Capítulo 4

Todo dia ela chega...

E foi desde então que Mandy Roxer se tornou umas das assassinas psicopatas dessa maldita escola. Uma garota comum se transformando em mais um mostro por aqui. É claro, como eu disse, já estou bem acostumada. Uma hora ou outra, dou de cara com ela (raramente), ou com um dos outros idiotas. Era estranho ver ela daquele jeito, um sorrisinho prazeroso por causar o sofrimento até me criancinhas, e seu jeitão ameaçador. Tudo de vindo de Mandy é inseperado. Se ela oferece uma maçã, você recusa, se ela quiser dar um aperto de mão, você recua, se ela quiser dar uma de boazinha e te dar um presente, não aceite. Tudo o que vem dela é inesperado. E mortal. São regras báscias sobre ela, tudo o que tem de fazer é segui-las e você irá se dar bem. Mas o resto só depende de você. A regra principal de todas, é a entrada. Todo dia ela segue seu roteiro. Chuta a porta e prepara a metralhadora. Sim, por incrível que pareça ela tem uma e das grandes. Mais uma das coisas da qual ela ama e não sai sem. Depois, fuma um pouco do seu cigarro. Sim, uma menina de 14 anos fumando. Sempre as mesmas roupas: um short jeans, uma regata listradinha, uma jaqueta folgada jeans e seus tênis All Star de cano alto (cada dia um tema diferente). Nas costas, sua amada mochila vermelha cheia de chaveiros e penduricalhos, a metralhadora (segurada por uma faixa cruzada no peito) e claro por debaixo da jaqueta, a munição. Nunca ninguém viu, mas uma vez, quando dei de cara com ela sem querer, pude ver duas carreiras de munição penduradas no ombro. Depois, ela anda tranquilamente pelo corredor e é nessa hora que você e mais os resto da multidão deve recuar para trás e abrir caminho para a rainha. Ela segue andando num passo lento e ao mesmo tempo muito assustador. Às vezes ela da uma parad no meio do caminho, demora alguns segundos e olha para trás com seu sorrisinho medonho. Na verdade, o que todos esperam é que ela vire para trás de repente e meta uma bala na cabeça de alguém. Bom, por último, ela segue para a sala da diretoria e todos voltam a mexer em seus armários em total silêncio. O sino toca e todos entram. Mais um dia assassino como qualquer outro. Mas agora, voltando ao nosso dia atual, comecei a ouvr mais alguns boatos sobre o garoto que desaparecera.

- Ouvi dizer que Mandy fez um corte no peito do garoto, mas não foi nada grave. Parece que ela só queria botar medo nele. - Ouvi uma menina de cabelos ruivos e lisos comentar com a amiga.

- Que coisa horrível. Coitado do garoto, não é? - disse a menina dos cachos pretos.

- É sim. Então, você é nova aqui não é?

- Na verdade, já estou aqui a três dias. Mas parece que esse não é o colégio que realmente imaginei que fosse...

- Sei como se sente. Eles devem ter inventado alguma história para você, não foi?

- Foi sim. Disseram que era a melhor escola da região e que era um ótimo lugar, que eu ia adorar. Não estou adorando.

- É assim mesmo. Vai demorar um pouco, mas você vai acabar se adaptando.

- Que bom. Ah, eu sou Hayley. Hayley Moore. Pode me chamar de Hal.

- Ah, sou Jane Corchel, muito prazer. Pode me chamar de Jane mesmo.

E eu já estava com um mal pressentimento.