Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 20
19. Atitudes podem confundir.


Notas iniciais do capítulo

Oi! =D

Leitoras queridas, (sim me achei a escritora agora, hihi)
estou me atrasando em responder os reviews, mas continuarei respondendo a todos a medida que eu for conseguindo.
Mas estou lendo e adorando o carinho de vocês.

Ah, quero dar as boas vindas a mais uma nova leitora: Jullylimaable, espero que continue gostando da fic e obrigada pelo carinho. =)

Um capítulo pra fechar a noite da festa.
Boa leitura,
beijo ;*



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             Manoela havia acordado poucos minutos antes de Gustavo entrar no quarto, ao perceber que alguém se aproximava, fechou novamente os olhos e permaneceu fingindo que dormia. Nesse instante, a garota estava confusa com o gesto dele. Como um rapaz que sempre a tratara mal e parecia tão indiferente em relação a ela, tivera a delicadeza de acariciar-lhe o rosto tão suavemente.

                Manu não se recordava do que acontecera com ela, e nem ao certo, onde se encontrava. O que a confundia mais. Estava com uma forte dor de cabeça. Olhou para os lados, não conseguiu enxergar direito o local onde se encontrava, mas, mesmo não sabendo por que, estava feliz em estar ali.

                Alguns minutos depois a porta do quarto se abriu e por ela entrou uma bela garota negra.      

                - Que bom que você acordou Manu! - disse a garota sorridente. Manoela olhou mais atentamente para ela e a reconheceu: era Alexandra, amiga de Giovana. Sorriu de volta para ela. - Faz tempo que você acordou?

                - Não muito.

                - Certo... - fez uma pausa pensando. - Você está bem?

                - Sim, só estou com um pouco de dor de cabeça. - respondeu levando a mão ao local.

                Alexandra encaminhou-se até o criado mudo, que se localizava ao lado da cama, abriu a gaveta e retirou uma cartela com comprimidos, retirou um e entregou a Manoela.

                - Vou buscar uma água para você poder tomar o remédio. - Manu assentiu e simpática garota se retirou.

                Ao chegar à cozinha, Alexandra anunciou a Felipe e Gustavo que Manoela havia acordado.

                - E agora o que fazemos? - perguntou Gustavo um pouco apreensivo.

                - Vamos levar vocês até a casa do Rodrigo, buscamos a Giovana, você pega o seu carro e retorna pra casa, simples. - respondeu Felipe, Gustavo assentiu.

                Alexandra pegou um copo com água, retornou ao quarto, Manoela tomou o remédio. Elas conversaram por alguns minutos, quando Manu já estava melhor da dor de cabeça, Alexandra pediu para que ela se arrumasse, pois iriam buscar Giovana e ela voltaria para casa. Manoela acatou o pedido, mas antes indagou o motivo de estar ali, Alexandra disse que depois explicaria. Manu assentiu.          

                Cerca de vinte minutos depois, os quatro já se encontravam dentro do carro indo em direção ao local onde ainda ocorria a festa. Gustavo e Manoela ocupavam o banco traseiro do carro, o rapaz mal dirigia o olhar à garota, um pouco por vergonha e outro por não saber o que responder para a garota, que certamente lhe perguntaria o que havia ocorrido. Manoela por momentos se flagrou olhando para o rapaz, estava confusa com a atitude que ele havia tido há minutos atrás, quando achava que ela ainda dormia.

                Ao chegarem ao local, Giovana já os aguardava na entrada, mas não se encontrava sozinha. Douglas estava ali com ela, e parecia nervoso.

                - Finalmente, vocês chegaram. - disse Giovana, enquanto os ocupantes do carro desciam do mesmo. Douglas direcionou seu olhar diretamente para o irmão mais novo.

                - O que aconteceu? Por que vocês saíram da festa? - Gustavo apenas olhou para o lado irritado, Manu olhou para Gustavo e então voltou sua atenção para Douglas.

                - Eu bebi, não estou acostumada a beber, então passei mal. Daí, eles me ajudaram. - disse Manoela dando de ombros. - Desculpa ter te preocupado. - disse ela olhando nos olhos de Douglas, envergonhada. Douglas foi até ela e a abraçou. Gustavo se virou e viu aquela cena, sentiu ciúmes. Sim, agora sabia que aquela mistura de raiva e inveja era ciúmes. Olhou para Felipe, o amigo apenas deu de ombros, não tinha o que dizer. Mas algo os intrigou: Por qual motivo Manoela havia mentido? Ela provavelmente, não se lembrava de tudo que havia acontecido na noite anterior, mas respondeu a pergunta de Douglas, sendo que era uma pergunta direcionada a Gustavo.

                Giovana, que até então, apenas observava, notou a reação de Gustavo quando Douglas abraçou Manoela, não tinha mais dúvidas o irmão gêmeo estava sentindo algo pela garota, assim como o irmão mais velho também.

                Todos, com exceção de Gustavo que havia usado a desculpa de buscar po carro para sair dali, ficaram conversando por alguns minutos, quando Gu retornou todos se encaminharam para os devidos automóveis e rumaram seus destinos.

                Gustavo voltou sozinho em seu carro, já que Giovana e Manoela foram com o irmão mais velho. Eles chegaram a casa, Gustavo estacionou o seu carro na garagem e sem dirigir a palavra a ninguém subiu até seu quarto, tomou um banho e foi dormir missão essa que se tornou difícil, pelo turbilhão de pensamentos. A atitude de Gustavo fora seguida algum tempo depois pelos ocupantes do outro veículo, porém estes conversaram por alguns minutos antes de se encaminharem para seus respectivos quartos.

                Manoela, assim como Gustavo não conseguia dormir, sentia necessidade de agradecê-lo, mesmo sem saber o real motivo, sabia que precisava agradecer a ele por algo que ocorreu aquela noite. E assim o fez. Levantou-se, calçou-se e saiu do quarto, fazendo o maior silêncio possível. Desceu as escadas em direção ao segundo andar. Parou em frente à porta de Gustavo, hesitou por um momento, não sabia se batia na porta ou se entrava sem bater, sua educação mandava bater, mas uma voz dizia para não fazê-lo. Resolveu entrar sem bater. Levou a mão à maçaneta e notou que a porta não estava trancada. A abriu. Gustavo ao notar que a porta estava sendo aberta, virou-se em direção a ela. Para sua surpresa deparou-se com Manoela.

                - Posso entrar. - Gustavo olhou para ela e sem saber o que fazer respondeu:

                - Já entrou. - com a resposta tão fria do rapaz, acabou por se arrepender de ter ido até lá, mas agora já estava ali e não voltaria atrás. Ela entrou, e encostou a porta novamente. Gustavo sentou na cama, se repreendeu mentalmente por tê-la tratado daquela forma, mas não sabia como agir. Sabia que ela gostava de Douglas e notara que ele também sentia algo por ela. - E então o que você venho fazer no meu quarto a essa hora, garota. - "idiota" se chingou mentalmente.

                - Er... Eu vim te agradecer.

                - Me agradecer?

                - É não me lembro o que aconteceu, mas sei que você me ajudou, não sei como, mas eu sei que me ajudou. - o garoto estava ainda mais surpreso com aquela atitude dela. Levantou-se e caminhou até ela.

                - E do que você se lembra?

                - De ter bebido e de repente do Rodrigo me dizer que a Gi estava me procurando e de ir com ele em busca dela. Não me lembro de muita coisa depois disso. - respondeu ela confusa, baixando a cabeça.

                - Hum... Então não tem do que você me agradecer, não é? - disse ele arqueando uma sobrancelha. Ela levantou a cabeça novamente, e então seus olhos se encontraram, o rapaz virou a cabeça, sabia que se continuasse a encará-la, acabaria entregando o que sentia por ela, mesmo começando a entender o que era, tinha medo da reação que ela teria. Ele se virou de costas para ela. - Bom você já fez o que achava que tinha que fazer, então pode sair daqui. - Manoela ficou chateada com a forma que ele estava a tratando, lembrou-se da forma como ele acariciou o seu rosto, não parecia ser a mesma pessoa. Já estava magoada, mas precisava demonstrar que realmente estava agradecida, caminhou e parou em frente ao garoto, percebeu que ele estava de olhos fechados e sem pensar muito, abraçou-o. O rapaz abriu os olhos ainda mais surpreso com o gesto dela. Sentiu o odor agradável que emanava dos cabelos dela, não sabia identificar a que lembrava aquele cheiro, só sabia que era muito gostoso e único.

                - Obrigada de verdade. - aquela frase, aquele tom de voz misturado com aquela fragrância, estava o deixando sem chão. Seu coração estava acelerado e antes que fizesse alguma "besteira", como ele julgava se soltou do abraço.

                - De nada, mas olha você não tem o que agradecer, se eu fiz alguma coisa, não foi por ti e sim por mim mesmo. - a garota baixou a cabeça e isso cortou o coração de Gustavo "Seu idiota, pare de falar assim com ela!" - Olha, desculpa tá? Na real, eu queria dizer que você não precisa me agradecer ok? - ela o olhou com os olhos tristes, mas assentiu saindo dali.

                - Boa noite! - disse ela antes de fechar a porta.

                Ela não o entendia assim como ele mesmo não se entendia.

                E aquela longa noite havia finalmente tido um fim, mas deixado muitas lembranças e descobertas. Gustavo e Manoela não conseguiram dormir direito, estavam muito confusos, em relação àquela noite...

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Muito obrigada pelos reviews de vcs.
Continuem deixands. Por favor.

Muito obrigada pelo carinho.
Fico feliz de verdade lendo os reviews de vocês e me motiva a escrever e continuar a fic.

beijo ;*
Naathy