Juntos para Sempre escrita por Give Me Blood


Capítulo 4
Ultimo capítulo.




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Fui com Jenny até a casa dela. Ficamos conversando no caminho. Ela me perguntou do espelho, eu não sabia o que responder e acabei inventando uma desculpa qualquer.

Ela não acreditaria em mim se eu dissesse que minha ex-namorada morta, esta me perseguindo. Nem eu acreditaria...

Chegamos a casa dela e nos despedimos. A abracei tão forte que parecia que nunca mais íamos nos ver de novo. E é claro, ela achou estranho, e eu também. Eu apenas fiquei com vontade de abraçá-la bem forte.

Me virei e Jenny me chamou. Disse que me amava. E eu também disse que a amava.

 

Já estava tarde e não tinha quase ninguém na rua. Ouvi outra vez a voz de Anna. A vi andando do meu lado. Me assustei e sai correndo, ela continuou atrás de mim. Deus. Ela nunca foi tão rápida assim, como ela ta conseguindo me alcançar?

Me cansei e parei por um tempo. Ela já estava do meu lado, e não parecia estar cansada.

-Deus. Anna, como você consegue correr tanto e não se cansar?

-É por que já estou morta, se lembra? – respondeu sorrindo

-E agora quer me matar? – Anna deu um leve sorriso, mas não respondeu.

-Eu só queria te ver. Não posso ver meu ex-namorado? É proibido? – Anna cruzou os braços e fez bico

-Sim. Quando você está morta, acho que sim. – Voltei a caminhar.

-Ah, não se preocupe. Eu sou apenas uma coisa da sua imaginação.

-Olha, quer saber. Me esqueça, me deixe em paz e pare de me seguir! – gritei. Uma senhora estava passando e ficou me olhando falar sozinho. Vi ela e tentei forçar um sorriso. A mulher foi andando. Provavelmente achando que eu fugi do hospício. -Viu o que você faz. Agora ela está pensando que sou louco. – fui andando.

-Eu fiz isso? Você que gritou sozinho. – riu

-Por sua culpa.

-Ah sim. A culpa é sempre minha. Até quando estou morta...

 

Quando reparei, já tínhamos chegado em casa. Quer dizer, eu tinha chegado em casa.

Abri a porta e fechei na mesma hora, Anna ainda estava do lado de fora. Dei um suspiro de alivio. Quando me virei, Anna já estava na minha frente.

 

-Caramba, Anna. Pare de fazer isso!

-Não adianta fechar a porta na minha cara. – disse arqueando uma sobrancelha.

-Mas você podia ter pedido para entrar, batido na porta ou qualquer coisa assim.

-E você ia abrir? – colocou a mão na cintura.

-Mas é claro que não. Você está morta!

-Você fica tão lindo quando está bravo. – se aproximou de mim.

-E com medo? – me afastei

-Fica engraçado – riu

-Que bom. Pelo menos to fazendo um fantasma rir.

-Tony, pare de falar assim.

-E você quer que eu faça o que?

-Me abrace. – Anna foi se aproximando de mim, com passos pequenos e lentos. Eu ainda estava com medo. Com medo dela não estar ali de verdade, com medo de eu abraçar o nada, com medo de não poder senti-la nos meus braços de novo. Ela já estava a apenas alguns centímetros de distancia. Encostou sua mão pálida em meu rosto, acariciando. Pude sentir sua mão fria se aquecendo aos poucos. Ela me olhava nos olhos, com um sorriso doce. Cada vez mais perto, cada vez mais linda. Puxei-a pela cintura e a abracei forte.

- Eu estava com saudades.

-Venha comigo. – Anna pegou na minha mão e me levou para o meu quarto.

 

Parecia que ela tinha me hipnotizado. Não vi onde ela estava me levando, fiquei olhando apenas para ela. Quando me dei conta do que estava fazendo, já era tarde de mais.

 

[Fim do POV]

 

Minutos depois, a ambulância e o carro da policia já estavam em frente à casa de Tony.

A vizinha disse que viu um jovem se jogando pela janela do segundo andar. Tony havia se jogado e batido a cabeça, já estava sangrando muito.

Os pais de Tony haviam saído para jantar. Saíram do restaurante e foram correndo para o hospital ver seu filho, mas já era tarde.

Tony morreu às 00:24 da noite.

 

Alguns dias depois, foi seu enterro. Todos estavam lá. Seus pais, Jenny, Chris, Johnny e outros amigos e colegas.

Tony foi enterrado perto de Anna. E assim, ficariam juntos para sempre.

 

Fim.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler e, desculpa pelo finalzinho sem graça :(