Não tão Opostos escrita por Raah Black


Capítulo 18
Capítulo 18




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Capítulo XVII

Narrado por: Jacob

Local: Quarto

Olhei no relógio e os ponteiros marcam 8:40 da manhã, respirei fundo passando as mãos no rosto limpando o suor que escorria. Ar condicionado ligado e mesmo assim eu estou sentindo calor, tirei o lençol do corpo e olhei para baixo... Preciso de outro banho frio.

Levantei da cama e rumei para o banheiro pela segunda vez, ligando o chuveiro num jato forte e gelado. Tudo culpa daquela maluca roqueira! Tirei a samba canção e entrei de baixo da água, o frio arrepiou minha pele, mas mesmo assim não foi o suficiente para acalmar meu animo. Fechei os olhos relembrando o que tinha acontecido.

Percorri meus lábios em seu pescoço sugando todas as gotas de água e descendo para o ombro alternando em leves mordidas. Com as mãos fui descendo lentamente as alças do sutiã, deixando-as caídas, continuei o caminho por seus braços descendo até suas mãos e as entrelaçando com as minhas. Bella me encarou cheia de expectativa com um sorriso maroto nos lábios.

Bella se aproximou lentamente do meu rosto, soltando a risada pelo nariz, e prendeu meu lábio inferior entre seus dentes, puxando levemente fazendo uma pressão deliciosa. Os dedos dela arranhavam levemente minha nuca e meu ombro. Apertei levemente a cintura dela, subindo minhas mãos por suas costas chegando ao fecho do sutiã, pousei minha mão ali esperando para ver se ela fazia alguma abjeção, mas não, ela apenas desceu a boca para o meu pescoço se ocupando daquela área.  

Fui andando pela piscina até chegar perto da borda e coloquei Bella sentada no chão, com as pernas para dentro da água, me encaixando no meio delas. Minhas mãos subiam lentamente por sua panturrilha, arrancando suas coxas e prendendo os dedos na lateral de sua calcinha, senti a pele dela arrepiar e reprimi um gemido de satisfação. Bella beijava minha boca avidamente, prendendo meu corpo entre suas pernas e suas mãos percorriam minhas costas e ombros, deixando marcas vermelhas.

Subi minhas mãos para o fecho do sutiã novamente e sem delongas abri deixando a peça ficar mais folgada. Bella se afastou me encarando travessa e segurou à peça na parte da frente, lentamente ela tirou a alça do lado esquerdo e depois do lado direito, sem quebrar o contato visual. Meus olhos estavam gravados nela e em seus movimentos, minha boca estava seca e tudo ao meu redor pareceu desaparecer. Ela estava ainda mais tentadora com os cabelos molhados, a pele arrepiada e a cara de menina travessa.

Sem demora, graças a Deus, Bella deixou o sutiã cair, revelando não só os seus mais também uma pequena argola no seio esquerdo, um piercing. Me aproximei dela beijando seu pescoço subindo lentamente minhas mãos por sua barriga até chegar em seus seios, passando a ponta do polegar nos mamilos, fazendo Bella arquear as costas, com a boca desci pelo seu pescoço, deixando leves mordidas, rumei para o ombro e parei o vale dos seios dela. Apesar da água gelada e do vento fresco, a pele da Bella estava quente aquecendo a minha também.

Puxei levemente a argolinha com os dentes e em seguida cobri o seio com a boca, brincando com a língua no piercing enquanto acariciava o outro seio. Bella arfou puxando meus cabelos e apertando minha nuca e me prendendo ainda mais com as pernas. A sensação de estar tão íntimo com Bella era única e deliciosa, nunca imaginei que isso pudesse acontecer.

- Sai da água, eu quero tocar em você também. – Ela pediu ofegante em meu ouvido e dessa vez não contive o gemido de prazer.

Apoiei meus braços na borda e impulsionei meu corpo para cima, Bella se afastou um pouco dando espaço para eu ficar de joelhos perto dela. Ela então me segurou meus braços ficando inclinada e me puxou para ficar em cima dela. O sorriso nos lábios dela era hipnótico e eu com certeza eu estava com cara de apaixonado. Bella passou a mão por todo meu rosto, como se estivesse decorando cada parte dele, assim como eu gravava essa imagem na minha mente.

- Quero guardar seu gosto. – Ela sussurrou fechando os olhos e selando nossos lábios.

Os braços finos de Bella rodearam meu pescoço, me puxando para ficar mais próximo de seu corpo. Nosso beijo foi calmo, sem nenhum tipo de malicia. Me deitei ainda mais sobre o corpo dela, controlando meu peso, apoiando uma das mãos no chão e a outra presa em seus cabelos.

- Guardou? – Perguntei sorrindo mordendo os lábios macios dela.

- Faltou um pouquinho. – Ela riu levemente.

- Pára de pensar nisso Jacob! Senão esse banho não irá fazer o menor efeito. – Briguei comigo mesmo aumentando a potencia da água.

Depois de quinze minutos em baixo do chuveiro, me enrolei na toalha voltando para o meu quarto. Abri a cortina, o dia esta claro, com poucas nuvens cobrindo o céu e o sol. Abri meu armário colocando uma bermuda jeans e uma regata preta, como acordei cedo vou aproveitar o dia para mexer na minha moto na garagem.

Desci para o primeiro andar e pelo cheio que invadiu minhas narinas o café da manhã já esta posto na mesa e provavelmente meu pai e minhas irmãs devem estar comendo. Dito e feito, cheguei na sala e encontrei meu pai sentado na ponta da mesa, com Becca ao seu lado direito.

- Bom dia Jacob. – Meu pai me cumprimentou, abaixando o jornal. – Caiu da cama hoje.

- Estava calor demais no meu quarto e acabei acordando, então vou aproveitar para dar uns ajustes na minha moto. – Respondi me sentando e servindo um pouco de leite.

- Foi para farra ontem? – Indagou minha irmã Rebecca.

- Sim, mas não fiquei muito tempo na balada. – Respondi mordendo um pedaço de pão doce.

- Para quem chegou em casa quase às cinco da manhã, achei que a balada tinha sido ótima. – Ela comentou me olhando como se quisesse e eu realmente devesse uma explicação.

- E foi, mãe, mas eu não estava na boate. – Respondi sem muita paciência.

- Jacob e Rebecca não comecem. – Meu pai nos repreendeu com a voz séria, antes mesmo da Becca abrir a boca para reclamar ou brigar.

Continue tomando meu café em silêncio, tentando pensar nos motivos que fazem a Rebecca agir dessa maneira, sempre tão mandona e implicante tentando ocupar um lugar que não é o dela.

- Bom dia família linda! – Rachel apareceu bem humorada na sala. – Tudo bem com vocês?

- Terminou com o Paul, por isso que você esta feliz? – Perguntei de birra e ela respondeu mostrando a língua.

- Não engraçadinho e vira essa boca pra lá. – Ela brigou sentando ao meu lado. – Tava todo muito quieto, aconteceu alguma coisa?

- Ninguém aqui é tagarela como você Rachel, por isso. – Respondi e ela rodou os olhos.

- Claro, senhor mudo. – Ela riu terminando de se servir. – Depois de mim você é o mais falante e sabe disso.

- Que calúnia. – Eu brinquei.

- Vai para a empresa pai? – Rachel perguntou de boca cheia.

- Vou, tenho que terminar de resolver uns problemas. – Meu pai respondeu deixando o jornal em cima da mesa. – Mas não é nada sério.

- Menos mal, então. – Ela sorriu. – E você cabeção, me conta como foi passar uma sexta em casa?

- O Jacob saiu ontem. – Becca respondeu por mim e eu a fitei esperando mais algum comentário, que não veio.

- Mentira! – Rachel pousou a xícara na mesa e se virou para mim animada. – Esse é meu irmão! Onde o senhor foi hein?

- Fui na Tao, os meninos já tinham combinado de ir e eu resolvi largar a preguiça e aparecer por lá. – Dei os ombros, como se não fosse nada de mais. – E como foi a saída com o chato do Paul?

- Foi linda, como sempre! Ele te mandou um “oi” pai, disse que senhor nunca esta em casa quando ele vem aqui. – Ela tagarelava enquanto servia de algumas frutas.

- Certo esta o papai de não querer vê-lo. – Impliquei mais um pouco e meu pai riu.

- Paul é um bom rapaz e se te faz feliz, isso é o que importa. – Ele sorriu para Rachel a deixando com os olhos brilhando pela fala.

- Porque você não tem esse pensamento maduro Jacob? – Ela me alfinetou e eu gargalhei.

- Porque eu não tenho a idade nem a experiência do grande Billy Black. – Respondi batendo o dedo de leve na ponta do nariz dela.

- Ih pai, pode ter certeza que o Jake quer alguma coisa. – Comentou Becca com um sorriso, me pegando de surpresa. – Fica esperto.

- É por isso que eu vou embora antes que ele peça. – Billy falou se levando da cadeira. – Comportem-se crianças.

Meu pai deixou a sala de jantar ao som da sua e das nossas gargalhadas. Fazia algum tempo que nós não tínhamos um momento de descontração como esse, sempre rola algum estresse por minha causa e da Becca, ou às vezes nem nos encontramos direito. Meu pai trabalha de manhã e a tarde na empresa, chegando em casa apenas a noite e em horários variados, Becca trabalha a tarde e faz faculdade a noite, enquanto Rachel faz faculdade de manhã e alguns estágios a tarde e eu vivo para o colégio e os treinos do futebol.

- Fazia tempo que nós quatro não riamos assim. – Rachel comentou nostálgica em meio de um suspiro, depois de poucos minutos.

- É verdade. – Eu e Becca falamos ao mesmo tempo e em seguida sorrimos um para o outro.

- E você Becca, fez o que ontem? – Rachel perguntou curiosa.

A relação das minhas irmãs também mudou depois de todo o acontecimento. Elas sempre foram muito próximas, acho que até por conta desse negócio de serem gêmeas, mas depois que nossa mãe morreu, elas acabaram se afastando. Acho que pelo mesmo motivo que eu, a mania que a Becca tem que querer ocupar o lugar da mamãe, ou melhor, manter as coisas da mesma maneira de quando nossa mãe ainda estava viva.

Sempre me dei melhor com a Rachel do que com a Becca e acho que pelo fato dela ser mais parecida comigo em algumas questões. Becca sempre foi mais intelectual, responsável e madura, ela é muito parecida com o nosso pai, já eu e a Rachel lembramos nossa mãe.

- Fui com o Luke em um jantar de negócios, querem abrir uma filial do restaurante em Washington e ele pediu para eu o acompanhar. – Ela respondeu simplesmente. Becca e noiva de um rapaz descendente de italianos, se eu não me engano o pai dele é italiano e a mãe americana, e eles têm um restaurante muito famoso na Itália, mas como o Luke resolveu morar aqui ele aproveitou para trazer o restaurante.

- Vai se acostumando que daqui para frente só vai ser jantares e almoços de negócio. – Rachel alertou, mas com um sorriso nos lábios.

- Vou ter que me acostumar mesmo, não sou fã desse tipo de coisa, vocês sabem. – Becca torceu o nariz.        

- Becca vai virar madame. – Eu brinquei e ela riu levemente.

- Nem brinca, mas às vezes temos que fazer coisas que não gostamos.

- Principalmente no colégio. – Reclamei e minhas irmãs riram.

- Você já esta quase saindo Jake, menos. – Rachel falou e eu rodei os olhos.

- As férias de verão acabaram faz um mês Rachel, eu estou começando agora. – Lembrei e ela reprimiu o riso.

- Vai passar rápido Jake, daqui uns dias você vai sentir saudades. – Becca comentou nostálgica.

- Talvez, bom maninhas, foi ótima essa conversa com vocês... – Eu me levantei sorrindo e elas também. – Mas hoje é sábado, dia de arrumar minha moto, então qualquer coisa eu estou na garagem.

Narrado por: Alice

Local: Quarto

Me mexi na cama, estranhando o fato do colchão estar muito duro para ser o meu. Abri os olhos devagar para me acostumar com a claridade e me sentei, olhando ao redor. Pôster de banda colado na parede, roupas espalhadas pelo chão, mesa de estudo completamente bagunçada... Esse quarto definitivamente não é o meu!

- Ai meu Deus! Onde eu estou? – Exclamei tentando manter a calma sentindo minha cabeça latejar de dor.

Me levantei do colchão no chão e reparei estar vestindo apenas calcinha e sutiã. Pensa Alice, pensa. Que lugar é esse, quem te trouxe para cá e porque você esta sem roupa! Tentei lembrar de alguma coisa da noite passada, mas só me recordo de flashs, que eu preferia não ter lembrado.

- Eu dormi fora de casa, não avisei ninguém e não sei que lugar é esse. – Choraminguei. – Eu preciso sair daqui, mas antes preciso achar minhas roupas.

No meio de toda aquela bagunça de roupas, consegui achar as minhas, me vesti rapidamente pensando em um plano para sair dessa casa sem ser vista. Ouvi vozes no andar de baixo me deixando ainda mais preocupada. Eu nunca vou conseguir sair daqui sem ser notada.

Sentei na cama olhando ao redor do quarto, com uma ponta considerável de desespero, pensando em um plano para sair dessa casa e foi quando meus olhos encontraram a janela.

- Que isso sirva de lição Alice Cullen. – Falei suspirando.

Abri a janela com cuidado para não fazer qualquer tipo de barulho e olhei para baixo. Segundo andar, lógico que ia ser alto. Suspirei mais uma vez me segurando no parapeito da janela, depois já estava sentada com as pernas para fora.

- No três Alice... Um, dois...

- Alice! – Uma voz gritou me assustando. – O que diabos você esta fazendo?

Quando virei para trás me deparei com a Leah e Jane espantadas. Jane deixou a bandeja em cima da cama e veio até mim na janela, me ajudando a voltar para dentro do quarto.

- Sua louca suicida! Pensei que seu estado de embriaguês já tivesse passado! – Leah gritou brava, me fazendo encolher e minha cabeça doer ainda mais.

- Calma Lee, tenho certeza que a Alice tem uma boa explicação para isso. – Jane disse calma sorrindo para mim.

Minutos depois nos três estávamos sentadas na cama da Leah e eu contei tudo que tinha achado, arrancando gargalhada das duas. Jane havia trazido um pouco de comida para mim, apesar de estar na hora do almoço, eu estava tomando café da manhã.

- Você é maluca Cullen. – Leah comentou outra vez ainda incrédula.

- Maluca nada, pensa se eu não estivesse aqui e sim na casa de outra pessoa. – Eu comentei bebendo um pouco de suco. – Ia morrer de vergonha.

- Quem nunca acordou em um quarto que não é seu Cullen, isso é normal. – Leah falou naturalmente.

- Normal para você Leah, não para a Alice. – Jane disse ao meu favor e eu concordei.

- Ora, você também já fez isso Jane e outra a Alice não deve ser nenhuma menininha virgem, não é Cullen?   

Senti meu rosto esquentar e olhei para baixo, achando muito interessante a cor roxa do meu suco de uva. O fato é que eu sou uma menininha virgem. O que é normal para uma garota de 17 anos, ou não, quando se trata de Leah Clearwater.

- Não! Você é virgem ainda Alice! – Ela praticamente gritou e eu fiquei ainda mais vermelha.

- Leah! – Jane a repreendeu brava. – Não tem problema ser virgem.

- Fala isso porque você não é mais. – Leah rebateu e eu queria um buraco para me enfiar de tanta vergonha.

- Alice não escute a Leah. – Ela se voltou para mim sorrindo. – Essas coisas acontecem no tempo que tem que acontecer e com alguém que você queira.

- Eu penso assim Jane. – Balbuciei completamente sem graça.

- Já sei! – Leah falou batendo as mãos. – Vamos arranjar a primeira vez da Cullen!

- Como é que é? – Eu e Jane indagamos espantadas.

- Nem pense nisso Leah, a última vez quis fazer alguma coisa pela Alice deu errado. – Jane lembrou e Leah bufou. – Queria ensiná-la a beber e olha no que deu.  

- Eu agradeço muito a vontade de me ajudar Leah, mas não precisa, sério. – Eu agradeci, concordo em silêncio com a Jane, isso não ia dar certo.

- Nem se o cara for o Jasper? – Leah deu um sorriso quase diabólico, me fazendo perder a fala. – Rá! Eu sabia! Vamos arranjar um encontro com o Jasper com direito a tudo.

Olhei para Jane implorando por ajuda. Confesso que eu morro de curiosidade em saber como é transar com alguém, se é mesmo tudo isso que as pessoas falam. Se as mulheres vêem estrelinhas e sentem as pernas ficarem bambas. Confesso também que tinha vontade de perder minha virginidade com o Jasper, mas isso é apenas um sonho, não é para se tornar real, pelo menos não dessa forma.

- Mudando de assunto, eu estou com muita sede. – Falei com um sorriso amarelo.

- Isso se chama ressaca. – Jane riu.

- Vai se acostumando. – Leah alertou.

Ficamos uns minutos em silêncio, eu terminando de tomar meu café da manhã, Leah provavelmente pensando em um plano para minha primeira vez e Jane me olhava preocupada. Pelo jeito além de ser a mais reservada das três, Jane também era a mais zelosa e cuidadora.

- Enfim, nem perguntei se esta tudo bem começamos a conversar sobre sua fuga que nem a pergunta básica de “como você esta se sentindo” eu fiz. – Ela sorriu e eu fiz o mesmo.

- Estou meio devagar, com o corpo meio mole e dor de cabeça, mas fora isso, estou bem. – Respondi pousando o prato de uva na bandeja.

- Como eu já disse isso se chama ressaca, é normal pra quem bebeu tanto ontem e pela primeira vez ainda, como você fez.

- Todo mundo fala da tal ressaca, finalmente a conheci. – Brinquei e Jane riu.

- Não queira conhecer a prima da ressaca física. – Leah alertou achando graça.

- Qual seria a prima da ressaca física? – Indaguei sem entender.

- A ressaca moral. – Ela respondeu. – Quando no dia seguinte você descobre que fez coisas que não deveria com pessoas que não deveria, ou qualquer coisa do tipo.

- Acho que conheço essa daí também. – Lamentei, reclinando sobre os travesseiros e fechando os olhos.

- Lembra de tudo de ontem? – Jane quis saber e eu apenas reprimi o gemido.

- Esse gemido de dor foi um “sim eu infelizmente lembro de tudo” ou de “putz, eu não lembro de quase nada?” – Perguntou Leah e eu apenas fiz um dois com os dedos. – É Cullen, você bebeu que nem gente grande ontem, ainda bem que seu irmão entendeu a situação.

- Como assim meu irmão entendeu a situação? – Sentei direito rapidamente ao ouvir falar do Edward e lembrando do meu irmão eu lembrei dos meus pais. – Eu não avisei meus pais!

- Não se preocupe, falamos com o seu irmão, ele deve ter dito aos seus pais que você veio dormir na casa de uma amiga. – Leah explicou e eu respirei um pouco mais aliviada.

- Seu irmão ficou muito preocupado com você. – Jane começou e eu senti o peso da tal ressaca moral.

- E provavelmente nunca mais na vida vai deixar você sári com a gente. – Leah continuou achando graça.

- Mas o que eu fiz de tão grave? – Perguntei meio incerta com medo da resposta.

- Você ficou muito bêbada e mil vezes mais hiperativa do que você já é. – Jane respondeu simplesmente. Ela estava me escondendo algo.

- Sem contar que você dançou em cima do sofá e fez a melhor apresentação de lap dance que eu já vi, o amigo ficou muito animado. – Leah completou e eu senti meu rosto queimar.

- Chega de ressaca moral, vamos mudar de assunto. – Cortei antes que elas me falassem mais alguma coisa. Pensei que o que eu havia lembrado tinha sido constrangedor, mas o que eu não lembro é mais ainda.

Narrado por: Bella

Local: Quarto

Meu corpo parecia que a qualquer momento iria entrar em combustão. Ficar com Jacob desse jeito é tão bom que chega a fazer mal a saúde. Nunca pensei que ele realmente fizesse jus à boa fama que ele tem no colégio, mas isso aqui é muito melhor do que qualquer história contada no vestiário feminino.

- Quero guardar seu gosto. – Sussurrei.

Acho que nunca senti tanto desejo ter alguém, como eu estou sentindo agora. E eu queria mais daquilo, muito mais. Voltei a beijá-lo demonstrando toda a vontade contida em mim, descendo minhas mãos por toda a suas costas, grudando meu corpo no dele. Jacob tinha uma das mãos em meus cabelos fazendo uma gostosa pressão e outra no chão se apoiando para não deixar todo o peso do seu corpo sobre mim.

- Guardou? – Ele perguntou sorrindo, prendendo meus lábios entre seus dentes.

- Falta um pouquinho. – Dei risada.

Jacob voltou a me beijar passando a mão sobre meu corpo sem nenhum pudor. Senti seus dedos passarem por meus seios e descerem para minha barriga fazendo as borboletas do meu estomago se agitarem, chegando ao elástico da minha calcinha. Minhas mãos desceram por suas costas mais uma vez e subiram por seu abdômen o fazendo contrair deliciosamente.

Rapidamente perdi minhas pernas ao redor da cintura dele, fazendo nossas intimidades se tocarem e nenhum de nós conseguiu reprimir o gemido de satisfação. Parei de beijá-lo descendo mina boca para o seu queixo, deixando uma mordida ali, depois percorri minha boca por seu pescoço e ombro, deixando uma trilha de beijos e mordidas, enquanto minhas mãos apertavam a bunda dele.

- Você esta me deixando irracional. – Ele sussurrou no meu ouvido com a voz completamente rouca, me deixando completamente arrepiada.

- Você ainda não viu nada. – Sussurrei de volta.

Jacob apertou minha cintura com força, se ajeitando melhor entre as minhas pernas, me fazendo prender a respiração, isso porque nós ainda estamos com roupa. Ele me manteve deitada enquanto ficava de joelhos no chão com as minhas pernas em volta de sua cintura.

- Quem esta ai? – Ouvimos uma voz não muito longe, provavelmente um segurança ou guarda.

- Merda. – Jacob praguejou abaixando.

- Eu sei que tem alguém ai. – A voz insistiu um pouco mais dura, me fazendo levantar.

- E agora? – Eu sussurrei preocupada, enquanto ouvi passos em direção a piscina.

- Vamos sair daqui. – Ele respondeu simplesmente e eu arregalei os olhos.

Jacob levantou rapidamente, pegando as roupas ao redor da piscina e eu fiz o mesmo à medida que a claridade da lanterna ficava ainda mais visível. Jacob me pegou pela mão e nós corremos para o lado oposto do caminho que chegamos no local em que ficam as piscinas.

Passamos por trás das quadras de tênis e pelo espaço reservado para festas. Depois de quase cinco minutos correndo, finalmente chegamos no portão de entrada. Meu coração batia descompassadamente e minha respiração estava completamente ofegante. Me apoiei no muro, respirando fundo deixando o ar entrar em meus pulmões.

Jacob também estava ofegante, mas com certeza bem menos do que eu, essa corridinha não deve ter sido nada para alguém tão atleta como ele. Nossas mãos ainda estavam entrelaçadas e ele se aproximou de mim, cobrindo o meu corpo com o dele.

- Tudo bem? – Ele perguntou passando a mão pelo meu rosto e eu assenti. – Ótimo, porque agora temos que pular o muro de volta.

- Ai não, eu não vou dar conta. – Reclamei.

Jacob soltou minha mão e começou a se vestir e eu fiquei olhando para ele abobalhada e completamente apaixonada. Assim que terminou ele me encarou com um sorriso de lado, me fazendo controlar um suspiro.

- Gostou? – Perguntou sacana.

- Muito. – Respondi o secando descaradamente e ele riu.  

Vesti minha roupa também e o Jacob me ajudou a subir e descer do portão e em menos de cinco minutos nós já estávamos dentro do carro dele, dando partida para chegarmos a minha casa. Olhei para o céu ainda estava escuro, mas não demoraria muito para amanhecer.

- Você esta quieta. – Jacob quebrou o silêncio me assustando.

- Estou recuperando o fôlego ainda. – Disse ficando um pouco sem graça. – Não sou atleta igual a você.

- Vamos mudar isso então. – Ele sorriu me olhando rapidamente. – Todos os dias às 5:30 da manhã, você vai correr comigo.

- 5:30 da manhã? Quando eu começar a escutar Justin Bieber nós podemos correr nesse horário. – Respondi sarcástica e Jacob gargalhou.

- Ou seja, não vamos correr nunca. – Ele disse e eu afirmei.

- Exatamente. – Eu disse séria, mas acabei rindo.

Nunca o caminho para minha casa foi tão rápido e eu nem precisei explicar para ele como fazia para chegar, as poucas as vezes que eu abri a boca para indicar o caminho Jacob já havia o feito. Paramos em frente a minha casa, a luz de fora estava acessa o que significava que meus pais ainda estavam dormindo, ainda bem.

- Entregue e sem nenhum machucado. – Ele falou e eu sorri. Machucado não, mas com alguns roxos, com certeza.

Olhei para Jacob sorrindo e por alguns segundos ficou aquele clima desconfortável de despedida em que você não sabe o que dizer e muito menos o que fazer.

- Eu me diverti muito, sabia? – Falei sincera, sentindo minhas bochechas ficarem um pouco quentes.

- Eu também. – Ele sorriu largamente e as borboletas do meu estômago se agitaram.

- A gente se vê Jake. – Eu me aproximei dele dando um selinho em seus lábios.

- Eu espero que sim Bells.

Sai do carro com um sorriso enorme no rosto e caminhei para casa, sem olhar para trás, desejando que a gente se encontre de novo.

- Bella!

- Deus do céu Reneé! Quer me matar do coração? – Indaguei nervosa com a mão no peito.

- Já chegamos na casa da Leah. – Ela respondeu apontando. – Estava pensando no quem hein? Ou em quem?

- Ninguém oras. – Falei dando os ombros. – Vou ficar aqui com as meninas mais tarde eu volto para casa.

Desci do carro ouvindo minha mãe gritar “manda um beijo para Sue” apenas gritei de voltando falando que sim. Não avisei a Leah que vinha, provavelmente ela deve estar dormindo ainda, ela e a Jane. Pensei também em Alice, será que ela chegou bem em casa? Sai ontem da boate tão rapidamente que nem pensei nas minhas amigas.

Quando toquei a campainha, Seth abriu a porta com um sorriso de orelha a orelha. Pelo jeito, eu não fui à única que teve uma excelente sexta-feira.

- Oi Bellita! – Ele me cumprimentou bem humorado, como sempre, me dando um beijo estalado no rosto.

- Oi Seth, tudo bem? – Perguntei, mas pelo ar de felicidade estava muito mais que bem.

- Ótimo, maravilhoso. – Ele respondeu rindo. – As meninas estão lá em cima.

- A Leah já acordou? – Indaguei realmente surpresa, Leah é daquelas que dorme tranquilamente até as quatro horas da tarde se deixarem. – Vou lá em cima, então.

Subi as escadas e andei pelo pequeno corredor parando em frente à porta do quarto à esquerda. Antes de bater ouvi risadas vindo de dentro do quarto, as coisas pareciam animadas e com certeza os assuntos eram sobre as histórias de ontem.

- Festa na casa da Leah e ninguém me chama? – Abri a porta com tudo, sem bater mesmo, fazendo as meninas pularem de susto.

- Bellita! – Alice me saltou levantando da cama e vindo me abraçar. Espera um pouco, o que a Alice esta fazendo aqui?

- Quer me matar do coração me dá um tiro, não um susto. – Leah comentou grossa e eu revirei os olhos. Leah Clearwater e o seu bom humor quase matinal.

- Bella venha, seu lugar esta guardado. – Jane comentou bateu no colchão.

- Posso saber o que você esta fazendo na minha casa sem ser chamada? – Leah perguntou me encarando séria, mas com um ar de brincadeira.

- Vim apenas pegar meu carro. – Respondi seca entrando no jogo.

- Aqui as chaves, pode ir agora. – Leah me jogou o chaveiro e eu peguei no ar, virando em seguida a cara para mim.

- Elas estão brincando não é, Jane? – Alice perguntou preocupada e eu não agüentei e acabei dando risada.

- Lógico que é brincadeira Alice. – Eu sorri me sentando na cama. – Mas me diz o que você esta fazendo perdida aqui na casa da Lee?

- Por favor, não vamos tocar nesse assunto. – Alice comentou se encolhendo.

- Ela ficou meio traumatizada depois de ontem. – Jane explicou passando a mão nos cabelos pretos de Alice.

- Ressaca moral é? – Perguntei e as três afirmaram.

- Sempre. – Leah ainda frisou.

- Acontece Ali, relaxa. – Disse dando os ombros. – Pensa que isso são histórias para contar para os netos e outra uma vez ou outra não mata ninguém. Mas me diga, o que rolou?

Jane a Leah caíram na gargalhada e Alice ficou mais vermelha que um tomate. Aquelas atitudes me deixaram ainda mais curiosa para saber o que de tão sério ela havia aprontado, eu sabia que não devia ter dado ouvidos a Leah, ou melhor, devia ter feito algo para impedir que ela deixasse a Alice bêbada.

- Eu bebi demais. – Alice começou olhando para baixo. – Além de ter bebido com vocês, depois eu e a Jane encontramos uns caras e continuamos bebendo com eles e depois disso as coisas fugiram do controle.

- O que de tão grave você fez, além de dançar em cima dos sofás? – Eu perguntei tentando não rir, fazendo Alice me olhar espantada. – Eu lembro disso, você tava dançando em cima do sofá com dois caras te olhando e depois dançou no meio de três.

- Isso eu não lembrava. – Jane confessou achando graça.

- Lógico que não lembra, você esta in Love com aquele garoto. – Disse sorrindo quase maliciosamente. – Como ele chama mesmo?

- Alec. – Jane respondeu enquanto suas bochechas ficavam levemente rosadas.

- Esse Alec queria levar a Jane para casa. – Leah confessou. – Sorte que eu não deixei.

- Você não deixou? Eu não queria ir com ele. – Jane explicou realmente o que havia acontecido. – Ma trocamos telefone, ele disse que vai me ligar. – Ela concluiu animadamente.

- Vocês pareciam ter se dado bem, acho que ele te liga no dia seguinte. – Sorri para Jane que fez o mesmo. – Mas continua Alice, o que mais aconteceu?

- Porque você quer saber de mim? A Leah e a Jane também têm coisas para dizer. – Alice falou contrariada.

- Eu já posso imaginar o que a Leah fez e com quem ela fez. – Falei pausadamente olhando para Leah que rodou os olhos.

- A Alice fez um espetáculo de lap dance no colo do carinha que ela acabou pegando. – Lee dedurou e Alice gritou.

- Ow! Por essa eu realmente não esperava! – Comentei passada e a Alice ficou roxa de vergonha. – Conte detalhes!

- Bella, por favor. – Ela suplicou num gemido.

- Você não tem que ter vergonha de nós Alice, somos suas amigas. – Leah falou simplesmente me deixando surpresa. Nunca pensei que a palavra Alice e amizade seriam usadas em uma mesma frase ainda mais ditas pela Lee.

- Eu não lembro direito. – Alice comentou desviando o olhar.

- Certo... Por isso que você veio dormir aqui?

- Aham, as meninas falaram com o Edward, do jeito que eu estava não era bom voltar para casa, meus pais me matariam. – Ela fez uma careta. E pela primeira vez eu pensei no Edward, dei um bolo no menino para sair com o ex-cunhado dele. Certinha Bella Swan.

- E você Leah, não vai falar da sua loucura de sexta? – Jane indagou curiosa.

- Verdade, você sumiu uma hora e demorou absurdos para voltar. – Alice insistiu e Leah respirou fundo, como quem decidisse se contaria ou não.

- Para quem estava bêbada, você presta muita atenção Cullen. – Leah comentou sarcástica. E aquele momento de amizade entre as duas com certeza foi um lapso por parte da Lee.

- Eu estava com o Embry, nós nos encontramos por acaso e começamos a conversar. – Ela respondeu simplesmente, fazendo com que eu e a Jane nos olhássemos.

- Aham, acreditamos. – Falei juntamente com a Jane em tom irônico. – Conta logo o que rolou.

- Como vocês são chatas. – Lee fez careta. – Nós acabamos ficando também. Ele tem uma boa pegada, deve ser coisa de jogador de futebol. – Terminou as ultimas palavras pausadamente olhando para mim com um sorriso torto.  Eu e Jane sacamos na hora.

- Não sei, nunca fiquei com nenhum deles, mas as meninas do colégio piram nos meninos do futebol. – Alice concordou, não entendendo a indireta da Leah.

- Vocês dois estão juntos? – Jane indagou e Leah arregalou os olhos surpresa.

- Lógico que não, nós apenas ficamos nada sério. – Ela respondeu séria.

Antes que qualquer pergunta sobre sexta viesse para mim, resolvi mudar de assunto. Não que eu não fosse falar para a Leah ou para Jane o que acabou rolando ontem, mas a Alice realmente não precisa mesmo saber que eu troquei o irmão dela pelo ex-namorada da sua irmã mais nova.

- Já almoçaram? – Perguntei rapidamente, recebendo três olhares estranhos. – É que eu ainda não almocei, vim para cá com fome.

- Ainda não, mas agora que você falou acho que preciso de algo que sustente. – Alice riu com a mão na barriga.

- Vamos descer e preparar alguma coisa para comermos então. – Leah se levantou e nos a acompanhamos. – Eu ia falar para esquentarmos o almoço, mas meu irmão deve ter comido tudo.

- Tudo menos macarrão. – Jane pediu enquanto empurrava Alice pelos ombros.

- Não pensa que não vai me contar sobre o rolou entre você e o Jacob. – Leah sussurrou para mim enquanto descíamos a escada. – Conheço essa sua tática de mudar de assunto.

- Lógico que eu vou contar, mas espera a Alice ir embora, ela não precisar saber. – Sussurrei de volta e Leah concordou.

- Entre nós, jogadores têm mesmo pegada não é? – Ela indagou maliciosa e eu fiquei em silêncio. – Vou interpretar esse seu silêncio como um sim e tenho certeza que você voltou no tempo, no momento em que o Jacob te agarra.

Leah esta completamente coberta de razão, como sempre.

Narrado por: Leah

Local: Coordenação

- Licença que eu estou passando. – Falei enquanto me desvencilhava de uns e outros no corredor sem muita paciência.

Deus, aqueles corredores tinham que ser mais espaçosos, me sinto em uma lata de sardinha quando o sino toca e toda a população de Seatle vai para os corredores! Meu humor não estava dos melhores, tinha acabado de receber minha nota de matemática e bom, eu preciso ser mais intima do professor se quiser passar.

Mas saindo da sala e passando pelo quadro de avisos, vi um panfleto sobre o show de talentos do colégio e logo me animei! Eu e as meninas desde o ano passado queríamos nos apresentar, mas como a banda ainda era muito recente preferimos deixar para o próximo ano.

- Finalmente achei vocês! – Falei enquanto me apoiava em um dos armários.

- Recebeu sua nota? – Jane perguntou e eu torci o nariz. – Já sei que não foi bem. – Ela riu levemente.

- Precisa estudar mais e babar menos pelo professor. – Bella comentou cruzando os braços.

- Claro mãe, eu vou fazer isso. – Disse irônica e Bella apenas balançou a cabeça. – Mas não é esse o motivo de eu ter vindo procurar vocês, estava passando pelo quadro de avisos e olha o que eu vi!

Levantei o panfleto na altura dos olhos delas, sorrindo abertamente. As duas deram um gritinho animado e Bella pegou o papel da minha mão.

- O show de talentos!

- Quando vai ser? – Jane perguntou olhando o panfleto.

- Daqui duas semanas, temos que nos inscrever. – Eu respondi e elas concordaram.

- Claro, vamos agora, as inscrições são feitas na coordenação. – Bella me entregou o papel novamente. – E depois disso o concurso de bandas!

A nossa animação para o show de talentos, não é exatamente o show de talentos, mas sim porque nele vai ser a nossa primeira apresentação em público. Ele vai servir como teste para depois nós irmos para o concurso de bandas em Washington.

Depois de atravessar toda aquela multidão no corredor, finalmente conseguimos chegar à coordenação, que para quem pensou, assim como eu, que aquele lugar estaria vazio errou feio! Acho que era a reunião das lideres de torcida e dos jogadores de futebol, ou seja, o Embry estava ali. Olhei para Bella que mordia os lábios nervosa e para Jane que encarava a situação com graça.

- Vamos entrar não é? – Perguntei e Bella respirou fundo afirmando.

Assim que pisamos para dentro da coordenação senti todos os olhares para cima de nós e os amigos do Embry o cutucando e apontando para mim. Idiotas, será que eles não sabem o que é descrição? Embry me encarou com aqueles olhos pretos cheios de sentimentos... Sério mesmo? Oh Deus, acho que tenho um problema.

- Leah! – Ouvi alguém gritar meu nome e quando me virei para ver quem era, me deparei com uma figura loira andando em minha direção, a namoradinha do Seth.

- Qual é mesmo o nome dela? – Perguntei para Bella, que sussurrou um “Amanda”.

- Oi. – Cumprimentei-a. – Tudo bem Amanda?

- Tudo sim, só queria saber como esta a sua mãe. – Ela disse e eu franzi o cenho, como assim, como esta a minha mãe?

- Esta bem, por quê? – Indaguei e ela estranhou.

- Porque ela desmaiou na sexta e passou o final de semana meio doente. – Ela explicou e eu contive a cara de surpresa para não me entregar e o pior entregar a mentira do meu irmão.

- Verdade, mas agora ela esta melhor. – Eu sorri fracamente e desviando meu olhar para a porta, no momento que o Seth apareceu e fez a maior cara de espanto, ainda bem que a menina esta de costas.

- Que bom, seu irmão falou que a levou no médico e ele disse que ela esta com princípio de pneumonia, mas tomando os remédios ela vai ficar boa em poucos dias. – Amanda sorriu simpática e eu apenas afirmei.

- Amanda! – Seth falou animado. – O que tanto você fala com a minha irmã? – Ele perguntou rindo, mas de nervoso.

- Ela estava falando do princípio de pneumonia da mamãe. – Eu disse pausadamente com cara de poucos amigos e o Seth apenas me lançou um olhar de “não me entrega”.

- Claro, ela já esta melhor, se recuperando muito bem. – Seth passou os braços envolta dos ombros dela, que sorriu apaixonada e satisfeita. – Vamos ali comigo com os rapazes, eu cheguei atrasado, não sei o que esta acontecendo. A gente se vê em casa Lee.

Seth caminhou com a Amanda a tira colo até a rodinha dos jogadores de futebol e eu apenas lancei um olhar para minhas amigas que se seguraram para não rir da situação. Princípio de pneumonia... Era só o que me faltava, só da cabeça do meu irmão que sairia uma coisa dessas.

- Parece que alguém andou aprontando no final de semana. – Jane comentou.

- Aprontou muito feio ainda por cima. – Eu completei.

- Vamos nos inscrever e sair logo daqui. – Bella pediu olhando rapidamente para o grupinho. Jacob estava ali obviamente, conversando com os amigos e pareceu não dirigir o olhar nenhuma vez para nós.

Caminhamos até o balcão e a secretária nos olhos sem muita paciência, me fazendo torcer o nariz. Entreguei para ele o papel do show de talentos e perguntei se era com ela que nós nos inscreveríamos, ela sem muita vontade apontou para uma urna no final da bancada explicando que era só colocar o nome das pessoas que iriam participar e o que iriam fazer.

- Parece que alguém dormiu de calça jeans. – Jane comentou assim que viramos de costas para o balcão.

- Macacão jeans. – Bella afirmou melhor.

Caminhamos até o final do balcão pegando um pedaço de papel e uma caneta que havia ali em cima. Comecei a escrever nossos nomes, o nome da banda e parei na hora de escrever a música.

- Que música vamos cantar? – Perguntei mordendo a tampa da caneta.

- Vamos cantar “I Love Rock N' Roll” da Joan. – Jane deu a idéia.

- Não! – Bella cortou rapidamente. – Sonhei que a gente apresentava essa música e a galera achou horrível.

- Certo, Bella e seus sonhos premonitórios. – Eu gargalhei e ela rodou os olhos. – Dá uma idéia então.

- Vamos cantar “Queens of Noise” – Ela disse, mas eu fiz careta. – Dá uma idéia então bonitona.

Eu ri do mau humor dela e por alguns minutos nós três ficamos quietas olhando uma para cara da outra, pensando em qual música cantar. Tinha que ser algo que combinasse com a gente e nos representasse também, uma música que a galera ouvisse e falasse “é a cara delas”.

Desviei meu foco rapidamente e olhei para o grupo dos meninos, Embry se encontrava de frente para mim, então ele me olhou e um sorriso torto se formou em seus lábios e eu idiotamente sorri retribui com um sorriso cúmplice. Argh! Leah Cleawater, você não era assim. Discretamente ele apontou a cabeça para a porta, como se quisesse conversar comigo depois. Desviei o olhar, me voltando para as meninas novamente, sem respondê-lo.

- Já sei! – Jane quase gritou. – Vamos cantar “Bad Reputation”.

Eu e Bella nos olhamos e sorrimos animada concordando com a idéia. Não tem música melhor para nos definir do que essa! Anotei o nome da música no papel e o coloquei na urna, tínhamos duas semanas para ensaiar e arrasar no palco.

- Agora vamos dar o fora daqui. – Bella suplicou olhando para o mesmo grupo que eu.

- Bella! – Uma voz aveludada a chamou fazendo quase ao mesmo instante Jacob se voltar para nós atentamente. Parece que as coisas naquele cubículo ficariam interessantes.        

- Edward! – Ela o cumprimentou surpresa. – Que bom te ver.

- Faço suas palavras as minhas. – Ele disse educadamente sorrindo gentil. Por mais que eu queria me matar, sou obrigada a concordar, o Cullen boy é um verdadeiro príncipe! Mas sorte a minha que eu prefiro os vilões. – Tudo bem com você?

- Muito bem e com você? – Bella sorriu.

- Melhor agora. – Edward deu um sorriso torto, não se comparando ao do Embry, mas que fez um Jacob bufar e estreitar os olhos. – Veio fazer o que na coordenação?

- Me inscrever no show de talentos. – Ela apontou para a urna. – Vem me ver! Eu e as meninas vamos cantar.

- Lógico que eu venho, é só me falar o dia e a hora.

- Ótimo! Quando eu descobri eu te aviso. – Ela riu e Edward fez o mesmo. – E você, veio fazer o quê?

- Entregar um trabalho, o professor pediu para deixar aqui na coordenação. – Ele passou a mão nos cabelos os deixando bagunçado, gesto que deixa 09 em cada 10 meninas do colégio sem fôlego.

Não sei o que as garotas vêem no Cullen, tudo bem que ele seja um príncipe na questão educação e gentileza, mas no quesito beleza, eu o defino como uma lombriga: comprida, magra e branca. Ou seja, o Edward Cullen é um príncipe lombriga! Ri sozinha com a minha nova descoberta, fazendo os três, contando com a Jane me olharem sem entender.

- O quê? Lembrei de uma piada oras. – Expliquei como se fosse obvio.

- Quero conversar mais com você Bella. – Ele pediu todo fofo e eu me segurei para não rir da minha imaginação fértil que criou um Edward Cullen com corpo de lombriga e roupa de príncipe. – Vamos nos encontrar.

- Claro Edward e eu tenho que te explicar o motivo de ter ido embora na sexta. – Bella ficou levemente corada. Explicar não Bellita, mentir. – Não tenho o último tempo hoje, vamos nos encontrar na sala de música.

Com a minha imaginação até esqueci de prestar atenção no outro grupo e quando olhei, Jacob encarava os dois com os olhos estreitos e os punhos cerrados. Obvio que ele escutou o que o Edward queria e mais obvio ainda a proposta que a Bella fez, isso ficou literalmente na cara.

Edward se despediu de Bella com um beijo no rosto e se despedindo de nós também. Saímos da coordenação em silêncio, meus pensamentos por incrível que parece, ou não incrível assim, estavam em Embry e sua proposta de conversar comigo. Acho que seria ótimo nós conversamos, assim eu colocaria em pratos limpos que nós não temos nada.           

- Pensei por um minuto que o Jacob iria para cima do Edward. – Jane quebrou o silêncio.

- Quê!? – Bella indagou surpresa. – Lógico que não meninas.

- Fala isso porque você não viu a cara dele. – Comentei, ele estava trucidando vocês com o olhar.

- Problema é dele. – Bells deu os ombros, fingindo não se importar.

- Me diz Leah, qual foi à piada? – Jane me encarou sorrindo divertida e eu gargalhei me lembrando dos fatos imaginados e concluídos.

 - Estava analisando o Edward e percebi que ele é um príncipe lombriga. – Respondi normalmente e Jane explodiu numa gostosa risada enquanto Bella fazia uma cara de ofendida.

-Não fale assim dele Lee, o Edward é uma ótima pessoa e muito bonito também. – Bella o defendeu brava.

- Não estou falando que ele é uma pessoa ruim, só disse que o fato dele ser alto, magro e branquelo me lembrou uma lombriga. – Eu me expliquei e Jane ria ainda mais.

- Eu sei que você gosta dele, mas as observações da Lee são hilárias. – Jane me defendeu enquanto limpava as lágrimas nos olhos.

Bella ficou quieta e nós continuamos andando. Jane me olhava e apontando levemente a cabeça para a Bella que andava em passos duros com um bico formado em seu rosto.

- Óun bebêzinha, não fica com esse bico. – Eu comecei passando meu braço em volta de seu ombro.

- É Bellita, a gente retira o que disse sobre o Edward. – Jane riu, fazendo o mesmo gesto que eu, enquanto Bella tentava se soltar.              

- Me soltem suas chatas. – Bella reclamou tentando se soltar de novo, mas nós a puxamos para um abraço triplo bem apertado.

- Então melhora essa cara. – Jane balançou Bella de um lado para o outro, que riu.

- Esta bem, eu desculpo, agora me soltem que eu estou sem ar. – Ela pediu e nós a soltamos.

Do nada senti uma mão puxando meu braço, quando me virei para xingar, me deparei com o Embry ofegante. Jane e Bella olharam para mim surpresa e eu apenas dei os ombros. As meninas sorriram para ele, que foi simpático com elas, dando um “oi”.

- Nos vemos depois Lee. – Bella comentou e eu assenti, logo as duas dobraram o corredor e sumiram de vista.

- Tem que chegar em mim de outra forma Embry, senão vou acabar ficando com os braços roxos. – Eu comentei e ele deu um sorriso fraco, como se estivesse se desculpando.

- Eu quero conversar com você. – Ele falou sério e eu me arrepiei. Por dois motivos, primeiro sua voz e segundo pelo medo do tipo de conversa que ele gostaria de ter. Eu sei que há cinco minutos atrás eu queria conversar com ele, mas acho que agora mudei de idéia.

- Tudo bem. – Eu respirei fundo tentando organizar meu pensamento. – Vamos conversar então.

Caminhamos até chegarmos à sala de teatro, que havia virado praticamente um deposito de figurinos e decoração. Aquele cheiro de poeira me deixaria alérgica em poucos minutos. Embry acendeu a luz e se sentou na mesa olhando para mim. Senti minhas mãos tremerem de nervoso.

- O que você quer conversar? – Perguntei cruzando os braços para não denunciar a tremedeira.

- Eu só queria dizer que eu gostei de ter ficado com você tanto na boate quanto das outras vezes. – Ele falou me olhando diretamente nos olhos e meu coração acelerou. – E gostaria de saber o que você acha de tudo isso que a gente vive, viveu, não sei direito.

Eu mordi os lábios desviando o olhar, sem saber o que dizer ou se devo dizer. Embry me puxou pelos braços e eu apoiei minhas mãos em suas pernas olhando no fundo daqueles olhos pretos, sentindo algo criar vida em meu estômago.

- Eu... Eu... Eu preciso ir. – Disse rapidamente me desvencilhando dele e correndo, igual uma covarde, para fora da sala.   

Narrado por: Jacob

Local: Colégio

- “Quero conversar mais com você”, “então vamos nos encontrar na sala de música” mimimi. – Eu resmunguei pela décima vez sozinho no banheiro masculino. – Era só o que me faltava, aquele pega-ninguém investir na Bella e o pior de tudo é que aquela esquisita ainda dá moral.

Passei a mão pelos cabelos tentando me acalmar, já havia passado algum tempo desde o episódio, mas toda vez que eu lembro, minha raiva aparece de novo o tanto que eu tive que pedir para a professora me deixar ir ao banheiro porque não estava conseguindo prestar atenção na aula e ainda de brinde quebrei meu lápis.

Talvez eu esteja com um pouco de ciúmes, mas a verdade é que não tinha necessidade de toda aquela cena na coordenação. Se minha segunda-feira já começou assim, estou até com medo de ver o que me aguarda nos próximos dias. Respirei fundo, joguei um pouco de água no rosto e me preparei para voltar para sala.

Assim que entrei na sala, me encaminhei até o final dela, Quill me encarou preocupado e eu me sentei na carteira em frente a sua. A professora escrevia no quadro alguma coisa sobre solo, relevos e planícies, um saco! Eu fico pensando, como uma pessoa pode gostar de geografia, é uma matéria tão sem graça.

- Tudo bem cara? – Quill indagou baixo.

- Tudo tranqüilo agora. – Eu respondi suspirando derrotado.

É o cúmulo do absurdo eu sentir ciúmes da Bella, ainda mais quando se trata do meu ex-cunhado Edward, pelo amor de Deus! O guri não pega ninguém, se duvidar não pega nem gripe e eu Jacob Black me sentindo ameaçado por aquele viadinho enrustido.

Desde que nós ficamos na sexta-feira, eu nunca mais falei com a Bella. Poderia ter procurado-a, assim como ela também podia ter me procurado. Mas acho que queria dar um tempo para ela pensar em tudo o que aconteceu e eu também precisava desse tempo. Não vou negar que eu gostei do que rolou, gostei demais, mas não quero criar falsas expectativas, Bella não parece ser o tipo de garota que se apaixona facilmente ou que assume que esta apaixonada.

Mas eu preciso falar com ela de novo, por isso acabei de decidir que assim que acabar a aula eu vou para a sala de música falar com a Bella e torcer para chegar primeiro que o Edward, ou melhor, torcer para que ele nem apareça. Pensei melhor sobre a idéia e me veio uma dúvida, eu vou até a sala de música para fazer o quê, afinal de contas? Bom, ainda bem que eu tenho mais 40 minutos para pensar em uma boa desculpa, apensar de já saber a resposta para a pergunta.

A aula se arrastou pesadamente, a maioria dos alunos, contando comigo, não prestava atenção no que a professora explicava. Quando olhei para o relógio os dez minutos finais pareciam mais duas horas, eu estava ansioso para vê-la, era por isso que eu queria ir para a sala de música para me encontrar com Bella, eu estava com saudades dela.    

Quando o sino para o último tempo tocou eu pulei da cadeira, quase derrubando a mesa de tão apressado que estava, ouvi Quill gritando meu nome, mas não dei ouvidos, sai da sala e fui correndo pelo corredor trombando em alguns alunos até chegar a sala de música.

Assim que parei em frente à porta da sala, respirei fundo recuperando o ar e ajeitei os cabelos. Abri a porta sem fazer barulho, achando até que tinha chegado primeiro que a Bella, mas me enganei, assim que entrei na sala a avistei deitada em cima do piano. Então ela espera o Edward deitada em cima do piano como se fosse uma refeição em cima da bandeja?

Fechei e tranquei a porta, ela é daquelas que tranca e destranca por dentro, assim mesmo que o gayzinho do Edward apareça, ele não vai poder entrar. Um sorriso enorme se formou em meu rosto depois dessa constatação. Caminhei devagar até o piano e Bella cantarolava uma música de olhos fechados.

Apoiei os joelhos no banquinho e minhas mãos na parte de cima do piano ao lado da cabeça dela e abaixei meu rosto ficando a poucos centímetros dos lábios de Bella, então antes que ela abrisse os olhos eu a beijei. Bella se assustou, mas deixou ser beijada, erguendo suas mãos para o meu rosto acariciando meus cabelos.

- Isso poderia ser considerado abuso Jacob. – Ela afirmou para mim assim que nos separamos.

- Quando há consentimento, a pessoa não pode alegar isso. – Eu ri fracamente ainda perto do rosto dela.

- Hum, então eu não posso te processar? – Ela indagou entre um suspiro.

- Felizmente não. – Eu respondi contornando os traços do rosto dela com o dedo. – Abre os olhos Bella.

- Não, esta bom desse jeito. – Bella respondeu com um sorriso de lado.

- Abre os olhos Bells. – Eu insisti, queria ver o tom de avelã que eles têm, então ela o fez.

- Pronto, estou te vendo de ponta cabeça. – Ela riu levemente e eu sorri involuntariamente. – O que esta fazendo aqui?

Estava demorando para ela perguntar isso, sorri e me afastei dela sentando no banquinho em veludo vermelho enquanto Bella se virava ficando de frente para mim, ainda deitava no piano e suas pernas balançavam para frente e para trás.

- E então? – Ela insistiu com uma sobrancelha erguida.

- Queria te ver. – Respondi na lata e pude ver a expressão dela de surpresa.

- Veio me ver ou veio comprar briga com o Edward? – Bella perguntou me encarando profundamente, agora um pouco mais séria.

- Pode ser os dois? – Eu brinquei sendo sincero ela riu pelo nariz descrente, não gostando da resposta.

- Não sou um poste para homem querer marcar território Jacob. – Ela falou ácida ficando sentada em cima do piano. – Só veio aqui porque sabia que eu iria me encontrar o com Edward.

- Vim aqui porque queria te encontrar e como ouvi que você vinha para cá, aproveitei a oportunidade. – Expliquei calmamente, olhando-a, mas expressão de Bella não era a das melhores, eu esqueço o quanto ela é temperamental.

- Claro, porque você seria incapaz de me procurar e marcar de me encontrar. – O tom irônico e bravo de Bella, me fizeram respirar fundo.

- Lógico que não Bells, não vim te procurar agora? Eu queria te ver. – Eu insisti, será que eu vou ter que implorar para ela acreditar que eu estou com saudade?

- Claro que veio, porque eu já havia combinado antes de me encontrar com o Edward, para ele entrar aqui e ver nos dois conversando! – Ela respondeu sem paciência.

- Ele não vai entrar. – Eu comentei baixo, mas ela escutou me encarando brava.

- Como assim ele não vai entrar? – Bella falou pausadamente estreitando os olhos e eu engoli seco, você devia ficar com a boca bem fechada Jacob Black!

- Tranquei a porta. – Respondi igual a uma criança travessa e Bella bufou pulando do piano.

- Você o quê! Jacob, quantos anos você tem? 12? 10? 05? Como você tranca a porta? Eu estou esperando o Edward! – Ela brada pisando duro em direção a porta e eu corri até ela, segurando-a pelo braço.

- Você vai se encontrar com ele? – Perguntei com o tom de voz sério fazendo-a se virar para mim.

- Lógico que eu vou, combinei com ele! Ou você esperava que eu fosse ficar com você e dar o bolo no podre coitado? – Ela perguntou sarcástica puxando o braço de volta e eu trinquei os dentes bravo.

- Até parece que você não fez isso antes. – Eu explanei sem paciência. Meus planos de ter uma conversa agradável com ela foram por água abaixo, maldito Edward!

- Então era por isso que você queria se encontrar comigo sexta, para jogar na minha cara nos outros dias! – Bella quase gritou e eu passei a mão pelos cabelos tentando me acalmar. Que absurdo era aquele que ela havia acabado de falar? Esquisita maluca, que esta me deixando doido!

- Lógico que não Bella! Pelo amor de Deus, isso é absurdo, nunca faria isso com você! – Eu gesticulava nervoso. – Eu quis me encontrar com você, porque eu estou...

Antes de consegui completar a frase ouvi a maçaneta da porta sendo forçada e depois batidas. Lógico que era o Edward e nervoso do jeito que eu estou acho que sou capaz de dar um surra nele por me atrapalhar novamente! Bella me encarou derrotada e cansada, com uma expressão triste no olhar.

- Dá o fora daqui Jacob, que o Edward chegou. – Ela pediu respirando fundo.

- Bella, por favor, me escuta! – Eu implorei segurando a mão dela. – Eu preciso te falar uma coisa.

- Não Jacob, eu não quero ouvir mais nada. – Bella desviou o olhar, soltando nossas mãos.

Bella caminhou até a porta destrancando-a e logo surgiu o corpo branco e magro do Edward na porta e eu apertei minhas mãos, já que não posso apertar o pescoço dele. Ele sorriu para Bella, que o cumprimentou com um beijo no rosto. Edward fez menção de entrar na sala, mas ela o bloqueou e então ele me viu, fechando a cara em seguida.

- Atrapalho alguma coisa? – Ele perguntou suave para Bella, mas me lançou um olhar de raiva, como se eu fosse ficar com medo.

- Não!

- Sim! – Eu e Bella falamos ao mesmo tempo e ela se virou para mim com um olhar bravo.

- Jacob só queria falar comigo do trabalho de quarta. – Ela mentiu e o Edward pareceu ficar um pouco mais aliviado, mas não acreditou plenamente. – Que tal sairmos daqui? Podemos ter a nossa conversa almoçando, o que acha? – Ela perguntou simpática e ele abriu um enorme sorriso e eu me contive apertei mais minhas mãos.

- Ótima idéia, acho que sei um restaurante que você vai adorar. – Edward comentou sem esconder a felicidade.

- Ótimo, então vamos.  – Ela sorriu saindo da sala, sem nem olhar para trás.

Chutei a cadeira tentando aliviar a minha raiva, mas ela só passaria mesmo se eu quebrasse a cara daquele engomadinho metido a bom moço! Preciso conversar com Bella, explicar tudo nem que para isso eu tenha que ir de madrugada a casa dela! E preciso mais ainda comprar um saco de areia e pendurar a cara do Edward lá.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Oi xenten!
Eu não sei aonde enfiar a minha cara e também não sei quantas vezes pedir desculpas para todas vocês! Eu tomei um chá de sumiço mesmo, desapareci por alguns meses =XX e nem endereço ou carta eu deixei avisando que estava tudo bem e que eu não ia abandonar a história. Milhões de desculpas!
O fato é que esse foi meu último semestre na faculdade e eu tinha que me virar em 36 horas por dia para dar conta de todas as coisas que eu tinha para fazer! Provas, trabalhos, estágios e o pior de todos: minha monografia! Ela ocupava grande parte do meu tempo e quando ele sobrava a única coisa que eu queria fazer era deitar na cama e dormir, dormir e dormir!
Mas agora, minha monografia esta nas mãos da minha orientadora, minha apresentação é final do mês e minhas aulas acabaram! Ou seja, tenho minhas 24 horas de volta e vou poder dedicar um tempo a dela a minha história e a vocês minhas amadas e idolatradas leitoras! Quero agradecer pela enorme paciência que vocês tiveram comigo nesses meses e por ninguém ter me xingado nem nada do tipo hahaha.
Enfim, aqui esta o capítulo! Prontinho, fresquinho e bonitinho! E como eu sou a rainha do dramalhão, não poderia deixar os dois terminarem o capítulo felizes e contentes né? Mas eu ouvi um ir a casa dela de madruga? Ow! Aguardem fortes emoções minhas queridas hohohoh. E comportamento foi esse de fugir do Embry, hein Leah? O que isso quer dizer? Alice, como sempre a mais perdida e desesperada! A relação entre ela e as meninas {Jane e Leah} parece estar melhorando, o que você acham?
Eu quero também agradecer imensamente a todos os comentários lindos e cheios de elogios que eu recebi! Vocês são as leitoras mais fofas desse Nyah! Amei todos eles, como sempre! Mas o troféu Lobo de Ouro vai para: Juh, Lu_SwanBlack, Michele_Pereira e Bruna04, suas lindas! Eu amei absurdamente a recomendação!
Então é isso, eu espero que vocês gostem do capítulo e não se preocupem que de agora em diante eu vou ter tempo para me dedicar a história e vou atualizar com mais freqüência :D
Beijo da Rah!