O Menino que Sobreviveu escrita por gelmo


Capítulo 18
A Nova Ordem da Fênix




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Fred, Jorge, Gina, Hermione, Rony e Harry, continuavam a ouvir a conversa dos adultos. Nenhum deles admitiria isso em voz alta, mas o medo e o terror começavam a dominar cada um deles. Não sabiam, até aquele momento, a extensão do movimento inimigo, quanto mais ouviam, mais assustados ficavam.

– A política estrangeira é o que nos está pesando mais.

– Como assim? – interveio Arthur – Eu não ouvi nada no Ministério sobre isso.

– Eu sei Arthur, e talvez, as coisas que vou lhes dizer agora, deixe você ainda mais chocado. São informações privilegiadas. Dumbledore me enviou como mensageiro especial para França. O Ministro da Magia Frances concordou em ser o mediador entre nós e a Coligação Européia de Magia, eles estão assustados com o alarmante movimento pró Voldemort em seus países. E estão a ponto de dar um ultimato ao Reino Unido: Ou nós detemos Voldemort, ou eles invadirão nosso país para caçá-lo.

– Mas... Eles têm motivos para tanto medo?

– Temo que sim Lilian, o Ministério Belga declarou seu total apoio a Riddle. Temos certeza que o alto escalão deles está sob a maldição Imperius, mas não podemos fazer nada a respeito sem lhes ferirmos sua autoridade de Nação Soberana. Nossos contatos afirmam também que a Espanha deve cair nos próximos meses. Então eu acredito que é justificável o temor do resto da Europa. Mas como eu disse, O Ministro Frances vai tentar acalmar os ânimos mais exaltados.

– Quanto a nossa política interna... Bem a coisa piora muito. Voldemort simplesmente mantém a Família Real Britânica como refém, Lobo Greyback está instalado como parte do pessoal do Palácio, e ao nosso menor movimento, ira matar a todos, o Ministro Trouxa está sob a maldição Imperius e para piorar a situação, Riddle enviou uma mensagem hoje à noite para Rufos: A partir do dia primeiro de janeiro, uma criança trouxa em cada condado da Inglaterra será executada por dia até que o Ministro renuncie em seu favor. E como que para provar que esta falando sério, partes do cadáver de Quim Shacklebolt foi depositada em todas as praças da cidade.

– Meu Deus...

– Sei que não são exatamente as palavras que esperavam ouvir, mas em vista de tais fatos, tenho de pedir que todos e cada um de vocês saiam da Ordem da Fênix.

– Você não tem esse direito!!!!! – Sirius berrava a plenos pulmões.

– Sim, eu tenho. Como acabei de dizer, estou assumindo o comando da Ordem a partir de hoje.

– Sou membro da Ordem da Fênix desde que sai da escola, você não pode me expulsar.

Molly Weasley, que até então tinha se mantido apenas ouvindo, entrou na conversa, e Harry, lá de seu quarto, percebera na hora, a quem Gina havia puxado seu jeito independente e guerreira, pois o tom de voz que a mãe dela usou, foi de um soldado, e não de uma dona de casa?

– Por que você nos quer fora da Ordem? Apenas uma política de recomeço, ou há um motivo tático?

– Como eu acabei de dizer Molly, pretendo transformar a Ordem da Fênix, em uma milícia armada. Meu plano, é dar a Riddle e Voldemort, um alvo militar a quem atacar, na esperança de que eles deixem em paz os civis inocentes. Pretendo criar um Exército, no sentido mais literal da palavra. Para aterrorizar qualquer bruxo das Trevas. Se você e Arthur assumissem em público fazer parte de tal organização, correriam o risco de verem Fred, Jorge, Percy, ou mesmo Gina, na mesma situação que viram Remo hoje. Estão dispostos a isso?

– Deus... Não!!!

– Foi o que pensei, e você Sirius? Você viu o que aconteceu a Neville Longbottom, estaria disposto a correr o risco de algo semelhante acontecer a Harry?

– Não, é claro que não, mas deve ter algo que possamos fazer para ajudar.

– Eu não disse que não haveria.

– Como exatamente será essa organização? E se... Apenas se... Eu ainda quisesse permanecer?

– Então Tiago, eu iria pedir-lhe para que realizasse alguns testes... Se você fosse aprovado, e ainda quisesse entrar na ordem... Seria aceito.

– Quanto tempo temos para pensar?

– Nenhum Tiago. – James sorria de modo triste – Entendam, não os estou convidando a integrarem a Nova Ordem da Fênix. Estou apenas avisando que não fazem mais parte dela. Sei que sou apenas um desconhecido para vocês, mas acreditem ou não, vocês são muito queridos para mim. Não quero que nenhum de vocês saiam feridos dessa guerra.

– Quais serão os requisitos para fazer parte da Ordem daqui por diante? – Lilian perguntou

– Aptidão, coragem, treinamento e vontade. Levarei em conta todos os fatores, mas só aqueles que passarem nos testes que eu propor serão aceitos. Para aqueles que já haviam se rebelado aos bruxos das trevas, e já faziam parte da antiga Ordem como vocês, se quiserem continuar lutando, irei oferecer um lugar na inteligência, mas não permitirei que se exponham como Militares OF.

– Militares OF????

– Sim Molly, como acabei de dizer, a Ordem da Fênix, a partir de hoje, se tornará uma Milícia Armada. Um verdadeiro Exército Bruxo. Exército da Ordem de Fênix. OF.

– Você não respondeu a pergunta da Lyli, - Tornou o Sr. Weasley – Quais serão os requisitos? Bruxos menores de idade poderão se alistar?

– Você esta pensando em seus filhos não é? Se poderão lutar ou não?

– É claro que estou pensando neles homem. – Era raro ver o Sr. Weasley perder a calma, mas quando o fazia, era um espetáculo digno de ser visto. Suas orelhas estavam vermelhas e uma fumaça tênue porém duradoura saia de suas narinas. – Você os irá aceitar. Não é?

– Todo bruxo que passar no teste, será aceito. A maioridade não será um pré-requisito. Eu mesmo enfrentei Voldemort em pessoa três vezes antes de completar quinze anos.

– Dumbledore jamais irá permitir algo assim. – Molly Weasley parecia convicta de seu argumento.

– Como já lhes disse, Dumbledore não comanda mais a OF. Eu comando, ele pode ser contra minha maneira de agir, mas não irá ditar minha postura. Agora ouçam, acredito que em algum momento do futuro, cada um de vocês ira condenar minhas táticas e políticas. Serei acusado de agir de maneira antiética e condenável, mas no final, minhas ações visam um mundo humanitário e pacifico. Desta vez, os fins justificam os meios.

– Lilian... Você foi uma versão de minha mãe, eu a respeito muito. Tiago, digo o mesmo sobre você, pois teria orgulho de chamá-lo de meu pai. Sirius... Você, em outra realidade, moldou muito de meu caráter, muito do que sou hoje é devido aos seus conselhos. E por fim, Sr e Sra. Weasley... Como disse anteriormente, vocês foram minha família. e faria de tudo ao meu alcance para jamais decepciona-los... Ainda assim, vocês todos irão escutar horrores sobre mim nos dias que se seguirão, mas peço que tentem compreender. Eu trabalho para um bem maior... Serão bem vindos para lutar ao meu lado, mas não admitirei lutarem contra mim.

– Isso é uma ameaça???? – Sirius não acreditava no que ouvia.

– Não Sr, Black, é um conselho, agora, se me derem licença... – Com essas parcas palavras, o homem que se intitulava James Potter, desaparatou.

– Caramba, e eu que tinha simpatizado com ele logo de cara.

– Então Sr. Black, deveria dar mais ouvidos aos seus instintos. James Potter é um excelente homem.

– Caramba Alvo, você quer nos matar a todos de susto? Como eu não ouvi você aparatar?

Dumbledore sorriu da cara de espanto de todos eles:

– Isso seria um feito e tanto para sua audição meu amigo, visto que eu aparatei a uma quadra daqui, seu elfo me franqueou a porta da frente.

– Me diga prof., esse homem é de confiança?

– Sim Tiago, eu confiaria minha vida em suas mãos, o que aliás, foi exatamente o que fiz ao entregar-lhe o comando da ordem, estou disposto a acreditar que na presente situação, ele é o único homem que pode lidar com o inimigo. Mas antes de prosseguirmos com essa conversa...

No quarto de Harry, os seis amigos viram Dumbledore olhar exatamente em sua direção e com um sorriso e uma piscadela, estalou os dedos, e a imagem sumiu.

– Vocês acreditam no que escutamos? - Hermione queria desesperadamente que os amigos desmentissem o que tinham ouvido, pois acreditar que aquelas coisas fossem verdade, era acreditar no fim da vida como a conheciam.

– Pior que sim hein Mione. – Rony abraçou a amiga de forma desajeitada, porém carinhosa.

– Nós vamos nos alistar.

– Ficaram loucos os dois? Mamãe mata vocês pessoalmente se fizerem isso. – Com a súbita declaração dos gêmeos, Rony tomou um susto tão grande, que se levantou de sopetão, derrubando Hermione que estava com a cabeça apoiada em seu ombro.

– Aiii!

– Ta vendo o que vocês fizeram? – o menino correu ajudar a amiga a se levantar, mas foi repelido por ela com um tapa na mão estendida.

– Sai daqui seu trasgo, ai minha cabeça. – a garota massageava o local dolorido – Venha Gina, vamos pro nosso quarto.

Depois que as garotas saíram, Jorge voltou a dizer:

– Vamos nos alistar.

– Vocês acham que conseguem entrar? – Harry pensava no assunto, pois a mesma idéia tinha lhe passado pela cabeça no momento em que ouviu James dizer que a menoridade não seria empecilho – Digo, aquele cara foi muito categórico de que os testes para admissão seriam barra pesada, pelo menos foi o que eu entendi.

– Não importa, nós iremos tentar mesmo assim, papai e mamãe sempre nos impediram de entrar para a Ordem, agora é nossa chance, uma vez admitidos, eles não poderão fazer mais nada, concorda Fred?

– Tirou as palavras da minha boca Jorge, agora vamos pra cama. Boa noite moças.



Três dias haviam se passado desde o Natal, quando a noticia bombástica tomou conta do mundo mágico. Arthur Weasley engasgou-se com uma xícara de chá assim que abriu o Profeta Diário.

– Diabos, ele fez mesmo.

– Olhe o linguajar na mesa querido. Quem fez o que?

– Veja – Sr. Weasley jogou o jornal na mesa, onde não apenas sua esposa, mas todos os filhos olharam ao mesmo tempo.

O tablóide trazia uma gigantesca foto colorida em meia pagina, onde se via o Ministro da Magia no centro, ao seu lado direito, Alvo Dumbledore. Mas quem realmente se destacava era aquele que se encontrava à esquerda da foto. James Potter pouco lembrava daquele homem vestido com um simples manto cinza, de voz cansada e olhar triste que haviam conhecido no Natal. Tanto seu porte, como suas vestes lembravam um guerreiro a ser temido. Suas vestes, da cintura para cima parecia uma batina feita de couro, mas ao invés do tradicional colarinho branco, uma tarja vermelho sangue aparecia no lugar, dos dois lados do pescoço podia-se ver uma fênix estilizada e três estrelas de fogo. Os botões, dourados, estavam abotoados até a cintura, onde a vestimenta abria-se, deixando aparecer sua parte interna que também era vermelha, nas costas descia até o tornozelo, mas na parte da frente mantinha-se aberta, expondo as calças de brim marrom escuro que iam até as botas de cano alto, no estilo militar. Na perna direita uma bainha fina guardava a varinha do bruxo, na esquerda, um coldre sustentava um revolver de aparência pesada e maléfica. No rosto, ele mantivera o cavanhaque. Os olhos frios e os lábios crispados tinham a inconfundível aparência de quem esta no comando e sabe disso. Na foto, o Ministro não parava de lançar olhares furtivos ao homem a seu lado, como se sua presença o incomodasse profundamente, A manchete que se seguia era:

GOVERNO APROVA A FUNDAÇÃO DAS PRIMEIRAS FORÇAS ARMADAS DA HISTORIA BRUXA

A sra. Weasley tomou nas mãos o jornal e começou a ler em voz alta:

Ontem a noite, numa atitude histórica, o ministro da magia Rufo Scrimgeour assinou um decreto no qual institui uma Milícia Armada, e a intitulou de Ordem da Fênix. Segue abaixo uma rápida entrevista concedida a essa repórter com exclusividade pelo ministro.

Profeta Diário: Como surgiu a idéia de montar um exército ministro?

Rufo Scrimgeour: A tempos que acalento essa idéia, antes mesmo de me tornar ministro, quando chefiava a seção de aurores eu já imaginava um pelotão de elite, que pudesse nos proteger de ameaças maiores.

PD: Quais serão as funções designadas a esses homens, e como isso interferirá no trabalho dos aurores?

RS: Seu Comandante, o recém nomeado Coronel Potter, irá se reportar diretamente a mim, e apenas com autorização oficial do governo, ira agir para combater agentes das trevas. Apenas ameaças de níveis muito alto e de periculosidade avançadas serão seus alvos. Para o trabalho cotidiano de combate as artes das trevas, continuamos a depender da seção de Aurores, que tem nos protegido tão bem.

PD: Esse homem, o Coronel Potter. É um rosto desconhecido ao publico, como o senhor chegou a seu nome para uma função tão importante?

RS: Não, não Srta., ele trabalha para o governo já a vários anos, mas desenvolvia trabalhos internos para o departamento de mistérios, por isso seu rosto não é tão conhecido, mas garanto-lhe que deposito nele minha total confiança.

PD: E a verba ministro? De onde o Ministério vai tirar a verba para financiar esta cara empreitada?

RS: Os contribuintes podem ficar sossegados, pois assim que eu reuni os planos da OF e apresentei a alguns homens de prestigio e patriotismo, choveram doações. A iniciativa privada nos doou tantas contribuições que temos uma verdadeira montanha de ouro para treinar, equipar e armar esses valorosos homens.

PD: Uma última pergunta ministro. Corre o boato que Alvo Dumbledore talvez seja o verdadeiro mentor por trás dessa organização. O senhor poderia confirmar ou desmentir esses boatos?

RS: Não sei de onde vocês tiram essas idéias. Como já lhe disse, esse é um sonho antigo meu, e o Prof. Dumbledore vai continuar sendo diretor de Hogwarts, mas, por um pedido pessoal meu, ele concordou em ser conselheiro extra oficial da OF.

Com essa entrevista, o ministro da magia deixou bem claro sobre como vai tratar os seguidores Daquele que não deve ser nomeado. Os bruxos interessados em se alistar, devem se apresentar ao ministério da Magia, que os estará encaminhando até a sede da OF. Os requisitos básicos são maioridade e término dos estudos mágicos, pessoas de ambos os sexos serão aceitos.

O que você acha disso Arthur?

– Acho que o Ministro não teve muita escolha. James e Dumbledore deram a ele uma saída para não perder sua autoridade diante do povo, mas duvido muito que ele tenha qualquer poder de decisão sobre como esses dois irão agir. O que realmente fico me perguntando é: De onde veio todo o dinheiro para montar essa organização? Tenho certeza que quanto a isso o ministro não mentiu, o governo esta com o orçamento apertado, o que me leva a crer que o dinheiro realmente veio do setor privado. Mas de quem?

– O quanto você acha que James Potter ainda tem em sua reserva financeira?

– Uma pergunta mais interessante é: Se sua história é verdadeira, ele apareceu a catorze anos atrás sem dinheiro algum. Onde ele arranjou tanto ouro assim? Pois está na cara que foi ele quem financiou tudo isso.

– Pai? – Rony encarava a foto no jornal – O que é isso em sua cintura?

– É uma arma trouxa Rony, chama-se Revólver, e expele chumbo nas pessoas, mas eu duvido que esse aí cuspa apenas chumbo. Sou um mico de circo se essa arma não foi encantada para disparar coisas bem piores.

Jorge tomou o jornal das mãos de Rony e o observava junto de Fred:

– Roupa maneira essa hein?

– Nem pense nisso rapazinho, sei muito bem o que vocês estão pensando, e a resposta é não. Não vão se alistar e pronto, além de que você leu muito bem aí, que é preciso ser maior de idade e ter terminado Hogwarts.

– Mas ele disse... – começou Rony, no que foi impedido de continuar a falar por ter levado um imenso ponta pé de sua Irma, por baixo da mesa.

– Quem disse o que? – A sra. Weasley tinha muita experiência com os gêmeos para saber quando alguém estava se preparando para contar um mentira.

– Jorge, eu estava falando do Jorge, ele disse apenas que a roupa era legal, deve ser couro de dragão.

– Hummmm, - a mãe olhou desconfiada aos filhos – Certo, acabem o café e vão brincar la fora.



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