A noite passou por nós rapidamente. Íamos finalmente entrar em Delaware, para poder chegar mais rápido. Percy revezou comigo o volante, pelo fato de ter a minha idade e saber dirigir. Eu literalmente apaguei, mas foi porque eu estava com fome e cansada. “Pare no primeiro lugar que tenha comida” Nico sussurrou para Percy “Não quero que Ellie morra de fome” Pude sentir seu rosto perto do meu, seus olhos me olhando, a bochecha em chamas. Percy deve ter olhado para mim e corado também, porém ele levou um beliscão de Annabeth “Ai, não precisava beliscar” ele disse deve ter fechado a cara. Senti o carro parar. “Você acorda ela Nico, eu já cedi aos seus pedidos hoje” Percy soltou uma risadinha e algo me cutucou. “Erm, Ellie, vamos comer algo. Percy acha que você vai desmaiar de fome se não vier.” Nico sussurrou perto de mim, e eu abri os olhos. “Claro” disse esfregando os olhos “Vamos nessa, acho que posso encarar uns ovos e bacons numa boa” abri um sorriso e calcei as botas.

Depois do nosso lanchinho feliz, era minha vez de dirigir, porque Percy ficou acordado metade do dia. “Vamos chegar em breve, preciso de todos novos em folha” abri um sorriso e entrei no carro. Depois de dar a ignição, seguimos a nossa viagem, até chegarmos a Norfolk, onde deveríamos achar o forte Norfolk. “Cidadezinha pequena é o fim do mundo” sussurrei e coloquei o chapéu enquanto parava o carro. Estacionei em frente ao forte, para em casos de emergência e era obvio que haveria uma. “Ok, todos juntos e vamos descobrir o que a muralha vai fazer por nós.” Entramos no forte branco onde canhões apontavam para o mar. Havia fortes para soldados, prisões e outros cômodos, numa área enorme. Até o Scooby Doo ia se perder ali. “Parece um labirinto” olhei para as paredes de pedra e passei a mão em uma delas. “Eu acho que eu ia me perder aqui, facilmente” Percy olhou para o mar e depois voltou a prestar atenção em um tipo de aula que Annabeth dava. Ah, as filhas de Atena, tãaaaaao chatinhas e bobas. “Só precisamos saber onde está a pista, só isso” encostei numa placa de bronze sem nada escrito e algo brilhou “EITA, achamos a pista, viu?” Sorri e olhei para o mapa.

“Então precisamos ir para algum lugar no norte. Só que esse mapa está maluco. Está desproporcional” Nico apontou para alguns lugares como NY, que estavam com um brilho estranho, quase como uma tachinha dourada por cima. “Só tem um lugar no norte que está apontado estranhamente. Chicago” Annabeth analisava o mapa de maneira diferente. “E se esse mapa fosse ao contrário?” Percy sugeriu, mas sua opção fora descartada antes mesmo de analisada. Abri espaço e observei um ponto escuro que estava sobre Chicago. “Perséfone. Atena. Minha tia disse que Perséfone fazia mapas para se orientar. Ela é a deusa da natureza, vamos dizer assim. Chicago era a cidade mais suja dos Estados Unidos” apontei para o mapa e de repente Annabeth pareceu acompanhar “É verdade. Perséfone além das pedras usava mapas. Acho que se eu não me engano, deve haver um tipo de túnel que leve até lá.” Annabeth observava o bloco de pedra onde a placa ficava e a examinava com toda a sua habilidade extra. “Nico, você é uma espécie de príncipes das trevas, será que não existe algum tipo de túnel ou portal que leve até Chicago?” falei com ele, mas ele parecia um tipo de estátua, olhava fixamente para dois mastros que ficavam em frente da enseada.

“Percy, venha ver isso.” Percy chegou perto dele e observou do mesmo ângulo “Sim, acho que devemos passar por ali” Percy deu um passo em direção aos dois mastros, passando no meio deles, e caindo no vazio, sem fazer barulho. “Annabeth, é melhor olhar isso” Percy voltou entre os dois mastros, embora ele tivesse sumido segundos antes. “Eu fui parar em um zoológico em Chicago.” Antes que ele pudesse explicar alguma coisa, Apolo simplesmente apareceu, do nada. “Hey doçura, como vai?” abriu aquele sorriso encantador dele. “Vê se não enche o saco Apolo” me encostei no monumento e abri um sorriso “Bem, vejo que vocês estão em uma missão. Mas eu tenho um serviço para vocês, bem simples. A corça da minha irmã fugiu de novo, e dessa vez ela foi parar em Chicago, nesse Zoológico. Vocês tem que capturá-la em menos de duas horas, para que eu possa levar o sol poente comigo.” Apolo abriu um sorriso e eu faria qualquer coisa por ele. Quando ia dizer isso, Annabeth começou a reclamar “Mas Hércules demorou um ano!” ela atirou os braços no ar e fechou a cara “Sim, mas vocês têm duas horas. Se conseguirem, eu posso dar uma dica de como chegar até próxima dica. Quando terminarem, passem ela pelo portal” e ele se sentou na Ferrari dele. Todos passaram, e eu já ia passar, sem não fosse Apolo que me puxou em um dos abraços dele. “Sabe que eu ainda sinto saudades de você?” ele sussurrou e me deu um beijo de leve. “Vá caçar garota, e não mate ela, ok?” Ele piscou para mim e eu atravessei.

“Tudo bem, como nós vamos achar uma corça num zoológico?” Percy franziu o cenho “É quase como procurar uma determinada concha no oceano” Annabeth olhava para um mapa “É simples. Corças gostam de água. Começamos por aqui, nos tanques e terminamos nessa florestinha” Nico ainda estava impressionado com o ambiente “Nossa, nunca tinha visto esse tipo de coisa” ele sussurrou extasiado “Nunca foi no zoológico?” disse e consegui rir com isso “Eu também não, mas com o globo de neve que minha tia me deu eu podia ir a todos os lugares” eu ia falar mais, mas um bicho pareceu saltar sobre um arbusto. Os humanos começaram a se afastar e correr, o que assustou o animal e literalmente o fez correr. Sério, nunca havia visto coisa assim, os cascos de bronze batendo na calçada, correndo na velocidade de um carro desgovernado. “Droga, esse bicho corre” começamos a correr atrás dela, mas foi em vão. Depois de quase uma hora de tentativas frustradas meu lado paterno ferveu mais forte dentro de mim “Se esse bicho acha que vai ganhar de mim, está muito errado. Nico, você vai dar um jeito de se misturar as sombras e roubar uma arma de tranqüilizantes desse departamento. Annabeth vai me ajudar com o mapa. Percy vai arranjar um jeito de dar água para ela. E eu vou dar um tiro nesse animal e dar um jeito nisso” limpei o suor com as costas da mãos e limpei minhas botas.

 “Esse animal vai dormir rapidinho” Me senti um tipo de caçadora profissional. Peguei a arma de dardos e apoiei na minha cintura. “Mas não podemos machucá-la” Annabeth começou a dizer mas eu interrompi “Machucar sim, matar não.” Sorri com meu lado diabólico e apontei a arma. “Tudo pronto, só falta Percy agora” depois de proferidas as palavras, Percy já estava no lugar certo, a corça bebendo água com aquele traseiro feioso dela apontado para mim. Apoiei a espingarda no ombro e dei um tiro nela. Ela ia correr então eu comecei a atirar sem parar. Só que além de acertar a corça, eu acertei o Percy, que agora babava no colo de Annabeth e de Nico. Corremos até o portal, pois só faltavam uns minutos para que Apolo partisse.

“Finalmente, achei que nunca mais ia ver vocês. Ellie vejo que conseguiu capturar a corça” abriu um sorriso e olhou para mim: a camisa suja de terra, uma espingarda na mão e uma corça no ombro. “Foi bem fácil, só que tive que anestesiar o Percy por preocupação” abri um sorriso e coloquei o animal na mala da Ferrari dele. “Acho que é isso. Eu preciso ir mesmo. Até mais doçura” ele me puxou um abraço, toda a sua corpulência em ação. “Ah, a pista é a seguinte: Chicago, construção, abandonar, incêndio. Nada mais do que isso.” Ele entrou no carro e seguiu em direção ao céu. “É, depois de um abraço desse, quem diria que a dona eu-cacei-a-corça-sozinha iria se preocupar com as velas aqui.” Annabeth mostrou os dentes perfeitos em um sorrisos e atravessamos o portal com um peso quase morto nas costas.