Passado uns dias, já estava muito melhor mesmo. Já não tinha febre, falta de ar raramente tinha. Apenas tinha tosse mas o Jasper continuava cá em casa a dizer que queria cuidar de mim porque ainda não estava completamente curada e podia ter uma recaída. Eu não me opunha. Eu adorava tê-lo cá em casa, sempre estava mais perto dele.

Já era de noite e a Amber já estava ferrada a dormir no quarto. Eu e o Jasper estávamos na sala a ver televisão e a falar.

- Shiu! Fala mais baixo, para não acordarmos a Amber. – Disse entre risos. Estávamos a ver um filme, mas o filme era super deprimente o que fazia o Jasper gozar com o filme e eu rir.

- Sim, é melhor controlar a voz. – Disse ele rindo também.

Levantei-me para ir à cozinha, ia beber água mas acabei por tropeçar e cair em cima do Jasper. Ficamos segundos, que mais pareciam minutos, com os rostos muito próximos um do outro. Num impulso, o Jasper beija-me. Era um beijo urgente, saudoso, como se ele tivesse sofrido este tempo todo sem me beijar. Eu correspondi o beijo de uma forma urgente também. Eu sentia falta dos lábios dele, do toque dele, sentia falta de tudo. Ele começou a despir-me a camisola.

- Jasper, quarto. – Disse ofegante. Ele pegou em mim e levou-me para o quarto. Depositou-me na cama e começou a beijar-me outra vez, tirando a minha camisola ao mesmo tempo. Comecei a desapertar as calças para lhas tirar e depois tirei-lhe a camisa que ele tinha vestida, ficando em boxers. A seguir de ele tirar-me a camisola tirou as calças, e eu fiquei de soutien e cuecas. Ele começou-me a beijar a barriga, fazendo-me soltar gemidos. Foi subindo cada vez mais, beijando cada parte do meu corpo e voltou para a minha boca. Começou a tirar-me o soutien, continuando a beijar-me. De seguida, acariciou-me os mamilos. Eu soltava gemidos que eram abafados com o nosso beijo. Ele parou de me beijar e levou os lábios dele aos meus mamilos. Começou a lambe-los e a mordisca-los. Só agora é que percebi a falta que ele me fazia. Sentia tanto a falta, do toque dele. Queria-o dentro de mim.

- Jasper… por favor… - Gemi. Ele percebeu o que eu queria e livrou-se tanto dos seus boxers como das minhas cuecas. Abri as pernas ligeiramente para lhe dar passagem e ele entrou em mim. Começou a investir mais depressa. Os nossos gemidos eram abafados com o nosso beijo, não podíamos correr o risco de fazer barulho e acordar a Amber. Ele cada vez investia-a mais depressa, até que chegámos ao ápice juntos. Foi maravilhoso. Ele saiu de mim e deitou-se ao meu lado. Continuávamos a beijarmo-nos. Até que adormeci com a cabeça no ombro dele.

No dia a seguir, quando acordei, ele já não estava ao meu lado. Olhei para as horas e eram dez da manhã. Reparei que tinha um bilhete na mesa-de-cabeceira.

Alice, tive que ir trabalhar, era uma emergência.

Logo à tarde passo aí para ir buscar as minhas coisas e ver como estás.

Beijos,

Jasper.

Ele ia-se embora! Já devia estar à espera disso, ele não ia ficar aqui para sempre e eu já estava melhor, amanhã já ia trabalhar. Mesmo sabendo disso, fiquei triste por saber que ele se ia embora. Queria que ele ficasse aqui. A noite de ontem foi mágica. Queria que ele percebesse que o queria. E se ele achasse que a noite de ontem foi um erro? Tinha de deixar de pensar nessas coisas. Levantei-me e fui fazer o pequeno-almoço para mim e para a Amber. Estava quase a acabar o pequeno-almoço quando ela aparece ainda ensonada na cozinha.

- Bom dia, princesinha! – Cumprimentei-a indo-lhe dar um beijo na bochecha.

- Bom dia, mamã. O papá? – Perguntou ela.

- Teve de ir trabalhar. Ele hoje vai para casa dele.

- Porquê?

- Porque tem de ir, meu amor.

- Ok. – Disse ela.

- Anda tomar o pequeno-almoço.

Ela sentou-se numa cadeira e comemos as duas. Depois de comermos, vestimo-nos e fomos dar uma volta ao parque. Há muito tempo que não íamos. Ela foi brincar para os escorregas e para os baloiços e eu fiquei num banco a vê-la brincar.

O resto da semana passou-se normalmente. Ia de manhã para o trabalho com a Rose e a Amber ficava na Esme. Depois ia busca-la à tarde. Nestes dias não tenho visto o Jasper. Sempre que eu vou buscar a Amber, ele ainda não chegou.

Hoje era Sábado e íamos jantar a casa da Esme. Hoje, ia ver o Jasper. Estava tão ansiosa, não sei porquê. Desde daquela noite que nunca mais falei com ele. À tarde ele foi lá a casa quando eu estava no parque com a Amber e não cheguei a vê-lo.

Dei banho à Amber e vesti-a, depois fui eu tomar banho e vesti-me. Quando estávamos as duas prontas, fomos andando para casa da Esme. Já eram quase sete e meia.

Mal, chegámos lá a Amber foi logo brincar com o Ray e eu fui para o pé da Rose e da Bella, conversar. O Jasper não estava em casa, o que era estranho mas resolvi não perguntar nada.

Quando eram quase oito e meia, o Jasper chega a casa. Ele trazia uma rapariga com ele. Quem era? Ninguém me tinha dito que hoje havia uma visita.

- Quem é? – Perguntei baixinho para a Rose e para a Bella.

- Não sei. – Sussurraram as duas. Pelas caras de todos, ninguém sabia quem era a mulher. A mulher era alta, cabelos longos lisos de um tom quase preto. Olhos castanhos e pelo um pouco clara.

- Bem… Família esta é a Katherine, minha namorada. – O quê? Uma namorada? Não podia ser! Aquela noite não passara de uma diversão para ele e eu era apenas mais uma para o Jasper. Percebi que ele já não gostava de mim, que fui apenas uma diversão. Sentia-me usada e humilhada. As lágrimas queriam cair mas eu não podia deixa-lo perceber que estava afectada com o sucedido. – Alice, a Amber? Queria apresentar a Katherine a ela.

- Está lá dentro a brincar com o Ray.

- Ok. Anda Katherine.

Ele foi para o quarto onde a Amber estava a brincar. A sala estava toda em silêncio. Ninguém estava à espera que o Jasper trouxesse uma namorada.

- Bem, acho que é melhor acrescentar um lugar à mesa e vamos ver se a comida chega. – Disse a Esme ainda um pouco surpreendida. A sala voltou ao normal. Os rapazes começaram outra vez a falar.

- Alice, estás bem? – Perguntou a Rose. Ela sabia que eu ainda gostava do Jasper.

- Sim, estou. – Disse mentindo o máximo que conseguia.

- Ok. – Disse a Rose.

- Vou à casa de banho.

Levantei-me e fui em direcção à casa de banho. Não ia lá porque estava aflita mas sim porque estava prestes a chorar e eu não queria chorar à frente de todos. Entrei na casa de banho já com as lágrimas a caírem. Se ele não gostava de mim porque é que me usou? Porque é que esteve ali aqueles dias todos quando eu estive doente? Sentia-me um caco. Ouvi alguém a bater à porta.

- É a Rose, Alice. Deixa-me entrar. - Levantei-me e fui destrancar a porta da casa de banho. Ela viu no estado em que eu estava e abraçou-me de seguida. – Vamos para o meu quarto. - Fomos as duas para o quarto dela. Sentámo-nos na cama. – O que se passa? É por causa do Jasper não é? – Afirmei com a cabeça. – Eu não sei o que ele vê nela. Nem sei porque é que ele está com ela. Nós nunca ouvimos falar dela. É muito estranho, ele aparecer assim do nada com uma namorada. Não sei… - Disse a Rose. Ela estava muito confusa em relação a essa Katherine.

- Não é só isso, Rose. – E não era. Eu sentia-me usada pelo Jasper. Ele não tinha o direito de fazer aquilo comigo.

- O que se passa, Alice? – Perguntou ela.

- Nós, no domingo… - Comecei.

- Não! – Disse a Rose escandalizada.

- Sim, e agora ele aparece com uma namorada. Sinto-me tão usada e humilhada, Rose. Ele até poderia namorar com ela mas podia não me ter usado. Sinto-me tão mal.

- Eu percebo, Alice. O Jasper não tinha nada que fazer isso. Foi um porco. Que raiva! Ele não tinha nada que te usar e agora aparecer aqui com aquela namoradinha. – Disse a Rose chateada.

- Deixa estar. Apenas deu-me esperanças onde já não havia nada a fazer. Eu disse-te que ele já não gostava de mim.

- Ele está confuso, eu sei muito bem que ele te ama. – Disse ela convicta. Ouvimos alguém a bater à porta. A porta abriu-se.

- Venham jantar. – Informou a Esme.

- Ok, mãe. Estamos a ir.

Levantámo-nos as duas da cama e fomos para baixo. Quando cheguei, lá a baixo a Amber veio ter comigo.

- Mamã! – Chamou, vindo a correr ao meu encontro. Peguei nela ao colo.

– Não gosto da namorada do papá. – Sussurrou ela ao meu ouvido. A Rose que estava ao meu lado, ouviu o que a Amber disse e começou-se a rir.

- Mas tens de ser simpática para ela, ok?

- Ok. – Disse ela um pouco contrariada. Fomos para a mesa. Sentei-me

ao lado da Rose e pus a Amber do meu outro lado. Passei o jantar toda calada. O Jasper começou a contar onde tinha conhecido a Katherine e que estavam os dois muito felizes. E depois ela começou a dizer que o Jasper era um homem muito carinhoso e que o amava muito. Não estava para ouvir estas coisas todas, por isso, comi e disse que tinha que ir embora que estava cansada. Como tinha estado doente, ninguém se opôs e fui-me embora com a Amber.

- Mãe, porque é que viemos embora mais cedo? – Perguntou a Amber quando chegámos a casa.

- Porque a mãe está cansada.

- Eu não gosto nada da namorada do papá. – Disse ela. Ri-me um pouco com o que ela disse.

- Porque é que não gostas da namorada do pai? – Perguntei-lhe pondo-a ao meu colo.

- Porque o pai devia namorar contigo e não com ela! Não gosto dela! – Disse cruzando os bracinhos.

- Ok. – Disse rindo-me.

- Mamã… - Perguntou ela hesitante.

- Sim, princesinha?

- Hoje, posso dormir contigo? – Perguntou-me ela fazendo olhinhos. Eu não conseguia resistir aquela cara.

- Podes, princesinha mas só hoje, ok?

- Ok. – Disse ela já aos saltinhos. Fomos as duas para o meu quarto. Vestimos o pijama, lavamos os dentes e fomos para a cama.