Não tão Opostos escrita por Raah Black


Capítulo 16
Capítulo 16




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Capítulo XV

Narrado por: Jacob

Local: Sala

Cheguei em casa um pouco mais tranqüilo, a conversa com a Nessie não havia sido fácil e a verdade é que isso tinha me deixado mal, por mais que eu quisesse terminar com o nosso namoro ser visto como um destruidor de corações não é algo muito legal.

Caminhei até a sala de TV e pelo silêncio que esta fazendo, acho que estou sozinho. Rebecca deve ter saído com as amigas e Rachel com o namorado. Liguei a televisão colocando em um canal de esporte, mas não consegui prestar atenção em nada e futebol americano é o meu esporte predileto.

Deitei no sofá fitando o teto suspirando pesadamente. Eu devia me preocupar mais comigo do que com os outros, mas não fui criado assim, meu pai sempre me disse para me preocupar e se importar com os sentimentos dos outros, principalmente se for alguma garota.

Lembro de quando eu tinha uns oito anos mais ou menos e havia uma menina que gostava de mim, mas eu não queria saber dela, naquela época a última coisa que eu me interessava era por garotas, o futebol e os carrinhos vinham em primeiro lugar. Enfim a menina se declarou para mim, mas eu disse que não gostava dela então ela começou a chorar falando que eu havia a machucado. No final das contas meu pai foi chamado no colégio e quando voltávamos para casa eu expliquei o que realmente havia acontecido, meu pai me olhou sério dizendo que por mais que não correspondêssemos aos sentimentos da outra pessoa nunca devemos destratá-la ou fazê-la chorar.

E isso vem me trazendo problemas desde então porque eu acabo me preocupando demais com que a pessoa vai pensar ou sentir devido as minhas atitudes e eu acabo não fazendo o que tenho realmente vontade e se faço me sinto culpado ou mal depois.

Cobri meu rosto com a almofada tentando tirar esses pensamentos da minha mente.

- Você fez o que tinha vontade e pronto Jacob, pare de se torturar. – Resmunguei comigo mesmo.

Tentei focar minha atenção para o jogo, mas foi em vão. Logo comecei a pensar que hoje é sexta-feira e eu provavelmente ficarei em casa enquanto todos os meus amigos estão curtindo em algum lugar. Me lembrei do que Alice havia dito sobre a inauguração da nova boate, Nessie, com certeza, falaria comigo sobre isso, dizendo para nós irmos já que as amigas dela e meus amigos vão.

Eu poderia ligar para os caras dizendo tudo o que aconteceu, Embry ficaria preocupado se oferecendo para vir aqui em casa, já Quil falaria para eu sair e me divertir e comemorar minha primeira noite de solteiro pegando a garota mais linda da festa. E devo confessar que essa opção é realmente muito interessante.

- Isso é um assalto! – Gritou uma voz estranha pulando em cima de mim.

Eu levei um susto tão grande que acabei caindo do sofá junto com a pessoa. Senti uma descarga elétrica passar pelo meu corpo como se fosse uma ducha de água fria e meu coração batia rapidamente como se eu estivesse correndo uma maratona.

- Você tinha que ter visto a sua cara! – A voz de Rachel soou mais fina do que de costume e ela teve um acesso de riso.

- Não teve graça. – Falei bravo respirando com dificuldade. – Podia ter me matado do coração.

- Só tem mais seis vidas então. – Ela brincou ainda entre risos. – Foi um sustinho de nada não precisava ter derrubado a gente do sofá.

- Rachel você gritou que era um assalto com uma voz estranha e pulou em cima de mim, queria que eu fizesse o quê? Te abraçasse? – Indaguei mal humorado.

- Foi uma brincadeira. – Ela resmungou sentando no sofá novamente. – Chato.

- Chato? Você me assusta e eu sou o chato? – Ergui a sobrancelha incrédulo.

- Não brinco mais também. – Ela bufou cruzando os braços. Esse é o primeiro estágio do drama que vem a seguir.

- Rachel. – A chamei, mas ela virou a cara tentando esconder o sorriso.

- Não quero papo Jake, você brigou comigo sem motivo, mas tudo bem quando você não tiver mais essa irmã, você vai pensar “bem que a Rachel podia estar aqui para me dar um susto”. – Ela falou dramática e eu ri.

- Quando você não estiver mais aqui eu pretendo não estar também. – Eu falei sincero trombando meu ombro contra o dela. Rachel me olhou sorrindo radiante e eu retribui.

- Não pense que algumas palavras bonitas irão me comprar. – Ela se fez de durona e eu rodei os olhos divertido.

- O que eu tenho que fazer então para você não ficar mais brava?

- Pedir desculpas ora. – Respondeu.

- Certo, desculpa.

- Assim não né. – Ela fez uma careta. – Desculpa Rachel querida por ter sido sem educação e grosso com você. Você é a minha irmã preferida e a mais linda e legal de todas. Ah, e eu sou um idiota. – Ela disse tentando não rir.

- Você e a Rebecca são iguais. – Eu argumentei e ela bufou me fazendo gargalhar. – Desculpa Rachel querida por ter sido sem educação e grosso, por mais que eu tenha dito razão. Você é a minha irmã preferida e a mais linda, por mais que a Rebecca seja literalmente a sua cara.

- Faltou a melhor parte Jake! – Ela se jogando em meus braços dizendo numa voz divertida.

- Qual?

- A que você diz que é um idiota. – Rachel afundou a cabeça na curva do meu pescoço me beijando ali.

- Não mesmo. – Eu disse divertido acomodando-a melhor. – O que esta fazendo em casa hoje?

- Paul deve estar chegando, nós vamos ao cinema. – Rachel ergueu a cabeça e me olhando. – E você o que faz em casa?

- Não vou sair. – Dei os ombros e ela estreitou os olhos.

- Certo e por quê? – Ela perguntou me encarando.

- Não estou muito afim.

- Claro agora só falta dizer que vai estudar. – Seu tom era debochado. – O que aconteceu?

Eu consigo mentir para meio mundo menos para minha irmã. É incrível esse poder que a Rachel exerce sobre mim, só espero que ela não saiba disso nunca senão eu estou lascado.

- Terminei com a Nessie.

- Meu Deus! – Ela exclamou surpresa ficando sentada na minha frente segurando minhas mãos. – Como assim Jake? Como você esta?

- Calma Rachel eu terminei um namoro não um casamento de vinte anos. – Respondi tentando ser bem humorado. – Mas eu estou bem na medida do possível.

- Ah maninho. – Ela me abraçou carinhosamente. – Não é fácil terminar um namoro por mais monótono e cômodo que ele esteja.

- Eu sei muito bem o que é isso. – Ri sem muito humor. – Mas eu me preocupo com a Nessie ela ficou péssima.

- Eu imagino e me surpreende você estar vivo ainda. – Rachel brincou e eu ri.

- Ela não fez nenhum escândalo. – Eu expliquei e o queixo da Rachel caiu um pouco. – Pelo contrário, Nessie foi bem fria.

- Na sua frente só porque eu tenho certeza que assim que você foi embora ela desmoronou. – Minha irmã comentou e eu assenti, provavelmente tinha acontecido isso mesmo.

- É eu sei. – Eu suspirei recebendo um cafuné.

- Fazer o que a gente quer nem sempre é fácil Jake, porque de uma forma ou de outra estaremos frustrando alguém, só que não podemos viver deixando as nossas vontades e desejos em segundo plano, porque outras pessoas não farão o mesmo. – Rachel explicou e eu concordei. – Temos que vir em primeiro lugar, claro que nos preocupando com os outros, mas sempre em primeiro lugar.

- Falando assim parece ser fácil. – Comentei.

- Mas infelizmente para algumas pessoas não é. – Ela passou a mão no meu rosto. – Quer que eu fique com você aqui em casa?

- Não mesmo, vá ao cinema. – Eu sorri para ela. Rachel não merecia perder a sexta por minha causa. – O que irão assistir?

- Paul quer assistir um filme de ação que eu nem sei o nome. – Ela fez uma cara de desgosto. – Só não conta para ele.

- Pode deixar. – Gargalhei e ela se abraçou a mim novamente.

Continuamos conversando, Rachel reclamava sobre o Paul dizendo que ele às vezes era muito esquentado e ciumento, dizia que algumas músicas que ele ouvia não a agradava sem contar o gosto dele para filmes de ação e sangrentos como Jogos Mortais.

- Não é normal gostar de ver tortura Jake. – Ela reclamou com uma cara de nojo. – Eu quase vomitei no cinema assistindo aquele filme 3D ainda por cima!

- Pára Rachel o filme é muito intrigante e te faz pensar. – Defendi, eu assisti todos os Jogos Mortais e acho um máximo.

- Pelo amor de Deus Jake, o primeiro eu até concordo, eu achei muito bom, mas depois deixou de ser um filme inteligente para ser um filme sanguinário. – Ela protestou e eu fiquei quieto, não iria discordar.

- Enfim.

- Enfim, ele esta atrasado. – Ela disse emburrada olhando no relógio. – Marcamos às nove horas.

Como se Paul pudesse escutar a distância, não passou três minutos e ele tocou a campainha. Minha irmã saltou do sofá faceira ajeitando a roupa, que por sinal era curta demais. Foi correndo abrir a porta e deu um grito de felicidade.

- São lindas amor! – A ouvi dizer, depois um barulho de plástico.

Os dois caminharam até a sala onde eu estou. Eu quase não conseguia ver a Rachel porque primeiro aparecia um enorme buquê de flores, Paul caminhava ao lado dela sorrindo, provavelmente pelo fato de ter feito minha irmã ficar radiante.

- Por isso me atrasei um pouco, passei em frente a uma floricultura e resolvi parar. – Ele sorriu todo cheio de charme e eu bufei.

- Boa noite para você Paul. – Resmunguei acenando.

- E ai cunhadinho, tudo bem? – Ele me cumprimentou falsamente simpático. Paul sabe que eu não gosto que me chamem assim e ele faz de propósito.

- Olha Jake. – Rachel mostrou as flores. – Não são lindas?

- Combinam com você. – Eu sorri para ela e Paul torceu o nariz, com ciúmes.

- Ah seu lindo! – Ela correu até mim me dando um beijo estalado na bochecha. – O Paul sabe me agradar. – Ela sorriu apaixonadamente e eu rodei os olhos.

- Sei te agradar de diversas formas não é? – Ele piscou malicioso e minha irmã ficou vermelha de vergonha e eu de raiva.

- O respeito ficou em casa pelo jeito. – Reclamei bravo.

- Parem os dois. – Ela ralhou com a mão na cintura. – Vocês dois são os homens da minha vida, não tem que brigar.

Eu e Paul nos encaramos carrancudos. Paul é meu amigo, nós fazíamos natação juntos, o tanto que foi graças a  uma festa que eu dei em casa que os dois acabaram se conhecendo, mas a Rachel é minha irmã e por ser amigo do Paul sei bem o tipo dele. Não posso negar que ele mudou muito desde que começou a sair com a minha irmã, mas mesmo assim.

- Vocês não estão atrasados? – Indaguei.

- Verdade! – Rachel exclamou deixando as flores em cima da mesa e pegando a bolsa. – Temos que ir. Tem certeza que não quer que eu fique? O Paul pode ver o filme outro dia.

- Como é? – Paul perguntou incrédulo.

- Não mesmo, ficar sexta em casa já vai ser ruim na companhia do meu cunhadinho então vai ser pior ainda e olha que hoje não é nem dia treze. – Eu respondi irônico e Rachel olhou para mim com cara feia. – Brincadeira maninha, não precisa divirtam-se.

- Certo. – Ela sorriu puxando Paul pelo braço antes que ele falasse alguma coisa. – Qualquer coisa me liga.

- Paul! Quero minha irmã em casa no máximo até a uma da manhã. – Gritei para os dois.

- Ela vai dormir comigo hoje, meus pais estão viajando e nós poderemos aproveitar a noite inteira, se é que me entende! – Ele gritou de volta dando uma gargalhada e eu o xinguei.

Dei um sorrisinho diante de toda essa situação, ele é um cara legal. Olhei para a TV novamente prendendo qualquer animação que eu tinha. Essa noite vai ser muito longa se eu não achar nada para fazer.              

Narrado por: Seth

Local: Casa da Amanda

Assim que cheguei em casa fui direto para o banheiro, precisava de um banho frio para acalmar meus nervos. Por mais nervoso que eu tenha ficado por conta da Megan, só de pensar na Amanda por cima de mim e na proposta de hoje à noite, meu corpo esquentava.

Senti a água fria caindo nas minhas costas me relaxando e acalmando. Pensei na Amanda e sorri, nós estamos ficando há duas semanas e nunca pensei que ela fosse tão rápida nessa questão, não que eu tenha achado ruim, mas normalmente as garotas colocam mil e um empecilhos para transar e inventam várias desculpas  “nós estamos há pouco tempo juntos”, “você não é meu namorado” e a mais clássica de todas “eu não estou pronta ainda” pelo jeito a Amanda já esta pronta há um bom tempo.

Os meninos do time haviam comentado que todos iriam para uma boate hoje e que provavelmente as lideres de torcida iam também. Pensei em comentar sobre isso com a Amanda, mas como ela me convidou para ir para casa dela primeiro eu é que não ia negar, ainda mais sabendo que nós ficaremos sozinhos.

Terminei meu banho e fui para o quarto apenas de toalha, já que minha irmã não esta não tem perigo dela gritar para minha mãe que eu estou andando seminu pela casa. Leah, às vezes, consegue ser chata, eu a vejo todo santo dia de calcinha e camiseta e nem por isso reclamo.

Parei em frente ao armário decidindo o que vestir. Tudo bem que eu não vou usar roupas na casa da Amanda, mas mesmo assim não quero ir mal arrumado. Sou vaidoso e não nego. Por fim, optei por uma camiseta vermelha e uma bermuda jeans. Calcei meus adidas, passei perfume e arrepiei os cabelos. Perfeito.

- Ao ataque Seth. – Falei para minha imagem no espelho.

Desci as escadas e rumei para a cozinha parando em frente à geladeira, minha mãe havia deixado um bilhete falando que esta na casa de uma amiga e que volta mais tarde. Ri com o final do bilhete em que ela dizia para eu ter juízo. A verdade é que minha mãe morre de medo de eu dar um neto para ela e sempre que me vê saindo de casa, passa sempre as mesmas recomendações “Filho não apronta”, “Seth não extrapola na bebida”, “Menino não experimenta nenhum tipo de droga”, “Guri usa camisinha sempre”.     

- Pode deixar mãe eu vou me cuidar. – Peguei as chaves de cima da bancada e sai de casa.

O transito até a casa da Amanda estava tranqüilo então não demorei para chegar,  antes de sair do carro dei uma última olhada no retrovisor e conferi a camisinha na minha carteira, não quero que minha mãe seja avó tão cedo.

Toquei a campainha e logo Amanda abriu a porta animada me puxando pelo braço e fechando a porta novamente.

- Oi! – Ela sorriu me beijando demoradamente.

- Tudo bem? – Perguntei depois de cessar o beijo respirando longamente.

- Melhor agora e muito melhor mais tarde. – Respondeu ela maliciosa e eu sorri de lado. – Venha vamos para cozinha, eu estou preparando o jantar. Você esta com fome?

-Para ser bem sincero sim, não comi nada desde o treino. – Respondi, ela falou um ótimo e me puxo pela mão até a cozinha.

Caminhei atrás dela e pude reparar no belo corpo que Amanda possui, graças ao short jeans curto e a blusa justa. Curvas acentuadas, cintura fina e quadris largos. Uma beleza vistos de costas. Só de imaginar que verei tudo isso sem nenhuma peça atrapalhando me arrepia.

Assim que chagamos na cozinha Amanda foi para pia e disse para eu ficar a vontade. A cozinha não é muito grande e parece ser milimetricamente medido para caber tudo. Há uma bancada de mármore rodeando todo o local, alguns armários em baixo e em cima. Perto da porta que dá acesso ao restante da casa há uma mesa embutida com bancos altos.

- O cheiro está muito bom. – Elogiei me apoiando na bancada olhando-a lavar a louça.

- Espero que o gosto esteja bom também. – Ela sorriu.

- Não sabia que você cozinhava. – Comentei me aproximando.

- E não cozinho, mas tem sempre uma primeira vez. – Amanda falou divertida me olhando.

- Sou uma cobaia então? – Ergui as sobrancelhas em duvida e ela gargalhou.

- Não... Quer dizer, quase. – Ela respondeu meio incerta. – Ok você será uma cobaia.

- Você ia mentir para mim? – Perguntei fingindo estar bravo e ela afirmou com a cabeça mordendo os lábios para não rir. – Você ainda confirma! Vou ter que te punir.

Me aproximei ainda segurando-a pela cintura e fazendo com que ela ficasse de frente para mim, então comecei a fazer cócegas nela que deu um grito de surpresa, mas depois começou a rir. Amanda sem que eu percebesse pegou a mangueira da pia e jogou água em mim.

- Não acredito que você fez isso. – Falei surpreso olhando para minha camiseta um pouco molhada. – Agora você vai ver.

Ela tentou fugir para fora da cozinha, mas eu a segurei pela cintura colocando-a sentada na mesa prendendo-a ali. Amanda se debatia entre risadas tentando descer, mas eu não deixei. Segurei suas mãos e perdi suas pernas com o meu corpo.

- E agora? – Indaguei olhando para ela.

- Desculpa, desculpa, desculpa. – Ela implorava tentando não rir.

- Só desculpas não vai adiantar. – Eu assegurei com um olhar duro. – Minha camiseta esta molhada.

- Eu seco juro. – Ela disse tentando de soltar mais uma vez. – Faço isso agora.

Soltei as mãos dela e Amanda segurou a barra da minha camiseta tirando-a lentamente sem desviar os olhos dos meus. Um sorriso maroto brotou nos lábios dela e suas unhas passaram devagar pelo meu abdômen. Ela abaixou a cabeça indo para a curva do meu pescoço depositando beijos no local.

- Me desculpa? – Ela ronronou no meu ouvido igual a um gatinho e eu reprimi o gemido.

- Pedindo assim é impossível dizer não. – Sussurrei apertando as coxas dela, alisando depois.

Ela me encarou sorrindo me beijando em seguida. Um beijo faminto e voraz. Sua língua percorria cada parte da minha boca, como se estivesse decorando cada lugar e eu fiz o mesmo com ela. Assim que nossos línguas se encontraram a puxei em direção ao meu corpo sentindo suas pernas rodearem minha cintura.

Amanda arranhava meus braços, subindo para minha nuca pressionando nossos lábios. Mordi o lábio inferior dela, descendo para o queixo e percorrendo o maxilar até chegar em sua orelha, perdendo o lóbulo direito entre meus dentes ouvindo-a arfar.

Amanda desceu suas mãos por minhas costas deixando-as com marcas de unhas e me enlouquecendo com isso. Tirei-a de cima da mesa segurando-a pelos quadris e a prensei contra a parede não sendo muito gentil e ela gemeu, não sei se de dor ou prazer.

Nossas bocas se encontraram novamente em um beijo selvagem e até um pouco rude. Sei que não estou sendo gentil com ela, mas Amanda não parece se importar com isso. Ela sugou e mordeu meus lábios com força, me fazendo sentir um gosto de sangue.

- Vampira. – Falei olhando em seus olhos e ela riu travessa, me deixando louco.

Ela desceu do meu colo e eu pude percorrer minhas mãos por entre seu corpo sem nenhum pudor ou vergonha. Minhas mãos foram parar dentro de sua blusa erguendo-a um pouco e minha boca percorria seu pescoço alvo com mordidas e chupões.

Amanda gemeu quando minha boca percorria seu decote e minhas mãos tratavam de alcançar seu sutiã. As mãos dela desceram por minhas costas e ela apertou minha bunda com vontade me surpreendendo. Em seguida ela contornou o cós da minha bermuda passando os dedos pelo elástico da minha cueca e eu gemi rouco, só de imaginar o que pode acontecer.

Nos separamos bruscamente ao ouvir uma música tocar e quando me dei conta era meu celular vibrando e tocando em cima da bancada. Ótimo, que será o idiota?

- Deixa tocar. – Ela pediu manhosa me segurando pela cintura e eu quase atendi seu pedido. – Já nos atrapalharam hoje mais cedo.

- Não vou demorar. – Avisei me afastando e ela fez um bico.

Peguei meu celular olhando o número, não conhecia quem era. Respirei fundo tentando me acalmar um pouco e conseguir falar normalmente.

- Alô. – Atendi ofegante. – Quem é? – Perguntei um pouco impaciente, por ninguém responder.

- Seth? – Uma voz feminina indagou do outro lado da linha e eu senti meu sangue evaporar. Não é possivel.

- Quem esta falando? – Perguntei, por mais que já soubesse.

- É a Nessie. – Ela respondeu com uma voz fraca. – Desculpa te ligar assim do nada, eu estou atrapalhando alguma coisa?

Respirei fundo me acalmando por completo. Como ela tem meu celular e porque ela resolveu me ligar justo em um momento desses? Olhei para Amanda que me encarava sem entender e curiosa para saber quem é. Tentei disfarçar ao máximo minha surpresa e continuei a conversa.

- Não. – Menti passando a mão pelo rosto. – Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu. – Ela meio que soluçou e eu fechei os olhos. Não precisa nem continuar que eu até imagino o que seja. – Será que você pode vir aqui em casa?

Ainda bem que eu estou de costas porque com certeza a minha cara de surpresa me entregaria. Como assim ir a casa dela? Meu coração apertou só de imaginá-la em casa sozinha depois de ter levado um pé na bunda do Jake. Merda! O que eu faço?

- Tudo bem. – Afirmei. – Onde você mora?

Ela respondeu, depois disse que estaria me esperando. Burro, idiota, retardado! Vai consolar a princesa do colégio, que por sinal te detesta ao invés de ter uma noite animada e deliciosa de sexo com a sua garota. Você é um tapado Seth Clearwater! Um tonto!

- O que aconteceu? – Amanda perguntou passando a mão em meu braço e eu dei um salto. – Calma Seth, o que foi?

- Eu vou ter que ir. – Respondi me afastando e pegando minha camiseta do chão.

- O quê? Como assim Seth? – Ela indagou confusa e brava. Que maravilha.

- Minha mãe esta passando mal. – Menti tentando parecer o mais convincente possível. – Ela esta na casa de uma amiga, que acabou de me ligar avisando que ela teve uma queda de pressão e quase desmaiou.

- Ai meu Deus! – Ela exclamou preocupada. – Você tem que levá-la ao médico Seth. Quer que eu vá junto?

Eu me odeio.

- Não precisa, vou ver como ela esta, caso eu a leve ao médico eu te aviso. – Expliquei e ela assentiu.

- Tudo bem, me avisa mesmo. – Amanda sorriu triste passando a mão no meu rosto. – Nosso jantar e sobremesa ficam para outro dia.

Eu me odeio muito!

- Prometo que vou te compensar. – Sorri a puxando para um abraço. – A gente se fala.

- Certo, qualquer coisa me liga. – Ela me beijou levemente.

Amanda me acompanhou até a porta e antes de sair dei mais um beijo dela, que sorriu no final. Desci as escadinhas e fui até meu carro me xingando de tudo quanto é coisa.

Narrado por: Alice

Local: Boate

- Vamos Edward! – Gritei mais uma vez.

- Alice. – Ele me chamou na ponta da escada. – Caso não se lembre eu só subi porque você pediu para eu pegar sua escovinha de cabelo.

Fato. Pedi mesmo para ele pegar minha escovinha de cabelo, mas precisava enrolar tanto? Eu até poderia fazer isso se não estivesse com um sapato de salto super alto e com preguiça de subir as escadas novamente. Então gentilmente Edward foi buscar para mim.

- Eu sei, mas precisava demorar tanto assim? – Perguntei pegando a escova da mão dele e guardando na minha bolsa de mão. – Podemos ir?

- Nem se um furacão passasse pelo seu banheiro não deixava as coisas tão desarrumadas como você. – Edward comentou. Exagerado, como sempre. – Não esqueceu mais nada? – Neguei com a cabeça. – Então vamos e com o meu carro.

- Lógico que é no seu, hoje eu vou beber até cair! – Dei risada andando na frente.

- Você só bebe suco de laranja e água Alice. – Ele zombou e eu virei para ele fazendo careta. – Mas é sério.

- Calado Edward! – Mandei e ele riu divertido. – E anda logo.

Entramos no Volvo prata do Edward e rumamos para o centro. Umas três quadras antes de chegar na Tao já havia um congestionamento, carros que andavam devagar demais só para ver as pessoas que estão na frente da boate e nos barzinhos ao redor.

A Tao fica em uma rua em que há vários barzinhos e todos eles são bastante diversificados, seja no estilo musical ou até mesmo na decoração, há uns até temáticos, como o Cabaret. Por isso que a principio pensei que não fosse dar certo uma boate aqui, mas pelo contrário, o dono do local até reformou para ampliar o espaço.

Edward buzinou para o carro da frente, mas a fila de carros não andava de forma alguma e eu comecei a ficar irritada. Havia combinado um horário com a Bella e acho que já estou atrasada.

- Pelo amor de Deus, até parece que essas pessoas não conhecem essa rua. – Reclamei me erguendo um pouco do banco para enxergar melhor lá na frente.

- Até parece que você não sabia que ia ser assim, sempre é. – Edward falou enquanto manobrava e caia na pista do lado. – Ainda mais hoje com a inauguração.

- Isso porque nós resolvemos chegar cedo, que horas são agora?

- Quinze para meia noite. – Ele respondeu olhando no painel.

- Essa rua uma da manhã vai estar intransitável. – Comentei e ele concordou. – Temos que chegar logo.

- Alice a Tao não vai sair andando. – Edward disse sem muita paciência e eu rodei os olhos.

- Eu sei, mas combinei com as meninas. – Murmurei fazendo um bico. Ele não resistiria.

- Não faça essa cara, nós já vamos chegar.

Demorou cerca de quinze minutos para conseguirmos chegar à quadra onde fica a Tao. E como era de se esperar não tem nenhuma vaga para estacionar o carro. Andamos mais um pouco e passamos em frente à boate e uma fila enorme já estava formada para poder entrar.

- Podemos usar a estacionamento da boate, o que acha? – Perguntei a Edward que buzinou para um carro que queria entrar na nossa frente.

- Devia ter falado antes, já passamos a entrada do estacionamento. – Ele respondeu olhando rapidamente para mim.

- Então para na próxima quadra ou em uma rua lateral que nós iremos andando.

Edward andou mais um pouco e conseguiu achar uma vaga duas quadras para frente. Ótimo, meus pés irão agradecer imensamente por isso. Caminhamos pela calçada entre as mesas dos bares e chegamos até em frente à boate, a fila esta muito maior do que eu imaginei.

Procuramos os rapazes do futebol e não foi muito difícil de encontrá-los, já que o mais baixo deve ter quase um e noventa de altura. Eles estavam na metade da fila e pelo visto vamos esperar um tempinho até conseguir entrar.

- Cadê a Nessie? – Clarie perguntou para mim.

- Ela não esta se sentindo bem Clarie então preferiu ficar em casa. – Respondi.

- Que pena, ela estava tão animada. – Kim lamentou. – Amanhã vou ligar para ela.

- Será que ela brigou com o Jake? – Embry indagou e eu gelei.

- Não sei, mas acho que não, ele apareceu lá em casa hoje. – Falei naturalmente e ele deu os ombros.

Os rapazes continuaram conversando, eu me afastei um pouco deles para evitar qualquer tipo de perguntas, então fui conversar com a Rose. Ela e Emmett também resolveram ir depois de muita insistência minha, Rose não é muito fã de festar, já Emmett não nega uma boa farra.

Me lembrei que tinha combinado de ligar para a Bella assim que chegasse, por mais que já havíamos combinado um horário. Peguei rapidamente meu celular na bolsa e disquei o número dela me afastando do tumulto da fila para conseguir escutar.

- Bella! Aonde você esta? – Perguntei assim que ela atendeu.

- Nós estamos na fila Alice, aqui no final. – Ela respondeu num tom alto.

- Estou indo ai.

Voltei para fila onde estão todos e avisei que iria atrás de umas amigas, que eles não precisavam esperar por mim para entrar. Edward ficou interessado em ir comigo, mas não deixei, ele sabe que convidei Bella e esta doida para encontrar com ela.

- Eu te procuro lá dentro. – Avisei.

Fui andando para o final da fila procurando por Bella e suas amigas, mas sem deixar de reparar nas pessoas. E no geral, há várias pessoas bonitas, principalmente garotos, alguns mexeram comigo, mas não dei muita bola, meu foco não esse, pelo menos não agora.

Chegando quase no final da fila eu avistei Bella, Leah e Jane, as três pareciam achar graça de alguma coisa, pois Leah ria e Bella tentava contê-la enquanto Jane fingia que não as conhecia. Achei graça daquilo tudo, mas senti um pouco de inveja da amizade das três.

- Oi garotas. – Cumprimentei-as sorrindo.

- Alice! – Bella falou calorosa me abraçando. – Tudo bem?

- Tudo e vocês?

- Bem também. – Ela sorriu e as amigas assentiram. – Faz tempo que você chegou?

- Faz uns quinze minutos.

- Nós também. – Leah comentou tomando um gole de cerveja. Acho o jeito dela tão descontraído e despreocupado, gostaria de ser assim às vezes.

- Ah, Alice essa é a Jane. – Bella nós apresentou e eu sorri simpática para ela recebendo um sorriso tímido. Pelo jeito ela é a mais reservada e quieta das três.

- Animadas? – Indaguei.

- Muito! – Leah afirmou falando um pouco alto e eu ri. Acho que ela um pouco bêbada.

- Isso porque essa é a primeira cerveja dela. – Jane comentou e Leah fez uma careta para ela.

Retiro o que eu disse Leah não deve estar bêbada, ela não tem cara de que fica bêbeda com alguns goles de cerveja diferente de mim lógico, que só com o cheiro da cevada fico tonta. Percebi que Bella também esta com uma garrafa de cerveja e Jane com uma de ice. Eu devo ser a única pessoa que não bebe.

- Você não bebe nada Alice? – Leah perguntou como se estivesse lido meu pensamento.

- Na verdade não, eu sou bem fraca para isso. – Fui franca, mas fiquei um pouco sem graça com a confissão.

- Nunca bebeu? – Foi à vez de Jane perguntar e eu neguei.

- Nada? – Bella insistiu e eu me senti realmente uma estranha.

- Um gole aqui e outro ali nos almoços em família, mas só. – Falei dando os ombros.

Bella e Jane assentiram, mas mesmo assim me ofereceram um pouco da bebida e eu neguei. Já Leah me olhava espantada como se eu fosse um ET ou qualquer coisa parecida me deixando realmente sem jeito. Sou tão careta assim?

- Bom sempre tem uma primeira vez para tudo. – Leah disse sorrindo e eu sorri de volta sem graça.

- Leah não. – Bella interveio e eu fiquei sem entender.

- O quê? – Ela indagou como se não estivesse entendendo e Bella lhe lançou um olhar bravo. – A Alice hoje vai beber com a gente, só isso.

- Se ela não quiser, ela não vai beber. – Bella afirmou veemente.

Jane olhava para as duas divertida, provavelmente uma situação dessas sempre acontecia, mas eu me senti como uma criança de cinco anos que fica no meio da discussão dos pais quando cada um acha o que é melhor para o filho, sem perceber que ele estar presente na conversa.

- Eu perdi alguma coisa? – Interrompi as duas que me olharam.

- Nada Alice. – Bella respondeu e Leah riu do jeito mandão. – Você só bebe se quiser ok, ninguém vai te obrigar. – Ela disse pousando a mão no meu ombro. Depois dessa eu realmente acho que sou uma criança e que deveria estar na cama uma hora dessas.

- Ela vai beber. – Leah falou e logo em seguida bebeu mais um gole da cerveja para que a impedisse de dar risada da cara nervosa que Bella fez.

Bom eu se eu precisava de um incentivo para beber, não preciso mais. Pensei divertida.

Continuamos conversando e quando percebi já era a nossa vez de entrar na boate. Assim que passamos pela porta de ferro, entramos em um espaço que mais parecia um hall, reparei em uma bancada comprida de madeira e mármore ao lado esquerdo e atrás dela estão seis mulheres, muito bem arrumadas.

Nós encaminhamos para a segunda atendente e falamos nossos nomes, ela confirmou que estava na lista e ela colocou em nossos pulsos uma pulseira vermelha de plástico com um código explicando que deveríamos apresentá-la quando fossemos pedir alguma coisa para beber e que o pagamento é feito no final. Como estamos com nome na lista, não iremos pagar a entrada, apenas a consumação.

Assim que passamos pela grossa cortina de veludo preto entramos de fato na boate. O espaço é bastante grande e muito bem decorado, com sofás roxos e cinzas, mesas redondas e vários jogos de luzes. Do lado esquerdo assim que você entra há os caixas para comprar bebidas e logo depois os banheiros. Em frente ao caixa fica o bar retangular e no meio do local. Ao lado espaço para dançar com alguns sofás, puffs e mesas.

Logo na frente do bar havia um degrau que dá acesso a pista de dança bem espaçosa. No meio do espaço da pista tem a tem um espaço quadrado menos que fica o DJ e os aparelhos de som. Rodeando a pista de dança em um nível mais alto, fica o camarote que também tem um dois caixas, bar para pegar as bebidas e espaço para sentar.

A música tocava animadamente e já havia um pessoal dançando na pista, enquanto outros garantiam sua mesa e sofá para aproveitar a noite.

- Já que estamos aqui, vamos aproveitar! – Bella falou animada e eu concordei.

- Vamos beber! – Afirmou Leah dando um gritinho. A noite pelo jeito prometia ser ótima e muito animada.         

Narrado por: Leah

Local: Pista de dança

A boate já esta cheia e eu e as meninas garantimos nosso lugar na pista de dança para aproveitar cada minuto. Antes fomos para o bar comprar algumas bebidas, Jane pegou uma ice eu e a Bella uma cerveja e paguei uma vodka com refrigerante para Alice, que aceitou sem rodeios. Bella implicou comigo falando que eu quero embebedar a garota, mas ela pelo visto esta querendo.

O hip hop continua tocando animadamente fazendo todos se mexerem, por mais que alguns estivessem sentados. Na minha opinião não existe melhor tipo de música para fazer todos dançarem se não for hip hop, só de ouvir uma música dentro do carro me dá vontade de dançar, pensa em um lugar como esse.

O DJ começou a tocar Tick Tock da Ke$ha fazendo todos gritarem e dançarem ainda mais. Eu dançava sozinha sensualmente atraindo olhares de alguns garotos, mas nenhum me interessa por enquanto. Bella, Alice e Jane dançavam juntas fazendo uma roda.

A população masculina do local é bastante diversa e muito interessante, já havia gostado de uns quatro, mas ainda não decidi em qual deles foi investir. Sorri divertida para um garoto que levantou o copo para mim enquanto me observava dançando. Me juntei a rodinha das meninas e começamos a danças juntas.

Segurei a cintura da Bella e fui descendo com ela até o chão atraindo ainda mais olharem. Jane olhou para nós duas dando risada enquanto Alice pareceu um pouco assustada com a nossa iniciativa, mas sempre que saímos para dança eu e Bella dançamos juntas, só para provocar mesmo.

- Quero comprar mais uma cerveja. – Falei para as meninas que custaram a entender por causa do som alto.

- Vamos então. – Bella falou e nós quatro fomos em direção aos caixas.

Comprei minha cerveja e depois paramos em frente à pista de dança, formou um espaço ali e nós o ocupamos. Continuamos dançando animadamente ao som de outra música. Eu gostei desse lugar, não é tão alto como o camarote, mas dá para ver as pessoas dançando na pista.

Não muito longe de onde estamos avistei um moreno de cabelos bagunçados dançando de costas para mim com uma garota loira e bem baixinha comparada com o tamanho dele. Reparei melhor no rapaz, costas largas cobertas pela camisa xadrez vermelha, calça jeans preta e uma bela bunda! Se ele virar e for gato eu vou partir para cima, por mais que tenha uma meio metro dançando com ele.

- Quem esta na mira? – Jane me perguntou e eu ri.

- Aquele garoto de xadrez dançando com a loira. – Respondi apontando para os dois.

- Ele esta acompanhado Leah. – Ela me repreendeu, mas eu dei os ombros.

- Não estão juntos. – Falei convicta.

- Como você pode ter tanta certeza? – Ela indagou e eu sorri de lado.

 - Se eles fossem namorados ou estivessem se pegando estariam dançando juntos com o corpo junto colado, mas não, ela esta dançando na frente dele dando um sorrisinho do tipo “quero ficar com você”. – Expliquei e Jane ficou boquiaberta. Eu entendo dessas coisas de conquista.

A garota loira continuou dançando toda rebolativa em torno no rapaz parando nas costas dele, fazendo-o ficar de frente para ela e para mim conseqüentemente. E para a minha surpresa quando eu olhei para o rosto do garoto quase enfartei! Embry Call.

- Que porra é essa! – Eu gritei indignada fazendo as meninas se assustarem.

- O que foi? – Bella perguntou preocupada.

- Quem é aquela garota? – Perguntei entre os dentes.

- Do que esta falando Leah? – Bella perguntou outra vez sem entender e eu apontei em direção aos dois que dançavam mais juntos, a mão dele esta na cintura dela. – Meu Deus.

- Ah, eu sabia que conhecia essa menina de algum lugar. – Jane comentou.

- Quem é ela?

- Estuda lá na escola, mas não sei quem. – Ela respondeu.

Eu respirei fundo tentando me acalmar afinal de contas não tem porque eu ficar assim só porque o Embry esta quase ficando com uma garota, uma vez que nós não temos nada. Mas ele é muita areia para aquela lombriga azeda de meio metro. Preciso saber quem é ela.

- Alice! – A puxei rapidamente pedindo desculpas para o cara com quem ela conversava.

- Credo Leah, o que foi? – Ela perguntou brava. – O carinha era bem interessante.

- Tudo bem depois eu faço você ficar com ele, mas agora eu preciso da sua ajuda. – Pedi apressada enquanto Bella e Jane me olhavam atônitas.

- Certo o que foi?

- Quem é aquela menina dançando com o garoto de xadrez? – Perguntei aprontando para os dois novamente.

- O rapaz é o Embry. – Ela comentou desviando de algumas pessoas que passavam. – E se é o Embry com certeza a menina deve ser a Katy. Por quê?

Katy, então é esse o nome da meio metro. Estreitei os olhos enquanto encarava os dois, quanto mau gosto Embry Call, sem comentar a decadência. Em um dia pega uma Leah e no outro vai se engraçando com uma branquela sem graça.       

- Ela pegou uma coisa que é minha. – Eu respondi alguns depois de uns segundos, fuzilando a menina.

- Jura? Meu Deus... – Alice pareceu abismada com o fato e eu até teria dado risada. – O que ela pegou?

- Ele!  - Respondi entre os dentes. Eu sei que eu não devo ter ciúmes do Embry porque nós não temos nada, mas mesmo assim eu tenho!

- Desculpa, como? – Alice engasgou e me olhou chocada com a boca aberta e eu soltei uma risada irônica.

Percebi que a tal Katy se virou colada o corpo as costas no peitoral de Embry ficando de frente para mim e começou a descer o chão. Ok eu vou acabar com essa palhaçada agora! Sai em direção da onde os dois dançavam e nem reparei se alguma das meninas me acompanhou.

Desviei de algumas e parei em frente às costas dele, respirei fundo tentando não transparecer a raiva e cutuquei o ombro dele. Assim que Embry se virou para ver quem era, seus olhos arregalaram de surpresa quando me viu, mas logo depois ele sorriu de lado e eu me controlei para me manter brava.

Encarei Embry tentando achar uma boa desculpa por ter vindo até aqui, não ia bancar a louca ciumenta sendo que nós não temos absolutamente nada. Eu tenho que aprender a pensar antes de agir, isso sim. Prestei atenção na música que esta tocando e uma idéia um tanto quanto maliciosa surgiu em minha mente.

- Vamos dançar. – Eu falei próximo ao ouvido dele.

Olhei por cima do ombro dele e percebi que a branquela bufava me olhando com raiva. Dei um sorrisinho vitorioso, depois gargalhei o puxando pela mão que me seguiu sem se preocupar em deixar a outra para trás, me deixando ainda mais contente.

Tonight, I’m a let you be the captain

Tonight, I’m a let you do your thing, yeah

Tonight, I’m a let you be a rider

Giddy up, giddy up,

Giddy up, babe

Apoiei minhas mãos nos ombros dele e comecei a mexer lentamente meu quadril de um lado para o outro sem tirar os olhos dos deles, depois rebolei descendo um pouco e subi ondulando meu corpo para perto do dele. Embry me olhava com um sorriso divertido nos lábios, de quem esta gostando do que vê.

Tonight, I’m a let it be fire

Tonight, I’m a let you take me higher

Tonight, Baby we can get it on

Yeah we can get it on

Yeah

Me afastei um pouco, ficando há uns três passos do Embry balançando meu corpo de um lado para o outro com as mãos para cima conforme a música. Passei minhas mãos pela minha cabeça descendo para o meu pescoço e olhei para ele mordendo os lábios. Embry me olhava encantado. Desci minhas mãos pelos meus seios e minha cintura sem tirar os olhos dele, depois coloquei as mãos no quadris e rebolei lentamente. Passei as mãos pelas minhas coxas, abrindo e fechando as pernas uma vez. Embry lambeu os lábios e eu ri o chamando com o dedo indicador.  

Do you like it boy

I wa-wa-want

What you wa-wa-want

Give it to me baby

Like boom, boom, boom

What I wa-wa-want

Is what you wa-wa-want

Na, na

Ah, ah

Ele veio até mim passando um de seus braços em minha cintura aproximando nossos corpos depois segurou firmemente meu quadril. Começamos a danças no mesmo ritmo. Passei meus braços envolta do pescoço dele apoiando meu queixo em seu ombro. Quando olhei para frente, Katy reclamava alguma coisa para duas amigas, assim que nossos olhares se cruzaram, desviei lentamente e afundei meu resto na curva do pescoço dele, deixando uma marca ali.

Come here

Rude boy, boy

Can you get it up

Come here

Rude boy, boy

Is you big enough

Take it, take it

Baby, baby

Take it, take it

Love me

Embry me virou rapidamente chocando nossos corpos e pude perceber o quão animadinho ele esta. Apoiei minha cabeça em suas costas e continuei mexendo meu corpo sensualmente para provocá-lo. Ergui os braços e passei pelo seu pescoço novamente e ele segurou minha cintura apertando-a. E continuamos dançando como se não houvesse mais ninguém na boate.  

Tonight, I’m a give it to you harder

Tonight, I’m a turn your body out

Relax, let me do it how I wanna

If you got it I need it

And I’m a put it down

As mãos dele desceram da minha cintura para o meu quadril e continuou o caminho até chegas em minhas coxas descendo as mãos pela parte de fora e subindo-as pela parte de dentro e eu arrepiei de vontade. As mãos firmes de Embry continuaram subindo até passar por meus seios e braços. Quando ele alcançou minha mão entrelaçou nosso dedos e abaixou nossos braços até minha cintura novamente.    

Buckle up I’m a give it to you stronger

Hands up, we can go a little longer

Tonight, I’m a get a little crazy

Get a little crazy

Baby

Ele me virou outra vez sem soltar nossas mãos. Nossos olhares se encontraram e eu sorri involuntariamente. Precisa ser tão bonito? Ele sorriu sacana e eu derreti. Precisa ser tão sexy e safado? Embry colocou a testa na minha e eu fechei os olhos esquecendo tudo ao redor. Precisa ser fofo também? A respiração dele batia contra meu rosto e eu senti o cheiro de hortelã junto com o perfume amadeirado.

- Vamos para um lugar mais calmo? – Ele propôs e eu mordi os lábios em duvida.

Eu não devia pensar e sim puxá-lo pela mão e levá-lo para a parede mais próxima sem me importar se seria presa por atentado violento ao pudor. Mas eu me lembrei da branquela azeda de meio metro e meu sangue ferveu fazendo evaporar todo o meu tesão.

- Convida a branquela depois você me conta se ela pelo menos conseguiu chegar aos meus pés. – Falei irônica me soltando dele.

Embry até tentou segurar meu braço, mas eu desviei a tempo e sai andando no meio das pessoas sem olhar para trás, morrendo de raiva.

Narrado por: Bella

Local: Bar

Depois de a Leah ter dado um show com o Embry no meio da pista de dança, ela passou por nós igual a um foguete e foi para o bar. E aqui estamos nós ouvindo-a reclamar dele e xingar a “meio metro branquela” de todas as coisas possíveis e imagináveis.

Alice esta completamente surpresa e encantada com o jeito louco da Leah de ser. Desde o momento que ela foi atrás do Embry, dançou sensualmente com ele e depois virou as costas eu só escutei a Alice dizer “não acredito que ela vai lá”, “meu Deus ela esta dançando com ele”, “ela não vai ficar com ele?”. Lógico que ela não vai, pelo menos não agora, esse era o plano da Leah, provocá-lo e depois sair como se nada tivesse acontecido, esperando que ele venha atrás dela e ele vai vir e ela sabe disso. É sempre assim.

- Nunca pensei que você tivesse tanta atitude Leah. – Alice comentou espantada e Leah riu.

- Vai se acostumando.

Leah deu um gole mais longo vodka com refrigerante acabando com a bebida, segundo ela, precisava de algo mais forte para esquecer o que havia acontecido. 

- Ela sempre faz isso. – Jane entregou, pousando a garrafa de Ice no balcão. – Daqui a pouco eles estarão em algum canto.

- Não mesmo! – Leah negou, como sempre. – Dessa vez não vai ser assim.

- Uma pena, porque o Embry é muito bonito. – Alice disse simplesmente e Leah a encarou com os olhos estreitos.

- O que você quer dizer com isso? – Leah indagou ofensiva deixando Alice um pouco assustada.

- Nada além do obvio, Embry é um cara bonito, só isso. – Ela foi curta e grossa. – Não se preocupe eu nunca fiquei com ele e nem tenho interesse. – Finalizou tomando um pouco de Ice.

Olhei para Leah brava por ter falado daquela forma com a Alice que não tem nada a ver com a história. Muita gente não entende, não tem paciência e até se estressam com o lado explosivo e reclamão da Leah. E Alice poderia ser uma dessas pessoas.

- Desculpa Alice, eu estou nervosa. – Leah se desculpou, depois olhou para mim como se esperasse um elogio por ter feito a coisa certa.

- Não vamos acabar com a nossa noite por causa disse não é? – Alice perguntou para nós três estranhamente animada. Pelo visto o efeito do álcool já esta fazendo efeito.

- Não mesmo! – Leah garantiu se animando novamente. – Já que estamos aqui que tal uma rodada de tequila?

Me empolguei com a idéia, assim como Jane. Tequila esta longe de ser a minha bebida preferida, mas ela é a marca registrada de nós três. Sempre que vamos comemorar alguma coisa ou só para se divertir tomamos pelo menos uma rodada de tequila, com muito sal e limão.

- Eu nunca tomei. – Alice comentou e nós três nos olhamos para ela de forma travessa.

Leah voltou do caixa com doze fixas de tequila em mãos e entregou três para cada uma, nós ficamos uma do lado da outra no bar e chamamos um rapaz para nós atender. O rapaz colocou em cima do balcão quatro copinhos, quatro fatias de limão e um pouco de sal. Enquanto ele servia as doses explicamos para a Alice como se bebe.

- Certo, passa o sal no limão e depois vira o copinho. – Ela repetiu o que eu havia dito. – Mas tem que virar tudo de uma vez?

- Lógico, não se bebe tequila de gole em gole. – Eu ri da pergunta e ela concordou.

- Preparadas? – Leah perguntou e nós assentimos. – Então, um brinde a nós!

- Um brinde a essa noite! – Eu disse levantando o copinho.

- Um brinde a festa! – Jane fez o mesmo.

- E um brinde a vocês três meninas! – Alice falou sorrindo e depois ergueu o copo também.

Depois do brinde, chupamos o limão virando em seguida o copo com tequila. O liquido desceu queimando na minha garganta e eu fiz careta para ver se amenizava o gosto, sem sucesso. Olhei para Alice e assustei com a reação dela, seu rosto estava completamente vermelho e a cara de nojo que ela fazia parecia que alguém tinha pedido para ela comer barata.

- Esta tudo bem? – Perguntei me aproximando.

- Jesus que bebida forte! Como vocês conseguem beber isso? – Ela indagou mostrando a língua em sinal de ânsia e eu ri um pouco.

- Depois você se acostuma. – Leah respondeu por mim. – No começo é bem forte, mas depois você nem sente.

- Lógico depois você não deve ter mais garganta. – Alice reclamou dramática e nós três gargalhamos.

- Relaxa Cullen que você ainda vai beber mais duas doses. – Leah lembrou dando um tapinha do ombro dela que arregalou os olhos.

- Se não quiser beber não precisa Alice. – Jane falou e eu concordei.

- Eu sei, mas vamos continuar com a rodada! – Ela gritou indo para frente do balcão e pedindo para o garçom servir novamente.

- É assim que se fala Cullen! – Leah pôs pilha parando ao lado dela. – Venham garotas.

Depois da terceira e última rodada de tequila nós estávamos mais animadas do que o normal, mas não ao ponto de estar bêbeda, pelo menos não eu e muito menos a Leah. Em compensação as outras duas em especial a Alice parecia que era outra pessoa.

As duas dançavam animadamente perto do bar. Jane dançava mais solta mexendo os braços e levemente o quadril, já Alice rebolava até o chão e mexia o corpo sensualmente, provocando alguns rapazes que estavam por perto.

- Descobri como uma pessoa normalmente animada fica quando esta bêbada. – Leah comentou achando graça da situação.

- Só espero que ela não passe mal e nem me meta em confusão que nem certas pessoas. – Falei brincando e ela se voltou para mim ofendida.

- Eu nunca me meti em uma confusão bêbada. – Ela se defendeu e a olhei incrédula.

- Leah não se mente para melhor amiga. – Impliquei sorrindo e ela rodou os olhos.

- Certo talvez algumas vezes. – Ela concordou e eu estreitei os olhos. – Tudo bem confesso que já me meti em algumas confusões. Satisfeita?

- Muito. – Gargalhei abraçando-a que me apertou de volta.

A balada esta realmente muito animada, O DJ consegue fazer o pessoal não parar quieto, até os que estão na fila para comprar bebida ou usar o banheiro estão dançando. Olhei para Jane e Alice, que agora dançam juntas animadamente e logo Leah foi se juntar a elas me deixando sozinha perto do bar.

Olhei para pista de dança e avistei um dos garotos do futebol, ele dançava bem próximo da namorada, mas não estavam dando um show, apenas dançando juntos. Fiquei com inveja da situação e me fez recordar que eu já estive em uma situação como esta.

Rapidamente a imagem do Jacob sorrindo apareceu em minha mente antes mesmo que eu pudesse fazer qualquer coisa para que ela chegasse ao meu consciente. Será que ele esta na boate? Alice havia comentado que os meninos do futebol viriam será que ele esta incluso?

Fiquei brava comigo mesma por conta desses pensamentos e principalmente porque eu gostaria de encontrá-lo. Desde o ocorrido em casa que eu não falo mais com Jacob e isso faz dois dias. Não que eu tenha muita coisa para dizer, mas eu gostaria de vê-lo. Me xinguei mentalmente, vê se isso é coisa para se pensar em plena sexta-feira a noite.

- Não vai dançar? – Uma voz masculina perguntou próxima ao meu ouvido e eu dei um salto para o lado de susto.

- Seu idiota, você me... Edward! – Exclamei surpresa. Bem que a Alice havia dito que ele iria estar aqui.

- Você é sempre brava assim? – Edward indagou divertido e eu fiquei sem graça.

- Na maioria das vezes. – Eu sorri simpática.

- Vou ter que me acostumar então. – Ele falou no meu ouvido me fazendo arrepiar levemente.

- Gostando da festa? – Perguntei me afastando um pouco e ele se apoiou no balcão ao meu lado dando os ombros.

- Não sou muito fã de baladas, mas essa esta bem interessante. – Comentou e eu fingi não notar o duplo sentido da frase.

- Alice comentou que você viria, mas como não te vi com ela antes de entrar pensei que tinha desistido.

- Ela não quis que eu fosse junto com ela te encontrar. – Ele explicou e eu fiquei surpresa. – Falei para ela me procurar assim que entrasse, mas como você pode perceber ela esqueceu. – Riu e eu sorri. O Edward consegue ser simpático.

- Perdeu sua irmã, ela grudou em nós e não vai soltar tão cedo. – Eu brinquei e ele deu risada passando a mão nos cabelos loiro-avermelhado. Sexy, muito sexy.

- Eu também não trocaria a sua companhia pela da minha irmã. – Ele sorriu de lado. Edward seu sorriso esta surtindo muito efeito em mim, isso não é normal.

- Certo. – Eu disse ficando sem graça mais uma vez. – Sua irmã esta ali. – Apontei para as três que dançavam loucamente.

- Ela esta bêbada ou é impressão minha? – Ele indagou com uma sobrancelha erguida e eu mordi o lábio.

- Não foi culpa minha, eu juro. – Garanti.

- Eu acredito em você e estou com dó também porque se sã ela já causa um escândalo por onde passa imagina um pouco bêbada. – Dei risada do comentário, mas acabei concordando.

Continuei conversando com Edward. Ele sabe ser uma pessoa agradável e divertida sem falar da beleza, porque sim, o Edward é bonito! Principalmente com essa calça jeans e essa camiseta branca. Mas mesmo assim, falta alguma coisa, talvez um pouco mais de atitude.

Começou a tocar a Rock that Body do Black Eyed Peas e eu comecei a me mexer animadamente, quando percebi que Edward me olhando sorrindo parei de dançar ficando com vergonha. Então ele me segurou pelos ombros e foi me levando para pista de dança.   

- Vamos dançar. – Ele disse no meu ouvido. Se eu queria atitude, ai esta ela.


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Notas finais do capítulo

Oiiie queridonas :DD

Demorei mil anos para postar, mas aqui esta o capítulo lindo, maravilhoso e enooorme! 20 páginas hohohoh.

Faz um tempão que eu tinha escrito as três primeiras narrativas só faltava a da Leah e a da Bella, só que eu tinha um monte de coisas da facul para fazer e só consegui terminar hoje (: me perdoem.

Eu gostei muito do capítulo! E ele merece nota 10 só pelo fato da Leah ser f*** hahaha. Quem acha que o Jacob vai aparecer ou deve aparecer na boate? Alice bêbada? Não vai prestar! E o Edward com a Bella? Será que ele vai tomar uma dose de coragem e partir pro ataque? Sem contar o Seth que deixou a Amanda e a noite para ajudar a Nessie... E agora José?

E o próximo capítulo tem o que? Bônus! Aêêê! A galera vai ao delirio aiushiauhsiauhs. Agora quando ele vai sair eu não sei, mas já estou providenciando (:

Muito obrigada por todos os comentários! Eu amei tudo e mais um pouco, vocês são as leitoras mais must de todas! E um obrigada do tamanho do mundo para a Rafa queridona que recomendou a fic *o* sua fofa! Eu amei mil vezes!

Não esqueçam de comentar e me deixar feliz haha.

Beeijo e um ótimo fim de semana, pq com certeza a gente merece!