- a Porta do Destino escrita por Bella_Hofs


Capítulo 6
- Annabeth ganha aranhas de presente




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/83834/chapter/6

“Esquerda ou direita?” sussurrei para eles, mas acho que eles não entenderam, porque estavam parados no corredor. “Não entendo, aqui diz que os medos serão libertados por quem abrir a caixa” Annabeth passava a mão na parede tentando entender o que estava acontecendo ali “E se vocês simplesmente pedissem ajuda?” uma voz fria e velha sussurrou no corredor, eu só tive tempo de abrir minha espada e esperar. De repente, um homem com orelhas de burro e uma toga branca apareceu do nada, a barba enorme e branca, os dedos finos e velhos, como se tivesse uns 100 anos. “Poderiam simplesmente ter pedido ajuda. Ia ser mais prático” ele olhou para nós e abriu um sorriso. “Ah, erm, olá seu Midas” Annabeth olhou para ele indecisa e estendeu a mão para ele, que pegou e a balançou “Se querem ajuda, primeiro tem que me fazer um favor” ele disse e sorriu para ela. Percy olhou desconfiado e eu fui para seu lado “Qual é o favor?”eu disse e ele simplesmente sussurrou que era melhor o seguir. Depois de alguns minutos o seguindo chegamos até uma sala ampla e com uma caixa de ouro do outro lado.

Sabe que depois de anos como filhote de deus você aprende coisas importantes, mas que no geral não fazem sentido. Você aprende que quanto mais simples o problema, maiores são as conseqüências. Que se você está em um lugar amplo e grande onde não existe desafio algum, pode saber que existe um problema. Aquilo estava simples demais, aposto que até um velho com orelhas de burro podia fazer aquilo. “Não vejo o problema aqui” olhei para a sala e comecei a imaginar todo o tipo de coisas possíveis ali. “Quem está liderando?” ele sussurrou e olhou para mim “Eu” Ann deu um passo a frente e ele pediu para que ela abrisse a caixa. Ela começou a andar, mas nada aconteceu. Ela colocou o dedo na caixa e nada aconteceu. Ela então abriu a caixa e uma névoa branca saiu de lá, rodopiando ao redor dela. “Annabeth, deverá enfrentar seus medos antigos para obter a recompensa” ele declarou e eu juro que eu ouvi um gritinho dela quando aranhas e mais aranhas saíram da caixa e começaram a andar ao redor dela. “Ah, eu, aranhas, ah, erm” ela começou a gaguejar “Annabeth, larga de ser trouxa e enfrente as aranhas, pelo bem da nossa missão” eu gritei e ela não deve ter me ouvido, porque  ela começou a correr em nossa direção mas havia algo que a impedia de se aproximar “Annabeth, só mate as aranhas” Percy e Grover começaram a gritar para ela, mas acho que foi em vão, porque ela começou a se apavorar e derrubou a espada. Aposto que ela estava tendo um ataque de pânico, mas minha vontade foi de rir. Isso, eu tinha que rir.

“Ei, comecem a rir da situação, eu já sei o que fazer” em alguns segundos, os dois estavam chorando de tanto rir “Isso não é engraçado”Annabeth olhou de cara feia para nós “Mas é hilário, você está parecendo uma idiota aí, chorando por causa de aranhas. Até sua mãe já superou isso” eu comecei a rir e sua cara tomou um tom estranho de vermelho vivo “Eu... não... sou... idiota” ela falou cada palavra desferindo um golpe contra uma aranha. Ela se virou e desferiu golpes contra as aranhas e elas se dissolviam como névoa em um dia de sol, uma por uma, ela foi acabando com elas até que só sobrasse ela e a caixa. “Parabéns Annabeth, conseguiu enfrentar seus medos” Midas falava e abriu um sorriso vitorioso. O nosso riso ainda não tinha acabado, mas ele acabou quando ela deu um tapa em Percy “Isso não é engraçado cabeça de alga.” Ela agora balançou a cabeça e se gabou, enquanto nós seguíamos o nosso guia.

“Aqui está, a recompensa” ele pegou alguma coisa de ouro maciço e pôs em meu pescoço. Tinha um olho com uma pedra negra no meio, feito do mais puro ouro. Ao colocar ele no meu pescoço, seu toque simplesmente me assustou, as mãos eram frias como as de um cadáver e ao mesmo tempo macio como veludo. “Obrigada” eu disse, afastando-me daquele velho estranho. O seu olhar encontrou os meus, os olhos estranhos, brilhantes, com um toque de desejo e um pouco de... cobiça. Passei meu braço ao redor da cintura de Percy e ele encarou Midas com seus olhos tempestuosos.  Observei o pingente, pesado e ao mesmo tempo fascinante, e depois eu perguntei onde era a saída. Aí ele contou a história desse lugar. Ele se mudara para cá, construindo uma morada para ele, porém subterrânea, devido a sua feiúra. Ele aproveitou as câmaras egípcias para morar lá e se camuflar “Então desde sempre eu vivo aqui” ele puxou uma cadeira empoeirada “A saída é por ali, mas eu queria desfrutar mais dessa visita” ele apertou algum tipo de botão e as portas se fecharam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!