Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 18
17. Uma festa e algumas emoções.


Notas iniciais do capítulo

Oi =)
Bom, prometi pra domingo, mas o Nyah! dando erros e tal, então vou postar hoje.
Adianto que falta uma parte no final, que vou deixar pra colocar em um próximo capítulo.

Gurias, eu estou com tanta coisa pra ler. Faculdade é tenso. kspokaskapokspoka Mas estou gostando! =)

E queria dar as boas vindas oficiais para mais duas leitoras: myndy e dors. =) Espero que continuem gostando da fic.

Beijo;*



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    O sábado chegou e com ele a preparação para a aguardada festa na casa de Rodrigo. Talvez para as garotas que ali se arrumavam Manoela, Giovana e Juliana, não fosse tanto pela festa, e sim para saber qual seria a reação quando vissem a ruiva lá. Manoela queria quebrar esse preconceito que aquele grupo tinha para com Juliana e seus amigos.

    Talvez mostrando que ela era uma garota normal e demonstrando o quanto uma garota um pouco fora dos padrões, poderia ter tanto a acrescentar a pessoas ignorantes como eles, mas hoje ela não mostraria esse lado e sim o quanto uma garota comum, pode ser tão bonita quanto qualquer outra.

    Gi e Manu, concentraram-se em arrumar Juliana, queriam mostrar um outro lado daquela menina que sempre fora tão humilhada por todos aqueles convidados da festa.

    - Ai, sério! Não precisa fazer tudo isso. – disse contrariada, enquanto Giovana fazia a sua maquiagem.

    - Claro que precisa. – respondeu, parando e analisando se a sombra estava igual em cada um dos olhos da ruiva. – Você está ficando tão bonita! – concluiu sorrindo e piscando um olho para ela, esta corou.

    Manoela terminava de arrumar o cabelo da garota.      

    - Como eu fui deixar você me convencer de ir nessa festa, hein? – disso Juliana cruzando os braços, Manu apenas riu e terminou o que estava fazendo.

      A escolha pelo local em que se arrumariam fora de Giovana, pois ela conhecia muito bem seu irmão e sabia que a probabilidade de Gustavo estar em casa era praticamente nula. E também pela maior variedade de opções de roupa. Pelo que Manoela falava, sabia que se fossem até a casa da ruiva se arrumar teriam de levar, praticamente, tudo.

    Entre reclamações e caretas de Juliana, e entre risadas de Giovana e Manoela, finalmente estavam prontas. As "irmãs" estavam ainda mais lindas. Enquanto a ruiva estava irreconhecível. Estava sem os óculos, a qual acabou trocando por lentes de contatos, a roupa que usava estava valorizando-a, muito diferente das que ela costumava usar.

     - Nem doeu! – disse Giovana enquanto virava a cadeira em que a ruiva estava em direção a parede espelhada. Juliana se surpreendeu com a imagem refletida no espelho, estavam muito diferente, realmente as garotas haviam feito um belo trabalho com ela. – De nada, querida. – Giovana sorriu a ruiva ainda se olhava no espelho não acreditando que aquela garota tão bonita era ela. As irmãs se entreolharam e sorriram satisfeitas. Tinham conquistado o primeiro objetivo da noite.

     - Obrigada, garotas! – As três se abraçaram felizes

    O caminho até a casa de Rodrigo fora muito animado, Clara emprestara o carro para Giovana. E quando entregou a chave do automóvel para a filha disse para ela ter juízo, não beber, não correr, discurso que todas as mães fazem quando seus filhos saem, e por fim desejou-as boa festa e que se divertissem com responsabilidade. As três garotas assentiram e agradeceram.

     Manoela nunca havia ido a uma festa, e acreditava que Juliana também não. De certa forma, estava nervosa, não sabia o que acontecia em festas, ainda mais em festas desse tipo. Ao chegarem à esquina da rua da casa onde ocorria a festa, já conseguiam escutar a música alta que ecoava da festa.

 

(Rude boy – Rihanna http://www.youtube.com/watch?v=e82VE8UtW8A)            

 

     A rua estava lotada de carros, em sua maioria carros importados, anunciando o tipo de pessoas que se encontravam naquela festa. Juliana olhou apreensiva para Manoela, esta sorriu encorajando a menina.

    - Relaxem garotas! - Brincou Giovana, percebendo a apreensão da ruiva. –Afinal vocês estão comigo. – disse piscando para as garotas. Todas riram da brincadeira. Giovana então estacionou o carro e todas se encaminharam para a entrada da casa.

    A residência era muito bonita e sua entrada estava muito bem iluminada. Logo no portão havia dois seguranças com uma lista. Elas disseram seus nomes, exceto Juliana, que não tinha nome na lista, apenas constava como acompanhante de Manoela. O acesso a casa fora liberado para elas. Ambas passaram pelo imenso portão, em seguida avistando um enorme pátio com uma casa belíssima aos fundos, assemelhava-se muito com a casa da família Ferreira. Muitos convidados estavam do lado de fora da casa, alguns dançavam freneticamente, enquanto outros conversavam. Casais já haviam se formado, estes se beijavam, talvez por estarem alterados pela bebida, trocavam beijos ousados assim como carícias nada inocentes. Manoela observava a tudo, assim como Juliana. Já Giovana apenas ignorava aquelas cenas.

      - Vocês não viram nada, ainda! – disse Giovana dando de ombros e subindo as escadas em direção a porta de entrada, que se encontrava aberta. As amigas apenas se entreolharam, enquanto seguiam Giovana.

     Logo na porta se encontrava Rodrigo conversando com mais dois rapazes, em uma de suas mãos estava uma garrafa de vodca.

     - Ora, ora... Minha ex-priminha, a sua nova irmãzinha gata e... – olhou para Juliana. – Opa, você não me é estranha. Da onde nos conhecemos, gatinha ruiva?

    Juliana sorriu, exibindo seu aparelho. Estava gargalhando internamente pelo elogio que recebera.  Aproximou-se do rapaz, ele sorriu maliciosamente, enquanto ela sussurrou ao seu ouvido.

     - Acho que você se rendeu para uma “nerd”, otário. – Ele desmanchou o sorriso na mesma hora, olhando incrédulo para a ruiva. Esta apenas sorriu vitoriosa.

     Manoela e Giovana sorriram.

    - Você é aquela líder dos nerds? – ela assentiu ainda sorrindo. – Como você conseguiu entrar aqui? – e antes que ela conseguisse responder, o garoto olhou para Manu. – Foi você não foi? – Manoela assentiu. Ele negou algo com a cabeça, não falaria nada, mas aquela orfãzinha iria pagar, por lhe afrontar. Abriu espaço para que as três entrassem na casa, lançou a elas um sorriso amarelo. Os seus amigos que estavam ali estavam tão bêbados que nem perceberam o que ocorrera ali.

     Elas se dirigiram ao interior da casa, que estava lotada. A maioria das pessoas dançavam ao som da música. Enquanto outros bebiam perto de um bar improvisado e conversavam.

     - GIOVANA! – gritou uma garota negra, muito bonita, que estava na companhia de um loiro de olhos claros.

     - Alexandra! – Giovana foi em direção da garota e se abraçaram fortemente.

      As duas garotas ficaram apenas observando a cena.

     - Aquele loiro, é amigo do Gustavo e do Rodrigo. – comentou Juliana.

     - Hum, qual é o nome dele?

     - Felipe... – fez uma pausa. – Ele era um dos menos idiotas, sabe? – Manu assentiu. – Não tenho nada contra ele. – a morena de olhos verdes sorriu.

     Giovana e Alexandra eram amigas a cerca de dois anos, e faziam alguns meses que não se viam, ficaram conversando por um bom tempo. Manoela resolveu dar uma volta juntamente com Juliana. Avisou Giovana e após começou a andar pela casa. Sua decoração era de muito bom gosto e internamente a casa era ainda mais bonita.

    Após algum tempo caminhando, as amigas pararam um pouco para dançar. Conversaram com alguns convidados, a maioria já estava com altos níveis de etanol no sangue. Juliana começou a beber, exemplo seguido por Manoela. As duas estavam se divertindo, apesar de não conhecerem quase ninguém ali.

     - Manoela, finalmente te encontrei...

     - Estava me procurando, por que? Eu não estava perdida. – disse a garota rindo. Estava visivelmente alterada por conta da bebida que havia ingerido. Rodrigo riu. “Será mais fácil do que eu imaginava.”

     - Onde está a sua amiga?

    - Ué! – disse olhando para os lados. – Ela estava aqui agorinha mesmo. – disse confusa. Rodrigo olhou para os lados até que avistou a ruiva conversando com um rapaz alto, moreno.

     - Acho que ela achou companhia, princesa. – disse indicando a direção onde ela se encontrava. Manoela olhou, e viu a amiga. Realmente ela estava acompanhada e parecia feliz. Olhou para Rodrigo e assentiu confusa. Estava se sentindo um pouco tonta.

    - Você ainda não disse o motivo por qual me procurava... – disse com uma voz um pouco enrolada.

    - Ah, sim! A Giovana está te procurando.

    - Hum... – olhou para os lados novamente tentando avistá-la. – E cadê ela? – disse ainda tentando localizá-la.

    - Ela está lá fora. – fez uma pausa colocando seu melhor sorriso no rosto. – Inclusive ela me disse que caso eu a achasse era para levar você até ela.

    - Tá, eu só vou pegar algo para beber, pois estou morrendo de sede e daí você me leva até ela, ok? – disse a garota já se virando em direção ao bar. Mas fora empedida de ir até lá pelo rapaz, que segurou o seu braço.

    - Espera! – a garota se virou, ele lhe mostrou um copo com um líquido dentro, que até então, passara despercebido por ela. – Pode beber, depois eu pego outro para mim. – disse sorrindo, dando de ombros. Manoela olhou para o copo mais uma vez, estava com muita sede. Olhou de novo em direção ao bar, estava tão cheio.

    - Está bem. – disse a garota sorrindo. O rapaz lhe alcançou o copo, o qual ela aceitou e bebeu seu conteúdo rapidamente. A bebida possuía um gosto adocicado, muito agradável ao paladar da garota. Rodrigo continuava sorrindo. Alguns segundos depois Manoela se sentia estranha. O garoto a encaminhou até a rua, por uma porta que se localizava aos fundos da casa. – O que ela está fazendo aqui atrás?

    - Ela estava se sentindo muito triste... – Manoela olhou surpresa. A sensação estranha voltou novamente.

     - Eu não estou me sentindo muito bem...

     - Calma, daqui a pouco você melhora, gata.      

Eles foram até uma parte muito escura dos fundos da casa. Manoela agora estava desconfiada, pois a medida que se afastavam mais da casa, menos pessoas avistava.

    - Tem certeza de que ela está por aqui? – perguntou a garota se virando na direção do rapaz. Ele sorriu maliciosamente, assentindo. Um calafrio percorreu a espinha de Manu. Ela esboçou um sorriso, voltou a olhar para frente, a sensação estranha voltou e dessa vez estava mais intensa. – Eu... – e antes de terminar, ficou inconsciente.

    Gustavo conversava com alguns amigos, ao seu lado estava Vanessa.

   - Gu, vamos pra um lugar mais reservado. – sussurrou ao ouvido do garoto. Ele olhou para ela, a loira mordeu levemente o lábio inferior, ele sorriu maliciosamente e assentiu.

    - Então tá, nos falamos caras.

    - Falou, Gustavo! – responderam os garotos.

    Gustavo abraçou Vanessa por trás, mordendo o pescoço da garota, ao mesmo tempo em que caminhava em direção aos fundos da casa, local esse que sabia que era mais “reservado” e poucas eram as pessoas que tinham acesso.

    - Calma gato! – falou Vanessa assim que sentiu as mãos do rapaz adentrando sua blusa. Gustavo levantou a cabeça e a olhou com uma expressão de triste. – Espera só um pouquinho, benzinho. –Gustavo odiava os apelidos melosos que Vanessa o colocava.

    Assim que passaram pela porta que dava acesso ao local de destino, Gustavo ouviu vozes, não reconheceu de início.

    - Gu... – Gustavo levou um dedo a boca da loira, em sinal de que queria que ela se calasse. Prestou atenção na voz, e acabou distinguindo como sendo a de Manoela, e a voz masculina tinha uma desconfiança que fosse de Rodrigo. – O que...

    - Fique quieta! – disse ríspido. A garota se calou, cruzando os braços. – Já volto!

    - Aonde você vai? – Gustavo já havia saído e encaminhava-se em direção das vozes. – GUSTAVO... – gritou a loira, mas já era tarde.

    Gustavo se aproximou lentamente e viu Rodrigo beijando o pescoço de Manoela, enquanto a prensava na parede. As suas mãos passeavam pelo corpo da garota, Gustavo observou aquela cena e sentiu, uma espécie de raiva, talvez até inveja. Chegou mais próximo e notou que Manoela,  não se mexia. Estranhou. Então se aproximou mais e notou quea garota estava desacordada.

    - Ora, ora. Se divertindo com a orfãzinha! – Rodrigo parou o que estava fazendo e olhou para trás. Vendo que se tratava de Gustavo sorriu de canto.

     - Você não se importa de eu estar com ela, não é?

    - Não! – mentiu o rapaz dos olhos azuis. – Mas sabe... Ter de dar boa noite cinderela para conseguir alguém é um golpe muito baixo, não acha? – disse cruzando os braços.

    - E desde quando você se importa com os meus meios? – disse dando de ombros e voltando a acariciar a garota de olhos verdes. Gustavo crispou os olhos e serrou os dentes. Sabia o que Rodrigo fazia de vez em quando, nunca se importou na verdade com isso. Mas o fato de ser com Manoela, o estava enfurecendo. – Talvez eu deixe você brincar um pouquinho coma orfãzinha, afinal, eu sei que por mais que você negue, se sente atraído por ela. Afinal ela é bem gostosinha, e ainda morando na mesma casa que ela. Huum, só de imaginar isso já me deixa mais excitado. Gustavo não pensou, apenas socou o “amigo” com toda a sua força. Assim que o rapaz fora atingido pelo golpe, soltou a garota e, tanto vítima, quanto agressor, foram ao chão. Gustavo estava cego pelo ódio e repulsa, foi para cima de Rodrigo e distribuía inúmeros socos por sua face e abdômen.

    Felipe que passava pelo local naquele exato momento, viu a briga e sem pensar muito correu até o local para separá-la. Alexandra que estava junto ao namorado, notara a garota caída próxima aos dois rapazes que estavam entre socos. Ela correu até a garota desacordada, lhe prestando ajuda.

    Felipe com muito custo conseguira separar os dois amigos. Gustavo apresentava apenas um pequeno corte próximo à boca, enquanto Rodrigo estava bastante ferido. Seu olho esquerdo estava roxo, e seu rosto sangrava muito.

    - E nunca mais se aproxime dela, ouviu? – Disse Gustavo sendo segurado por seu melhor amigo.

    - Deu, cara. Chega. Seja lá o que o Rodrigo fez, ele já está bem machucado e acho que entendeu bem o recado, brother. – Felipe falou tentando acalmar o amigo. Gustavo olhou para o lado em busca de Manu e a viu junto com Alexandra. A garota ainda estava inconsciente. O loiro olhou na direção em que Gustavo olhava e notara Manoela desacordada, sendo acudida por sua namorada.

     - Vamos para a minha casa, ela está inconsciente. Vou cuidar dela. – disse Alexandra olhando para os rapazes. Felipe olhou de Manoela para o amigo e constatou que fora por ela que o garoto havia brigado com Rodrigo. Os garotos levaram Manu até o carro de Felipe. Felipe fora dirigindo com Gustavo ao seu lado, enquanto Alexandra cuidava da garota no banco traseiro do automóvel.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Muito obrigada pelos reviews.
sério eles é que me motivam a continuar escrevendo, mesmo com essa correria que já tá aquela UFRGS.

beijo ;*
Naathy