Musica: Snow - Red Hot Chili Peppers

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Eu estava por dois dias enfiada no quarto sem comer absolutamente nada, eu só bebia alguma coisa quando algum dos meninos vinham me trazer. Não saia pra nada só mesmo pra tomar banho.

-Cass... – meu pai abriu um pouco a porta e eu tava com deitada abraçada as minhas pernas – você precisa comer alguma coisa meu amor.

-Não quero

Vocês devem pensar, que exagero fazer tudo isso por causa de uma menina e tal. Quando eu tinha 7 anos de idade eu tinha uma melhor amiga na escola, e o nome dela era Isabelle Deville, e foi exatamente por isso que eu fui até a casa dela, ela me disse que queria pedir desculpas por ter agido daquela forma comigo no colégio.

Eu era a menina mais quieta da sala, e Isa era a mais encapetada, ela não gostava de mim, então sempre quando eu ia brincar com as minhas amigas no parquinho ela vinha e me empurrava, eu quebrei dois dentes essa época por causa dela. Sempre quando havia uma oportunidade ela me machucava, e eu cheguei ir para a diretoria por isso. A que coisa idiota Cass.

Não... uma vez, ela me pediu desculpas e eu pensei que era verdade, ela me deu a mão e fomos descer as escadas para irmos até a sala juntas, quando ela caiu, na verdade se jogou da escada, a professora veio perguntar o que estava acontecendo, e ela disse que eu a tinha empurrado da escada. A professora me levou até a diretoria e chamou o único responsável vivo dela, que era o irmão... Que é exatamente o que foi atrás de mim no beco. E a gente conversou numa boa, e quando eu fui sair ele me encurralou na parede e me disse que a perseguição estava só começando.

Eu fiquei assim até meus 12 anos de idade, perturbada por causa disso, eu detesto que me persigam, eu até hoje não assisto filmes de terror por causa disso. A psicóloga do colégio disse que eu tenho um problema que ela até hoje não descobriu o que é... E acho que nem vou descobrir, mas não tem problema eu não quero mesmo, e qualquer coisa que acontece de ruim me afeta e eu fico meio que em estado de choque... Ainda não sei realmente por que isso acontece.

-Cassie, nós vamos ao shopping você vem? – Selena entrou toda animada no meu quarto. Eu a olhei, e se fosse possível sairiam flamas de fogo deles.

-Shopping? VOCÊ TEM ALGUM PROBLEMA NESSA SUA CABEÇA FRACA. OLHA O MEU ESTADO... VOCÊ QUER QUE EU VÁ AO SHOPPING COM AS SUAS AMIGUINHAS, FOFOCAR... NESSE ESTADO? VOCÊ TEM ALGUM NEURONIO FALTANTO GAROTA, VAI SE TRATAR. – enquanto eu me exaltava meu pai se levantou e me abraçou pedindo pra que eu me acalmasse.

-Ai desculpa, só queria ser legal.

-SOME DAQUI – taquei alguma coisa que era de vidro do lado onde ela estava, ela se assustou e fechou a porta.

-Se você continuar assim Cass, eu vou ter que te levar a um hospital, psicólogo... Alguma coisa assim.

-Pai... Eu não to doente, eu só tenho medo.  – os meninos entraram no meu quarto e se sentaram na cama.

-Cassie, você não é a mesma, eu não quero que você fique assim, seu pai está certo, a gente vai ter que te levar para algum lugar.

-Claro... Me levem de novo pra porcaria do colégio, aonde eu nunca devia ter saído. E se é assim que vocês querem, é assim que vai ser. Foda-se essa vadia que quer me matar, vou dar minha cara a tapa. Vocês querem que eu volte a ser a Cassie de antes, ótimo. – me virei para meu pai e o beijei com toda a minha vontade.

Ele colocou a mão na minha cintura, e eu segurei a trança dele, nossas línguas se entrelaçavam enquanto ele se divertia com meu piercing. A mão dele alisava minha cintura.

-Você me disse que não tinha piercing – ele me olhou assim que terminamos.

-É eu disse... E quer saber... Não é o único – eu sorri e sai do quarto enquanto eles ainda me olhavam pasmos.

Eles querem guerra... Então que a guerra comece. Eu vou ser a mesma Cassie de antes, mas prometo que serei muito pior do que aquela.

Fechei a porta e fiquei ali por um tempo escutando o que eles iriam falar.

-Tom... – era Georg – Ela beijar bem? – eu ri por dentro e não escutei a resposta de meu pai, não tem problema. Escutei passos vindo até a porta, sair rápido e entrei no meu quarto. Peguei meu biquíni rosa, coloquei um short curto por cima, meu wayfarer, um chinelo de dedo normal e o meu xodó, a minha câmera fotográfica profissional que eu ganhei quando fiz um curso no colégio.

Eles estavam na sala, e meu pai ficou olhando pra mim com um sorriso malicioso, e eu retribui.

-Alguém vai comigo?

Eles se levantaram, e foram trocar de shorts sem falar nada, eu sorri.

-Então você tem dois piercings? – meu pai perguntou mais perto de mim.

-Não... O outro você vai ter que descobrir sozinho... honey – dei um selinho nele, ele começou a abrir a boca pra começarmos um beijo e eu me afastei – trabalhe muito pra isso acontecer – eu sentei no sofá pra esperar o outros meninos.