Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 22
21. Predomina a razão ou o impulso?


Notas iniciais do capítulo

Oi! =)
Estou muito feliz com o retorno de vcs, minhas queridas leitoras. (Ai, que lindo falar isso!) Sério, muito obrigada pelo carinho. Estou numa correria, mas consegui um tempo para escrever esse capítulo e adiantar uma postagem a pedidos.

Espero que gostem...

Ah! Tenho uma nova leitora para dar boas vindas oficiais: MarinaJonas. Espero que continue gostando da fic e acompanhando =D

beijo ;*
e boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/83503/chapter/22

    Manoela permaneceu pensando sobre a atitude de Gustavo, esperava que ele aceitasse sua proposta, mas ouvir a confirmação disso da própria boca do garoto, a fez perceber que ele realmente estava mudando, ou abrindo brechas para conhecer outras visões e também outras realidades. A garota sorriu com esse pensamento, se virou em direção ao relógio que ficava no quarto, pelo horário e por conhecer Giovana imaginou que ela deveria estar dormindo. Lembrou-se de Juliana, ela provavelmente não iria acreditar que o "insensível" Gustavo Ferreira, havia aceitado a proposta dela.

    Manu levantou-se e se encaminhou até o banheiro, onde tomou um banho, e enquanto o fazia, cantarolou uma canção qualquer, em seu pensamento surgiu à cena de Gustavo lhe pedindo desculpas, ela negou com a cabeça sorrindo, logo enxugou seus cabelos e desligou o chuveiro, enrolou-se na toalha, fez sua higienização, vestiu-se e desceu para comer algo.

    - Bom dia, filha! - disse Clara sorrindo assim que avistou a garota descendo as escadas.

    - Bom dia, Clara! - a menina foi até ela, depositando um beijo em sua face e lhe dando um abraço.

    - Eu e o Carlos estávamos pensando em levar vocês para almoçar naquela churrascaria que a Gi tanto gosta.

    - Eu acho uma ótima ideia.

    - Então, iremos almoçar lá hoje.

   As duas conversaram por mais alguns minutos, Manoela foi até a cozinha pegou uma maçã, lavou-a e a mordeu. Subiu novamente para o último andar da casa. Parou em frente à porta do seu quarto e resolveu conferir se Giovana ainda dormia. Manu abriu suavemente a porta do quarto da "irmã", esta por sua vez voltou-se em direção a luz que a porta permitiu entrar no ambiente, assim que a morena entrou.

    - Te acordei? - perguntou encabulada.

    - Na verdade... Sim. - disse Giovana bocejando. - O que te trouxe aqui? - perguntou enquanto passava a mão pelos cabelos, tentando ajeitá-los.

    - Gustavo...

    - Ai, meu Deus! - Giovana deu um pulo ao ouvir o nome do irmão. - O que ele fez dessa vez? - Manoela sorriu, deixando Giovana confusa.

    - Ele me surpreendeu só isso.

    - Como assim? Explica-me direito isso, Manu.

    - Ontem ele me ajudou, sabe? - Giovana assentiu. - Então, quando chegamos eu fui agradecer a ele e ele foi um pouco... Grosso...

    - Normal... - murmurou Gi, interrompendo Manoela.

    - Sim, mas depois ele veio me pedir desculpas por isso.

    - Para tudo! Meu irmão, Gustavo, pedindo desculpas por ser grosso? - Manu assentiu. - Não é possível. - disse levando as mãos a cabeça incrédula. Manoela riu da reação da garota.

    - Faltou mais um detalhe...

    - NÃO. - disse Giovana levando as mãos ao peito em uma cena teatral. Manu revirou os olhos e continuou.

    - Ele aceitou ir ao orfanato. - disse sorridente.

    - Nossa! Esse, definitivamente, não é o meu irmãozinho. Mas fico feliz que ele está criando consciência de algumas coisas. - sorriu.

    As garotas conversaram por um bom tempo. A morena de olhos verdes avisou a garota de olhos cor de mel sobre o almoço na churrascaria. Esta se animou com a notícia, tomou seu banho, fez sua higiene rapidamente e se arrumou.

    Era em torno das 13h00min horas, quando ambas desceram e assim Carlos, Clara e as filhas foram ao local escolhido para o almoço em família. Eles acabaram por decidir passar a tarde passeando, passaram no shopping para assistir um filme no cinema do mesmo. Retornaram para casa perto das 18h00min horas.

    Douglas se encontrava na sala, deitado em um dos sofás assistindo um filme qualquer que passava na televisão. Olhou em direção à porta, assim que ouviu a movimentação da sua família que havia retornado.

    - Oi, filho! Faz tempo que você voltou?

    - Mais ou menos, mãe. - disse levantando-se e indo de encontro a sua adorada mãe e abraçando-a.

    - Perdeu um almoço maravilhoso, maninho. - disse Giovana. Ele riu.

    - Imagino. - Seu olhar encontrou o de Manoela, ela corou e baixou à cabeça, ele por sua vez, soltou-se do abraço da mãe e foi até ela, com uma mão levantou o queixo dela, fazendo-a encará-lo. - Tudo bem, pequena?

    - Tudo. - ela sorriu timidamente.

    - Preciso falar com você. - ele disse ainda encarando-a, ela assentiu.

    - Filho, eu também preciso falar com você. - disse Carlos chamando a atenção do filho, o mais novo assentiu e eles retiraram-se do local.

 

    Manoela estava em seu quarto, preparava-se para dormir, quando ouviu batidas na porta, apenas disse um "entre" e Douglas entrou porta adentro. A garota continuou a arrumar a cama, enquanto ele apenas ficou observando-a. Sorriu ao perceber o seu pijama de ursinho, "Ela ainda é apenas uma menina e já possuía uma história tão dura e triste." Aquele tão conhecido instinto de proteção para com ela, surgiu. Sentiu vontade de abraçá-la. Ela se virou e sorriu. Ah, aquele sorriso! Era justamente aquele que o fazia querer sorrir, verdadeiramente, de volta. Sentia-se atraído por aquela garota, não podia mais enganar a si mesmo em relação a isso, mas não sabia exatamente o que sentia por aquela frágil menina que ele salvou há poucos meses atrás.

    - O que foi? - ela o olhava sem graça, por estar sendo encarada por ele. Ele negou com a cabeça.

    - Esse pijama lhe caí muito bem. - ela olhou para o seu próprio pijama, analisando-o, era apenas um... Pijama. Sem graça, por sinal. Ela olhou para ele e riu. Ele fez o mesmo.

    - Definitivamente, você não veio aqui para falar sobre como o meu pijama me caiu bem. - olhou para ele desconfiada.

    - É realmente não. - ri bagunçando o cabelo com uma das mãos. Manoela puxou a coberta e sentou na cama, cobrindo-se em seguida. - Você deve estar cansada, não é?

    - Um pouco. - disse ela deitando a cabeça no travesseiro, bocejando.

   - Eu posso voltar outra hora, pequena. - disse isso fazendo menção de se virar.

   - Que isso! Adoro conversar com você. - Falou ela, corando. Ele sorriu com aquela declaração.

   - Deita.

   - O que?

   - Eu disse pra você deitar. Vou ficar aqui conversando contigo, até você dormir. - disse ele dando de ombros. Ela deitou, ele encaminhou-se até a cama e cobriu-a com o edredom, fez a volta e sentou no outro lado da enorme cama, retirou seus tênis e deitou por cima do edredom. Manoela olhava a cena espantada. - O que realmente aconteceu ontem, pequena? - disse isso se acomodando.

    - Eu bebi, não estou acostumada a fazer isso e acabei passando mal e o Gustavo e o casal de amigos me ajudaram. - repetiu a mesma história que havia contado anteriormente. - Você não está me escondendo nada, pequena? - disse desconfiado.

   - Não, claro que não. - mentiu ela, e se sentiu a pior pessoa do mundo por fazê-lo. Ele negou algo com a cabeça. Manoela baixou a cabeça.

   - Manu, você não está acobertando alguma besteira que o meu irmão fez, não é? - quando ela ia responder, o celular do rapaz tocou. Ele retirou-o do bolso da calça e olhou no visor o nome da pessoa que ligava: Nicole. Com um gesto, Douglas pediu para que a garota fizesse silêncio e atendeu o celular. - Alô... - pausa - Não, amor! Eu não posso ir aí agora. - outra pausa. - Amanhã eu passo aí depois do trabalho... - E assim permaneceu Douglas conversando com sua namorada. Manoela permaneceu de cabeça baixa durante toda a conversa entre Douglas e Nicole ao celular. Quando o rapaz encerrou a ligação pediu desculpas a Manoela pela interrupção e pediu que ela respondesse sua pergunta.

    - Não. - e levantou seu olhar. Dessa vez não era mentira, afinal não fora nenhuma besteira que Gustavo tenha feito, ele apenas a ajudou. - Ele apenas me ajudou quando eu estava mal. - suas palavras foram as mais sinceras. Douglas percebeu isso e suspirou.

    - Acredito em você, minha pequena... - disse isso a abraçando. Como ela estava deitada, ele acabou ficando com a parte superior de seu corpo por cima do delicado corpo de Manoela. Ela arregalou os olhos surpresa. Não pelo gesto, mas a forma como ele pronunciou a palavra minha. Ele parou de abraçá-la, erguendo um pouco seu corpo e a olhando nos olhos. "Linda" pensou ele enquanto analisava o rosto da garota. Ele desceu um pouco sua cabeça e parou com o seu nariz próximo ao pescoço dela, aspirou o agradável perfume dela, por um momento não raciocinou, apenas agiu. Percebeu que a respiração dela havia se acelerado, seu peito descia e subia. Sorriu ainda próximo ao pescoço de Manoela que havia virado a cabeça para o lado oposto, dando total acesso do rapaz àquela região. Em um momento de lucidez ele se afastou de Manu e olhou para ela, ela o olhou. Estava assustada. - Desculpa! Eu não sei o que aconteceu comigo, pequena. - ela limitou-se a assentir a cabeça. -Acho melhor eu ir dormir, você está cansada. - disse isso se levantando da cama, pegando o seus tênis e já saindo do quarto. Mas antes de sair desejou a ela uma boa noite, ela retribuiu e ele fechou a porta deixando Manoela ainda mais confusa.

     - O que está acontecendo? - indagou-se Manu.

 

Continua...

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?

Estou amando demais os reviews de vcs. Assim que der responderei a todos que faltam, mas estou lendo e amando o retorno que a fic está tendo.

Fiquem à vontade para fazerem críticas construtivas, elogios, sugestões, puxões de orelha e opinião.

Vcs me deixam feliz demais. Muito obrigada pelos reviews.

Beijo ;*
Naathy