4 Dias para o Amor escrita por Juuh_Hale, Lana


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Epílogo, galerinha. Desculpem a demora, explicações na N/A.



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Depois de chegar à Nova Iorque fui para meu apartamento e com um longo suspiro me pus a arrumar minhas coisas. Grandes malas se enchiam cada vez mais lentamente com as muitas roupas e algumas caixas com alguns objetos que eu levaria para Toronto.

Na metade da arrumação parei e peguei o telefone para ligar para meu chefe Paul e contar da situação em que me encontrava.

– Então é isso. – disse depois de explicar a história. – Eu menti e vou ser deportada. – conclui. Ele suspirou pesadamente.

– Por que isso não me surpreende, vindo de você? – eu sorri. – Você sempre consegue o que quer, não é mesmo?

Bem, até algumas horas atrás eu diria sim.

– Mas, antes de ir eu queria falar sobre meu cargo. Você não pode dá-lo ao Masen. Ele é inútil, ele não é inteligente o suficiente, é arrogante e se você recontratá-lo vai ser o seu maior erro.

– Rosalie, e quem você acha que poderá ocupar seu cargo? Editor chefe é um cargo importante, não dá pra colocar qualquer um nele. – ele disse.

– Coloque o Emmett.

– Seu assistente? – ele soou surpreso.

– Sim.

– Rosalie, ele era seu assistente. – ele disse lentamente.

– Exatamente. – concordei. – Sendo meu assistente ele aprende tudo que precisa para ocupar o meu cargo. Além disso, ele tem bons olhos para potenciais publicações, ele até entende de moda. Ele é muito melhor que o Masen. E qualquer duvida ele pode vir até mim e pedir por ajuda. – menti na ultima parte, mas talvez o ajudasse a conseguir o cargo.

– Eu não sei.

– Qual é, Paul. – me queixei. – Quando foi que eu já errei com você?

– Nunca. – ele disse depois de um suspiro.

– Então faça isso por mim. Eu prometo que você não vai se arrepender. – prometi. Ele ficou em silêncio alguns segundos antes de responder.

– Vou falar com o Jared. – eu sorri.

– Maravilhoso. Bom, vou terminar de arrumar algumas coisas por aqui e te vejo amanhã quando for aí pegar o resto das minhas coisas.

– Certo. Boa noite. – desliguei o telefone com um peso a menos na consciência.

Emmett não pagaria nenhuma multa, não enfrentaria um processo e teria um cargo responsável numa grande empresa, afinal, aquela revista era uma das mais vendidas do país.

Ele teria uma boa vida. Ao menos, eu esperava.

Terminei de arrumar minhas coisas depois de longas horas e acabei resolvendo deixar muitas das roupas em Nova Iorque mesmo. Talvez alguém quisesse, ou as doasse, eu não sei. Ao terminar peguei uma garrafa de vinho e uma taça e me sentei à mesa de jantar de madeira, enchendo uma taça com o líquido escuro. Quando bebi constatei que era o mesmo vinho que havia tomado no primeiro dia na festa na casa de Emmett, e isso me fez pensar em todos os momentos que eu compartilhara com ele naqueles quatro dias.

Como pudera passar anos ao lado dele sem ser despertada para esse maldito sentimento antes? Como pudera ele ser a única pessoa a me passar conforto e segurança depois da morte de meus pais? Depois de anos acostumada a ser sozinha e independente, me ver nas mãos de um cara que sequer sentia o mesmo por mim era assustador. Respirei fundo e terminei a taça de vinho perdida em pensamentos, indo me deitar logo depois. Não que eu tenha tido uma boa noite de sono.

Ao amanhecer fui para a empresa. Todos me encaravam enquanto eu caminhava até minha sala e eu ouvia os sussurros, mas não conseguia identificar o que eles diziam. Ignorei-os, como sempre. Eu estava indo embora, de todo jeito. Já não me importava com o que eles diziam.

Fui tirando os objetos pessoais da minha sala e colocando-os em caixas, preenchendo duas delas. Fui até a sala de Jared e Paul e assinei toda a papelada de demissão e afins. Depois de uma conversa de poucos segundos Paul me disse que tinham decidido testar Emmett e que se ele fosse bom ele permaneceria no cargo. Eu sorri satisfeita e depois de agradecer sai de lá. Falei a um empregado que ele devia mandar as caixas da minha sala para meu apartamento e as caixas chegaram lá perto do meio dia.

Depois de almoçar, tomei um banho e coloquei uma roupa confortável. Peguei as coisas que levaria comigo ao aeroporto, peguei um táxi e fui para lá. Agora era a hora. Adeus Estados Unidos. Adeus emprego bem sucedido, adeus carreira. Adeus Emmett.

Estava no balcão de despacho fazendo o check-in quando ouvi meu nome sendo chamado. Ignorei, certa de que não era comigo, afinal, ninguém viria se despedir. Vantagens de ser a odiada do seu escritório e não ter amigos: nada de despedidas. Eu não gostava delas. Por isso fugi o mais rápido que consegui daquele casamento maldito.

– Rosalie. – repetiram e uma mão desceu no meu ombro. Virei-me, pronta pra reclamar. Mas minha voz morreu quando eu vi Emmett ali.

– Emmett. – falei surpresa. Ele me encarava, respirando em arfadas. – Por que... Você tá ofegante? E suado? – ergui uma sobrancelha. Ele respirou fundo.

– Porque eu vim correndo. – explicou balançando a cabeça de forma negativa.

– Do Alasca? - ele revirou os olhos.

– Do escritório, Rosalie.

– E o que... O que você está fazendo aqui? – perguntei surpresa.

– Eu preciso conversar com você.

– Bem, eu não tenho tempo. Eu tenho que fazer meu check-in e entrar no meu avião que parte às dezesseis e quarenta e sete para minha querida cidade natal... – falei e me virei para o homem que estava atrás do balcão, decidida que seria melhor ignorar Emmett antes que ele brigasse comigo por eu ter causado um infarto à avó dele ou ter feito a mãe dele entrar em depressão. Antes de ouvir os gritos de raiva de qualquer forma.

– Rosalie... – ele chamou com a voz controlada e eu ignorei, continuando a falar com o atendente. – Rosalie, pare de falar e olhe para mim! – ele falou mais alto, praticamente gritando e fazendo as pessoas ao redor pararem e nos encarar. Voltei-me irritada para ele.

– O que?! – as pessoas continuavam a encarar, embora algumas fizessem isso mais discretamente.

– Preciso te dizer uma coisa. – ele falou e me preparei mentalmente para as acusações.

– Tá bem.

– Quatro dias atrás, eu odiava você. – ele falou sério. Ouch. – Eu costumava sonhar com você sendo atropelada por um ônibus, caindo de uma escada ou ficando presa num elevador caindo para o poço.

– Muito criativo. – disse com a voz sem emoção.

– Cala a boca, eu mandei você ficar em silêncio. – ele reclamou bravo.

– Ok. – murmurei.

– Eu odiava você, mas as coisas mudaram nesses quatro dias em que ficamos juntos na casa da minha família. Mudaram quando você me contou as coisas sobre os seus pais e quando eu vi você fazendo aquela dança ridícula com a minha avó. Quando a gente se beijou e até quando você ficou me encarando quando ficamos nus. – eu me senti corar.

– Eu não fiquei te encarando.

– Cala a boca. As coisas mudaram, mas eu não tinha notado isso até ter que ficar encarando uma multidão de cima daquele altar, sozinho, sem noiva. Então, você pode imaginar o meu desapontamento quando eu percebo que a mulher por quem estou apaixonado me abandonou no altar e vai sair do país. – ele falou me encarando, as palavras parecendo entrar em meu coração supostamente gelado e aquecê-lo. – Por isso, Rosalie, case-se comigo. Porque eu quero ficar com você. – eu mordi meu lábio inferior.

– Não, você não quer. – eu disse por fim. – Emmett, tem um motivo para eu estar todo esse tempo sozinha. Eu gosto de ficar sozinha. Então vai ser bem mais fácil se apenas esquecermos essa pequena aventura no Alasca e seguirmos em frente. Eu vou embora e você volta pra sua vida.

– É verdade, vai ser mais fácil. – ele concordou e eu me virei para o atendente novamente, para que ele não pudesse ver a decepção no meu rosto. – Mas eu não quero isso. Porque se você conseguiu fazer com que eu me apaixonasse por você em quatro dias, eu tenho certeza que você pode conseguir muito mais com mais tempo. – ele colocou as mãos em minha cintura e me virou de frente para ele. Eu o encarava sem conseguir falar nada, meus olhos estavam embaçados. – Fique aqui. Case-se comigo.

– Eu estou assustada. – confessei por fim. Ele encostou o rosto no meu, a testa encostando-se à minha e deu um sorriso de covinhas.

– Eu também estou. Mas eu posso passar por cima disso pra ficar com você. – eu dei um sorriso e ele encostou seus lábios aos meus.

Eu ouvi algumas pessoas batendo palmas e sorri.

– Agora pede com jeitinho. – sussurrei no ouvido dele. Ele riu.

– Pedir com jeitinho o que? – se fez de desentendido.

– Para eu me casar com você. – ele sorriu.

– Eu vou encarar isso como um sim. – ele disse antes de me pegar entre seus braços e me beijar novamente.

– Sim. – concordei com meu rosto ainda próximo do dele.


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Notas finais do capítulo

Oi gente. Milhões de desculpas, mesmo. Eu sei que o tempo sem postar foi ridiculamente grande, me desculpe!
Esse capítulo seria da Juuh, mas não consegui falar com ela e tenho quase certeza que ela parou de escrever. Protelei na esperança de que talvez ela ainda viesse escrevê-lo, porque eu odeio escrever finais, vocês sabem. Mas como ela não escreveu e não respondeu minhas MP's, decidi vir terminar esse trabalho.
Então, o que vocês acharam do capítulo? Eu particularmente não achei bom, mas é porque não sei escrever finais e nunca gosto dos meus. Mas espero que vocês tenham gostado, afinal, está aqui para vocês.
Alguém ainda acompanha a fanfic? Mereço reviews? Mesmo depois de mais de um ano sem postar, que vergonhoso q. Eu espero que alguém ainda esteja por aqui. Se estiver, muitíssimo obrigada por nos acompanhar durante nosso trajeto nessa história e por aguentar esperar os capítulos por espaços de tempo tão longos! Hahahah. Obrigada à Cat que recomendou a fanfic, sua linda!
Pra quem se interessar, estou postando uma nova história (que posto rapidinho os capítulos, tá? hahahah), se alguém quiser lê-la, tá aqui o link: http://fanfiction.com.br/historia/423197/Letting_You_Go/
Então é isso, obrigada por tudo meninas, beijo grande!
Lanninha.



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