Fight escrita por Nyh_Cah


Capítulo 1
Capítulo 1




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Sou a Esme. Tenho 1,64m, tenho os olhos castanhos e o cabelo também. Trabalho na área da decoração. Normalmente vou decorar festas de alto nível social. Sou mulher do Carlisle, um médico reconhecido no país. Ele é alto, tem o cabelo loiro e os olhos verdes. É um grande pai e um grande marido. Ele é querido, atencioso, preocupado, amoroso, carinhoso. Eu amo-o muito. Tenho dois filhos, rapazes. O Emmet que é o mais velho. Adora praticar futebol. É alto, tem o cabelo castanho como o meu, olhos castanhos e duas covinhas. É um rapaz adorável. O outro filho, chama-se Edward. A cor do cabelo dele é uma mistura da cor do meu com a do Carlisle parecendo cor-de-cobre. Tem os olhos verdes como o Carlisle. É um rapaz inteligente e querido. Está a aprender a tocar piano. O Emmet tem 8 anos e o Edward tem 5.

Recentemente descobri que estava grávida. Era tudo o que eu mais queria. Queria ter outro filho, uma rapariga. Estava tão contente com a gravidez e não era a única. O Carlisle, o Emmet e o Edward também estavam. O Carlisle também queria uma filha mas o Emmet e o Edward queriam um irmão, um rapaz. Ia no quarto mês de gravidez quando ia para saber o sexo do bebé. Quando chegou a hora de ir fazer a ecografia, o médico ficou a olhar muito para o monitor com a cara preocupado. Depois foi chamar outro médico e esse médico ficou com a mesma expressão. Depois de tanto falarem um com o outro, deram-me a notícia que o meu bebé tinha morrido devido ao cordão umbical enrolado no pescoço. Eu fiquei de rastos. Eu queria tanto aquele filho e ele tinha-me sido tirado mesmo antes de o ter. Fiquei uns meses deprimida. O Carlisle e os meus filhos apoiavam e ajudavam-me incondicionalmente. Só voltei a ser o que era devido a eles. Eles é que me traziam a alegria.

Passado quase um ano de eu saber que o meu filho tinha morrido, soube que estava grávida. Eu nem queria acreditar quando o médico me deu a notícia. Eu fiquei tão contente. Eu tinha a esperança que esta gravidez ia correr bem e que a minha menina ia ser saudável. Pois porque eu cheguei a saber que ela ia ser uma menina. Ia nos sete meses de gravidez quando a perco num acidente de carro. Estava eu a vir das compras, quando um carro choca contra o meu. A bebé não aguentou o choque e morreu. Eu quase que morri com ela mas não. Fiquei por cá. Entrei em depressão. Eu não conseguia acreditar que o meu segundo filho tinha sido tirado de mim. Eu não podia crer que o meu filho tinha morrido outra vez. A história estava a repetir-se. Eu não sabia se tinha a coragem de engravidar outra vez. O Carlisle e os meus dois filhos voltaram a apoiar-me e a dar-me força. Eu amava-os. Eles estavam sempre lá quando precisava deles. Eles ajudaram-me a ultrapassar a depressão e eu passado uns meses já não estava a sofrer de depressão. Decidi nunca mais engravidar. Eu não aguentava outra morte. Se eu engravidasse outra vez e o bebé morresse eu também morria. Eu não iria aguentar outra morte.

Passado uns meses depois de eu ter saído da depressão, estava eu em casa. Hoje, estava de folga. De manhã fui pôr o Emmet, já com 9 anos, e o Edward, já com 6 anos, à escola. O Edward já tocava perfeitamente piano. Treinava todos os dias pelo menos uma hora. O Emmet era o capitão da equipa de futebol lá da escola. A escola dele ganhava sempre o campeonato. Tinha imenso orgulho nos meus filhos.

Como não tinha nada para fazer fui dar uma volta à floresta. Os sons da floresta acalmavam-me. Sempre gostei muito de ir dar um passeio à floresta. Perto de nossa casa havia uma e lá perto passava um rio. Havia um caminho para as pessoas andarem e correram sem estarem sempre a desviar-se das árvores. Estava eu a meio do meu percurso quando ouço um bebé a chorar. Não sabia de onde vinha o barulho mas parecia estar sozinha na floresta. Não parecia estar aqui mais ninguém. O que é que um bebé estava a fazer na floresta. Tentei descobrir de onde vinha o barulho. Quando descobri, encontrei uma menina que tinha por volta de um ano e meio, dois a chorar e assustada. Ela estava aterrorizada e sozinha. Estava embrulhada numas mantas, com uma chucha na boca e um peluche. Estava imenso frio cá fora. Quem deixou a bebé aqui não devia estar muito bem. Peguei na bebé ao colo para a acalmar. Quando encostei a minha mão à cabeça dela, notei que ela estava com febre. Tinha de a levar para o hospital. A bebé parou de chorar quando eu a pus ao meu colo. Parecia estar a acalmar. Levei-a para casa. Quando cheguei lá a casa, vesti-lhe um casaco que era do Edward quando ele era pequeno. Montei uma daquelas cadeirinhas para os bebés, no carro e depois levei-a ao hospital. A bebé tinha adormecido a meio do caminho mas quando lhe peguei para ir com ela para dentro do hospital, ela acordou. Ela olhou para mim e deu-me um sorriso débil. A bebé tinha os olhos azuis e o cabelo castanho-escuro. Parecia frágil e um pouco assustada mas já não tanto como estava na floresta. Perguntei-lhe o seu nome. Não sabia se ela já sabia falar.

- Como é que te chamas, querida? – Perguntei-lhe docemente. Ela voltou a olhar para mim e respondeu à minha pergunta com a voz mais bonita e doce que podia existir. Como é que alguém pode abandonar um bebé como ela?

- Alice. – Respondeu-me ela com a sua voz doce.

- Tens quantos anos? – Perguntei-lhe. Podia ser que ela soubesse. Ela mostrou-me três dedinhos. Acho que queria dizer que ela tinha 3 anos. Ela era tão querida. Quando cheguei à recepção do hospital, chamei pelo Carlisle. Ele veio ter comigo o mais rápido possível. Quando chegou ao pé de mim, vinha com um ar preocupado.

- O que se passou? – Perguntou ele preocupado.

- Encontrei esta bebé na floresta, sozinha. – Ele ficou chocado com o que eu disse. – Eu acho que ele está com febre. Eu queria saber se estava tudo bem com ela.

- Ok. Eu vou fazer-lhe os exames. Segue-me.

Segui-o até a uma sala para ele a examinar, depositei-a na maca e depois ia-me embora para o Carlisle estar mais à vontade mas quando a Alice percebeu que eu ia-me embora, começou a chorar. Eu e o Carlisle ficamos os dois a olhar para ela.

- Posso ficar aqui com ela? – Perguntei ao Carlisle.

- Podes! – Disse dando-me um beijo.

Fui para o pé dele e fui em direcção à Alice. Quando cheguei ao pé dela, pu-la ao meu colo e ela parou de chorar e sorriu para mim.

- Vá, vamos lá ver como é que esta menina está! – Disse o Carlisle com a doçura para a Alice.

 - Não sou uma menina, sou uma senhora! – Disse ela. Eu e o Carlisle começamos a rir com o que ela disse. Ela falava muito bem para um bebé.

- Então, quantos anos é que tens? – Continuou ele com ternura. Ele estava encantado com ela. Via-se pela expressão dele. Ela fez o mesmo quando eu lhe perguntei quantos anos ela tinha. Ela levantou três dedinhos para o Carlisle.

- Três? – Ela afirmou com a cabeça. Ela não parecia ter três anos. Era um pouco baixa para ter três anos. – E como te chamas?

- Alice. – Disse ela com um sorriso no rosto. Carlisle também sorriu. Ele começou a examina-la e ela enquanto o Carlisle a examinava, ficava quieta. Ela era tão adorável. Quando o Carlisle acabou de examina-la, foi escrever qualquer coisa numas folhas. Fui ter com ele.

- Passe-se alguma coisa com ela? – Perguntei eu preocupada.

- Ela tem um pouco de febre e a garganta um pouco inflamada. De resto não tem mais nada. Mas ela tem de tomar medicamentos para tratar da garganta inflamada e da febre.

- Achas que ela hoje pode ficar lá em casa? – Perguntei eu hesitante.

- Pode mas tens de ir falar com a polícia. Temos de dizer à polícia que a encontrámos sozinha na floresta. Pode andar alguém á procura dela.

- Eu sei… - Disse tristemente.

- Quando chegar a casa, vamos à polícia ok?

- Ok.

Peguei na Alice e sai da sala de consultório. Primeiro fui à farmácia para comprar os medicamentos para a Alice e depois fui para casa com ela. A Alice adormeceu no caminho para minha casa. Coitadinha. Devia estar tão cansada. Quando chegámos a casa peguei na Alice com cuidado e meti-a a dormir no sofá da sala. Fui buscar um cobertor e tapei-a. Fiquei ao pé dela a ler um livro. Passadas umas duas horas a camioneta da escola veio trazer o Emmet e o Edward a casa. A Alice ainda não tinha acordado. Fui abrir-lhes a porta. Quando eles entraram viram a Alice.

- Quem é a menina, mãe? – Perguntou o Edward curioso.

- É a Alice. A mãe encontrou-a na rua e trouxe-a para casa para ela descansar um pouco. – Disse-lhes. Eu queria que a Alice ficasse connosco mas como o Carlisle disse, se calhar alguém andava à procura dela.

- Ela é tão querida, mãe! – Comentou o Emmet.

- Pois é! – Concordei com ele.

- Não podemos ficar com ela, como se ela fosse nossa irmã? – Perguntou o Emmet.

- Não sei. Se calhar alguém anda à procura dela. Se calhar os pais dela andam à procura dela pois gostam muito dela.

- Pois, é… - Disse ele.

- Quando ela acordar podemos brincar com ela? – Perguntou o Edward.

- Claro que podem, se ela quiser!

- Ok. – Responderam os dois.

Eles foram começar a fazer os seus trabalhos de casa. Quando acabaram a Alice começou as esfregar os seus olhinhos. De seguida abriu-os e olhou para mim. Quando me viu começou a sorrir.

- Olá, meu amor. Dormiste bem? – Perguntei-lhe docemente. Ela afirmou com a cabeça. Quando o Emmet ouviu a pequenina a falar veio a correr para a sala. Ele foi para o pé dela e sorriu.

- Olá! – Disse-lhe. – Eu sou o Emmet.

- Olá! – Disse ela com um sorriso maior ainda do que já tinha. – Sou a Alice.

O Edward apareceu nesse momento na sala mas o Edward era um pouco tímido por isso não falou logo com a Alice.

- Este é o meu irmão Edward! – Disse o Emmet pelo Edward.

- Olá! – Disse ela alegremente.

- Queres vir brincar connosco? – Perguntou o Edward à Alice timidamente. Ela afirmou com a cabeça. Foram buscar jogo de tabuleiro para crianças e começaram a jogar. Ao princípio a Alice estava um pouco confusa com o jogo mas depois de o perceber já estava mais alegre e não se fartava de jogar. Por volta das cinco da tarde o Carlisle chegou a casa. O Emmet e o Edward foram logo ter com o pai a contar que tinham estado a brincar com a Alice. O Carlisle ficou feliz. Ele adora os filhos.

- Esme, temos de ir à polícia. – Advertiu-me ele.

- Eu sei… Vamos agora?

- Sim, é melhor.

Vesti um casaco à Alice, guardei os medicamentos para os trazer comigo, não sabia se ela ainda vinha cá a casa e depois fui ajudar o Emmet e o Edward a vestirem os casacos também. Fomos todos para o carro. Meti a Alice na cadeirinha e o Carlisle dirigiu até à esquadra da polícia. Quando lá chegámos, tirei a Alice da cadeirinha e dirigimo-nos todos para dentro da esquadra da polícia. Fomos falar com o Charlie. O Charlie era o chefe da polícia em Forks. Era casado com a Rénnee, uma professora primária. Eles tinham uma filha, a Isabella mais conhecida por Bella. A Bella era muito amiga do Edward e o Edward era muito amigo dela. Ambos se davam muito bem um com o outro. Contei tudo o que aconteceu ao Charlie. O Charlie disse-me que iam investigar e que enquanto isso a Alice ia para um orfanato. Disse, que se andassem à procura dela, facilmente iam descobrir isso mas ela podia ter sido abandonada e isso era mais difícil de provar. Disse que se passado uns meses ninguém disser que está à procura dela e se ninguém a reclamar ela vai para adopção. Ficamos à espera da assistente social para levar a Alice. Quando a assistente social veio e tentou tira-la do meu colo a Alice agarrou-se com toda a força que podia a mim e começou a chorar.

- Espere um bocado, deixe-me falar com ela. – Disse para a assistente social. A assistente social anuiu com a cabeça. A Alice voltou outra vez para o meu colo. – Olha, Alice, olha para mim. – Pedi-lhe. Ela olhou para mim com os seus olhinhos cheios de lágrimas. – Olha, agora vais com esta senhora. Vais para uma casa cheia de crianças para brincar contigo. Vais ver que vai ser giro. Tudo vai correr bem ok? – Ela afirmou com a cabeça mas ainda tinha lágrimas nos olhos. Passei-a para a assistente social. Antes de a passar dei-lhe um beijo na bochecha e o Carlisle também. Depois a assistente social foi-se embora com ela. Nós também fomos para casa. Quando chegámos a casa fui fazer o jantar. Depois de o acabar, chamei todos para a mesa e comemos em silêncio. Eu queria ter a Alice aqui. Ela era tão adorável. Ainda me lembro do rosto assustado dela quando estava sozinha e depois quando eu lhe peguei ao colo ela parou de chorar. Foi uma sensação tão boa. Há muito tempo que não me sentia tão preenchida. A Alice fazia-me sentir completa. Quando todos acabaram de comer, o Emmet e o Edward foram ver um pouco de televisão antes de irem para a cama e eu e o Carlisle estávamos a levantar a mesa e a meter a loiça na máquina. Quando acabamos, era hora do Emmet e do Edward irem para a cama. Disse para eles irem para cima para começarem a lavar os dentes. O Carlisle também foi andado para cima para dormir. Ele amanhã tinha-se de levantar cedo. Quando acabei de arrumar tudo cá em baixo, subi. Fui ver se os meus filhos já estavam deitados e fui dar-lhes um beijo de boa noite. Depois de eles já estarem deitados, fui para o meu quarto e o do Carlisle.

- Como estás? – Perguntou-me ele. Ele preocupava-se sempre tanto comigo.

- Mais ou menos… - Respondi-lhe. – Achas que me deixam ir visitar a Alice? – Perguntei-lhe.

- Acho que sim. Espero que sim porque eu também a quero ir visitar. – Disse o Carlisle a sorrir para mim.

- Também gostaste dela! – Disse-lhe.

- Claro, quem é que não gostava? Ela é simplesmente adorável! Só espero que os pais dela a encontrem.

- Eu também. – Eu não queria bem isso. Eu queria que ela viesse para o pé de nós. Eu só a conheci hoje mas ela conquistou o meu coração, ela preencheu o vazio que existia dentro de mim. – Há muito tempo que não me sentia tão completa. A Alice fez isso comigo! – Informei o Carlisle.

- Ela é uma menina especial!

- Pois é!


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem da minha nova fic e que a comentem!
Bjs
S2