Kagome acordou decidida, afinal estava naquele mundo, não podia ficar chorando pelos cantos, tinha que encontrar Inuyasha e Miroku, mas também tinha que se preparar se lembrou do que Inuyasha disse antes de serem atacados por Kagura.

“-e por que eu sentiria orgulho em ter minha vida controlada por Ryujin. - disse Inuyasha encarando Miroku, esse o olhara surpreso. - e agora eu estou sendo o brigado a proteger essa garota e ser arrastado por ai. - terminou e cruzou os braços. Kagome parou o bolinho de arroz antes de chegar à boca, mordeu o lábio inferior, afinal ele estava certo, estava claro que Inuyasha não queria estar ali, mas era a obrigação dele.

-Inuyasha você esta sendo muito cruel com a senhorita Kagome. -disse Miroku o repreendendo.

-ele está certo Miroku. –disse Kagome com o olhar baixo. –eu não sei lutar e sempre que vejo um yokai me apavoro. –ela levantou o olhar para encarar Miroku. –por isso eu acabo dependendo de vocês, me desculpem por isso. –Kagome tinha um sorriso tímido, o que fez Miroku sorrir.” –como não tinha como fugir, pelo menos estaria preparada ou pelo menos tentaria.

-Sango! –gritou Kagome correndo em direção de sua nova amiga.

-algum problema Kagome? –perguntou vendo a agitação da jovem.

-será que você poderia me ajudar com uma coisa? –perguntou com um sorriso sem graça.

-claro Kagome. O que foi?

-bom... é uma longa historia.

-eu gosto de historia longas. –comentou Sango com um pequeno sorriso. Então Kagome contou tudo desde que ela era a guardiã até o que aconteceu quando se separou de Inuyasha e Miroku.

-eu... eu não acredito. –disse Sango com os olhos arregalados em surpresa com que Kagome acabara de dizer. –então você é...

-nem eu acredito ainda. –disse Kagome. –mas eu não posso continuar dando tanto trabalho pra eles, por isso eu preciso que você me treine. –disse seriamente.

-eu adoraria Kagome. –respondeu Sango com um largo sorriso. –então você sabe fazer o quê?

-bem eu concerteza não tenho jeito com espadas igual ao Inuyasha. –levou a mão ao queixo como se pensasse. –e concerteza não sei lutar como o Miroku.

 –assim fica um pouco difícil não acha? –perguntou Sango um pouco sem graça.

-você tem razão eu sou uma inútil. –Kagome levou à mão a cabeça.

-também não é assim né? Que tal arco e flecha? –perguntou

-claro. –abriu um grande sorriso. –eu praticava arco e flecha, talvez isso seja útil.

-então vamos praticar.

Um pouco afastado do vilarejo Kagura tinha reunido um grande exercito de yokais. –finalmente encontrei o vilarejo dos exterminadores. –um sorriso vitorioso se formava em seus lábios. –dessa vez eu acabarei com ela de uma vez. –ao dizer isso desapareceu.

Kagome passou a manhã toda praticando com Sango, lógico que precisava de pratica, mas ela já tinha jeito.

-até que você é boa nisso Kagome. –disse Sango surpresa com o desempenho de Kagome.

-meu avô me ensinou uma vez. –Kagome tinha uma expressão triste nos olhos. –depois que ele morreu, eu perdi o interesse em praticar.

-desculpa Kagome, não queria fazer você se lembrar da sua família, deve ser difícil para você.

-tudo bem Sango. –disse com um pequeno sorriso triste. –eu confesso que sempre foi difícil lembrar deles, mas... –Kagome agora tinha um sorriso alegre e seus olhos tinham um brilho diferente. –desde que eu cheguei aqui não me sinto mais sozinha. –as duas riam muito, tinham se tornado amigas apesar de se conhecerem a pouco tempo.

-o que é isso? –Kagome sentiu uma grande energia se aproximar e essa era uma energia familiar. –não pode ser.

-isso é... –Sango viu uma grande nuvem de yokais cobrir todo o vilarejo. –mas como eles não acharam?

-você realmente da muito trabalho... guardiã. –Kagome sentiu um arrepio na espinha ao reconhecer essa voz, se virou e viu Kagura junto de um grande numero de yokais. –foi realmente difícil achar esse lugar.

-Kagura. –disse incrédula, as imagens da ultima batalha que tiveram veio a sua mente, inconscientemente levou a mão direita ao ombro esquerdo onde fora ferida. –como me achou?

-como eu disse foi difícil. –um sorriso maliguino se formou em seus lábios. –mas você mesma facilitou muito.

-o que? –perguntou Kagome confusa.

-você emana uma grande energia, apesar da barreira bloquear parte dessa energia ainda assim foi possível senti-la. –nesse momento Kagome e Sango ouviram gritos vindo da aldeia.

-o que você fez Kagura? –gritou Kagome.

-você deve imaginar como os exterminadores são odiados pelos yokais não sabem.

-não! –gritou Sango imaginando o que Kagura quis dizer.

-eu apenas dei a chance deles. –um sorriso se formou em seus lábios. Sango e Kagome ficaram em choque.

-Sango você precisa ir até lá. –gritou Kagome.

-mas... –antes que Sango disse mais alguma coisa, Kagome começou a correr para longe delas.

-então você quer brincar mais um pouco. –tinha um sorriso sarcástico, esquecendo Sango ela foi atrás de Kagome.

-Kagome. –Sango ficou ali parada, der repente começou a correr em direção a aldeia que neste momento esta sendo atacada,

-é minha culpa. –pensava Kagome enquanto corria. –tenho que afastar a Kagura do vilarejo. Não posso deixar que aquelas pessoas se machuquem por minha causa. –ela tropeçou em um galho a fazendo cair, seu joelho começou a sangrar. –tenho que ser forte... Inuyasha me ajude, por favor.

-vamos ver o quanto você agüenta. –ela balançou o leque fazendo uma forte jorrada de vento atingir Kagome. –sem aqueles dois você não é nada não é?

-isso não é verdade. –com um pouco de dificuldade Kagome se levantou e atirou uma flecha que passou de raspão pelo rosto de Kagura, fazendo um fiapo de Sango escorrer.

-maldita! –gritou Kagura avançando sobre Kagome. –como ousa ferir o meu rosto, eu vou matá-la.

-HIRAIKOTSU! –Kagura conseguiu desviar do enorme bumerangue que vinha em sua direção. –Kagome! Você esta bem? –Sango vinha montada em uma grande gata que Kagome reconheceu ser Kirara, embora o tamanho fosse diferente e essa possuía grandes presas. –desculpe a demora Kagome.

-mas Sango você precisa ajudar na aldeia.

-não se preocupe Kagome, eles sabem lidar com yokais muito bem. –disse se voltando para Kagura. –nesse momento minha amiga precisa mais de min e eu vim ajudá-la. –disse com um sorriso confiante.

-obrigada Sango. –agradeceu com lagrimas em seus olhos.

-acho que posso me divertir com você um pouco. –Kagura recuperou a postura altiva. –mas será que você conseguira agüentar. –Kagura começou uma serie de ataques, Sango conseguia contra atacar, mas os ataques de Kagura eram muito rápidos.

-acho melhor você se afastar um pouco Kagome. –pediu Sango.

-embora você esteja se esforçando eu preciso acabar logo com isso. –Kagura concentrou seu ataque em Sango. - FUUJIN NO MAI! –Sango tentou se defender mais com o em pacto foi arremessada junto a Kirara.

-Sango! –Kagome tentou correr para ajudá-la, mas foi impedida por Kagura.

-agora somos só nós duas. –disse com um largo sorriso nos lábios. –assim que eu acabar com você vou mostrar para o Naraku que não sou uma inútil.

-eu não tenho medo de você. -disse Kagome encarando Kagura seriamente.

-pois deveria ter. –preparou seu leque. - FUUJIN NO MAI!  -Kagome não se movei ficou ali parada encarando Kagura, dessa vez não teve medo não fugiria, não poderia deixar Sango para trás.

-KAZE NO KIZU! –o ataque de Kagura foi decepado.

-esse é... –Kagome relaxou ao reconhecer o ataque.

-então era aqui que você estava se escondendo Kagome. –as lagrimas se formaram em seus olhos ao ouvir essa voz atrás de si, era uma voz carinhosa e doce. –você está...

-Inuyasha! –Kagome o abraçou forte escondendo os olhos banhados em lagrimas. –eu tive tanto medo! –disse com a voz chorosa.

-Ka... Kagome. –Inuyasha sentiu seu rosto esquentar, estava ruborizado, mas um sorriso de alivio se formou em seus lábios por ver que ela estava segura.

-senhorita Kagome. –Miroku se aproximava e recebeu um abraço caloroso de Kagome. –que bom que você esta bem.

-eu estou feliz que vocês... –Kagome parou ao sentir a mão de Miroku em um lugar impróprio. –SEU PERVERTIDO!

-foi mal. –se desculpava massageando a bochecha vermelha.

-Miroku seu... –dizia Inuyasha irritado, mas a presença de Kagura fez com que se concentrasse na luta. –vê se faz alguma coisa direito e cuida da Kagome.

-Miroku a Sango! –gritou puxando Miroku para onde Sango tinha sido jogada.

-quem? –perguntou confuso.

-no caminho eu te explico.

-assim é melhor. –disse Inuyasha com um sorriso confiante. –eu não preciso me conter para não machucar a Kagome.

-muito bem Inuyasha vamos ver do que você é capaz. –desafiou Kagura.

-preparesse. –Inuyasha concentrou suas energias na tessaiga, o emblema apareceu em sua testa e começou a brilhar. –KAZE NO KIZU! –um raio de amarelo foi em direção a Kagura, e como da ultima vez se transformou em ondas de chamas. Kagura usou seu leque para controlar yokais para se proteger. –pare de fugir Kagura. –rosnou.

-eu não vou desistir em quanto não tirar a vida daquela garota com minhas próprias mãos. –Kagura se afastou. –afinal, por que proteger alguém que não pertence a esse mundo. –dizendo isso desapareceu. Inuyasha embainhou e espada e foi para onde Kagome e Miroku foram.

Kagome pegava Kirara enquanto Miroku ajudava Sango a se levantar.

 -Sango você esta bem? –perguntava Kagome preocupada.

-sim eu... –Sango arregalou os olhos surpresa em sentir a mão de Miroku em digamos um lugar impróprio. –SEU PERVERTIDO. –gritou esbofeteando Miroku. Kagome apenas olhava sem dizer nada, não sabia se achava graça ou raiva de Miroku, mas estava aliviada por Sango esta bem.

-pelo visto esta tudo bem aqui. –disse Inuyasha com os braços cruzados se aproximando. Kagome o encarou e abriu um grande sorriso o que fez o rosto de Inuyasha ficar vermelho. –Kagome você está ferida? –perguntou sem encará-la.

-não. Por quê? –perguntou o encarando.

-eu estou sentindo o cheiro do seu sangue. –disse agora a encarando.

-ah... é que eu ralei o joelho ai sangrou um pouco. –disse mostrando o joelho ralado.

-tem certeza de que não esta doendo? –perguntou preocupado segurando a perna de Kagome, fazendo ela quase cair. Miroku e Sango começaram a ri.

Voltaram depressa para o vilarejo, Kagome queria cuidar dos ferimentos de Sango o mais rápido possível. A aldeia tinha sido bastante destruída pelo ataque surpresa dos yokais, embora muitos tenham sidos mortos e feridos, conseguiram vencer, demoraria um pouco para se reerguerem, mas tentariam. Kagome pediu para Inuyasha e Miroku que ficassem mais um pouco, pois queria ajudar a cuidar de Sango. Como sempre Inuyasha reclamou e disse que tinham que seguir em frente, mas depois do longo discurso de como Sango cuidou quando ela foi ferida por Kagura e caiu no riu, Inuyasha sentiu um no na garganta e acabou concordando em ficarem mais um pouco.

-então Sango como se sente? –perguntou Kagome ajudando a amiga a se sentar.

-estou bem Kagome, muito obrigada por cuidar de min. - respondeu com um pequeno sorriso. –e me desculpa.

-por quê?

-por minha causa vocês tiveram que ficar aqui, e parecia que o Inuyasha estava com muita pressa.

-não se preocupe com isso. –disse com um sorriso. –o Inuyasha nunca esta satisfeito com nada mesmo.

-vocês dois parecem se dar bem. –comentou Sango ao ver o brilho que aparecia nos olhos de Kagome quando falava de Inuyasha.

-na verdade não. –podia se ver a tristeza em seus olhos. –desde que eu cheguei aqui ele faz questão de mostrar que a minha presença o incomoda, parece que ele me odeia, mas eu nem sei o por quê.

-mas ele veio te salvar deve se preocupar com você.

-eu já te expliquei ele só faz isso por que é o dever dele. – uma ponta de tristeza em sua voz. –mas se quer saber eu até que me dou bem com o Miroku. –disse rindo, e as duas começaram a ri.

-mas eu não sei se isso é uma coisa boa Kagome. –comentou Sango em meio a risadas.

-eu também acho. –as duas estavam tão entretidas que nem perceberam quando alguém entrou.

-falando de min. - disse Miroku sorridente ao entrar. –espero que bem é claro.

-como se isso fosse possível. –comentou Sango.

-como você pode pensar assim de min Sangozinha. –disse Miroku se sentando ao lado de Sango, fazendo voz de ofendido.

-eu já disse pra você não me chamar assim. –disse Sango tentando se controlar.

-mas eu estava preocupado com você. –disse fazendo voz meiga.

-ta vou fingir que acredito. –disse se fazendo de seria.

-que isso Sangozinha.

-eu não já disse pra você parar com isso. –gritava Sango irritada, enquanto os dois discutiam Kagome se levantou e se retirou sem ser percebida e tinha um grande sorriso alegre nos lábios. Kagome caminhou pela aldeia observando que a reconstrução já estava quase terminada, havia se passado uma semana desde o ocorrido, chegou ate uma arvore e se recostou sentindo a brisa bater em seu rosto.

-então como ela esta? –uma voz foi ouvida em um dos galhos, Kagome sabia que o encontraria ali.

-ela já esta bem melhor. –respondeu ainda com os olhos fechados.

-por que você não esta com ela? –perguntou se sentando ao lado de Kagome.

-Miroku está lá com ela. –respondeu com um sorriso.

-você acha seguro deixa-la sozinha com ele.

-a Sango é a única que consegue controlar o Miroku. –disse rindo.

-eu também percebi. –Inuyasha não se conteve e começou a ri também. Kagome olhou pra ele surpresa e sorriu pra ele um sorriso terno que fez Inuyasha corar.

-o que foi? –perguntou desviando o rosto para que ela não o visse vermelho.

-e que é a primeira vez que nós dois estamos conversando e rindo juntos. –ela o encarava com os olhos brilhando.

-e daí?

-e daí que eu gostei. –Inuyasha a encarou e quando viu aquele sorriso e aqueles olhos brilhando para ele, toda sua autodefesa e seu jeito durão se desarmaram e abriu um pequeno sorriso.

-deve ser difícil conviver comigo não? –perguntou desviando o olhar. Kagome deu uma pequena risada e balançou a mão em forma negativa.

-até que eu já me acostumei. –e os dois voltaram a ri. Ficaram a tarde toda sentados ali sem falar nada, mas não era um silêncio incomodo era até agradável, Kagome estava tão à-vontade que deitou sua cabeça no ombro de Inuyasha, esse se surpreende, mas não fez nada ficou observando em silêncio o rosto sereno da jovem em seu ombro, ao sentir a respiração da jovem percebeu que ela havia adormecido, seu rosto ficou vermelho, o rosto dela estava tão perto do dele, como da primeira vez que eles se encontraram. Na manhã seguinte eles já estavam prontos para seguir viajem, foi quando Sango chegou com um pedido.

-eu quero ir com vocês. –declarou Sango seriamente.

-O QUÊ? –disseram os três ao mesmo tempo.

-desculpe mais como assim ir com agente? –perguntou Inuyasha. –nós não precisamos de ajuda, eu já tenho que aturar a Kagome, duas seria demais.

-Inuyasha! –recriminou Kagome irritada lhe lançando um olhar assassino. –como assim Sango?

-Kagome você me disse que veio pra esse mundo para salva-lo. –começou Sango. –você quis enfrentar a Kagura sozinha, para proteger todo o vilarejo, meu orgulho de exterminadora me diz para retribuir esse favor, mas não só isso, você se tornou uma amiga querida Kagome, eu quero ir junto para ajudar, eu também quero proteger esse mundo por isso quero estar ao seu lado Kagome. –ela tinha um sorriso nos lábios, as lagrimas se formaram nos olhos de Kagome.

-Sango muito obrigado. –as duas se abraçaram forte. –claro que você pode vir Sango.

-mas... –Inuyasha não conseguiu, pois foi interrompido por Miroku.

-vai ser ótimo viajar com essas duas lindas jovens. –disse Miroku abraçando as duas, com segundas intenções.

-nem se atreva Miroku. –advertiu Inuyasha já imaginando o que Miroku pretendia.

-eu juro que não ia fazer nada. –disse Miroku se defendendo.

-sei. –disse Inuyasha fingindo que acreditava. Sango e Kagome começaram a ri, Kagome sentiu que as coisas estavam começando a melhorar, sentia que tinha amigos de verdade e isso lhe dava paz e segurança.

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