- a Porta do Destino escrita por Bella_Hofs


Capítulo 7
- As Portas do Destino.


Notas iniciais do capítulo

- Esse capítulo talvez seja meio ruim, mas, o próximo já sabe, vamos ter uma pequena reviravolta , MUAHAHAH '



xoxo, Bells



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Não me impressionava aquele cara ter nos mandado para a masmorra logo em seguida que Annabeth usou o ‘vai se ferrar’ de sempre. O velho pulou na mesa e quase caiu, o que considerando meu nível de felicidade ia ser algo hilário. Sério, meu humor negro precisava ser alimentado, e porque não um velho asqueroso caindo de uma mesa? Eu confesso que ia ser muito engraçado ele se contorcendo de dor enquanto eu ria freneticamente da desgraça alheia. Ok Ellie, chega de ficar pensando na desgraça dele e vamos achar um modo de sair dessa. “Que droga, o velho asqueroso podia ter caído da mesa e ficado paraplégico” sussurrei enquanto sentava ao lado de uma caveira. “Sabe que nós temos que achar uma saída” Grover batia os cascos na pedra molhada “Eu não quero morrer” ele sussurrava e balia. Olhei para ele com um olhar devidamente mortal “Ah, tá, eu vou parar de reclamar” ele fechou a boca dele e começou a morder as correntes. Olhei para a nossa cela. Um esqueleto jazia ao meu lado, Percy olhando pela janela, Annabeth andando de um lado para o outro, olhos na porta de madeira e Grover balindo do outro lado do carneiro. Três batidas na porta nos tiraram dos nossos devaneios e nos colocaram em nossos devidos lugares.

Um guarda de não sei quantos metros entrou na sala e apontou para mim. “Você vem comigo, o vosso rei quer te ver” ele abriu um sorriso e aquele cheiro de meias emboloradas no fundo da gaveta acertou meu nariz. Ele me puxou pelo braço e eu só tive tempo de gritar um ‘ei’ enquanto Percy corria para pegar meu braço “Eu não vou ver aquele velho...” eu ia terminar de falar, mas o guarda colocou a mão dele na minha boca, me puxando enquanto eles tentavam me puxar para dentro. O guarda me puxou e me colocou no ombro dele, enquanto eu me debatia e tentava xingar o grandão, e andava pelo corredor, me levando por várias portas até um quarto. Ah, eu sabia o que o velho asqueroso queria. A mim.

“Olha que resolveu aparecer, se não é minha nova amada” o velho estava sentado na cama, se achando o sexy, acenando para eu ir até ele. Ele falou que o guarda podia sair, e me pediu para sentar ao lado dele. “Nem enterrada no Tártaro seu velho asqueroso” olhei para ele e cruzei os braços e uma voz velha como uma porta rangendo me envolveu completamente “Mas é para lá que você vai se não colaborar conosco” Um menino de cabelos cor de areia e uma cicatriz no rosto olhou para mim, saindo de onde eu jurava ser um armário. “Ellie, não é?” ele olhou para mim e se aproximava, sinuoso, igual quando uma cobra ia dar o bote. Luke era o seu nome, filho de Hermes, agora convencido que ia ser cobaia de Cronos. “Sou eu” assenti e fiquei imóvel, enquanto ele se aproximava, olhos de cobiça “Eu não vou te dar uma opção Ellie. Ou você se une a nós e seus amigos ficam livres, ou você os sentencia a morte e morre também.” Ele abriu um sorriso e disse que eu podia escolher.

“Ainda não entendi. Você me quer, ou quer isso?” apontei para o colar, que brilhava um pouco “Na verdade, os dois. Mas eu não sou burro, e não te contarei meus planos. A menos que se junte a nós, de corpo e principalmente de alma. Essa pedra, sabe o que ela faz?” ele chegou um pouco mais perto, mas eu escondi o cordão. “Ele se chama o Olho que Tudo vê, e serve para tirar almas. A sua, no entanto, me interessa mais do que nunca” ele passou a mão em meu rosto, mãos macias e quentes. Não, eu não podia ceder ao meu lado materno justo quando tudo estava tão perfeito. Justo quando Percy e eu éramos mais que amigos, quando Grover era meu sátiro favorito, quando minha vida parecia ter sentido. “Sabe que você está fervendo por dentro, sabe que não o ama” ele agora parou alguns centímetros de mim, o cheiro desconhecido, porém agradável subindo em minhas narinas, meu coração batendo mais rápido. Agora definitivamente era isso: eu simplesmente tinha uma quedinha por pessoas que inalavam poder. Ele colocou a mão quente em minha bochecha, os dedos passando suavemente pela minha bochecha “Sabe o que quer, mas se nega a todo instante. Sabe que vai ceder, sabe que não o ama o suficiente.” Ele sussurrou em minha orelha, o caos sombrio na minha cabeça tomando conta de mim, a cada instante que passava. Ele chegou mais perto ainda, sussurrando na minha bochecha “Sabe que afinal de contas não quer ser a namoradinha perfeita, sabe que quer ser uma coisa que nenhum mortal te fará: ser amada” ele me puxou para perto dele, roçando os lábios nos meus, dissolvendo as palavras dele em um beijo, frio e diferente. “Acho que já te dei tempo para pensar” ele se afastou e sorriu. Eu assenti, corando e olhando para meus pés. “Agora deve fazer a escolha entre essa porta, a porta do que você sente que te levará até a saída, ou a porta do que você parece sentir, onde seus amigos e você serão torturados até a morte sem exceções”. Ele abriu um sorriso e olhei mais uma vez para a porta onde meus amigos estariam. Mas sabia que o meu destino era maior do que eu esperava, sabia que ele era o dobro maior e que não valia apena sentenciá-los assim.


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