O Humano escrita por AelitaLear


Capítulo 27
Capítulo 27- Tocada


Notas iniciais do capítulo

Oiie^^ Antes de vcs lerem esse cap lindo e esperado, quero pedir uma coisa! Comecei a ler uma fic, como o sol e a chuva. É um universo alternativo entre TH e a Saga... mas não é bobo, não foca só no crepúsculo, é bem mais TH!
Eu gostei muito, e como gostei! Achei a melhor fic que mescla os dois universos, e queria mostrar a vcs... é a primeira fic dela, e já está ótima, mas ela só recebeu meus reviews... fiquei triste com isso, então peço para que vcs leiam!



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- O que eu acho sobre o que? – Perguntou.

- Sobre a nossa... conversa lá fora. – Esclareci ruborizando.

Ela demorou um bom tempo para falar, deveria estar pensando.

- Eu realmente não sei. – Ela disse.

- Isso é compreensível. – Assenti.

- Só porque você é muito compreensível.

Sorri para ela, gostei dela falar comigo dessa maneira. Era bom escutar um elogio de quem agente ama... 

Esse era um momento certo para eu dizer meus sentimentos, meus profundos sentimentos. Não adiantava mais esconder, todos já sabiam...

- Eu gosto muito de você Peg. 

Não era bem isso que eu queria dizer, mas era um pouco cedo para pronunciar as famosas palavrinhas: Eu te amo.

- Eu estou começando a ver isso. Eu acho que sou meio lenta.

- É uma surpresa para mim também.

Ambos pensamos sobre isso. Realmente eu nunca pensei que fosse amar meu inimigo, era estranho... eu nunca pensei que haveria amor para mim nesse mundo.

Mas ainda sim, o mais estranho de tudo era saber que demorei para confessar isso para mim mesmo... demorei para perceber o que tinha dentro de mim.

- E... eu imagino… que essa é uma das coisas que você não sabe o que pensar? – Perguntei.

- Não. Quero dizer, sim. Eu, não sei. Eu... eu. 

- Está tudo bem. Você não teve tempo para pensar sobre isso. E deve ser… estranho.

- É, mais do que estranho. Impossível.

Impossível, era meio doloroso olhar dessa forma. Para mim era possível, nada pode impedir o amor.

Pensei um pouco, senti uma vontade imensa de tocá-la, de ver o que ela sentia com esse toque... De sentir o calor de seu corpo... Sua pele...

Até Jared pode fazer isso, por que não?

- Diga-me uma coisa. – Eu disse.

- Se eu souber a resposta.

- Não é uma pergunta difícil.

Estiquei minhas mãos e peguei as delas, senti um formigamento percorrer aquele local, e todo o meu corpo. Em sincronia, era uma cócega, um arrepio. Era bom, me deixava feliz.

Levantei a outra mão e coloquei no mesmo braço, acariciando a parte superior da mão. Subi lentamente até seu ombro, fazendo carinho em cada parte, sentindo as formigas se mexerem na minha palma.

Fiz o processo inverso, descendo mais lentamente do que a primeira vez. Eu encarava cada pedacinho de sua pele, e vi que o arrepio estava lá. Seus pelinhos se erguiam conforme meu toque, ela estava sentindo algo.

- Isso é bom ou ruim para você? – Perguntei.

Ela não respondeu.

- Peg?

- Melanie diz ruim. – Murmurou.

- O que você diz? – Insisti, eu não queria saber de Melanie.

- Eu digo... eu não sei.

- Eu nem consigo imaginar o quanto isso tudo deve ser confuso para você.

- É. Eu estou confusa.

Subi e desci com a mão novamente, bem devagarzinho, sentindo cada pedacinho da pele macia.

- Você quer que eu pare?

Ela hesitou.

- Sim. Isso... que você está fazendo… faz ficar difícil pensar. E Melanie está com raiva de mim. Isso também faz ficar difícil pensar.

Não era bem a resposta que eu queria ouvir. Queria que ela dissesse não, continua, faz mais, por favor. Estou adorando seu carinho Ian, eu amo você! Você é tão especial, faz mais? Me beija?

Eu me afastei, cruzando os braços. Não sabia quem estava dando as ordens, deveria ser Melanie, não Peg. Como eu queria que ela não tivesse ali... nos deixasse a sós.

- Imagino que ela não nos daria um minuto sozinhos?

Ela riu.

- Eu duvido.

Inclinei a cabeça para o lado, para especular, falar com Melanie.

- Melanie Stryder? – Perguntei.

Ela se surpreendeu, eu continuei.

- Eu gostaria de ter uma chance de conversar com Peg com privacidade se você não se importa. Há alguma forma de isso ser feito?

Melanie disse alguma coisa desagradável, Peg enrugou o nariz.

- O que ela disse?

- Ela disse não. E ela disse que não gosta… de você.

Eu ri, claro que ela não gostava de mim.

- Eu posso respeitar isso. Eu posso respeitar ela. Bem, valia a pena tentar. – Suspirei. - Meio que me incomoda sabe? Ter uma audiência.

Coloquei a mão no seu rosto, que alívio que aquilo me dava... Sentia vontade de puxar seu rosto mais para perto...

- Eu vou deixar você pensar sobre essas coisas, okay? Então você pode decidir como você se sente.

Ela ficou pensando, talvez estava tendo uma conversa interna com Melanie.

- Pode levar um tempo. Nada disso faz muito sentido sabe. – Ela me disse.

Sorri, como eu queria que ela gostasse de mim.

- Eu sei.

- Você não se sente assim por mim, sabe? – Murmurou. - É esse corpo... Ela é atraente. 

- É sim. – Assenti. - Melanie é uma garota bonita. – Movi minhas mãos para o lado machucado do rosto. - Apesar do que eu fiz com o rosto dela.

Eu afastei seu cabelo da testa, não era Melanie que eu amava, era Peg! Eu nunca duvidei disso, nenhum momento, era ela que eu amava, só ela, só a alma.

- Mas, por mais bonita que ela seja, ela é uma estranha para mim. Não é ela que eu... – Ainda sentia uma dificuldade de pronunciar o eu te amo. - ...Me importo.

- Ian, você não... Ninguém nos separa da forma que devia. Nem você, nem Jamie, nem Jeb. Você não poderia se importar comigo. Se você pudesse me segurar nas mãos, eu, você ficaria enojado. Você me jogaria no chão e pisaria em cima.

Minha testa enrugou, claro que eu não faria isso! Nunca que eu faria isso com Peg, jamais! Eu amava ela, mesmo se ela fosse uma lacraiazinha, ela seria linda.

- Eu... não se eu soubesse que era você.

Ela riu.

- Como você saberia? Você não conseguiria nos diferenciar.

Eu acreditava que não, Peg era especial demais, teria um brilho a mais... Algo que me atraísse.

- É só o corpo. – Repetiu.

- Isso não é verdade. – Discordei. - Não é o rosto, mas as expressões nele. Não é a voz, mas o que você diz. Não é o corpo, mas o que você faz com ele. Você é linda.
Movi-me para frente, ajoelhei do seu lado. Estava tão perto dela... eu me arrepiava de pensar isso. Peguei suas mãos e as coloquei entre as minhas.
- Eu nunca conheci ninguém como você. – Eu estava preste a beijá-la.
- Ian, e se eu tivesse vindo aqui com corpo da Magnolia?
Fiz uma careta, que nojo! Depois eu ri.
- Okay. Essa é uma boa pergunta. Eu não sei.
- Ou o corpo de Wes?
Ai meu Deus, nunca pensei beijando o Wes! Era pior que beijar Maggie, Wes era macho! E eu era ainda mais macho, não estava disposto a ter um romance homossexual.
- Mas você é fêmea, você é.
- E eu sempre pedi o equivalente a isso nos planetas em que eu vivi. Me parecia mais... apropriado. Mas eu podia ser colocada em um corpo masculino e funcionaria tão bem quanto.
- Mas você não está em um corpo de homem.
- Viu? Essa é a questão. Corpo e alma. No meu caso, duas coisas diferentes.
- Eu não ia querer o corpo sem você.
- Você não ia me querer sem ele.
Toquei sua bochecha, minha vontade era puxá-la para perto dos meus lábios. Eu estava com o dedão embaixo de sua mandíbula, posição perfeita para um beijo.
- Mas esse corpo é parte de quem você é. E, a menos que você mude de idéia e nos entregue, é quem você será para sempre.
Ela ficou quieta mais uma vez, dessa vez era realmente uma conversa interna.
- Mais uma conversa interna? – Adivinhei.
- Nós estamos pensando em nossa mortalidade.
- Você poderia viver para sempre se nos deixasse.
- É, poderia. – Suspirou. - Sabe, vocês humanos, tem a vida mais curta do que qualquer espécie que eu vivi, exceto as aranhas. Vocês têm tão pouco tempo.
Pouco tempo. E ambos estávamos desperdiçando com bobeiras, estávamos perdendo horas que poderiam ser substituídas por amor.
- Você não acha então que... – Parei de falar e fui indo para perto dela, eu ia beijá-la.
- Que talvez você devia aproveitar ao máximo o tempo que tem: Que você devia viver enquanto está viva?
Olhei mais uma vez nos seus olhos, tentando ver a alma linda que estava ali. Os olhos são a janela da alma, no caso dela, é a mais pura verdade.
Segurei seu maxilar um pouco mais forte, minha outra mão estava pousada sobre a dela. Fui lentamente para seus lábios, ela não pareceu perceber o que eu estava para fazer.
E eu a beijei, aquilo foi muito incrível, especial para mim. Senti meus lábios tocando os dela, assim como tinha que ser. O melhor beijo da minha vida, aquilo era perfeito, não queria que esse momento acabasse, nunca.
Ela tinha um hálito fresco, lábios macios e cálidos. Não sabia beijar, mesmo assim não atrapalhava nada o que eu fazia e sentia.
Só que eu não sabia o que estava acontecendo dentro da sua cabeça, eu não sabia o que Melanie pensava, não sabia o que Ela estava pensando... Pressionei meus lábios mais uma vez contra os seus... junto com o beijo perfeito, veio a pergunta.
- Bom ou ruim? 
- Eu... eu não consigo pensar. – Quando ela disse, eu movi minha boca junto a dela.
- Isso parece... bom. – E como era bom...
Minha boca pressionou a dela com mais força, mais emoção. Peguei o seu lábio inferior com os meus e o puxei levemente.
- Por favor. – Murmurou como uma súplica.
- O quê?
- Por favor pare. Eu não consigo pensar. Por favor.
Afastei-me na hora, eu não queria fazer nada que ela não quisesse.
- Okay. – Eu concordei.
Como eu queria beijá-la mais... o calor que passava no meu corpo era surreal.
Aquele por favor poderia ser uma súplica para que eu continuasse.

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Notas finais do capítulo

Bom, eu espero que tenham gostado de Tocada... no próximo ainda é o tocada, na parte que o Jamie chega e estraga o clima... muito obrigada a todos que lêem, que mandam reviews e as recomendações^^
Hj eu tenho algo para contar, depois eu vou embora! Lembra que eu tive uma feira, e que meu projeto era de astronomia e tals? Pois é, meu projeto ficou entre os melhores da escola o.O nem eu acredito!
Kiissus