Top Model escrita por Loka


Capítulo 2
Capítulo 2 – Telefonema


Notas iniciais do capítulo

Oi meus lindos e amados leitores, como vai a vida?

Desculpe, demorei mais do que eu esperava pra postar o capítulo.

Eu estou tão feliz com os comentários de vocês! Muuuuiiiito obrigada a todos.

Boa leitura.



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                Estava na cozinha preparando o jantar de Charlie, um pouco mais cedo do que costume, pois hoje é sexta-feira e meu pai sairia mais cedo do trabalho, não existe muito que fazer em uma cidade tão pequena.

 

                Resolvi preparar um jantar simples, mas que Charlie adorava, carne assada com batatas morenadas, uma receita da minha avó paterna.

 

                Já fazia algum tempo que eu não preparava esse prato. Na verdade, muitas coisas não havia mais feito depois que Edward me deixou, um dia que nunca mais vou esquecer. O dia que eu descobri o quando eu fui idiota.

 

                Lembrar-me esse dia não fazia mais com que a ferida, que antes abria só em pensar no nome dele durante as primeiras semanas que ele me deixou, não doesse mais em meu peito. As pessoas dizem que essa é umas das piores dores do mundo, a dor de amar e não ser amada. Eu discordo em partes, claro que é uma dor horrível, mas o pior e você descobrir o quanto era estúpida e submissa, não sei como pude ser tão idiota, confiar nele daquele jeito. Eu creditei em todas as mentiras que Edward me disse, como eu fui tola, o que um vampiro iria querer com uma humana desastrada?

 

                Eu tenho que ser forte, não posso mais ficar submisso a nenhum homem, pois se não eles pensão que são nossos donos e acham que podem brincar com nossos sentimentos, eu perdi muitos dias vegetando por causa de alguém que não me queria.

 

                Esses pensamentos fizeram me lembrar de Tifanny, não acredito que minha prima está vindo para Forks e não me disse nada. Mas não é de se surpreender, afinal, faz anos que não nos falamos, ela não deve saber que estou morando com meu pai.

 

                A última vez que a vi pessoalmente minha prima foi a cinco anos, quando ela saiu de Phoenix, onde morávamos, para ir estudar em New York.

 

                Apesar de ela ser cinco anos mais velha do que eu, Tifanny era muito minha amiga, ela me contava tudo o que ela aprontava, que não era pouca coisa, digamos que ela era um pouquinho maluca. Ela tinha o costume de dizer: “Bella, nunca chore por alguém que não te merece, nós sempre começamos pelos piores antes de aumentar de nível, então, nunca chore pelos de baixo nível”.  Essa frase, por incrível que pareça, me ajudou a sair do meu estado zumbi. 

 

                A semana se passou, para meu azar, lentamente. A professora Mendenson só ficava dizendo que eu tinha talento para artes plásticas, ela até chegou a me convidar para fazer aulas particulares com ela para aperfeiçoar a técnica. Ela me abordava todos os dias no estacionamento para insistir mais uma vez sobre eu fazer aulas de desenho com ela.

 

                Hoje ela me abordou de novo. Eu estava andando embaixo da fina garoa que caia, até que ouso alguém me chamar.

 

                -Isabella – disse a professora Mendenson sem fôlego devido ao fato de ter vindo correndo até mim – Por favor, faça as aulas particulares de desenho, seu potencial é incrível.

 

                - Obrigada professora Mendenson, mas eu não tenho interesse – não queria ser grossa com ela, mas isso já estava ficando um pouco obsessivo da parte dela, por isso eu evitava o máximo que conseguia ficar longe dela.

 

                Não agüento mais essas insistências, eu sempre respondia do mesmo jeito a sua pergunta, mas uma hora vou ter que tomar uma atitude mais seria.

 

                Mas o assunto da semana era o ensaio fotográfico de revista Fashion World, todas as pessoas da cidade só falavam disso, até mesmo em La Push o assunto era esse. Isso chegou a me surpreender quando Jacob tocou no assunto, já que ele só entendia de carros, motos e lobos. Ele me disse que não agüentava ouvir os pensamentos de alguns garotos da alcatéia, que pensavam nas modelos que poderiam vir e também não suportava mais a Leah, segundo ele, os pensamentos dela subitamente tiveram um interesse por moda, ele acredita que é só pra irritá-lo ainda mais.

 

               Segundo as ultimas notícias que soube através de Jessica, segundo ela, que sabia mais coisa sobre o ensaio fotográfico do que eu, a equipe da revista estaria em Port Angeles sexta-feira, onde ficariam hospedados. É incrível como as garotas da escola ficaram “minhas amigas”, elas simplesmente tiveram uma simpatia por mim depois que descobriram quem era minha prima.

 

                Meus pensamentos foram interrompidos pelo telefone, que acabou me dando um susto, me fazendo demorar a atender um pouco mais que deveria.

 

                Respirei fundo para controlar minha respiração e tirei o telefone do gancho e o atendi.

 

                - Alô?

 

                - É da residência de Charlie Swan? –perguntou uma voz feminina do outro lado da linha.

 

                - É sim, mas ele não está no momento. Quem gostaria de falar com ele?

 

                - Eu sou sobrinha de Charlie, meu nome é Tifanny Clarck – disse a voz da outra linha, que agora eu havia reconhecido.

 

                - Tufanny? – disse animada – Sou eu, Bella, sua prima.

 

                - Bella! – Tifanny gritou, fazendo-me afastar o telefone da orelha para não ficar surda – O que você está fazendo aí?

 

                - Se não estou enganada, essa é a casa de Charlie, que por coincidência é meu pai – eu sabia que ela na verdade estava me perguntando o porquê de eu não estar em Jacksonville com minha mãe, mas eu queria tirar um pouco com a cara dela.

 

                - Eu sei que Charlie é seu pai, mas você não está em Forks, então, eu devo ter ligado errado ou você não é a Bella.

 

                - Sou eu sua bobinha, eu juro – falei fazendo um esforço para não rir – Estou morando com Charlie agora.

 

                - Serio? Isso é ótimo! – ela deu um gritinho bem estridente – Eu acabei de chegar a Port Angeles e estou indo para Forks amanhã.

 

                - Isso é maravilhoso – estava ficando animada, fazia tempo que não via minha prima.

 

                - Desculpe Bella, eu tenho que desligar – ela disse com uma voz triste – Amanhã eu passo aí, Beijocas.

 

               Ela disse isso e logo em seguida desligou o telefone, nem deixou eu me despedir, só a ela mesma. Tifanny continuava maluquinha, eu sentia muito a falta dela, nos éramos grandes amigas, nunca vi alguém que consegue ser divertida e seria ao mesmo tempo.

 

                Terminei o jantar de Charlie bem na hora que ele chegou. Claro que ele ficou muito surpreso com o jantar que preparei, realmente fazia tempo que não preparava nada especial para ele.

 

                Contei para Charlie que Tifanny havia ligado, ele ficou muito feliz com a noticia, não era de se esperar, pois Tifanny Swan Clarck era a única sobrinha de Charlie, filha da sua única irmã, Juliet Swan Clarck ou Juli, como costumava chamá-la. Não lembro muito da tia Juli, ela morreu em um acidente de carro, quando eu tinha dez anos, deixando toda minha família triste.

 

                O pouco que me lembrava e que nunca vou esquecer era que tia Juliet era lindíssima, possuía olhos verdes, cabelos longos e escuros, pele clara, ela parecia uma modelo. Ela se casou muito nova, com 18 anos, com Tom Clarck, um respeitadíssimo advogado e foi morar com ele em Phoenix, onde possibilitou me ter um contato maior com Tifanny até ela se mudar para New York.

 

                Não vejo à hora de revela. Aprontávamo-nos muito quando meninas, ou melhor, ela aprontava e sempre dava um jeito de me colocar na história.

 

                Charlie e eu conversamos um pouco sobre Tifanny e o resto do jantar foi silencioso, onde acabei perdi em pensamentos da minha infância, uma excelente faze da minha vida. Depois de acabar de jantar e terminar de lavar a louça, fui para meu quarto ler um dos meus livros favoritos, O Morro dos Ventos Uivastes, que por coincidência, foi Tifanny que me deu esse livro que acabei ficando viciada.  Deveria ser a décima vez que eu lia aquele livro, mas mesmo assim ele conseguiu me fascinar. Não sei disser quanto tempo fiquei lendo, só sei que acabei adormecendo abrasada ao livro.


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