Segunda Chance escrita por Luana_gouveia, British


Capítulo 52
Afastamento




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No dia seguinte fui trabalhar no hospital como de rotina, o senhor Hatake foi até lá para que pudéssemos fazer os exames necessários para que eu avaliasse a sua situação. Demoraria cerca de uma semana para os resultados ficassem prontos e nesse período que eu tenho que ficar afastado da Sakura para me decidir se realmente vou terminar com ela ou se posso fazer algo para ajudar o pai dela. Hoje é dia do meu plantão então nem fui pra casa o que resultou que nem pude ver a Sakura (melhor assim enquanto eu não sei o que posso fazer). No dia seguinte depois da aula ela foi lá pra casa como de costume, não resisti e a tratei como sempre tratei. Nos outros dias eu passei a ficar mais calado e distante e então ela percebeu.

— Você ta estranho. O que aconteceu?

— Nada. – disse sério

— Não parece ser nada. Você ta muito sério e calado. Algum problema?

— Estresse no trabalho.

— Então se é isso ta mais do que na hora de você tirar férias e descansar.

— Eu sou médico, não posso ficar me dando ao luxo de tirar férias sempre.

— Não é luxo. Você vai acabar doente se ficar estressado desse jeito. Me preocupo com você.

— Não precisa se preocupar. Acho que a gente já estudou tudo que tinha pra estudar hoje. Se importa de me deixar um pouco sozinho?

— Você está me mandando embora? – perguntou incrédula

— Não é isso, mas não quero brigar com você nem te tratar de uma forma que você não mereça. Eu não estou me sentindo bem.

— Se você não está se sentindo bem, minha obrigação como sua namorada é cuidar de você. Eu não vou embora.

— Não seja teimosa, eu estou pedindo, vá, eu sei me cuidar.

— Não vou, ainda mais agora que o meu pai aceitou nosso namoro.

— Sakura, a gente se fala amanhã ta bom? Eu quero dormir um pouco e descansar.

— Tudo bem, se você insiste tanto, mas amanhã venho te ver pra saber se você ta melhor ok?

[...]

A semana passou e os resultados dos exames do pai da Sakura chegaram. Realmente a situação dele era critica. O que me restava agora era inventar uma boa desculpa para terminar com a Sakura. Como faria isso? Como poderia fazer isso com a minha amada? Não conseguia achar uma maneira menos dolorosa. Então resolvi que partiria para a Inglaterra sem dizer nada a ela, com certeza ela ficaria com raiva de mim e nunca mais quisesse me ver. Comprei a passagem para o dia do aniversário dela. Sakura estaria tão ocupada com a sua festa de dezesseis anos que quando desse pela minha falta eu já estaria a bordo e ela nada poderia fazer. Como tinha planejado comecei a tratá-la cada vez de uma forma mais fria. A animação dela com os preparativos da festa só me deixava mais triste por saber que eu não estaria lá para compartilhar da felicidade que ela sentiria.  Naruto notou que eu estava estranho e me perguntou “o que você está pensando em aprontar?” tive que falar que aquilo era invenção da cabeça dele, mas Naruto como sempre insistente disse “seja lá o que for, pense muito bem antes de fazer, você pode acabar se arrependendo”. Será que eu sou tão fácil assim de ler? Se sou por que Sakura não descobre e me impede de fazer o que estou pensando? Ela não desconfia de nada?

[...]

— Ino, o Sasuke está muito estranho.

— Estranho como?

— Ele fala pouco. Sempre está muito pensativo. Parece estar me escondendo algo.

— Por que você não pede pra ele te falar o que está acontecendo?

— Óbvio que eu já fiz isso. Mas ele não fala, fica repetindo que são coisas do trabalho, que ele está estressado.

— Então deve ser isso. Dá um tempo pra ele relaxar.

— Eu sei. Eu procuro entender de verdade. Mas ele ta diferente.

— Seu pai aceitou mesmo o namoro de vocês?

— Aceitou. Toda vez que ele encontra Sasuke até o trata bem.

— Bem, então se o problema não é com o seu pai só pode ser – ela hesitou

— Só pode ser o que? – falei nervosa

— Ele deve ter outra.

— O que? Você está dizendo que o Sasuke me trai? Impossível.

— Ele é homem, bonito, não deve ser difícil arrumar uma mulher.

— Não duvido que seja fácil para ele ter outra mulher, a questão é que ele não teria outra mulher porque ele me ama. Ele ficou 15 anos me esperando, porque me trairia agora que está comigo?

— Ele tinha a tal da Karin durante esses anos que você não estava.

— Ele nunca amou a Karin. Todos sabem disso.

— Tudo bem Sakura. Então eu não sei o que está havendo com seu namorado.

— O que eu posso fazer então?

— Se eu fosse você eu ia seguir ele pra confirmar se ele tem ou não outra.

— Seguir o Sasuke? Não, eu não posso fazer isso. Eu confio nele.

— Você está desconfiada Sakura. Se segui-lo poderá descobrir a verdade mesmo que ele não esteja te traindo você poderá ver o que ele planeja.

— Pensando por esse lado até que não seria má idéia.

— Então pronto. Amanhã você o segue o dia todo e vê aonde ele vai, quem ele encontra.

— Ta bom.

[...]

Sinceramente eu não me sentia nada confortável seguindo o conselho da Ino e seguir o Sasuke. Cadê a confiança que eu deposito nele? Ele não me seguiria jamais. Isso parece uma atitude de uma estudante do colegial mesmo, infantil demais. Eu deveria conversar com ele como uma adulta. Mas eu não sou adulta né? Então posso ter atitudes infantis uma vez ou outra certo? Dane-se se eu estou sendo infantil ou não, o que eu quero é descobrir o que ele esconde de mim seja lá o que for. Primeiramente esperei Sasuke sair de casa e o segui, como sempre ele foi para o hospital, certamente ele ficaria lá até o final do dia como de costume, então depois dele entrar eu entrei e pedi para a secretária que organizava as fixas das pacientes dele.

— Bom dia. Você pode me informar até que horas o doutor Uchiha vai ficar aqui atendendo?

— O doutor Uchiha hoje sairá daqui ao meio-dia senhorita. Está querendo se consultar?

— Não. Minha mãe que queria então eu vim me informar. Ele tem horário pra quando?

— Somente amanhã na parte da tarde.

— Obrigada pela informação. Minha mãe vem amanhã.

Eu saí de lá de fininho antes que ele aparecesse e eu ficasse numa situação constrangedora. Que coisa feia, eu estava mentindo e perseguindo meu namorado. Nunca imaginei que faria isso na vida. Meio-dia em ponto ele saiu do hospital de carro então eu tive que pegar um taxi e segui-lo (é eu fiz aquela típica cena de filme, Taxista, siga aquele carro!). Gastei boa parte da minha mesada pra pagar o Taxi, quando desci do taxi percebi que estava no aeroporto. O que será que Sasuke faria no aeroporto? Será que ele iria viajar? Fui seguindo os passos dele, mas tava difícil segui-lo no meio de tantas pessoas. De repente ele sumiu da minha frente e eu fiquei igual a uma barata tonta olhando para todos os lados e aí eu levei um susto.

— O que faz aqui Sakura? – ô ou fui descoberta pelo Sasuke.

— Oi amor, digo o mesmo o que faz aqui? – sorri tentando disfarçar o nervosismo

— Me responda! – disse num tom firme, o que me sugere que aquilo era uma ordem.

— Eu vim... er... – sim eu comecei a gaguejar

— Está mentindo. Seja lá o que você irá inventar não é a verdadeira razão de estar aqui.

— Ta bom, eu falo a verdade. Eu estava te seguindo. Pronto, falei.

— Me seguindo por quê? Não confia em mim?

— Confio, mas você está tão estranho.

— Te disse que é só por causa do trabalho.

— Tudo bem, mas o que você veio fazer no aeroporto?

— Eu vim trocar a data de uma passagem.

— Eu nem sabia que você iria viajar.

— É que me disseram isso hoje. Eu teria que fazer uma conferência na próxima semana.

— É a semana do meu aniversário.

— Eu sei, por isso mesmo eu pedi para não ir nessa conferência, então vou trocar a passagem e dar de presente pro Naruto.

— Ata, entendi, então vamos lá.

— Melhor não, melhor deixar pra outro dia. Já que você está aqui vamos passear?

— Passear? Sasuke troca a droga da passagem e depois a gente vai passear.

— Tudo bem. – ele trocou a tal da passagem para a Inglaterra para um mês depois do meu aniversário. Depois disso, fomos até a praça.

— Você anda com umas mudanças de humor Sasuke – disse enquanto ele me empurrava no balanço

— Bobagem, já te disse que é por causa do trabalho.

— Ta. Hey você vem jantar na minha casa hoje?

— Não vai dar. Tenho que ajeitar algumas coisas em casa.

— Ta bom – falei desanimada

— Que desanimo é esse, você tem que estar feliz pela sua festa. Vai ser como você sempre sonhou não vai?

— Vai. – sorri

Ficamos algum tempo a mais na praça, eu o senti próximo, entretanto ele continuava preocupado com algo. Parecia ser algo sério e ele não falava de jeito algum. Bem vou tentar esquecer, mas se depois da minha festa ele continuar desse jeito eu vou ter que arrumar alguma maneira dele me dizer a verdade.


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