Mansão Shouthvill escrita por Cleyson


Capítulo 6
5ª dia- Descobertas [parte1]


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu novamente com mais um capitulo dessa fic.... primeiramente eu queria agradecer PLUSPE EPP, ou melhor nan... Agradeço muito a sua recomendação, fiquei muito feliz. Muito obrigado..... Agora quero agradecer minha amiga Raquel que digitou minha fic novamente e betou... Obrigadooo..!



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-Ryan, acorde. Você precisa acordar... – Sussurrava uma voz masculina em meus ouvidos, despertando-me aos poucos de meu suposto cochilo.

-Oh meu Deus! Ryan, querido, o que houve? – Gritou Laura no momento em me viu deitado ao chão. –Você está bem? – Continuou ela ajudando-me a levantar. Eu me sentia como se tivessem me entupido de remédios, agora eu sei o que esses drogados sentem. Continuei calado por alguns minutos e ela permanecia ao meu lado, esperando respostas, foi então que quebrei o silêncio sussurrando em seu ouvido:

-Ele esteve aqui... – Fiz uma pausa. –Eu o vi novamente. –

-Você está falando de quem? –

-Você não entende. Ninguém nunca entende! É nessas horas que eu sinto saudades de minha mãe! – Gritei.

-Eu não estou entendendo. Precisamos ir ao médico, ele vai resolver seu problema. –

-P****, não vai ser um idiota de jaleco branco que vai fazer com que essas coisas parem! –

-Acalme-se e me explique o que está havendo com você. Quem sabe eu não possa te ajudar. –

-Você não pode, ninguém pode! – Gritei e saí correndo em direção ao meu quarto.

(...)

Deitado em minha cama, Parece que minha rotina está de volta, pensei comigo. Por que eu? Tantas pessoas estão por aí pedindo para verem fantasmas ou coisas parecidas, mas logo comigo? O que eu fiz?

Ignorando essa droga não vai me ajudar em nada, cansei de ficar deitado esperando mais uma dessas visões.

Algo está acontecendo comigo e eu vou descobrir o que é.

(...)

Será que estou agindo de forma errada? Mas essas coisas são impossíveis de acontecer. Como pode um garoto da idade dele ter essas coisas em sua vida?

A dúvida rondava em minha cabeça, acho que está na hora de agir como uma mãe.

(...)

Ouço passos em direção a porta de meu quarto, por um momento achei que Laura fosse entrar, mas percebi ela passar direto.

Você não entende. Ninguém nunca entende! É nessas horas que eu sinto saudades de minha mãe!

O som da minha voz, juntamente a batidas que pareciam vim da porta da frente foram tudo o que ouvi e novamente o silêncio em minha mente voltou, seguindo de um imenso entusiasmo, ou melhor, certa confiança em descobrir o que há comigo. Mas antes disso, preciso me desculpar com Laura, aquelas palavras devem tê-la ferido.

Dou um pulo de minha cama desajeitado e ando a passos pesados em direção a porta. Não sou bom em pedir desculpas, mas ela merece.

-O porão... – Falou uma voz em meus ouvidos. Por um instante achei que tivesse sido Laura, mas por que ela faria isso? E, além disso, essa voz é masculina, a mesma que me despertou na dispensa. –O porão... – Sussurrou novamente. Abri rapidamente a porta de meu quarto e com toda a velocidade desci as escadas feito um louco, apenas desviando dos brinquedos de Carly e Susan, porém não percebi quando me aproximei de um objeto amarelo. Tentei me esquivar, mas já era tarde demais; o maldito Bob Esponja fez-me cair, rolando todos os degraus durante alguns segundos e aterrissando sobre o piso duro da madeira da sala de estar.

Não perdi a consciência, mas sentia como se estivesse sido atropelado por um caminhão.

-Laura?! – Gritei, mas não houve nem sinal dela. Eu a entendo. Espero que ela não tenha ouvido o barulho desta humilhante queda. Carly me paga! Ignorei a dor e segui até a cozinha onde vi que a louça ainda não havia sido lavada graças ao bendito sabão que eu não consegui buscar. Dei de ombros e continuei a andar, dessa vez mais devagar para evitar outra constrangedora queda.

Havia uma porta ao lado da enorme geladeira, não senti curiosidade, minha mente estava apenas focada em desculpar-me com Laura, mas para isso precisaria primeiro encontrá-la

-A porta. – A mesma voz falou. Olhei para todos os lados, mas nada vi. Já que você quer brincar, vamos em frente. Voltei até a porta e abri devagar, tentando evitar qualquer ruído, mas o irritante barulho insistiu em aparecer.

-Parece aquele barulho de quando alguém abre a porta e algo ruim vai acontecer. Aqui estou eu obedecendo a uma voz que ouvi apenas uma vez e ainda por cima, falando sozinho. Ótimo, estou ficando louco mesmo. – Ignorei minha idiotice e apertei um botão onde o lugar foi iluminado. Respirei fundo e entrei, foi então que me deparei com o meu pior pesadelo, uma imensa escada. –Que ótimo, será que tem um Bob Esponja gigante aí em baixo? –

Desta vez, com cuidado e observando cada degrau onde eu depositava meus pés, consegui descer as escadas sem cair.

-Parabéns, mereço um prêmio. – Por um momento acreditei que estava mesmo ficando louco, mas lembrei que ao cair bati minha cabeça, esse deve ser o efeito colateral.

Algumas lâmpadas estavam piscando, mas ignorei e continuei a caminhar. O local onde eu estava era imenso, maior que meu quarto “Uma pintura, mobília nova e ficaria bem legal”. Móveis empoeirados, caixas vazias, havia de tudo lá. Não vi nada que me chamasse atenção, até que meus olhos visualizaram um quadro, com a foto de uma família.

Três pessoas me eram familiar; o louco assassino; o garoto e a garota. Havia outra, acho que deveria ser mãe dos dois. Era uma foto meio antiga, eles estavam em frente a nossa casa, mas outra coisa me chamou atenção. Atrás dessa família havia mais que uma casa, um vulto negro destacou-se; seu corpo não podia ser visto direito, mas era um homem, aproximadamente 1,70m, cabelos escuros e pele levemente visível, mas seus olhos eram negros como a noite, e assustava a qualquer um.

Retirei a foto do quadro e a segurei. Continuei procurando pistas, mas nada encontrei além de um velho rádio, uma lanterna quebrada e velhas roupas.

O local estava silencioso, até que um barulho veio por trás de algumas caixas vazias. Com gotas de suor escorrendo por meu rosto, notei que a temperatura estava alta e a dificuldade de respirar era pequena, mas incomodava. Ignorei tudo e andei poucos passos até ficar à uma pequena distância das caixas, que agora se mexiam como se algo estivesse vivo dentro delas.

Estranho, achei que estavam vazias.

Aproximei minha mão lentamente e abri uma delas. Estava vazia, mas me senti forçado a verificar as outras duas. Abri a segunda e apenas aranhas e outros insetos estavam nela. Nossa, estou com medo de alguns insetos? Ryan, você está me dando medo!

Virei e deixei apenas uma caixa fechada. Continuei a procurar fotos ou coisa do tipo, mas a caixa se mexeu novamente. Dessa vez caindo ainda fechada. A escuridão dominou o local, luzes se apagaram e o rangido irritante da porta foi tudo o que ouvi até o silêncio tomar conta do lugar. Segundos depois as luzes voltaram a funcionar, mas a caixa estava aberta. Tentei ignorar, mas senti algo pousar em meu ombro, pensei que era uma mão, olhei, mas não era nada. As luzes se apagaram e dessa vez outra parte de meu corpo foi apalpada; minha perna. Senti perfeitamente o formato dos dedos escorregadios deslizando até meu calcanhar.

Em um momento de desespero, corri esbarrando nos poucos móveis do cômodo e com dificuldades subi as escadas até que...

Caminhando lentamente, chutando as pequenas pedras que ficavam em meu caminho, eu pensava nas palavras de Ryan. Estava indo tudo tão bem, eu tento, mas não consigo acreditar, isso parece loucura.

-Bom dia, minha filha. – Uma voz doce soou a minha frente. Vinha tão distraída que não percebi que já tinha chego à igreja.

-Bom dia. – Fiz uma pausa e continuei. –Padre, teria um tempinho para falar comigo? –

-Claro que sim, entre. A casa de Deus é a casa de todos nós. –

Ele parou de varrer a entrada e me guiou até a imensa porta de entrada da igreja. Senti-me um pouco culpada por interromper o Padre de sua rotina, mas o que tenho a dizer é muito importante. Eu o seguia admirando sua batina preta que brilhava ao entrar em contato com os raios solares. A igreja não era tão grande, havia vários bancos, algumas senhoras rezando, quadros pregados a parede, e o altar estava lindo, ainda com a decoração de natal, mas estamos no fim de janeiro... Bem, não vim aqui para falar mal da igreja. O Padre continuava a caminhar em direção a uma porta atrás do confessionário e pediu para que eu o seguisse. O obedeci, até que entramos em uma sala não muito grande, mas espaçosa. Ele pediu para que eu ficasse a vontade e eu me sentei.

-Então, o que posso fazer por você, minha filha? – Indagou.

-Não é que seja para mim, mas o senhor precisa me ajudar. –

-O que está acontecendo de tão grave assim? – Perguntou ele mais aflito.

-O senhor acredita quando uma pessoa diz que está tendo visões ou ouvindo vozes? – Sutileza não é minha qualidade, mas não estou nem aí. Ele ficou em silêncio por algum tempo e logo depois falou.

-Bom, muita gente diria que essa pessoa estaria louca, mas eu não acredito que sim. Se Deus comunicou a Moisés para que fizesse tudo o que fez e o melhor aconteceu, ele conseguiu livrar seu povo da escravidão. –

-O meu fi... Enteado, anda vendo e ouvindo essas “coisas”. Ele já falou comigo sobre isso, mas eu não consegui compreendê-lo. –

-Hum, vejo que se preocupa com ele. –

-É, me preocupo muito. –

-Qual é a idade dele? –

-16 anos. –

-Ele realmente está tendo problemas, já é um adolescente, e creio que ele não faria tudo isso para chamar atenção, então... – Ele fez uma pausa.

-Então o quê? –

-Ele perdeu alguém recentemente? –

-Não exatamente. Sua mãe faleceu há algum tempo. –

-Onde vocês moram? –

-Na antiga casa, acabamos de nos mudar. –

-Vocês são os Sullivan? –

-Sim. –

-Então quer dizer que vocês estão morando na velha Mansão Shouthvill? –

-Sim, é... – Fui interrompida.

-Preciso continuar com meus afazeres, ainda há muita coisa para fazer, sinto muito, depois conversamos. –

Fiquei confusa, o que deu nele? Ele ficou nervoso assim que descobriu onde morávamos e então saiu às pressas me deixando sozinha. Certa curiosidade me invadiu, mas meus pensamentos cessaram quando uma palavra me veio aos meus ouvidos.

-Ryan. – A voz baixa, mas perceptível fez com que um frio subisse minha espinha. Não pensei duas vezes, saí correndo pela igreja chamando a atenção de todos. O caminho parecia nunca acabar, até que por fim eu podia observar a enorme casa, mas ela não foi a única coisa que vi. Um vulto negro vagava pelo quarto de Ryan ficando a mostra pela janela.

-Ryan, onde você está? – Gritei assim que entrei em casa, mas o silêncio permaneceu. Subi as escadas como uma condenada fugindo da polícia, entrei no quarto de Ryan e nada, assim como todos os outros cômodos. Onde esse garoto está?

Movida não sei pelo o quê, desci as escadas e fui em direção a cozinha.

-O porão. – Falou a mesma voz novamente. Sem mas nem menos, abri a porta ao lado da geladeira e nada pude ver, tentei ligar as luzes, mas nada aconteceu. Desci cada degrau devagar para evitar qualquer descuido e me apoiando no corrimão, consegui chegar ao final.

-Ryan? – Chamei, mas nada ouvi além do eco de minha voz. Dei mais um passo a frente e esbarrei meu pé em algo, não pude ver o que era, agachei-me e o toquei. Não acreditei no que senti, meus dedos seguravam uma cabeça, uma mistura de sangue com cabelos. –Ryan! – Gritei novamente.


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Notas finais do capítulo

E então ? o que acharam? O proximo capitulo vai sair em breve e eu posso adiantar que elee vai ser bem grande!!!! Até lá, obrigado por ler !! ABraços..