O Menino que Sobreviveu escrita por gelmo


Capítulo 17
James Potter




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- Ho! Ho! Ho! Feliz Natal pra todos os sangue-ruins e nojentos traidores do sangue, que poluem o ar da nobre casa de minha senhora, que tem sorte de não estra viva pra se lamentar desse dia.

- Monstro!!! Não foi isso que eu lhe mandei dizer.

Apesar das ofensas, não teve uma unica pessoa na sala que não caiu na gargalhada, Mosntro, o elfo doméstico de Sirius, entrava na sala de estar da casa dos Black, onde estavam reunidos a familia Potter e Weasley. O elfo trazia os trajes caracteristicos de um Papai Noel, mas se recusava a vestir as roupas, para não ser libertado, então tudo que ele usava era seu habitual fraldão, uma barba postiça e as botas pretas, que lhe chegavam ao joelho ossudo. A figura por si só ja era cômica o suficiente, mas para piorar o quadro, ele trazia um saco vermelho nas costas, que tinha no minimo três vezes seu tamanho.

- Tudo bem monstro, deixe os presentes aí e pode ir ceiar você também, afinal, é natal.

- Sim Patrão Black, monstro sai - com uma reverencia exagerada, o elfo saiu da sala resmungando imprompérios - bando de nojentos sangue-ruins, traidores, pervertidos, salafrarios.

- Monstro!!!

- Deixe ele Sirius, todos sabemos que ele ja está velho e não bate muito bem da bola mesmo.

- Isso não é desculpa para ofender meus amigos Tiago, esse pestinha me da nos nervos desde que eu era moleque.

- Esses são nossos presentes Sirus? Podemos pegar?

- Harry Potter! Que coisa feia. Deixa de ser pidão menino.

- Deixe-o Lilian. Sim Harry, são seus presentes. Harry e Rony não pestanejaram em atacar o saco indefeso.

- Caraca Sirius, tem presente pra todo mundo aqui.

- Tenha modos Rony.

- Olhe mãe, tem um pra senhora também - Rony passou um pacote para a mãe, que enrubesceu na hora.

- Ora Sirius, não precisava se incomodar - seus olhos no entanto brilharam ao ver um bisbilhoscópio feito sobre encomenda. Tinha o rosto de Fred e Jorge estampado em cada lado dele, e no momento em que o examinava, a figura de Jorge começou a uivar e a fazer caretas. Todos procuraram o gêmeo com os olhos, e irromperam em gargalhadas quando o flagraram enchendo os bolsos de um distraido Percy com algo suspeitosamente parecido com bosta de trasgo.

- O que foi? Sou inocente, juro!

A noite estava sendo maravilhosa, só tinha dois pormenores que incomodavam Harry. Depois da constrangedora cena na estação de Hogsmeade, Gina voltou a agir normalmente perto do amigo, mas o garoto agora prestava-lhe muito mais atenção,  tentou de todas as formas, uma oportunidade de ficar a sós com ela, estava decidido a confessar-lhe seus sentimentos. Sentimentos esses que ele nem ao menos tinha certeza, mas que cresciam cada vez mais dentro de si. A oportunidade perfeita tinha aparecido logo antes do jantar, quando Harry, pela centésima vez, foi até a rua, para ver se Hermione estava chegando.

- Entre Harry, esta frio. Se ela tiver de vir, virá, quer voce esteja aqui fora ou la dentro.

- É, acho que você tem razão. Escute Gina, posso falar com você um minuto?

- Sem problema, de que se trata?

- Bem, não sei nem por onde começar. Lembra-se quando você me perguntou...

- Com quem você sonhou. Sim, claro que me lembro.

- Bem, não foi com a Cho.

- Com quem foi então garanhão?

- Pô Fred, nós estamos conversando aqui.

- Estamos vendo maninha, vocês estão conversando aí, e nós estamos escutando aqui. Diz aí Harry, tava sonhando com a boca de quem?

- Quer saber? deixa pra lá Gina, outra hora a gente conversa.

- Credo Harry. Assim acabamos desconfiando...

- ... que voce não confia em nós.

Depois disso o garoto não conseguiu nem mais um minuto de privacidade. Os gêmeos perseguiram-no a noite toda, Harry tinha a incômoda sensação de que eles sabiam exatamente oque ele pretendia com a irmãzinha, mas que não iriam implicar com isso, estavam apenas pentelhando o casal por prazer de serem chatos. Rony era outra história, o amigo provavelmente iria tentar quebrar-lhe a cara se ele tentasse qualquer gracinha com Gina. Afora isso, outro ponto que incomodava Harry essa noite, era a ausencia de Mione, se ela não conseguiu convencer os pais sequer a comparecerem para o natal, era dificil acreditar que os convenceria a deixarem-na retornar a Hogwarts. Com essas duas preocupações na cabeça, o garoto não conseguia se concentrar no jogo de xadrez que disputava com Rony. Estava tão concentrado em seus pensamentos, que mal registrou o som da campainha, quando viu Monstro se arrastar até onde Sirius estava:

- Tem um punhado de sangue-ruins na porta da frente patrão, deixo-os entrar ou posso coloca-los pra correr?

- Deve ser mais um coral de crianças cantando musicas natalinas, deixe-os cantar e de-lhes algumas moedas.

Alguns minutos depois e elfo retorna:

- Eles disseram que não querem moedas, querem jantar. Coloco-os para correr agora?

- Quem esta na porta afinal Monstro?

- A pirralha amiga do jovem Potter e seus pais fedorentos.

- Pelo amor de Deus criatura, mande-os entrar. Rápido.

Harry e Rony se encararam com um sorriso bobo no rosto, e sairam em disparada encontrar a amiga. depois de muitos abraços, Mione explicou aos garotos que não iriam mais para Italia, as mortes, horriveis e cruéis que estavam ocorrendo na Inglaterra, estavam piores ainda no resto da Europa. E depois de muita conversa, ela os convencera que Dumbledore era muito poderoso, e que provavelmente, o lugar mais seguro do mundo, era o lugar onde ele estivesse. Ela voltaria para Hogwarts.

Estavam ceiando pato assado com laranja, quando tudo aconteceu. Eles ainda não sabiam, mas o inicio do fim de suas vidas aconteceria agora.

Com um estrondo que abalou toda a mansão Black, a porta da frente voou do batente e se estilhaçou na parede oposta. Lupin vinha flutuando como uma marionete semi desarticulada. Seu corpo todo apresentava marcas de ferimento. Um dos olhos fora arrancado. Atras dele, Riddle em pessoa vinha sustentando-o com sua varinha. Uma comitiva de mais ou menos vinte Vassalos da Serpente flanqueavam lhe o caminho. A reação dos ali presentes, fora rapida como um raio, mas O herdeiro da Serpente era ainda mais rápido, com ujm único gesto, desarmou todos ao mesmo tempo.

- Ora, ora, ora. Isso é maneira de receberem um convidado? Esta é a mui nobre casa dos Black. Estou certo?

- O que você quer aqui? - Sirius poderia ser chamado de muitas coisas, mas nunca de covarde, ainda esfregando a mão dolorida com a pancada que lhe arrancou a varinha, ele se interpôs entre o Lorde Negro e seus amigos.

- Quero apenas o que me pertence. Depois de muitas... como posso dizer... "entrevistas", eu finalmente fiquei sabendo que Régulo Black tem algo que é meu.

- Régulo esta morto.

- E varios de vocês irão se juntar a ele ainda hoje, se não me trouxerem meu medalhão imediatamente.

- Não sei do que você esta falando.

- Devo começar pelas crianças? Você ai moleque. Hoje é seu dia de sorte, não vai precisar ver sua familia morrer, voce vai antes deles. - Dizendo isso, apontou a varinha para Harry.

- NÃO TOQUE EM MEU FILHO. - Tiago entrou na frente do menino, o empurrando para trás. Quando Tiago ficou face a face com o bruxo das trevas, os lacaios do lorde negro deram um passo para trás, como se de repente estivessem na presença de um monstro, o proprio Riddle, de olhos esbugalhados afastou-se lentamente. seu rosto contorceu-se de ódio, e ira. o corpo de Lupin despencou no chão com um baque surdo.

- VOCÊ?????? POR TODOS OS DIABOS, HOJE EU MATO VOCÊ DESGRAÇADO.

- Homem errado moleque, é a mim que você quer.

Riddle deu um giro rápido e viu na porta dois vultos, Um bruxo vestindo uma capa com capuz cinza que cobria quase todo o seu rosto e um outro bem mais velho. Dumbledore, com ar cansado, empunhava a varinha de modo displicente, sem tirar os olhos de Remo lupin que continuava perdendo sangue.

- Vá Alvo, leve-o ao St. Mungus, eu cuido do bebezão aqui.

Com um aceno de cabeça, o professor abaixou-se e segurou em uma mão de Lupin, e disse antes de sumir:

- Volto o mais breve que puder.

Mais rápido que os olhos puderam acompanhar, o recem chegado começou a golpear o ar com sua varinha, os feitiços não verbais pareciam um show pirotécnico, com direito à labaredas de fogo negro, luzes e explosões, em menos de dois minutos apenas Riddle e seu adversário ainda estavam de pé. Os corpos inertes dos Vassalos, jaziam no chão. Como dois leões, se estudando, os combatentes davam circulos em volta de si mesmos, sem aviso, o ataque recomeçava, tão brutal e violento como antes. O Lorde das Trevas não via uma unica brecha de abertura para atacar, todas as suas maldições e azarações eram rechaçadas de imediato.

- Quer saber? Chega disso Tom - O Homem Cinza abriu os braços e mais dois deles apareceram ao seu lado. Eles repitiram a operação, até que Tom Riddle ficou cercado por doze bruxos identicos.

- Isso não termina aqui maldito! - Com essa promessa, o bruxo aparatou. Assim que ele sumiu, as cópias do homem cinza evaporaram-se também.

- Quem é você?

Antes que pudesse responder qualquer coisa, a atenção de todos voltou-se para Dumbledore que acabara de aparatar na sala novamente:

- Ele vai viver, mas seu olho não poderá ser salvo, foi obra de magia das trevas. Onde está Riddle?

- Eu o deixei fugir.

- Por que? Nós o tinhamos em nossas mãos.

- Você realmente acha que seria sensato encurralar Voldemort numa sala cheia de civis? Inclusive crianças Alvo?

- Desculpe, você tem razão.

- Escute aqui Prof. Dumbledore. Da pra alguém me explicar o que está acontecendo aqui? - Sirius e Tiago avançaram até o diretor, exaltados e nervosos. Hermione cuidava dos pais, que estavam muito mais assustados que os outros, eles nunca haviam presenciado um duelo antes. Harry apertava Gina num abraço assustado. Aquele homem causava calafrios nele.

- Sinto muito Ignotto, acho que eles tem o direito de saber toda a verdade. - Com um suspiro de resignação, o homem concordou com a cabeça, e retirou seu capuz, pela primeira vez, todos na sala puderam ver seu rosto.

- Este, senhores, é Harry James Potter.


Os cabelos revoltos não escondiam uma cicatriz em forma de raio no meio de sua testa, os olhos verdes, eram muito parecidos com de Liliam Potter, mas tirando um pequeno cavanhaque que deixara crescer, o homem era uma cópia exata de Tiago, até mesmo seus óculos eram parecidos. Lilian e Tiago cairam sentados no sofá boquiabertos.

- Acho que eu preciso de um whisk de fogo.- ponderou Sirius

- Me ve um duplo - disse Tiago

- Eu quero um triplo - tornou sua esposa.

- Muito bem, minha história é a seguinte... - sem esconder nenhum pormenor, Harry contou tudo. Desde como Voldemort assassinara seus pais e a ele não, como fora criado pelos tios, contou sobre a temporada de Sirius em Azkaban, e finalmente sobre o dia fatídico no departamento de mistérios no ministério da magia, contou como viu seu padrinho ser brutalmente assassinado por Belatrix, ao chegar a essa parte da história, grossas lagrimas escorriam por seu rosto:

- Eu nunca tive a oportunidade de conhecer meus pais, de conhecer vocês. Sirius era o mais próximo disso que eu tinha, no momento em que eu o vi morrer... Um pedaço de mim morreu também, tudo que eu queria, era justiça, não vingança. Eu não queria fazer sofrer as pessoas que me machucaram, eu queria apenas uma oportunidade de fazer aqueles que eu amava felizes. Quando ia perseguir Bellatrix, eu vi diversos vira tempo caidos no chão, eu nem ao menos pensei no que estava fazendo, só sei que coloquei um no pescoço e fui virando, virando e virando, quando percebi que voltava velozmente para o passado, o inicio de um plano surgiu em minha mente, então eu prossegui girando o aparelho até chegar alguns dias antes do ataque de Voldemort a minha casa, procurei o professor Dumbledore, e mostrei-lhe rodas minhas lembranças. O resto da história vocês ja conhecem. Oque eu não pensei quando fiz essa viagem, foi que ao chegar aqui, ja com quinze anos, existiria outro Harry Potter aqui, um garotinho de apenas um ano. Não havia lugar pra mim na vida de vocês.

- Oh querido...

- Não Lilian, eu não sou seu filho. seu filho é esse garoto. Meus pais morreram a muitos anos atrás. Mas não me arrependi do que fiz. Nunca. Quando vocês foram salvos, minha alegria foi muito grande. Parti então para completar meus estudos fora do país. Mudei de nome e viajei pela europa toda, até mesmo na américa eu estive. Aprendi muito nesses anos em que estive caçando Voldemort. reuni também um arsenal gigantesco de artefatos e feitiços raros. Quando Alvo me escreveu dizendo que Riddle havia retornado, eu voltei também. Tenho estado de olho em vocês, pois sabia que mais cedo ou mais tarde, ele atacaria. 

- Desculpe... - timidamente, Hermione levantou a mão, como se estivesse em uma sala de aula e precisasse fazer uma pergunta impertinente ao professor.

- Você é Ignotto Peverell, que trabalha para Hogwarts como consultor de segurança, não é?

- Sou eu mesmo. Como conseguiu essa informação?

- Harry, o nosso Harry, digo, esse Harry, teve de passar a limpo todas as fichas do corpo docente da escola, e viu seu nome lá. Posso fazer uma pergunta?

- Va em frente.

- Ali consta que você pertence a Grifinória E a Sonserina. Como pode ser?

- Quando Voldemort tentou me matar, ainda bebê, ele passou um pouco da excencia dele para mim, o Chapéu seletor ao me selecionar, me disse que eu poderia estar em qualquer uma das duas casas, pois sou Grifinório de nascença, mas Voldemort deixou um Sonserino dentro de mim.

- Harry - Tiago aproximou-se do homem que era apenas alguns anos mais novo que ele próprio:

- Você não precisa ser um pária, venha morar conosco. Ninguém precisa saber de toda essa história louca. Podemos dizer que voce é um primo meu.

- Você não sabe o quanto essa sua oferta me emociona Tiago, mas devo declinar. Hoje tenho muitos inimigos, Ridle e Voldemort são apenas dois deles. Se eu me mudasse para cá, poria toda sua familia em perigo. Mas, com sua permissão, eu gostaria de pedir-lhe um favor..

- Fale homem.

- Eu gostaria de usar o nome que meus pais me deram. Se vocês não se importarem, gostaria de assumir a identidade de James Potter.

- Lógico que não há problemas quanto a isso.

- Fico feliz com isso, agora, se me derem licença, tenho de levar esse lixo embora.

- Eu me encarrego disso Ign... James. - Dumbledore ja se levantava e amontoava os homens de Riddle inconscientes.

- Eu os deixarei no Departamento de Aurores no ministério, antes de ir para Hogwarts.

- Por que no ministério Professor? Por que não em Azkaban? - Azkaban caiu Arthur. Não controlamos mais os dementadores.

- Meu Deus - Molly Weasley empalideceu na hora - Quando isso aconteceu?

- Ontem. Mas é assunto confidencial interno. O ministro não quer que ninguém saiba disso. Enquanto conversavam, Dumbledore ia movimentando a varinha e colocando os prisioneiros em fila indiana, todos ficaram molemente suspensos no ar.

A cena lembrou-os de Remo Lupin, que entrára na casa desse mesmo modo.

- Professor?

- Sim Srta. Granger.

- Remo vai ficar bom?

- Ele vai viver. Severo Snape está pessoalmente cuidando dele. Seu pior ferimento foi o olho, infelizmente ele o perdeu mesmo, algumas fraturas que ja foram consertadas. Não se preocupe Srta. Granger. Tenho de ir agora, Tenham um bom natal.

Após a saida de Dumbledore, Todos voltaram-se para James Potter, sem saber como iniciar uma conversa. A situação era deveras estranha.

- Então, sem querer ser chato... Essa ceia sai ou não sai?

- Martin, tenha modos - A Sra. Granger corou imediatamente.

- Eu tenho modos, mas tenho fome também ué.

- Minha Nossa, você tem razão Martin, que distração a minha. Monstro, prepare mais comida. Venha Tiago, ajude-me a consertar essa porta.

As mulheres foram para cozinha ajudar Monstro a preparar o jantar. Na sala, ficaram os gêmeos, Hermione, Gina, Rony, Harry e James e o Sr. Granger.

- É um homem de muita coragem, sr. Granger. Mesmo entre os bruxos, homens como o sr. são raros.

- Por que diz isso sr. Potter? - Durante o combate, o sr. sequer piscou.

- Meu amigo, eu me mijei todo. - A declaração, tão honesta, pegou todos de surpresa. Jorge e Fred, foram os primeiros a cair na gargalhada, os outros logo os seguiram, exceto Hermione que ficou vermelha escarlate. Quando as risadas cessaram, o clima de tensão havia desaparecido.

- Me tira uma dúvida? - Era a primeira vez que Harry conversava com sua versão adulta.

- Foi você quem nos salvou no beco diagonal, não foi?

- Foi sim. Os olhos de Rony brilharam quando se lembrou da conversa que havia tido com a amiga sobre esse incidente.

- E você é um Bruxo das Trevas? - Ele falou com James, mas olhava para Hermione.

- Depende Rony.

- Como assim?

- Eu sei varios feitiços, que vocês considerariam Artes Negras, mas a magia não tem cor, não existe Magia Branca ou Magia Negra. Existem homens que tem os corações negros e malignos. Qualquer magia que um bruxo assim fizer, será magia negra. Existem também, os fenômenos naturais, que não compreendemos. Da primeira vez que nos encontramos, você sentiu minha presença Harry, está lembrado?

- Não. Quando foi isso?

- No dia que Fudge morreu. Eu estava no apartamento de Severo quando vocês chegaram lá. Eu tinha ido debater com ele algumas idéias. Hermione escorregou e eu a segurei pelos cotovelos. Naquele dia você me presentiu. E sempre vai saber quando eu estiver por perto, é a maneira que a natureza encontrou de lidar com duas versões da mesma pessoa num mesmo local.

- Você tem razão, apenas eu senti que tinha algo errado naquele quarto

- Odeio interromper o bate papo - disse Lilian colocando apenas a cabeça na sala - Mas a ceia está servida.

Após ceiarem, voltaram a sala de estar: Onde Monstro serviu entre resmungos e lamentos um licor aos convidados.

- Sirius, a ceia estava deliciosa, sua hospitalidade, como sempre foi impecável. Mas creio que teremos de ir embora.

- De modo algum, tenho quartos vazios. Vocês dormem aqui hoje.

- Agradecemos muito, mas infelizmente não podemos mesmo. Temos de ir, Se a Mione quiser ficar, não vejo problemas, mas Martin e eu temos de ir.

- Vocês vieram de carro?

- Não, pegamos um taxi.

- Então deixe-me levalos embora então. Ao menos isso.

Sirius levantou-se e colocou as mãos nos ombros do casal. e então, com um estalo desapareceram os três. Menos de cinco minutos depois, estava de volta. com um riso travesso perguntou a Hermione:

- Seus pais ja haviam desaparatado antes Mione?

- Não. Por que?

- Creio que não voltarão a faze-lo tão cedo. Seu pai acaba de vomitar em seus lindos sapatos italianos.

- Bem, tem algumas coisas que eu gostaria de debater com vocês, senão estiverem muito cansados.

- Crianças, pra cama.- Molly Weasley presentiu que a conversa seria adulta demais para os jovens ouvidos, e saiu pastoreando-os para o andar de cima. Harry tinha seu próprio quarto na casa do padrinho desde que nascera, e quando os Weasley passaram a frequentar o largo Grinmauld. Sirius providenciou alguns quartos de hóspedes meio que permanentes pra eles também. - Harry e Rony olharam cobiçosos para a sala. Queriam ouvir o que ia ser dito, e desta vez, Fred e Jorge não haviam tido tempo de preparar nenhum esquema de escuta. Do alto da escada, viram quando James olhou pra eles e moveu os labios; tomaram um grande susto ao ouvirem sua voz sussurrada em seus ouvidos:

- Reunam-se num quarto só.

Os garotos esperaram apenas até ouvirem os passos da sra. Weasley descendo as escadas, e sairam recrutando os outros. Uma vez reunidos no quarto de Harry, ficaram esperando algo acontecer. Hermione começava a impacientar-se quando ouviram vozes abafadas vindo de dentro do guarda-roupas. Ao abrirem-no, viram que o espelho estava transmitindo uma imagem limpida de tudo que acontecia na sala de estar. No Espelho/televisão o sr. Weasley estava vermelho feito uma beterraba e dizia:

- ... em hipotese alguma.

- Arthur, creia-me, estou sendo sovina quando lhe repasso esse dinheiro, lhes devo muito mais que isso. Vocês foram a única familia que tive até os catorze anos, e muitas vezes você e Molly custearam todo meu material escolar em Hogwarts, mesmo não tendo obrigação nenhuma disso. - James sabia que isso era uma mentira deslavada, mas sabia também que mesmo sobre as circunstância que apresentava, os Weasley dificilmente aceitariam seu dinheiro, e se havia uma familia que realmente merecia, eram eles.

- Peraí, eu entendi bem? Ele ta dando dinheiro ao papai?

- Calaboca Rony. - No espelho a conversa continuava. Agora com a presença da sra. Weasley que acabara de se acomodar ao lado do marido.

- Veja Molly, James colocou um cofre em nosso nome no Gringotes.

- Qual problema? O gringotes tem regras muito rigidas, ele teria de provar quem é e isso traria muita dor de cabeça, e a nós não custa nada fazer-lhe esse favor.

- Você não esta entendendo Molly. Ele nos deu o dinheiro que esta la dentro.

- Oque???

- São cem mil galeões.

- OQUE?????

Rony engasgou e quase correu escada abaixo pra tentar convencer os pais a aceitarem. Se não desceu, é porque foi impedido pelos irmãos.

- Tentem ver as coisas assim. Se não querem aceitar por vocês mesmos. Aceitem pelas crianças. Alem de que, o dinheiro ja está em nome de vocês, eu não posso mais retira-lo, eis a chave e o numero do cofre. - Arthur, depois de um olhar demorado à esposa, aceitou a chave e a colocou no bolso do paletó.

- Cara, ce vai ser podre de rico quando for mais velho. - Rony ja planejava oque pediria aos pais de presente de aniversário.

- Agora, tenho coisas mais desagradáveis para dizer-lhes.

- A guerra.

- Sim, a guerra. A anos tenho tentado convencer Dumbledore a formar uma milicia armada. Andei praticamente pelo mundo todo adquirindo experiência, e se hoje, tenho uma única certeza, é de que haverá derramamento de sangue, e eu farei de tudo para que não seja o sangue de meus amigos. O ministério vai continuar se recusando a caçar os dois Voldemorts. Depois de muita conversa com Dumbledore, estou assumindo o comando da Ordem da Fênix. E declaro aberta a temporada de caça a comensais.


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