- a Porta do Destino escrita por Bella_Hofs


Capítulo 4
- Deixando um bode sem fala




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O dia estava quase amanhecendo quando eu cheguei á casa branca. “Sabe que você continua atrasando nossas missões” Annabeth riu e nós entramos no carro. “Ellie, eu até falaria para você dirigir, mas eu não quero ter o esforço de pintar meu carro. De novo” Apolo abriu a porta de passageiro e sentou ao meu lado, entre eu e Annabeth, passando ao braço ao nosso redor. Percy entrou no banco do carona mais foi repreendido por ele “Percy, se você é o carona quem vai dirigir?” ele abriu um sorriso e ele pulou para o banco de motorista. Ao ligar a ignição, um sátiro simplesmente correu para dentro do carro “Grover, o que está fazendo?” Percy o repreendeu e uma ninfa começou a bater na porta “Grover meu querido, você vai me abandonar de novo?” ela disse numa voz chorosa, quase como se precisasse de ajuda. “June querida, eu te amo, mas eu preciso viajar de novo. É importante e eles precisam de mim” ele baliu e deu um beijo nela. Ela amoleceu e soltou a Ferrari “Grover, quanto tempo” Annabeth disse em coro com Percy e eu revirei os olhos. “Ah, Grover, essa é Ellie, minha namorada” Percy olhou para trás e ele me olhou pela primeira vez “Béeee” só conseguiu balir. ‘É, não é todo dia que você deixa um bode sem fala’, pensei comigo e sorri.

“Então, o Egito era uma das maiores civilizações do mundo” Annabeth começou a falar mas eu comecei a me distrair com  as nuvens, quando Apolo me cutucou e colocou a cabeça perto do meu ouvido “Ela é sempre tão chata?” ele sussurrou e eu assenti. Ele deve ter ficado entediado, porque depois de quase 5 horas ouvindo uma menina falar sobre o Egito eu realmente iria ficar maluca. Grover estava agitado, batendo os cascos no tapete “Ótimo, agora eu vou ter que aspirar o carpete de novo” Apolo sussurrou e depois bateu  no banco do motorista “Vê se não descuida do volante, a sua namoradinha já causou muitos danos ao meu carro” ele abriu um sorriso e eu sussurrei um ‘idiota’ de sempre. Ah, como era bom ter uma família agradável, onde brigas eram constantes.

“Vocês vão ter que pular de pára-quedas, eu não posso desviar do curso. Acho que isso é um adeus.” Ele abriu um sorriso, os olhos brilhantes de esperança que um de nós caísse e morrêssemos. “Hermes acabou de me enviar seus kits com pára-quedas. Acho que vocês deviam experimentar.” Ele me passou um e eu nunca me senti tão apavorada. Graças aos deuses, meu tio Zeus me deu técnicas de salto de pára-quedas, eu podia dizer que eu sempre fiz isso. “Eu primeiro. Meu tio falou que é bem simples. Amarre, respire e caia.” Abri a porta, o vento quase me arrancando do carro. Respirei fundo e saltei no vazio, como se eu estivesse flutuando. Foi algo literalmente radical, a areia chegando cada segundo mais próxima de mim, o vento quente novamente açoitando meu cabelo, a areia entrando no meu olho, e então eu abri o pára-quedas, a quase 100 metros do chão.

“Que droga, me arranhei toda” observei minhas mãos raladas devido á areia e as pedras, meu jeans cheio de areia. Olhei para cima e vi os três pontinhos pretos vindo na minha direção: Annabeth, desesperada porque algo daria errado, Percy que estava dando cambalhotas e Grover, que já havia aberto o pára-quedas quase antes de saltar. O primeiro a cair foi Percy que caiu a uns 10 metros de mim. Os outros caíram um pouco mais longe. Larguei meu pára-quedas e coloquei minha mochila nas costas e tirei minhas botas para tirar a areia de lá. Depois corri para ver se ele estava bem “O que foi aquilo. Nunca mais vou pular de uma Ferrari com pára-quedas.” Ele abriu o sorriso de sempre e concluí que aquilo era um ‘sim, eu estou ótimo’. Fomos de mãos dadas ver se os nossos amigos estavam bem e por incrível que pareça, Annabeth só estava praguejando “EU NÃO ACREDITO QUE EU FUI CONVENCIDA A FAZER ESSA COISA ESTÚPIDA. Eu podia ter morrido, vocês podiam ter morrido, eu podia ter ficado aqui sozinha” “Eu concordo com Annabeth. Isso foi o cúmulo mas você ainda não viu o que moram nesses desertos.” Grover balia sem parar, mais branco que as nuvens do céu. “Béee, eu nem quero ver quando eu morrer por causa de uma cobra. EU SOU UM SÁTIRO, não um supermercado ambulante” “Ah, pelo amor dos deuses, é só um pouco de areia. Sem falar que você está aqui por escolheu” olhei para Grover e revirei os olhos. Estava ventando pacas, as montanhas de areia se formando onde eu estava a alguns minutos atrás. “É melhor reclamar menos e andar mais. Vamos ver onde nós estamos” abri a mochila e peguei meu globo de neve, sussurrando um ‘nossa localização’ apareci como um pontinho vermelho no mapa. “Se a profecia está certa, nós encontramos o ‘mar na Terra’ agora só falta ele revelar alguma coisa” abri um sorriso e olhei para onde nós estávamos: num lugar não muito do rio Nilo, somente algumas dunas de distância. “Vamos lá, mais umas dunas e chegamos no Nilo” puxei Percy, que puxou Annabeth que puxou Grover, formando uma corrente enorme.

Depois de andar até não podermos mais, finalmente chegamos ao Nilo. Nem queria saber, entrei de bota e tudo mais e pulei nas águas turvas. Quando eu pulei, a água que devia ter me engolido, simplesmente não estava lá. “Gente, vêm ver isso” gritei e sinalizei para que eles viessem. Bati com o pé no fundo falso, e era feito de metal, era tipo uma porta. Fui me ajoelhar, mas aquilo me engoliu na escuridão como um tipo de boca, me fechando na escuridão completa. E por mais que eu não soubesse o que me esperava, meu primeiro impulso foi tocar meu pingente de rosa, que Nico me dera antes de morrer. Pela primeira vez eu temi minha vida com todas as forças. Droga.Eu tinha medo de escuro.


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