POV BELLA

Era sexta-feira, estava em casa a me arrumar para a viajem.

Minha mala já estava pronta desde a noite passada, minha mãe também estava muito nervosa.

Escutei a buzina do volvo, minha mãe já estava a minha espera na sala.

Cheguei lá fora e Edward saia da porta do carona, Alice dirigia o carro.

Quando cheguei perto, ele me abraçou e me beijou com ternura.

Depois ficamos abraçados esperando minha mãe.

- O que Alice esta fazendo aqui?

- Ela vai ficar com o meu carro, ela disse que tem mais espaço para as sacolas de compras. - Minha mãe chegou, e partimos.

Alice nós deixou no aeroporto e embarcamos, era uma viajem longa e cansativa.

Dormi uma boa parte do voo, quando chegamos a Seattle pegamos um pequeno avião para Port Angeles.

Chegamos ao hotel e já era noite.

Edward foi alugar um carro para usarmos no outro dia.

Jantamos e então já era hora de dormir.

Minha mãe havia reservado três quartos, o meu ficava do lado direito do quarto dela, e o do Edward do outro lado.

Como se um quarto fosse nós separar.

Me despedi de minha mãe e entrei em meu quarto e Edward já estava lá.

Nós deitamos, e ficamos conversando até que eu lembrei de um assunto.

- Edward?

- Hum - Disse ele passando a mãos por meus cabelos.

- Como Carolline era?

- Já te disse, loira, bonita. - Disse ele rápido.

- Eu não quero saber como ela era fisicamente. Quero saber como ela era. - Ele deu um longo suspiro.

- Ela era diferente das moças daquela época, - Começou vendo que não teria outra opção. - Ela gostava de aprontar, queria ser livre, nosso namora foi para ela um grande alivio, eu a deixava livre para fazer o que quisesse, ao contrario dos outros rapazes da época, ela vivia fugindo dos pais, e me levava junto nas suas loucuras. O modo de pensar dela era tão diferente, ela era muito independente, sempre achei que ela gostaria muito mais dos tempos de hoje. Sabe, independência, trabalhar, viver sozinha, sem precisar de ninguém, calça jeans. - Olhei para ele confusa, ele percebeu. - Ela odiava aqueles vestidos longos, e pesados. - Ele falava dela como alguém que a conhecia muito, não posso dizer que não senti uma pontada de ciúmes, mas eu sabia que como ele falava, era como se ela fosse um irmã, e não algo a mais.

- Aconteceu “algo” entre vocês? -  Perguntei sem poder conter minha curiosidade.

Ele me fitou serio, por um momento cheguei a pensar que sua resposta seria positiva, ele deve ter percebido.

- Não, não isso que você esta pensando.

- Como assim o que eu estou pensando, então o que aconteceu?

- Eu te disse que ela gostava de aprontar, então sempre que podíamos fugíamos para um rio que tinha por perto.

- E você tomou banho com ela, e suponho que não tinha biquínis na época. - Logo conclui

- Não, eu não tomei banho com ela, mas é como você disse, não existia biquínis na época, ela tomava banho no rio nua, mais eu ficava do lado de fora, eu a respeitava muito.

- Então você a viu nua?

- Sim. - Foi só o que ele disse, depois desviou o olhar, passou se um minuto em silencio, ate que eu o quebrei.

- O que você achou? Sabe do que você viu. - Não sabia muito bem como tinha soado a minha  frase, estava um pouco nervosa com a resposta dele. Ele me olhou fazendo uma careta, mas mantive meu olhar serio, e ele revirou os olhos.

- Não vou mentir, ela era bonita.

- Bonita quanto?

- Importa? - Não respondi. - Tudo bem, ela era muito bonita, mais bonita mesmo, sabe ela era bem magrinha, com um perna de matar, - Eu não estava acreditando que ele estava falando aquilo, tudo  bem que eu pedi, mais ele estava exagerando. - e os quadris dela.

- Edward. - Ele tinha ido longe demais.

- É serio amor.

- Edward. - Eu já estava batendo nele, ele segurou minhas mãos, para que eu parasse de bater nele, ele estava rindo da minha cara, tentei me soltar, ele nós virou na cama me prendendo com seu corpo, virei meu rosto para o lado.

- Olha para mim Isabella. - Disse ele em um tom autoritário, mais ao mesmo tempo amável, não pode negar e olhei, me perdi ao ver aqueles olhos me olhando tão intensamente. - Você sabe que é a mulher mais linda do mundo para mim, e sabe também que eu te amo. Carolline era bonita, não vou negar, mais você é a única que consegue me fazer perder o folego. Entendeu? Você realmente não deve saber o que faz comigo, - Disse ele aproximando a boca da minha orelha - mais você me deixa louco. - Me arrepiei ao sentir seu hálito. - louco, louco - continuou dizendo ele, virei me rosto, e no mesmo momento, ele me tomou em um beijo com muito ternura.

E ao contrario de nossas emoções o beijo era calmo e lento.

Assim que encerramos o beijo, ele começou a bocejar.

Então em poucos minutos ele estava a dormir, e eu dormi junto com ele, feliz por saber que o deixava louco

...

   Acordei e Edward estava como antes, nem havia se mexido, estava com parte do corpo em cima do meu, em um braço envolvia minha cintura, o rosto afundado em meus cabelos.

- Edward. - O chamei. Ele não respondeu, me virei mais para encara-lo. - Quem você mais ama nesse mundo?

- Você. - Respondeu ele me assustando, mais ele ainda parecia dormir.

- Com quem você quer passar o resto da sua vida?

- Você. - Ele repetiu, estava começando a gostar daquele jogo.

- E quem é a única mulher que te ama?

- Você.

- Quem você vai transformar? - Resolvi ir mais longe, mesmo sabendo que ia acabar ficando triste, ou algo assim. Ele suspirou e abriu os olhos.

- Você. - Quase pulei da cama, mais ele me manteve ali.

- Desde quando você estava acordado?

- Desde o começo.

- O que você disse? - Ainda não podia acreditar que ele tinha concordado em me transformar.

- Você ainda tinha duvidas que eu te amo?

- A outra coisa.

- Eu também não tinha duvidas que você me ama.

- Você sabe do que eu estou falando. - Ele estava tentando fugir do assunto.

- Do que você esta falando? - Disse ele me encarando dessa vez sem sorrisos

- Você vai me transformar?

- Vou. - Disse ele sem nenhuma sombra de duvidas, como se a decisão já estivesse tomada.

- Quando? - Disse sem poder me conter de entusiasmo.

- Calma, para que a pressa? - Não iria insistir, não hoje, já havia ganhado o que eu tanto queria,ele tinha concordado em me transformar.

- Eu te amo. - Disse sabendo de toda verdade contida apenas naquelas três palavras. Ele encostou o nariz em meu pescoço e subiu fazendo uma trilha ate meu queixo, depois se afastou, com a respiração um pouco acelerada.

- Você me deixa louco

...