levantar. – Disse fazendo biquinho.

- Nem a mim mas tem de ser! – Disse ele acariciando a minha bochecha.

Levantámo-nos e fizemos o habitual. Eu fui acordar a Amber e a Liv e ajudei-as a vestir enquanto o Jasper fazia o pequeno-almoço. Depois de estarmos todos prontos, deixámos a Amber na escola e o Jasper deixou em casa da Esme com a Liv. Quando a Rose chegou, fomos trabalhar. Os dias tinham voltado ao normal. Estava tudo bem e a Amber já estava bem melhor na fisioterapia, ela já tinha feito amigas lá e tudo. Sempre que vinha de lá, vinha sempre mais feliz do que a primeira vez que a vim buscar. O dia do casamento estava cada vez mais perto. Já estava tudo pronto e os convidados já tinham todos, confirmado a sua presença. Estava cada vez mais ansiosa para que o dia chegasse. Ia ser o dia mais feliz da minha vida.

Nestes dias, tenho estado um pouco mal. Cada vez mais mal disposta e já por algumas vezes tinha vomitado. Ainda não tinha dito nada ao Jasper, não queria preocupá-lo. Devia ser apenas uma virose. Como também me tenho sentido cansada e tonta, decidi que se continuasse assim, iria ao médico ver o que se passava por mais que não quisesse ir para hospitais. Mas tinha que cuidar de mim para estar bem para as minhas filhas e para o Jasper.

Hoje, de manhã tinha voltado a acordar mal disposta e vomitei de manhã, a seguir de ter tomado o pequeno-almoço. O Jasper não deu por nada estava a arrumar a cozinha. Como tinha prometido, ia ao médico, hoje. Ia falar com a Rose, ela ia compreender. Já estava em casa da Esme à espera da Rose e estava com uma Liv muito inquieta nos meus braços. Ela, hoje, tinha acordado muito agitada e ainda não tinha parado quieta. A Rose acabou por chegar e fomos as duas para a loja, que já íamos atrasadas.

- Rose, queria te pedir uma coisa. – Disse.

- O que foi, Alice? – Perguntou já preocupada. – Passa-se alguma coisa? – Perguntou.

- É que eu acho que apanhei uma virose ou algo do género e queria ir ao hospital depois de almoço, será que posso. Eu depois volto, vai ser rápido.

- Claro que podes, Alice. Espero que não estejas doente outra vez. – Disse ela sinceramente.

- Também eu. – Disse. – Olha, não contes nada ao Jasper. Eu não quero que ele fique preocupado sem razão.

- Está bem mas isso porque eu sei como é que ele é. Preocupa-se por tudo e por nada. Mas se se passar algo de grave, tens de lhe dizer, Alice.

- Claro que sim. – Disse. Ela sorriu para mim. Abrimos a loja e começámos a trabalhar. Estivemos ocupadas a manhã inteira. Depois de ter almoçado com a Rose, dirigi-me para o hospital. Fiquei um pouco à espera nas urgências, não muito tempo. Quando entrei no consultório o médico mandou sentar-me e eu expliquei tudo o que tenho estado a sentir de algumas semanas para cá. Ele deve ter desconfiado do que era porque me mandou logo para outra sala para me examinar melhor. Primeiro, fez-me uma ecografia, achei um pouco estranho. Depois de ter estado a examinar, abriu um pouco sorriso e disse apontando para o ecrã:

- Aqui está o seu bebé. – Fiquei atónica a olhar para o médico. Estava grávida? Outra vez? Mas quem é que fez de mim uma pessoa tão fértil? Sempre que não estava à espera aparecia-me uma surpresa destas. Não quero dizer que não gostava porque era completamento o oposto. Eu ia ter mais um filho do Jasper e isso deixava-me extremamente feliz. Eu ia ter mais um filho dele! Sorri para o médico e não percebi logo que estava a chorar. – É a primeira vez? – Perguntou o médico.

- Não, é a terceira. – Respondi. O médico sorriu para mim.

- Tudo o que tenho para lhe dizer, é que comece a ser acompanhada por um obstrecta. De resto, está tudo bem consigo! – Disse ele.

- Obrigada, doutor. – Agradeci continuando a sorrir.

- De nada. Felicidades e o resto de uma boa tarde.

- Para si também. – Respondi. Fui para o carro e dirigi até à loja. Demorei menos tempo do que estava a pensar, era ainda três e meia. Estacionei o carro no estacionamento subterrâneo e depois fui para a loja. Ia muito feliz mas quando cheguei à porta da loja o meu sorriso caiu logo. Mal passei a porta, deparei-me com a Rose ao telefone e a chorar. O que se tinha passado? Dirigi-me o mais rapidamente possível para o pé dela e ouvi ela dizer:

- Ela acabou de chegar.

- Rose, o que se passa? – Perguntei já preocupada. Ela desligou o telefone e olhou-me com os olhos cheios de lágrimas e tristeza. – Rose, o que se está a passar? O que aconteceu? – Perguntei quase em pânico.

- Alice… - Começou ela entre soluços. – A Maria levou a Liv. – Disse ela começando a chorar outra vez. Olhei chocada para ela e o mundo desabou aos meus pés. Tive que me agarrar ao balcão para não cair. A Maria tinha levado a Liv… Porquê? Porquê outra vez? O que é que ela ia fazer com a Liv? Eu nem queria pensar. As lágrimas jorraram dos meus olhos como se alguém tivesse aberto uma torneira.

– Alice, vamos para casa da minha mãe. Ela está horrível. O Emmet, o Jasper, o Edward e o Carlisle já foram atrás dela. Pelo menos tentaram, ainda não voltaram. – Eu não dizia nada, eu só queria que tudo fosse um sonho e que eu acordasse deste sonho. Queria que não fosse verdade. A Liv era tão pequenina, devia estar tão assustada. Os meus soluços começaram a tornar-se mais audíveis e a Rose começou a ficar preocupada por eu não dizer nada. – Alice, vou fechar a loja, senta-te aqui. – Disse ela apontando para a cadeira atrás do balcão. – Sentei-me porque ela me conduziu para a cadeira. O meu cérebro não trabalhava, não mandava o meu corpo fazer nada. Apenas pensava na Liv e como é que ela estaria. Não queria que nada de mal lhe acontecesse. A Rose tirou as clientes, educadamente, da loja e depois fechou-a. Foram as duas em direcção ao carro e a Rose dirigiu para casa da Esme. O meu cérebro não processava nada, apenas queria chegar a casa da Esme e a Liv já estar lá sem nada, saudável. O caminho pareceu longo demais e parecia que nunca mais chegavam. Quando chegaram a Rose ajudou a Alice a sair do carro e entraram dentro de casa.