- a Porta do Destino escrita por Bella_Hofs


Capítulo 5
- Escorregando para a saída


Notas iniciais do capítulo

Não vivo mais sem a Wikipédia, já virou must. Esse capítulo está um lixo, mas eu prometo uma continuação melhor , MUHHAAH



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Estava quieto. Estava frio. Estava viva, pelo menos isso. O pingente que Silena que me dera antes de embarcar na minha última missão começou a brilhar, uma luz fraca, mas que me deixou menos afoita. “Mas que droga de lugar é esse?” sussurrei, para ter certeza se eu estava viva e em bom estado. Arranquei o cordão do meu pescoço e o usei como uma lanterna. Estava em uma sala, meio cintilante, mas tinha tanta areia que não dava para ver. Queria ver onde estava andando, mas a sala parecia ser o dobro maior do que eu esperava. Andei para trás e encostei em uma parede fria, acionando alguma coisa, que engoliu mais três vultos “Ellie?” Percy disse e  meus joelhos cederam e eu respondi que estava ali, o único ponto de luz.

Ele correu para onde eu estava ansioso, passando as mãos em meu rosto e me puxando para um beijo ansioso “Nunca mais faça isso” ele sussurrou e eu prometi, puxando ele em um abraço, e depois beijei sua bochecha. Ele me ajudou a levantar e agora eu conseguia pensar com mais clareza. “Ótimo. Hipóteses para onde nós estamos?” sussurrei e Percy já estava ali, o braço em minha cintura, minha proteção dia e noite. “Não sei, mas notei que tudo aqui é feito de ouro. E tem um interruptor” virei e apertei todos os botões na esperança de achar alguma de luz. O cheiro de areia já estava me incomodando. “Ah até que enfim, luz” Grover baliu “Pelo estige, o que é isso?” quando a luz se acendeu, estávamos em um quarto enorme, com o pé direito perfeitamente alto, coberto de todos os tipos de coisas de ouro. Sério, desde velas, até biscoitos, passando bodes, camelos e coisas bizarras como aviões de papel, digo, de ouro.

“Só tem uma pessoa capaz de fazer isso, mas eu tenho certeza que já morreu” Annabeth franziu o cenho e olhou para nós “Midas. E ainda tem a ver com a profecia. Não toquem em nada, isso é o que chamamos de perdição.” Ela sussurrou e começou a andar. Eu passei a mão na cintura de Percy e seguimos atrás de Annabeth, observando a areia entulhada, cobrindo um pouco dos artefatos ali guardados. “Meu deus, esse cara devia ser um maníaco por ouro” sussurrei e detive o impulso de tocar em tudo, para ver se era real. “O rei Midas tem orelhas de Burro” uma voz ecoou ao norte da sala e Annabeth seguiu a voz até chegarmos a uma montanha de moedas de ouro. Sério, uma montanha, algo que se estendia até o teto, de ouro sólido, duro, me lembrando da grande parede de escalada do Acampamento. “Eu vou primeiro. Essa porcaria de ouro está me deixando irritada” eu ia subir quando uma mão me prendeu onde eu estava “Eu já te perdi uma vez, não acha que eu vou deixar você de novo” ele sussurrou friamente, me fazendo lembrar de quando eu caí no buraco. “Então vamos todos juntos”  Ann, agora eu comecei a ter permissão para chamá-la assim, pegou uma corda na mochila e nos amarrou a ela. “Sabia que a corda do pára-quedas ia ser útil” ela mencionara orgulhosa. “Ok, agora é só escalar. Só que nessa formação se um cair leva todos” ela olhou para Grover que baliu e seguiu Annabeth.

“Até que isso não é tão ruim” consegui dizer depois dos primeiros 50 metros. Sim, eu disse primeiros e 50 metros na mesma frase, como se a montanha tivesse uns 100 metros. Teve dois momentos que eu achei que fossemos cair. Um quando Grover começou a ter um ataque de pânico e outro quando Annabeth olhou para baixo e se desequilibrou. “Quanto falta para chegar ao cume?” Percy gritou atrás de mim “Não muito, na verdade eu já cheguei” Ann gritou lá de cima. “Ah, eu acho que vocês precisam ver isso.” Não demorou muito para nós chegar lá em cima, a ansiedade manchando minha visão com dúvidas. Seria uma recompensa? Uma descida mais árdua? Foi aí que eu vi o que ela quis dizer.

Imagine uma montanha completamente lisa, íngreme e gelada. Agora imagine essas qualidades em uma pilha de ouro maciço onde o único lugar onde você não se machucaria seria uma saída de um metro e meio. “Agora eu vou primeiro. Vai ser simples como escorregar em um escorregador, só que com objetos pontudos e espadas de ouro apontado para você” olhei para Percy e ele revirou os olhos. “Sinto que uma hora eu teria que deixar você ir” ele revirou os olhos e me deu um beijo simples de boa sorte. Peguei a mochila e sentei em cima dela, para ir mais rápido é claro. Me empurrei e saí em alta velocidade, escorregando pela montanha em segundos, os meus cabelos voando, desviando de objetos pontudos e escorregando pela porta, parando no corredor. Um corredor enorme e frio, com coisas escritas em línguas mortas. Coloquei a cabeça pela porta e sorri vitoriosa.

Depois de todos nós descermos a montanha, Annabeth começou a examinar as paredes em busca de algum tipo de pista, mas os hieróglifos não ajudaram muito. “Poderiam me ajudar?” ela disse mas eu tive que rir. Ela queria que NÓS, os leigos, decifrássemos os hieróglifos. “Desculpe dona-eu-sou-uma-arqueóloga, mas acho que nós os leigos não sabemos fazer isso” olhei para ela e cruzei os braços. “Ah, mas eu expliquei tudo no carro” ela olhou para nós incrédulos “Eu estava dirigindo” Percy deu de ombros “Eu estava preocupado” Grover disse “Eu simplesmente não queria ouvir” abri um sorriso e peguei uma lanterna.

 


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