From The Inside escrita por lol_mandy_o_o


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Nossa galera, nunca fiz um capítulo tão grande, e acho que pelo tamanho ele acabou ficando muito cansativo.
AVISO: Cena de sexo entre meninos, quem não gosta ou não aprova é só passar direto pelo flashback.
me desculpem se ficou ruim.
Boa leitura.



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            Entrei em sala de aula e Melissa veio correndo até mim.

            − Mel! Olha semana que vem vai ter mais uma noite do pijama, você vai?

            − Talvez, to com alguns problemas talvez possa ir. Te aviso!

            − Ta certo! − Disse ela felizinha

            Me sentei na minha carteira me virei, Matt tava de cabeça baixa e nem falou comigo. Achando aquilo estranho me ajoelhei ao lado da mesa e cutuquei ele.

            − O que foi? − perguntei

            − Estou com problemas... − Então os olhinhos dele se encheram de lágrimas

            − Graves?

            − Sim.

            Passei o resto da aula preocupada, Matt ficou tempo inteiro de cabeça baixa chorando, não sabia o que fazer.

            O sinal bateu e me lembrei que tinha marcado com Phillipe, então diante da confusão pedi para Annya avisar para ele que estava com problemas graves, ela ficou assustada mas aceitou e se foi para falar com ele. Puxei Matt e levei-o para meu cantinho de passar o recreio.

            − Tudo bem, me conta o que está havendo.

            − Tudo começou quando viajei para SP para visitar minha tia...

 

            − Olhe... – Ele tirara uma foto dos bolsos azuis de sua calça e entregou em minhas mãos. Era a imagem de um lindo menino.

            − Quem é este jovem rapaz? – Indaguei.

            − É meu primo, Kleber. Tinha dezesseis anos na época e eu doze. Hoje ele tem dezoito. – Falou passando as mãos na foto.

            − Sim, mas o que tem ele?

            − Eu o amava.

            − Você o que? – Fiquei de boca aberta.

            − Tínhamos muito carinho e amor pelo outro. Seus olhos azuis me encantavam, as pernas grossas e definidas, os braços sarados, peitoral...

            − Parou. Daqui a pouco você começa a se derreter. – Brinquei. Isso o deixou sorrir um pouco.

            − Foi no primeiro dia em que declaramos este amor que aconteceu o que não devia ter acontecido.

            − E o que aconteceu?

            − A gente fez sexo.

 

            Neste momento, só conseguia escuta-lo. Era inacreditável. Ele, de fato, fez sexo com um parente.

 

           − Não foi certo, eu sei. -Refletiu. – Mas me senti muito seguro ao seu lado. Foi dali que comecei a sentir atração por meninos.

           − E como foi? – Disse confusa.

           − Quer mesmo saber?

           − Sim. – Coloquei sua mão junta a minha. – Pode confiar em mim.

 

                                                       Flashback

           Tudo começou numa noite em domingo quando nós dois estávamos jogando no Xbox uma partida de Futebol. Estávamos bem alegres e animados. Ficávamos, após uma vitória, nos abraçando. Ele procurava sempre perder para vir e me agarrar. A coisa foi esquentando conforme foram passando os minutos.

 

           Ele virou-se para mim, tascando um beijo em mim. Meu coração acelerou de repente. E como ele era bonito; cabelos loiros num tom alaranjado com uma franja curta; olhos azuis da cor dos mares; boca carnuda avermelhada. Ele era bronzeado.

 

           Aproximei-se dele abrindo o zíper de sua calça jeans escura e ir tirando-a aos poucos. Notava seu grande volume pela cueca branca. A nesta altura, só pelo fato de eu lamber seu pênis pela cueca, já o deixava estourando de excitação. O rapaz tinha ombros largos, sem exageros, peito bem formado, musculoso e aquela curvinha na cintura... Pouquíssimos pelos, umas coxas grossas e uma nádega extremamente desenhada... Curvas perfeitas.

 

          Não demorou nada para ele me pegar por trás e começar a massagear minhas coxas, fazendo movimentos circulatórios.

 

          Ligeiramente, ele tirou minha camisa preta e minha bermuda, é claro que com delicadeza, realizando toques no meu peitoral e na minha perna.

 

          Comecei a esfregar meu rosto em seu pênis, já sem cueca. Fazia movimentos rotativos brincando com aquilo. Fiquei chupando seu amigo por vinte minutos, sem parar, sem exceder. Tinha gosto de morango.

Ele gemia loucamente enquanto eu o fazia. Passava as mãos sobre meus cabelos lisos, fazendo um carinho. Ele era tão carinhoso e romântico. Aquilo me dava mais prazer.

 

          Já totalmente despidos, ele me colocara na cama erguendo minhas pernas, cada uma para um lado.

Será que ele vai me penetrar. Pensei. Eu o fitava com gosto. Era gostoso olhar aquele rostinho de anjo sedento de tesão.

 

          − O que irá fazer comigo?

          − O que você está pensando. – Falou sorrindo.

 

          Então, começou penetrando seu pênis em mim vagarosamente com todo o carinho em meu anus. Por incrível que pareça não doeu nem um pouco. Sentia aquele órgão grosso e grande entrando dentro de mim. Ele fazia um movimento bem devagar para não me machucar. Não foi um sexo selvagem. Foi um sexo com todo amor e carinho.

 

                                                   Fim do flashback

 

          − No inicio desse ano ele me procurou− Então ele começou a desabar em lagrimas− Mellody ele tinha acabado de descobrir que tinha HIV. E ele tinha contraído antes de ficar comigo. Ele disse que era melhor eu fazer o teste e me levou no medico. Confirmado, eu tenho HIV.

         − Matt...

         Então ele começou a chorar mais desesperado ainda.

         − Mel, não quero contar para meus pais. Eles nem sabem que sou gay...

         − Matt, HIV é uma doença muito perigosa, você precisa de tomar remédios!

         − Não quero contar− Disse ele quase se afogando em lagrimas.

         Fiz a única coisa que podia fazer no momento: o abracei bem forte.

 

         Depois que Matt terminou eu simplesmente não tinha palavras, aquilo era realmente um problema.

         Por sorte ou por azar o sinal tocou. Ajudei Matt a se levantar, ele estava molinho. Fiquei um bastante preocupada com ele, diante dessa situação resolvi levá-lo para a secretaria, talvez lá eles pudessem liberá-lo por estar “passando mal”.

         Chegando lá a secretaria ligou para a mãe dele vir buscá-lo. A secretaria disse que era para que eu fosse para a sala de aula, Matt deu um chilique para que ficasse. Por fim a secretaria foi obrigada a me deixar ficar.

         Enquanto a mãe de Matt não chegava eu e ele começamos a conversar baixinho, disse que tudo ficaria bem (eu não sabia se realmente ficaria), e também disse que amanhã continuaríamos conversando. Logo a mãe dele chegou ele foi para casa e eu para sala.

         Quando entrei na sala entreguei a autorização para a professora de historia e segui para minha carteira. Quando passei por Annya ele me olhou preocupada, imaginei que ainda devia estar branca como a neve pelo susto que acabara de levar. Me sentei na cadeira e tentei prestar atenção na aula, o que foi em vão; minha cabeça estava no problema de Matt.

         A aula acabou voando (ou eu estava voando e a aula acabou) e fui correndo para a frente da escola. Hoje todos nós almoçaríamos juntos. Annya também foi correndo ao meu lado.

         − Mel!!! − A voz de Lippe soava atrás de mim.

         − Oi Lippe! − Disse animada.

         − Bom, acho que te peguei numa hora inoportuna. Ta mas só queria saber se ta tudo bem com você?

         − Bom, ta mais ou menos. Vem se estiver disposto a correr comigo ate a frente da escola podemos conversar um pouco.

         − Tudo bem!

         Então começamos a correr juntos meio que deixando Annya no vácuo.

         − É um problema seu? − Ele perguntou meio preocupado

         − Não é com um amigo, eu estou bem.

         − Problemas com amigos são ruins.

         Então chegamos a portaria, lá estavam John, Noah e Claire juntos e entediados.

         − Se vieram correndo para não se atrasar podem voltar, mamãe vai se atrasa− Disse John desapontado.

         − Então acho que podemos conversar mais− Falei com Lippe.

         − É − Ele respondeu.

         Então fomos para o banco que tinha na parte interior da escola.

         − Você pode falar o que ta acontecendo ou é particular? − Ele indagou.

         − Conto... é o seguinte, minha mãe morreu.

         Ele arregalou os olhos.

         − Então era para meu pai cuidar de mim, mas meu pai é um idiota e não para em casa. Ele chega tarde do trabalho e quando saímos da escola ele ta dormindo. Então na sexta-feira eu fui para a festa do pijama na casa da Melissa, não falei com ele. Quando voltei no sábado ele estava bravo e me deu um tapa na cara. Noah ficou nervoso e então saímos de casa. Então fomos para o shopping para te encontrar, ai foi e aquela hora que tive que sair correndo foi por que ele tinha arranjado um lugar para ficarmos. Agora estamos morando temporariamente na casa da Claire.

         − Casa da Claire da Annya e do John. Nossa isso é pior do que pensava. Me desculpa eu tinha achado que você não tinha gostado de mim. Naquele dia foi tão rápido que nem deu para que nos conhecêssemos direito... fiquei triste.

         − Me desculpa, mas é que eu não estou podendo contrariar Noah, e tínhamos que ir rápido, e ta que no primeiro encontro a gente fica meio frio. Ta mas agora sei que você é super legal − Então eu o esmaguei em um abraço.

         Então Annya veio correndo até mim.

         − Meeeel!!! Mamãe chegou!!! Vem.

         Dei mais um abraço em Lippe e fui correndo.

         − Aí crianças alguém vai ter que ir no colo de outro alguém− Stacy disse

         − Eu vou no colo do Noah− Claire começou a pular

         Stacy fez aquela cara “aham, to deixando”.

         − Que tal se a Mel fosse no meu− John levantou a mão

         − O que!!!! − Gritei não o entendendo

         − Digo o mesmo − Disse Noah olhando para John com a mesma cara de Stacy

         − Que tal se a Mel fosse no colo do Noah que é irmão dela? − Annya sugeriu.

         − O que?!!! − Todo mundo gritou junto.

         − Ta então que tal a Annya ir no colo na Claire que é irmã e é menina? − Sugeri

         − Boa idéia− Stacy falou feliz

         Olhei para as meninas e elas estavam com aquela cara “ legal obrigada Mellody”. Achando tudo aquilo engraçado caí na gargalhada como os outros.

         Fomos para uma churrascaria gaúcha, adorava carne e fiquei maravilhada com o quanto aquele churrasco estava perfeito. Todos nós acabamos empanturrados.

         Stacy nós deixou em casa correndo e foi levar Annya na consulta que tinha, a pobrezinha talvez fosse ter que usar óculos, para sanar a duvida e possivelmente mandar fazer o óculos, Stacy marcou uma consulta no oftalmologista.

         Então só ficamos eu, Noah, Claire e John. Claro que Noah e Claire logo desapareceram para se pegarem em algum buraco pela casa. John ficou no computador e eu assistindo TV. Vida tediosa né?

         − Mellody, que bandas você gosta? − John perguntou puxando assunto.

         − Linkin Park, Evanescence, Nightwish, Metallica, AC/DC, entre outros... − Disse sonolenta.

         − Quem diria que a paty na verdade é roqueira.

         Me levantei assustada e olhei para ele nervosa.

         − PATY? − Vociferei

         − Fiquei sabendo que você anda com a Melissa, isso te torna uma patricinha por associação. Para mim quem anda com paty é paty.

         − Melissa é minha amiga da mesma forma que Annya.

         − Já ouviu falar no ditado “não confie nas tops”?

         − O que isso quer dizer?

         − Não confie nas mais queridas da escola.

         − Melissa é querida na escola?

         − Claro, ela é gata. Já fiquei com ela mas esses dias dei um fora aí foi e ela começou a se arrastar nos meus pés. Acho que ela gosta de mim− Disse ele coçando a cabeça parecendo confuso.

         − Ta mas não sou paty!

         − Pode até achar isso, mas é o que eu disse, você se torna por associação, logo os meninos acharão que também podem te pegar há vontade.

         Olhei para ele ainda mais nervosa.

         − Mas mudando de assunto, eu curto tudo que tenha uma boa guitarra no meio. Qual sua preferida do Linkin?

         − Leave out all the rest − Disse com os olhinho brilhando.

         − Alem de paty é emo.

         − Cala a boca idiota− Empurrei ele.

         Como eu não imaginava ele acabou se estabacando no chão, a cadeira caiu em cima dele.

         − A assassina ataca de novo!!! − Ele gritou desesperado. − Não vai me ajudar?

         Olhei para ele com desdém.

         − Não, deveria?

         − Sim, se é que você percebeu você que me derrubou!

         − E daí?

         Ele me olhou com algo nos olhos que podia jurar ser ódio.

         − Sabia que chão de madeira dói? − Ele me olhou apontando para o chão

         − Nem quero saber.

         Então me retirei e me sentei no sofá.

         − Noah me disse que você era viciada em ficar no computador. − Disse John tentando retomar uma conversa.

         − É, e sou ainda.

         − Então por que até hoje não pediu para mexer no daqui de casa?

         Olhei para ele sem entender.

         − Vocês deixariam? − Perguntei

         − Claro

         Então ele ofereceu o computador para que eu mexesse.

         As horas seguintes foram extremamente legais, ficamos mexendo no computador juntos, e o mais legal: xingamos muito as Restart. Ele era legal bem legal.

         − Então Mel... você ta namorando o Phillipe?

         − Não, ele é um amigo. Mas por que a pergunta?

         − Nada... só para saber.

         Então ouvi a voz de Noah e Claire vindos do jardim da casa para dentro. Resolvi parar de mexer no computador e fui tomar banho.

         Logo Stacy chegou e foi arrumar o jantar. Decidi que quando saísse  do banheiro já falaria com ela sobre a noite do pijama.

         Enquanto tomava banho fiquei observando o banheiro de John, as paredes eram de azulejo azul, o chão era de azulejo branco e o teto era pintado com uma azul marinho bonito. Saí e do banheiro e fiz um malabarismo para passar pelos dois colchões que eu e Noah dormíamos, estes que no chão. Fui até o quarto de Annya só de toalha e pedi uma roupa emprestada.

         No dia seguinte Noah iria lá em casa para buscar nossas coisas aí não precisaria de vestir as roupas das meninas.

         Quando fui em direção da cozinha já fui falar com Stacy.

         − Stacy, a Melissa me chamou para ir para a noite do pijama na casa dela nessa sexta-feira, posso?

         − Uê ela faz essas noites do pijama todas as sextas? − Noah perguntou estranhando− E talvez fosse para mim que você devia perguntar.

         − Não, não é! Primeiro Noah que você é menor e não pode cuidar da sua irmã, sozinho, exatamente por isso você pediu para ficar aqui. − Stacy disse brava.

         Noah abaixou a cabeça e ficou quietinho, Claire riu da cara dele.

         − Você já passou a noite lá? − Stacy perguntou

         − Sim, e nada aconteceu.

         − Então pode ir, você vai para a escola, eu te pego na escola, você almoça, pega suas coisas e eu te deixo na casa dela.

         − Obrigada − Disse dando um abraço nela.

         Quando estava me virando para ir para a sala de TV vi John, ele balançou a cabeça, desapontado.

 

         Nos dias seguintes tentei convencer Matt a contar para a mãe dele sobre o HIV, mas ele não tinha coragem, para ele, ela iria o matar e jogar no rio. Nenhuma mãe faria isso, ainda mais a de Matt que era uma pessoa maravilhosa.

         Logo já era sexta-feira e Melissa ficou toda feliz de saber que eu iria, ela disse que hoje de noite teríamos filmes bem legais para assistir.

         A tarde foi bem corrida, fomos para casa e eu peguei minhas coisas correndo; Stacy me deixou na casa de Melissa e nessa noite nós seriamos seis meninas; Eu, Melissa, Isadora, Caren, Elisa e mais uma amiga delas, Sofia.

         Sofia era loirinha e parecia a boneca Barbie.

         − O que vamos ver hoje rainha das comédias românticas? − Caren perguntou

         − A proposta e os Irmãos Grimm − Ela respondeu.

         − Legal!!! − Eu disse feliz.

         − Então meninas posso ficar para ver a sessão de filmes?

         Olhamos todas para a escada, tinha um menino lindo na escada.

         − Bem, para você Mellody e para você Elisa, esse é meu irmão. Dion quantas vezes vamos ter que pedir para você se apresentar? − Melissa disse sem paciência

         O garoto era extremamente lindo, ele tinha os cabelos pretos cortados igual aos de Declan Galbraith; Seus olhos eram verdes como os campos verdejantes; ele era esguio e forte, parecia um modelo; a pele alva imaculada chamava toda a atenção para ele.

         − Que tal se todas vocês parassem de babar pelo Dion e fossemos assistir os filmes? − Melissa disse entediada mexendo nas unhas bem feitas.

         Fomos todas praticamente que arrastadas para a sala.

         Ela colocou o os Irmãos Grimm, e então Sofia foi logo se aninhando perto de Dion com a desculpa que estava com medo.

        Dion era realmente lindo.


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Notas finais do capítulo

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