POV BELLA

    Acordamos cedo e tomamos o café, minha mãe estava um pouco calada, sabia que o que ela estava fazendo era difícil, mas se tudo desse certo ela poderia ser mais feliz. Se ele a amava mesmo como dizia, ele a esperaria.

Saímos do hotel já era 10:00, era exatamente 1:00 de carro de Port Angeles para Forks. Passamos todo o caminho em silencio, quando estávamos perto de Forks, minha mãe quebrou o silencio.

- Bella, você sabe que ele pode estar casado, e ter até mais filhos.

- Se isso for verdade eu não vou aceitar, ele tinha que ter te esperado.

- Mas já se passaram 17 anos.

- Eu iria te esperar até mais do que isso, não, na verdade eu não deixaria que ficássemos separados tanto assim, eu te procuraria ate o fim do mundo. - Disse Edward. Minha mãe ficou com uma cara impressionada. Eu fiquei sem palavras, e ele continuou a encarar a rua.

Paramos em frente a casa que minha mãe disse ser a que ele morava, ele tinha que estar ali, ou pelo menos ter deixado uma pista de para onde foi. Olhei para eles no carro, Edward iria ficar, minha mãe não parecia ter condições de ir ate lá. Então sai sozinha.

Percorri o caminho ate a porta pensando no que falaria, mas não me veio nada na cabeça, estava suando frio, eu tinha a impressão que se parasse iria cair ali mesmo, não estava confiando em minhas pernas. Parei em frente a porta, não tinha campainha então bati, era uma casa simples e pequena, mas muito bonita. Depois de um tempo ouvi passos ate a porta, meu coração acelerou. Então a porta se abriu, quem estava atrás dela era uma mulher loira, um pouco maior do que eu, mais um corpo muito mais volumoso. Ela me encarou por um tempo.

- O que deseja querida? - Disse com a voz doce.

- Aqui mora, Char... Charlie Swan? - Disse gaguejando, minha voz não queria sair.

- Me desculpa querida, mais aqui só mora eu e meu marido, e o nome dele é Fábio. - Pelo menos meu pai não estava casado com aquela moça, ainda tinha uma esperança.

- Você sabe quem morou aqui antes de você?

- Não, mais eu e meu marido nós mudamos faz menos de quatro anos, parece que a família que morava aqui teve uma filha e queria mais espaço. - Me disse ela sorridente

- Obrigada. - Disse sem poder conter o desapontamento em minha voz. Me virei.

- Garota espera! - Disse ela. Voltei ate a porta. - Você parece querer muito encontrar essa pessoa. Então eu vou te ajudar. - Fiquei feliz na mesma hora.

- Como?

- Eu vou te dar o endereço do escritório do meu corretor de imóveis, você vai lá e fala que quem te mandou foi a Carla, então você pede para ele o endereço do corretor de imóveis que vendeu essa casa.

- Muito obrigada. - Disse, eu estava super feliz, a mulher entrou e logo depois voltou com um papel que me entregou.

- Aqui esta.

- Muito obrigada mesmo, você não sabe como me ajudou.

- Espero que encontre o que procura tanto.

Voltei para o carro, assim que entrei minha mãe me olhou com um olhar interrogador.

- O que aconteceu?

- Ele não mora ai, mas a mulher me deu o endereço do Corretor dela, talvez ele saiba alguma coisa. - O seu olhar era desapontado, mais tinha uma brilho de esperança. Entreguei o endereço para Edward.

- Isso é em Port Angeles. - Me disse ele, teríamos mais uma hora ate o escritório.

- Vamos passar no hotel, almoçar e depois vamos para esse escritório. - Minha mãe disse, queria ir logo ao escritório, resolver tudo, quanto antes soubesse o que aconteceu com o meu pai melhor, mas minha mãe parecia só querer adiar.

Voltamos para o hotel e Port Angeles, almoçamos e saímos já era 13:00, mais ou menos meia hora depois, paramos em frente ao escritório, era um prédio simples e discreto, descemos do carro e fomos ate a recepção, a secretaria era uma mulher muito bonita, e assim que viu Edward deu um sorriso malicioso, teria que aguentar isso como namorada dele, ele é um homem muito bonito, e atrai a atenção das mulheres.

- Posso ajuda-los? - Perguntou a secretaria olhando apenas para Edward.

- Queremos falar com o Dr... - Olhei novamente no cartão para verificar o nome. - Com o Dr. Jonas.

- Vocês tem hora marcada?

- Não, é que é uma urgência.

- Olha o Dr. Esta com uma cliente nesse momento, se vocês quiserem esperar. - Ela disse dessa vez olhando realmente para mim, depois inclinou a cabeça indicando os lugares para se sentar.

- Vai demorar muito?

- Uns cinco minutos.

- Obrigada. - Ela deu um sorriso forçado e fomos nós sentar.

As vezes ela lançava olhares para o Edward e isso me incomodava. Encostei minha cabeça em seu peito só para implica-la e ela me fuzilou com os olhos. Edward, sendo muito carinhoso, pegou em meu queixo com o polegar e levantou o meu rosto para fita-lo, e sussurrou “Eu te amo”, depois ele encostou os lábios nos meus de leve, apenas um selinho, e ficamos abraçados, a secretaria para de lançar olhares depois disso. Alguns minutos depois um homem muito bonito, com cabelos castanhos claro, quase loiros, saiu com uma mulher. Eles se despediram e então ele olhou para nós.

- Eles querem falar com o senhor. - Disse a secretaria.

- Podem entrar. - Disse ele indicando a porta, só me mexi quando Edward levantou, me levantando junto. Entramos na sala, e nos sentamos nas cadeiras de frente para a mesa, ele veio e se sentou atrás da mesa.

- Então o que vocês desejam?

- Uma cliente sua disse que podíamos falar com o senhor, o nome dela é Carla. - Me adiantei.

- Ah sim, Carla, a ultima casa que arrumei para ela foi a uns três anos.

- É exatamente sobre essa casa que viemos falar.

- Não me diga que Carla quer vende-la?

- Não, viemos procura-lo por que queremos encontrar o antigo dono da casa, o senhor pode nós ajudar?

- Bom, pra falar a verdade, eu conheço os antigos donos da casa, sou o amigo do tio deles, você esta se referindo aos Swans, não é?

- Sim, são eles mesmo.

- Posso perguntar o porque de vocês quererem encontrar essa família. - Não seria problema algum contar a ele.

- Eu procuro Charlie Swan, ele é... é meu pai. - Sua expressão foi de total espanto, mas ele não questionou, abriu uma gaveta, e pegou um bloquinho, anotou um endereço e me estendeu, o peguei.

- Esse endereço é onde ele esta morando agora, fica em Forks. Te desejo sorte. - Disse ele simpático.

- Obrigada. - Nós levantamos e saímos da sala, a secretaria nós deu uma ultima olhada quando estávamos saindo, olhou principalmente Edward. Agora eu tinha o endereço, e era certeza que ele estava lá, entramos no carro.

- Vamos para Forks de novo. - Disse Edward.

- Eu acho melhor que eu fique no hotel - Disse minha mãe que ate agora estava muito calada. - Estou com um pouco de dor de cabeça.

- Tem certeza?

- Tenho, você vai com Edward, eu fico bem. - Sabia que ela não estava com dor de cabeça, ela só estava inventando uma desculpa, mas eu não ia a obrigar. Depois de uma meia hora deixamos minha mãe no hotel e fomos para Forks.

Uma hora depois...

 Estacionamos em frente a uma casa muito bonita, e bem maior que a outra. Ela tinha dois andares e era luxuosa.

- É esse o endereço?

- É - Disse ele desabotoando o cinto, segurei a mão dele.

- Eu acho melhor ir sozinha.

- Mas... - Ele tentou questionar.

- Eu vou ficar bem. - Ele me olhou aflito.

- Qualquer coisa eu vou estar aqui. - Se inclinou e me beijou, um beijo bem caloroso. Desci do carro e segui ate a porta. Toquei a campainha e um tempo depois uma mulher abriu a porta.

Ela tinha cabelos castanhos, e olhos cor de mel, era da mesma altura do que eu, embora apresentasse ser alguns anos mais velha, estava vestida de calça jeans e uma camiseta roxa, sorriu para mim simpaticamente.

- Oi, deseja alguma coisa?

- Posso falar com Charlie, Charlie Swan.

- Só um instante. - A mulher deixou a porta aberta e foi em direção a escada que ficava de frente para a porta, e gritou “Charlie”. Um tempo depois, desceu as escadas um homem, ele era bonito, com cabelos castanhos, seus olhos lembrava um pouco os meus, notando bem, ele tinha alguns traços bem parecido.

Ele segurava uma criança, deveria ter uns três anos, era uma linda menina, com cabelos da mesma cor de Charlie, que caiam formando pequenas molinhas, estava vestida com um lindo vestido rosa claro, ela era bem parecido com a mulher que atendera a porta e também tinha uma certa semelhança com Charlie.

Eu estava em frente ao meu pai, e ele estava casado e tinha uma filha, deveria te mesmo ter mais.

Quando chegou ao fim da escada a mulher pegou a criança de seu colo e ele se despediu com um beijo em seu rosto a fazendo rir, onde apareceram covinhas, ela era linda, e era minha irmã.

Ele veio ate a porta e ficou me fitando curioso, não sei qual era a minha expressão, mas ele me encarava com preocupação.

- Tudo bem com você? - Me perguntou um pouco cauteloso.

- Você é Charlie?

- Sim, sou eu.

- Eu sou Isabella... - Ele continuou a me encarar como se o nome não lhe revelasse nada, então prossegui - Isabella Swan

A primeira expressão que passou em seu rosto foi de confusão, depois de susto e por fim o choque

...