Juntos para Sempre escrita por Give Me Blood
A campainha continuava tocando. Sai do quarto aliviado, mas olhando para trás pra ver se ela não estava mesmo lá.
Cheguei na sala e abri a porta, era Jenny.
-Oi Tony. Nossa, que cara é essa? Parece que viu um fantasma – riu. Eu estava mesmo mal. Com o rosto todo amassado, cabelo desarrumado e com os olhos vermelhos. E ainda, com aquela cara de assustado. Imagine tudo isso junto.
-Você nem imagina... – ela entrou em casa.
-Olha, peguei alguns filmes pra gente ver juntinhos. – mostrou os filmes. Eram filmes de terror.
-Ah, que ótimo. Filme de terror. Era tudo o que eu precisava...
-Nossa. Você está tão estranho hoje.
-Não dormi muito bem.
-Tudo bem. Então, vamos assistir ao filme. – Jenny colocou o filme. Era um filme japonês. “O chamado”, acho que era esse o nome.
Não sei por que, mas aquele filme me lembrava a Anna. Até fiquei com medo que ela saísse da TV como a mulher do filme. Que idiota!
Jenny ficou segurando minha mão, depois, começou a me abraçar por causa do filme. Eu quase a abracei também, estava assustado por causa do filme, e por causa do sonho. Mas ela iria pensar que eu estava com medo. Eu com medo? Nem pensar!
Finalmente o filme acabou. Jenny tirou e colocou outro. Nem lembro o nome, ou de como era. Só lembro que tava tão chato, que acabei dormindo no sofá.
Jenny ficou acordada assistindo o filme e me cutucando para que eu acordasse.
Sonhei com a Anna de novo, mas não como antes. Sonhei que ela estava saindo de dentro da TV, e me transformava num Zumbi. E depois nós saiamos atacando e comendo todo mundo. Por incrível que pareça, não acordei assustado. Mas acordei com aquela cara de idiota.
Jenny estava dormindo com a cabeça encostada em meu ombro. O filme já tinha acabado. Já eram umas 10 horas da noite. Minha mãe e meu pai não estavam em casa, devem ter saído.
Deitei a Jenny no sofá e fui tomar um banho. Um banho bem demorado. Sai uns 30 minutos depois. Olhei pro espelho, e estava escrito: Eu te amo. Jenny deve ter feito isso. Mas e se não foi ela? E se foi Anna? Não. Anna está morta!
Resolvi chamar Jenny – Jenny vem aqui! – gritei. Jenny se levantou do sofá e foi até o banheiro.
-O que foi Tony?
-Olha isso. – apontei pro espelho
-Ai, que fofo. Eu também te amo, Tony – me abraçou e me deu um beijo
-Não foi você que fez isso?
-Claro que não. Eu estava até agora na sala. Acordei com seus gritos. – Jenny se virou para voltar pra sala.
-Então, quem fez isso?... – fiquei confuso.
Me vesti e fui pra sala. Jenny estava sentada no sofá.
Ficamos lá, sentados por alguns minutos, até que o celular dela tocou.
- Alo. Mãe?... Eu to aqui na casa do Tony... Mas já? – Jenny fez uma carinha de triste. – Tudo bem. Já estou indo – desligou. – Minha mãe me mandou ir embora.
-Ta bom. Eu te levo.
Fui com Jenny até a casa dela. Ficamos conversando no caminho. Ela me perguntou do espelho, eu não sabia o que responder e acabei inventando uma desculpa qualquer.
Ela não acreditaria em mim se eu dissesse que minha ex-namorada morta, esta me perseguindo. Nem eu acreditaria...
Chegamos a casa dela e nos despedimos. A abracei tão forte que parecia que nunca mais íamos nos ver de novo. E é claro, ela achou estranho, e eu também. Eu apenas fiquei com vontade de abraçá-la bem forte.
Me virei e Jenny me chamou. Disse que me amava. E eu também disse que a amava.
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