Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 21
20. Confronto e início de mudanças...


Notas iniciais do capítulo

Oi! Tudo bom?
Tenho que dizer que estou super feliz.
Primeiro: Recebi uma indicação (recomendação) linda da Juh_banana Obrigada, flor! Amei!

Segundo: Capítulo com bastante reviews. Isso me deixa tão feliz.

Ah, tenho mais duas leitoras para dar boas vindas oficialmente: LiinEmanuel e --darkangel--. Sejam bem vindas e espero que continuem gostando e acompanhando a fic. =D

Bom, nos falamos mais lá embaixo.
Boa leitura.

beijo ;*



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    Passava das sete horas da manhã quando Gustavo, finalmente, adormeceu. Poucas horas se passaram quando Douglas abriu a porta do quarto do irmão mais novo sem o menor cuidado.

    - Acorda Gustavo! - disse ele retirando o edredom que cobria o garoto. Que bufou.

    - O que você quer? - se virou com os dentes serrados de raiva, pela forma com que o irmão o acordou.

    - O que aconteceu ontem? Não engoli essa história da Manu.

    - Ué, não confia tanto nela? Então, se contente com o que ela disse. Agora me deixe dormir. - disse colocando o travesseiro sobre a cabeça. Douglas puxou o travesseiro e Gustavo se levantou indignado. - Qual é a tua?

     - Eu que pergunto qual é a tua? Eu confio nela, mas ainda sim acho que ela está me escondendo algo e é por sua culpa.

     - A tá, minha culpa? - riu.

     - Olha aqui moleque, se você magoou ou magoar ela de qualquer forma vai se ver comigo. - disse com o dedo em riste para o irmão. Gustavo continuou rindo. - Vai rindo, tente me desafiar para ver.

     - Veja só, meu irmão mais velho não é tão bom quanto todos pensam. É isso aí, desconte sua frustração em mim.

     - O que você está insinuando seu mimadinho?

     - Você gosta da Manoela. - Douglas ficou mais sério ainda.

     - Não gosto e se gostasse não seria da sua conta. - disse se virando em direção a porta. Gustavo voltou a se deitar, depositando a suas duas mãos sobre a nuca em uma posição de conforto, sorriu vitorioso.

     - Você não consegue mais esconder. Mas eu te digo uma coisa: Não se preocupe, pois eu não seria mais capaz de magoá-la. - Douglas se virou para o irmão mais novo sem conseguir entender o motivo daquela afirmação.

     - Como assim?

     - Não é da sua conta. Só te digo que eu não vou magoá-la em nenhum sentido, não mais.

     - Acho que estou começando a entender... Você está afim dela, é isso? - disse surpreso.

     - E se eu estiver?

     - Fica longe dela, te conheço muito bem e você não leva ninguém a sério. Vi muitas garotas serem chutadas por você. E isso não é uma competição e a Manoela não é um prêmio.

     - A Nicole sabe dessa sua paixão pela Manu?

     - Que paixão? Não te contenta mais em ser apenas mimado e não se importar com ninguém, agora vai inventar histórias para acabar com namoros alheios...

     - Não, não faria isso. Mas você vai se entregar mais cedo ou mais tarde. - deu de ombros. - E realmente essa não é uma competição, mas saiba que eu posso conquistá-la e ao contrário do que você pensa ela é diferente. E o que sinto por ela é algo novo até pra mim. E se eu precisar brigar com você para tê-la, eu o farei.

     - Ela nunca se apaixonaria por um garoto mimado, que só enxerga o próprio umbigo e que não se importa com ninguém. - o mais velho riu. Gustavo trincou os dentes de raiva.

     - Veremos... - Douglas se virava para sair do local. - Se ela quiser ficar com você eu não vou impedir, mas saiba que se ela demonstrar o menor sinal que seja sobre eu ter alguma chance, eu não vou desistir, não fácil. - Douglas virou-se para o irmão.

     - Eu não vou entrar em uma disputa com você, eu ainda gosto da Nicole. Estamos passando por uma fase difícil, namoro por um fio, mas eu não vou entrar numa guerrinha de criança com você. Respeito minha namorada e respeito demais a Manu.

     - Isso não é uma guerra. Eu realmente gosto dela.

     - Sei... - Douglas se virou novamente e foi até a porta. - Você está avisado. - Abriu a porta e saíu.

 

     Assim que saiu do quarto, Douglas pegou seu celular e ligou para seu amigo dos tempos de faculdade, que atualmente, trabalhava com ele na mesma empresa.

     - Alô! - disse Vinícius com uma voz sonolenta.

     - Desculpa por ter te acordado, Vini.

     - Que isso, cara. O que aconteceu?

     - É uma história um pouco longa... - fez uma pausa pensando. - Cara, aonde você vai almoçar?

     - Não sei ainda.

     - Almoça comigo, então cara, que daí te explico o que houve. Pode ser?

     - Pode ser, sim.

     Douglas e Vinicius combinaram o local onde almoçariam e o horário. Após acertar todos os detalhes, Douglas desligou o celular. Estava confuso, atordoada com a "conversa" que tivera com o irmão mais novo. Talvez, Vinícius pudesse lhe ajudar.

     Na hora e no local combinado, os amigos se encontraram.

     - E aí? O que aconteceu?

     - E aí? Cara sei lá. Acho que estou me encantando pela garota que eu salvei.

     - Hum, e ela?

     - Sei lá, acho que ela gosta de mim. Não sei, mas esse não é o maior problema... Tem a Nicole...

     - Termina com ela, é simples. - interrompeu Vinícius. Douglas deu uma risada nervosa.

     - Ah, se fosse fácil assim... Cara, agora o meu irmão disse que está gostando da Manoela. - riu. - Ele só quer entrar em uma espécie de competição comigo, por que, não sei como, ele descobriu que ela está mexendo comigo.

      - Então, termina com a Nicole e fica com a garota. Aproveita! Sério, dois anos com uma única mulher, na boa tava na hora de trocar, experimentar coisas novas. - deu um sorriso malicioso. Vinícius era um mulherengo, alto, forte e bonito. Via as mulheres apenas como um objeto. Antes de conhecer Nicole, Douglas era muito parecido com o amigo, mas depois que começou a namorar, mudou sua forma de pensar. Não concordava mais com o ponto de vista de Vinícius, mas sempre ria das histórias que ele contava sobre suas aventuras com as mulheres.

     Ficaram conversando durante horas. Os conselhos que Vinícius dava para o amigo eram inúteis, porém aquele almoço serviu para Douglas dar boas risadas e esquecer um pouco o "problema".

 

      Enquanto isso...

     Após Douglas se retirar do quarto, Gustavo socou a cama, estava cansado de o irmão achar que ele era um incapaz. Não podia negar que a visão que ele possuía a respeito de ser mimado era verídica, mas ele cada vez mais tinha certeza que sentia algo por Manu e por ela, tentaria mudar. Sabia que no começo não seria uma tarefa fácil, há um mês, se alguém lhe dissesse que ele viria a gostar de Manoela, negaria e riria de quem falasse tal absurdo. Hoje, estava assim, sem saber o que fazer. Só sabia que precisava fazer algo.

      O rapaz levou as suas mãos à cabeça, estava ainda mais confuso. Levantou-se da cama, foi até o seu banheiro, tomou um banho demorado, sentindo seu corpo relaxando por onde a água morna passava. Desligou o chuveiro, escovou os dentes, voltou ao quarto, colocou uma roupa qualquer e saiu do quarto. Naquele instante não sabia ao certo o que faria, mas sabia que precisava pedir desculpas para Manoela. Subiu as escadas, parou em frente a porta do quarto da garota e bateu na porta. Escutou um "entre" e abriu a porta.

     - Gustavo? – disse Manu esfregando as mãos nos olhos, havia acabado de acordar.

     - Te acordei? – disse envergonhado.

     - Não, eu já havia acordado... – silêncio. – Então, o que aconteceu?

     - Nada. – a garota arqueou as sobrancelhas. – Ah, eu vim lhe pedir desculpas pela forma como eu te tratei... Sabe, no quarto. – ela assentiu.

     - Não, tudo bem. Sem problemas. – disse ela sentando na cama. – Já estou acostumada com o seu jeito "delicado" de ser. – completou irônica. Ele baixou a cabeça. Era um idiota, sempre a tratara mal, sabia disso.

     - Olha, desculpa de verdade. – disse sincero. – Eu realmente não queria magoá-la.

     - A garota olhou nos olhos do garoto, e não havia ironia e nem arrogância ali, muito pelo contrário, talvez pela primeira vez ele estivesse sendo sincero com ela. O olhando assim, conseguiu encontrar um elo entre o garoto a sua frente e o garoto que havia cuidado dela na noite anterior.

     - Eu te desculpo, mas... – hesitou um momento, mordeu o lábio inferior em apreensão.

     - Mas? – Gustavo a incentivou.

     - Eu quero que você me conte o que aconteceu realmente ontem. – O rapaz estava com receio de que essa hora chegasse, não sabia como contar, mas não queria mais mentir e nem ser grosso com ela. Levou as mãos aos cabelos, bagunçando-os. Olhou para Manoela e ela estava apenas esperando a resposta dele e então ele assentiu. Então, em um convite mudo, a garota indicou a cama para que ele se sentasse e ele obedeceu.

     Gustavo contou o que havia ocorrido, Manoela se espantou, não imaginava que Rodrigo havia sedado-a e que se não fosse por Gustavo, talvez, tivesse sido violentada novamente. Olhou para o garoto e ele estava de cabeça baixa, nunca antes havia o visto daquela forma, tão constrangido por algo. Por impulso levou sua mão direita até o rosto do rapaz fazendo um carinho, ele a olhou assustado.

    - Obrigada, muito obrigada.

    Ele olhou nos olhos dela, um aproximação perigosa para alguém que acaba de descobrir que nutri sentimentos pela pessoa a sua frente.

    - Por que você respondeu para o Douglas ontem, aquilo de ter bebido e passado mal?

    - Ah, eu não queria mais confusão. - deu de ombros. - E aquilo era uma parte do pouco que eu lembrava que tinha ocorrido na festa. - Eles ainda se olhavam, Gustavo quebrou o contato visual, baixando a cabeça. - Posso fazer uma coisa? - o garoto levantou a mirada a olhando confuso, mas acabou assentindo. Manoela então o abraçou novamente e desta vez o rapaz correspondeu o abraço. Se coração batia acelerado, sentiu mais uma vez aquela fragrância tão agradável que exalava de Manoela. Fechou os olhos e permitiu apenas ficar assim, abraçado a ela.

    - Eu preciso ir... - sussurrou ele no ouvido da garota. Ela então, soltou-o do abraço e ele se levantou e encaminhava-se a porta quando se recordou de algo. - O orfanato... Eu aceito ir até lá. - A garota sorriu e assentiu.

    - Quando você quiser ir, só me avisa o horário e a data que eu ligo pra lá informando sobre a nossa visita. - o garoto assentiu e saiu do quarto.

    "Ele está diferente, por quê?" indagou-se Manu confusa, porém feliz com esse início de mudança do rapaz.

   

 

 

Continua...

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Aiin =S
Bom gente, eu previa esse atrito dos dois mais pra frente na fic, porém ontem me surgiu o capítulo, justamente quando faltou luz aqui em casa. hihi (inspiração surgindo dos momentos difícieis =S haha)

Muito obrigada pelos reviews, de verdade mesmo. Fico tão feliz lends.

Muito obrigada pelo carinho, e acho que o próximo post só sábado.
beijo ;*
Naathy