4 Dias para o Amor escrita por Juuh_Hale, Lana


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Eu sabia que me arrependeria disso depois. Eu tinha certeza que sim. Mas agora, depois de tanto pensar, e depois de tudo que eu vira, eu tinha que fazer isso. Eu ligara para Sam na ultima noite. Eu iria acabar com minha carreira por causa do meu estúpido amor recém descoberto.

Logo eu, que era a sem coração, sem sentimentos, coração de gelo e tantos outros apelidos desse tipo. Logo eu me apaixonar. E logo por Emmett.

Eu estava deslumbrante. O vestido branco ficava lindo em mim, meus cabelos loiros caiam por minhas costas, o enfeite de flor que eu usava dando charme a ele. A corrente que vovó me entregara na ultima noite estava em meu pescoço, e para mim, parecia pesar uma tonelada. A tonelada de mentiras que estava contado, as pessoas que iria magoar, os sentimentos que nasceram nos últimos dias, o coração que eu descobrira possuir... Tudo parecia pesar naquele pequeno pingente agora, me puxando para baixo, para o fundo.

Eu estava na entrada do celeiro, e a marcha começou a tocar. Essa era a minha deixa. Com passos lentos, eu comecei a caminhei pelo longo tapete vermelho que haviam colocado lá. O buque de orquídeas brancas pendia em meu braço. Vovó me encontrou logo no inicio e estendeu o braço para mim. Eu dei um sorriso para ela e me virei para olhar os convidados enquanto continuávamos. Isso era tanto do que eu queria. Alguém para amar, alguém para me amar também. Alguém para ter com quem dividir momentos importantes, para poder brigar, e as brigas terminarem com beijos e promessas de amor. Afinal, eu também era uma garotinha. Lá no fundo, soterrada por tudo que já havia acontecido comigo, soterrada por tudo que eu tivera de ser para sobreviver, eu era apenas uma garotinha que precisava de alguém para cuidar de mim. Precisava de alguém para me proteger.

 Meu sorriso desapareceu quando vi a figura de Sam. O pai de Emmett me encarava com uma expressão estranha. Ele nunca aprovara o casamento, aquela falsa felicidade que ele aparentava na frente de Esme não me enganava. Provavelmente ficaria contente com o fim.

Assim que chegamos ao altar, vovó me deu um beijo, desejou-me boa sorte, e me entregou a Emmett. Ele estava tenso, nem de longe tanto quanto eu, e com a naturalidade que só ele tinha, esboçou um sorriso. O padre era Jasper, e usava uma gravata de cowboy, o que não me deixou inteiramente surpresa. Haveria alguma coisa que Jasper não fazia naquela cidade?

- Olá Jasper. – eu sussurrei com um sorriso pequeno. Ele sorriu.

- Olá, Rosalie querida. – depois, endireitou o corpo e começou a falar. – Estamos aqui reunidos hoje para celebrar o matrimonio de Rosalie e Emmett, perante seus amigos e familiares. Os que lhes ensinaram a amar, respeitar e cuidar um do outro. Por isso, é justo que a família e os amigos estejam presentes hoje para partilhar dessa emoção. Um amor, belo como esse, deve ser sempre celebrado, e é com imensa alegria que realizamos esse casamento hoje. Rosalie e Emmett, depois de toda a jornada que viveram, merecem toda a feli...

Eu levantei minha mão, como se pedisse a palavra. Jasper me encarava confuso. Emmett também, quando percebeu o que eu fazia.

- Rosalie, tem alguma duvida? – Jasper perguntou.

- Hãn, não... Eu não tenho nenhuma dúvida, eu só tenho uma coisa pra dizer. – eu falei.

- Rosalie. – Emmett chamou em um tom preocupado e reprovador ao mesmo tempo. Teria ele percebido o que eu ia fazer?

- Não pode esperar ate o final da cerimônia, mi amor? – Jasper quis saber.

- Não, desculpe. – eu sussurrei, e senti que meus olhos estavam marejados. Eu me virei para os convidados e ouvi Emmett dar um suspiro cansado ao meu lado. – Oi pessoal. – eu comecei, e fiz força para conseguir fazer o resto do discurso. Porque eu não queria fazê-lo. Eu queria só calar a minha boca e me casar com Emmett. E poder ficar com ele até o tempo daquele casamento falso acabar. Mas eu não ia estragar a vida dele só pra concertar a minha. – Eu tenho uma confissão para fazer sobre o casamento. – os convidados sorriram, provavelmente esperando que eu fosse falar palavras bonitas sobre Emmett e esse tipo de coisa. – Eu sou canadense. E meu visto esta vencido. E, quando eu descobri que iria ser deportada desse país, eu arranjei um jeito de ficar. Esse jeito foi forçar o Emmett a se casar comigo. – os convidados fizeram ‘oh’, e eu ouvi Emmett repetir o meu nome, como se me mandasse calar a boca e deixar a cerimônia voltar. – O Emmett sempre foi um cara ético no trabalho. – eu finalmente olhei para família dele, sentados todos juntos, e a expressão de Esme estava arrasada. Eu fixei o olhar em Carlisle. – Acho que ele aprendeu isso com você. Durante os últimos anos eu tenho visto Emmett trabalhar naquela empresa, mais do que qualquer um. E eu tinha certeza que se eu ameaçasse acabar com a carreira dele, ele faria qualquer coisa que eu mandasse. Por isso, eu o chantageei a vir aqui, e mentir para todos vocês. – minha visão se embaçou quando as lagrimas aumentaram, e eu pisquei furiosamente para reprimi-las. Sam estava com um sorrisinho estúpido no rosto, e me olhava com aquela expressão maldita de ‘eu ganhei’.  – Eu achei que ficaria confortável assistindo ele enganar todos vocês, mas não fiquei. Não é fácil acabar com a vida das pessoas quando se descobre o quanto elas são maravilhosas. – eu funguei, e vi as lagrimas caindo pelo rosto de Esme. Carlisle apertou sua mão, e abraçou-a com um dos braços. Vovó parecia perplexa e perturbada. Decepcionada. – Vocês têm uma família tão linda. Não deixem que isso morra. A culpa foi toda minha. – me virei para Emmett, que me encarava surpreso. Perplexo. – Emmett, você fez sua parte no nosso acordo. E agora ele acabou. – eu me voltei para a saída novamente, e comecei a sair do altar. – Desculpe. – eu sussurrei quando passei pela família de Emmett.

Eu caminhei rapidamente pelo celeiro, enquanto os convidados sussurravam alto sobre a cena que eu havia feito. É claro que eu poderia simplesmente ter acabado com tudo de outro jeito, mas talvez eu fosse meio dramática.

- Você vai me dar carona ate o aeroporto, então me encontre no píer. – eu disse a Sam quando passei por ele.

Não olhei para trás enquanto concluía o caminho. Larguei o buque no chão. Não queria ver a expressão de satisfação de Sam, a decepção de Esme, o alivio de Carlisle. Não queria ver a expressão de Emmett. Não conseguira identificar a dele, por trás da surpresa. Ele teria ficado aliviado? Feliz, já que agora poderia tentar com Alice novamente? Balancei a cabeça enquanto subia para o quarto. Minhas malas já estavam arrumadas, e já estavam no píer. Eu me encarregara de tudo. Estando somente fora à roupa que eu usaria agora. Vesti minha calça, meu suéter vermelho, calcei as botas. Deixei o vestido em cima da cama, junto com o colar que vovó me dera. Decidi escrever um bilhete para Emmett.

“Você estava totalmente certo, esses desenhos estavam ótimos. Aliás, todos que você já me entregou estavam ótimos. Mas eu sabia que não podia entregá-los, afinal, se o fizesse perderia você como assistente. E eu não queria isso. Fique tranquilo, vou fazer com que Jared e Paul vejam do que você é capaz e usem você. Você é uma ótima pessoa, e merece uma vida extraordinária, Emmett. Te desejo tudo de bom.

                                                 Rosalie.”

Deixei o bilhete junto com os últimos desenhos que ele havia me entregado ao lado do vestido. Com um longo suspiro, peguei minha bolsa e desci as escadas. Sam já estava me esperando na lancha.

- E agora? – eu perguntei a ele quando a lancha partiu.

- Agora que você esta indo por conta própria, tudo fica muito fácil. Assim que chegarmos à Nova Iorque você tem vinte e quatro horas para pegar um vôo para o Canadá.

- Tudo bem. – eu disse, colocando meus óculos de sol e virando o rosto para o outro lado.

- Eu sabia que iria te pegar, Rosalie... Eu disse que iria descobrir se estivesse fingindo... Você podia ter se entregado me Nova Iorque, isso teria poupado algum trabalho. Mas, como eu disse, sou muito bom nisso, Rosalie. Sempre pego um mentiroso, sou muito bom... – Sam disse com a voz presunçosa. Deveria estar com um sorriso estúpido novamente.

- Cale a boca, Sam. – eu disse sem nem sequer olhá-lo. Ele deveria ter ficado irritado, mas não falou novamente. Nem eu.

Chegamos ao aeroporto, fizemos todo o necessário e fomos para o avião. Eu olhei pela janela a paisagem que havia me deixado irritada e deslumbrada nos últimos dias. As memórias dos últimos dias vieram a minha mente, tudo o que eu passara com Emmett. A despedida de solteira, a vovó me dando o colar, a queda no mar... A proposta de passar o natal juntos, a família que eu poderia ter... Mas eu a havia perdido, antes mesmo de ter feito parte dela.

Com um longo suspiro, fechei os olhos, esperando que aquilo tudo fosse um pesadelo, que aquele sentimentalismo imbecil e aquele coração mole fossem embora quando eu os abrisse novamente. Mas quando eu os abri, ainda estava tudo ali.

E, provavelmente, ocupando mais espaço do que antes. 

N/L: Oi xuxus!

Aí está o capítulo para voces, espero que tenham gostado! A fanfic está acabando! ): Então, não se esqueçam de deixar reviews, e quem leu e nunca deixou um, ta na hora de deixar né? UHEUEHEUHEU

Eu to postando sem a Ju, entao a notinha dela logo logo tá aqui :)

Vou ser rapidinha hoje, então é só isso.

Muitos beijos, 

Lanninha.


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