Desventuras de Uma Adolescente escrita por Alice_Alice


Capítulo 9
Assassina de Torradas


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, demorei um pouco.
Desculpem, demorei por que estava atualizando Uma Vida Não Tão Perfeita Assim, minha outra fanfic.
Mas, está aí agora.
Espero que gostem.
Bjs,
Alice_Alice



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.Acordei de manhã meio rígida. Dormira demais. Já eram 10:30 da manhã...

Gente, será que esse negócio de dormir muito começa assim tão cedo?

Suspirei.

Me levantei e decidi tomar um banho, além do mais estava meio suada.

Tomei um banho rápido –ta, não tão rápido assim, demorei uns 15 minutos.

Quando sai, coloquei uma calça jeans, uma camiseta preta, um tênis preto, uma blusa de frio branca por cima. Penteei meu cabelo como a vaca lambeu, mas só por que era tudo o que meu cabelo conseguia ser quando tava molhado.

Soltei um bocejo –NÃO! Eu não estava com sono, é que ás vezes eu bocejo sem sono; isso é meio ridículo.

Arrumei a cama, abri a janela, e desci.

Chegando lá embaixo, Edward e Alice estavam fazendo nada mais, nada menos do que o que eu costumava fazer quando era a única acordada em casa e estava cedo demais –ou eu mesma não queria- para sair. Vendo Tv!

- Bom dia.- disse-lhes.

- Bom dia.- respondeu Edward.

- Oi, Bella!- disse Alice, como era de se esperar.

- Oi. Hmm... O que estão assistindo?

Alice riu.

- Shrek 2.

- Ah, é legal.- isso mesmo. Eu gostava de Shrek, ah, sei lá. Era legalzinho. Comédia, né? Quase sempre é legal.

Assisti ao filme com eles, e depois tomamos café da manhã.

Eu insistia em comer pouco, e eles insistiam que eu devia comer.

- Bella...- disse Edward em certo ponto do café.- Coma alguma coisa, isso é importante.

- Não. É a comida da casa de vocês, não vai sobrar comida suficiente para todos (vocês e seus pais) depois...

- Gosta de torrada?- perguntou Alice.

- Hã... Sim. Por que?

- Então, coma uma.

- Não, não. E depois se alguém quiser torrada e não tiver... Ai a culpa vai ser minha.

- Ah, mas nós sempre temos um “alto índice” de torradas.- disse Edward, meio debochado.

- Pra quê tanta torrada?- eu não pararia de insistir.

- Para precaução.- ele disse como se fosse óbvio, pra ele, aparentemente, era óbvio.

- Caso aja alguma emergência de torrada?

- Isso mesmo. Nunca se sabe quanta torrada será necessária...

- UAU! Esse é um mantra á ser seguido...- revirei os olhos.

- Coma, Bella.

- Mas e as coitadas das torradas?- perguntei.

- Acho que elas não se importam.- ele riu.

- Tenho certeza de que uma torrada prefere estar intacta á ser toda mastigada e virar “pasta”.

- Torradas não tem vida.- ele insistia.

- Nunca se sabe! Já viu o filme “As Torradas Falantes”?

- Isso existe?- ele perguntou.

- Não, mas se existisse, seria um triste filme que relata a vida preocupada das torradas falantes, e você nunca mais teria coragem de mastigar uma torrada.

Alice nos encarava e ria um pouco, mas mantinha-se quieta, coisa que eu achava ser muito incomum para ela.

- Se todo mundo pensar na vida de tudo que come, o ser humano se extingui, e isso por fome.

- Isso que devia acontecer. As coisas comestíveis iam fazer a festa. Os seres humanos iam pagar por comer tanto.

- É, isso acontece com as pessoas obesas.- ele disse.- E o que você diz quando vê uma: “Rá, rá, rá. Você está pagando por acabar com a vida de tanta comida!”.

- Tudo bem. Tudo bem.- eu disse, pegando uma torrada, passando requeijão nela –odeio manteiga!- e mordiscando.- Está feliz agora? Comi a cabeça de uma torrada!

- Estou.- ele disse.- E pode acabar de matar essa torrada, sereal killer.

Alice riu.

- Vocês são uma comédia...- comentou.

E o café da manhã continuou, matei várias torradas –acompanhadas por seu grande amigo, requeijão- e matei também um café com leite, além, de causar sérios hematomas em uma maçã.

Depois do café, Alice me disse que ia ao shopping com uma amiga, até me convidou para ir, mas eu não estava muito a fim, então fiquei.

 

Agora, já passara mais ou menos meia-hora que Alice saíra. Eu estou lendo e Edward está fazendo sei-lá-eu-o-quê.

De repente, ouço alguém batendo na porta.

- Entre.- eu disse.

A porta foi um pouco aberta e de lá saiu apenas a cabeça de Edward meio inclinada.

- Oi, assassina em série.- ele disse. (sereal killer = assassina em série –pra quem não sabe).

- Oi, assassino de torradas.

Ele riu.

- Devia parar de se importar com a vida da comida que come, e se preocupar mais com a sua. Sério.

- Tudo bem. Vou seguir sua dica.

Ele sorriu e balançou a cabeça.

- Quer dar uma volta?

1-Tudo bem, quem eu era para recusar aquele convite?

Resposta: ninguém. Eu não podia recusar aquele convite.

2-O que me impede de ir?

Resposta: Nada.

3-...

Tudo bem, tudo bem, chega de “perguntas”. É que eu tô meio obsessiva –quando começar as aulas, já começa os testes.

- E aí?- ele perguntou, por causa da demora para responder, enquanto eu fazia um mini-teste na cabeça.

- Claro.

...

Estávamos em minha sorveteria preferida –de novo-, sentados em uma mesa ao ar livre, eu tomava um sorvete de creme com ursinhos da Fini, morangos e calda de maracujá.

Ele estava sentado de frente para mim na mesa de plástico estilo mesinha de praia, e tomava um sorvete de flocos nozes, calda de chocolate e umas balinhas ai que eu não reparei o suficiente para reconhecer.

Antes de começar a tomar o sorvete, olhei um pouco para ele –pro sorvete, não pro Edward.

- Não vai dizer que está com dó do sorvete...- ele disse (dessa vez o Edward, claro), me fazendo olhá-lo sorrindo.

- Não, ele vai estar mais seguro no meu estômago do que exposto ao sol.- eu disse.- Talvez não. Mas esse é um risco que eu quero fazê-lo correr.

E dei uma colherada no sorvete.

- Está bom?- perguntou.

- Sim. O sorvete daqui está sempre bom.

- Por isso gosta tanto desse lugar?

Suspirei.

É, eu tinha um motivo melhor para isso.

- Não, quer dizer, não só por isso. É que... meu pai me trazia aqui quando... hmm... estava vivo.

Ele me olhou.

- Eu lamento.

- Tudo bem.- suspirei mais uma vez e dei outra colherada no sorvete.

Uns dois minutos se passaram quando eu resolvi quebrar o silêncio.

- Nossa!- exclamei.- Não vai perguntar por que meu pai morreu? Todo mundo sempre faz essa pergunta sempre que eu sou obrigada a tocar no assunto!

- Não vou obrigá-la a falar sobre a... morte do seu pai.

- Obrigado.

- Não por isso.

- Mas... E aí? Vai para a escola semana que vem, não é?

- Sim, como a matricula já estava paga para todo o ano, minha mãe não desfazer.

- Pelo menos.- ele disse.- Sem ofensas, mas estava começando a pensar que você tinha herdado, completamente, seu jeito do seu pai.

Fiquei meio confusa com o comentário.

- Meu jeito?

- É. Você é meiga, doce.- ele disse.- Mas do jeito que você fala da sua mãe, ela não parece ser uma pessoa muito legal.

- Ah, e não é. Não mesmo. Mas eu sou culpada, sempre preferi meu pai.- obviamente, tinha um toque de tristeza em minha voz. Foi quando me toquei. Ele tinha mesmo dito que eu era doce e meiga? Aonde? Ta, com essa –seja verdade ou não- eu ganho o dia, não estou acostumada a ser elogiada, já que isso começa pela família e já que minha família não me acha grande coisa...- Ah, e... Hã... Obrigada pelo elogio.

- De nada.

Conversamos sobre coisas banais, até que meu celular tocou.

Eu o peguei e atendi.

- Alô?

- Alô, Bella?- era Alice! Como ela conseguiu meu número?

- Alice, como você...

- Onde vocês estão?- ela perguntou, curioso, me interrompendo.

- Na sorveteria. E você?

- Acabei de chegar em casa. Vou atrapalhar algo se aparecer ai?

- Como...

- Ah, claro.- ela me interrompeu.- Por que pode estar rolando um clima romântico e...

- Alice!

Edward olhava para mim, curioso –todos os Cullen são assim? Somos três, então.- enquanto eu falava com Alice.

Ele sabia que eu estava falando com a irmã dele e isso o deixava mais curioso ainda, podia ter certeza.

- O que foi?- Alice perguntou.- Podia estar rolando um...

- Não viaja, por favor.

Ela suspirou.

- Tudo bem, tudo bem. Mas e aí? Vou atrapalhar se aparecer ai?

Revirei os olhos.

- Não.

E o telefone ficou mudo.

- O que ela..?- Edward começou, mas foi interrompido por uma Alice muito eufórica.

- Buh!- ela disse atrás de mim.

- Alice? Já está aqui? Pensei que estava em casa, vindo para cá...

- Você? E eu que estou completamente por fora?- Edward perguntou, revirando os olhos e se se encostando à cadeira.- Oi, Alice.- ele disse, meio assustado com a euforia da “criança”.

- Oie!- ela cantarolou, se sentando em uma cadeira livre.- Bella... Tinha dito que ia á casa da Ângela com você hoje. Mais ou menos que hora?

Ah, agora não!

- Daqui algumas horas.- respondi.

- Já volto.- Alice se levantou e entrou na sorveteria, provavelmente indo comprar um sorvete para ela.

- De onde é que ela apareceu?- Edward perguntou, meio confuso.

- Não faço idéia. Ela se materializou aqui do nada.

- Ela tinha te ligado, não é?

- Sim. Disse que viria, mas eu não achei que ela fosse assim tão rápida!

Ele riu e eu vi pelo canto do olho Alice voltando.

- Nossa, Bella!- ela exclamou ao sentar.- Não ficou com dó do sorvete?

Edward e eu rimos.

- Pois é. - concordei.- Antes que ele tenha uma morte que deixe alguém –eu, obviamente- feliz do que ser derretido pelo sol, e deixar alguém –eu novamente- triste.

Nós três conversamos mais um pouco, acabamos de tomar o sorvete e fomos embora.

Eu teria que me preparar para contar á Scott semana que vem.

...


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço rewiews?