O Universo a Nosso Favor escrita por Ledger


Capítulo 8
Oito - A família Hyuuga


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpa a demora para postar esse capítulo, mas essa semana está lotada! Saio de casa ás 09:00, volto as 20:00! E chego cansada viu? Estou meio que sem tempo de postar, desculpem. Mas semana que vem vou postar, e muito!
Bom, eu gostaria de, primeiramente, agradecer a vocês. Sei que eu não tenho muitas escritoras, mas as que tenho aqui são tão fiéis, continuam lendo, isso me deixa muito, mas muito feliz! Então, obrigada vocês! Gostaria de falar também, que estou preparando uma história nova, uma original, e vou adiantar que tem piratas no meio? Hm, quem gosta? Postarei ela em breve no Nyah, mas pretendo ter pelo menos até o décimo capítulo pronto. Até isso... vai demorar um pouco.
UAHSAUSH entao é isso gente, to aqui enrolando...lá vai o oitavo capítulo aí, é meio tenso, mas é legal .
Beijo!



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-         Nada demais – respondeu-me, monotamente.

Resolvi deixar para lá.

Sentei-me na calçada, e ele ao meu lado. Respirou fundo. Percebi que era difícil para ele falar sobre isso.

-         Bom... Meu tio, pai da Hinata, tem um sério problema com álcool e drogas. Há muito tempo, desde que eu tinha 8 anos. – ele respirou fundo novamente, para prosseguir – sempre foi agressivo... Eu já estava acostumado. Ele sempre batia em mim quando eu fazia algo que o irritava, mas tudo bem. Até o dia em que ele passou dos limites.

-         O que aconteceu?

-         Bom... – Neji abaixou a cabeça, e bufou – até o dia em que ele enfiou uma faca em meu braço.

Arregalei os olhos. O que?

-         Ele tinha chegado bêbado em casa, e eu, conseqüentemente estava lá, com a Hinata. Ele estava nervoso, não tinha dinheiro para comprar mais pinga, e pediu a Hinata. Ela não tinha, então ele partiu pra cima dela. Eu fui protege-la, e aí... – ele levou as mãos em sua cabeça.

-         Tudo bem – disse eu – não precisa mais falar.

-         E hoje – ele levantou-se, com os punhos fechados – ele machucou a Hinata. Espancou-a. Ele está ferrado. O juizado de menores já estava de olho nele, agora então... Hinata vai morar comigo.

Sorri.

-         Então espero que sejam felizes.

Neji sorriu de volta para mim.

Aquilo era estranho. Totalmente estranho. Eu estava conversando calmamente com Hyuuga Neji, o menino que mais me irritava na face da terra. Fiquei comovida com sua história, confesso. Achei... Bonito o modo como ele protegia a prima.

O celular de Neji tocou.

Ele mostrou para mim, e lá estava o nome de minha mãe.

-         Alô? – ele sorriu – Sim, senhora Mitsashi, ela está comigo. – ele fez uma cara confusa, e o vi ficando vermelho – é claro que não, senhora. Ok. Estou levando-a para sua casa. Tchau.

Ele desligou o telefone.

-         O que ela disse? – perguntei.

-         Perguntou onde você estava.

-         Isso eu sei... Estou falando o que ela disse que te deixou vermelho e sem graça?

Ele engoliu seco. Não iria me falar.

-         Fale-me – ordenei.

-         Não.

Bufei.

-         Porque não consigo arrancar nada da sua boca?

-         Porque não é persistente.

-         Porque você é teimoso, como eu.

Ele deu de ombros.

-         Vamos embora – disse-me – sua mãe está preocupada. Não consegue falar com você.

-         É claro, o meu celular foi pro brejo graças a algum ser.

Ele riu; um riso sincero, que eu nunca havia visto Neji dar.

Sorri.

-         Então... Acho que vou ter de fazer o mesmo com o seu!

Peguei o celular da mão de Neji, e sai correndo. Ele ficou apavorado. Eu ria sem parar, e corria pela rua, enquanto algumas poucas pessoas que ainda estavam lá (pudera, já passava de meia-noite) me olhavam como se eu fosse louca.

-         Vou ficar para mim. – eu disse, e entrei em um beco, que era um atalho para minha casa.

-         TenTen, não entre aí... – gritou-me Neji, mas já era tarde demais.

O beco todo estava escuro. Não tinha nenhuma iluminação. Fui andando devagar, e respirei fundo. Se algum tarado quisesse me estuprar, eu dava uma de direita nele.

Dei um passo. E mais um. Há. Até agora, nada havia acontecido comigo.

Porque fui pensar isso?

Senti algo tampar minha boca. Gritei, esperneei, e bati no meu seqüestrador. Ele foi adentrando no beco, e me carregou até o mesmo acabar. Quando finalmente saímos do beco, eu consegui me soltar.

Virei-me para encher um soco no seqüestrador...

 

... E vi Neji gargalhando diante de mim.

-         O que...?

-         Tinha de ver a sua cara! – Neji ria como eu nunca pensei que o veria rindo – você...- ele não conseguia concluir a frase, porque continuava a rir, sem parar.

O encarei.

-         Você quase me matou, de tanto susto.

Ele sorriu.

-         Ótimo, esse era o objetivo.

Sorri.

-         Mas eu ainda tenho o seu celular.

Fui andando tranqüilamente. Já dava para ver minha casa, do local onde eu estava. Enquanto andava, comecei a espirrar. Merda. Aquela chuva havia me deixado resfriada.

-         Você vai ficar gripada – avisou-me Neji, ficando novamente sério, como era. E, ao falar isso, espirrou também.

-         Pelo visto, você também.

Ele sorriu.

Fomos andando, até chegar em minha casa. Despedi-me dele, e ele avisou-me que não iríamos ter aula no dia seguinte, pois ele tinha de cuidar de Hinata. Falei para ele que iria visitá-la no dia seguinte.

Ele assentiu; depois de sua explicação, acho que não via mais problema de eu ir até lá.

Cheguei em casa cansada; e ainda tive que encarar pais furiosos.

-         Onde você estava? – perguntou minha mãe.

-         Você está namorando o menino Hyuuga? – dessa vez foi meu pai.

-         Se estiverem TenTen, usem camisinha e...

-         Ele é um bom rapaz – disse meu pai, sorrindo – mas tomem cuidado, e...

-         Droga! – Esbravejei, e eles ficaram quietos – não estou namorando Neji, eu só sai porque uma amiga minha estava no hospital, e coincidentemente, ela é prima do Neji. Só.

Então era isso que Neji estava tentando esconder de mim? Há. Não deu certo.

-         Você tem uma amiga, TenTen? – perguntaram os dois, juntos.

Nossa.

-         Acham que eu sou altista? É claro que tenho!

-         Não. Não é isso que você pensou. Quis dizer, assim... Você só tem amigos... Meninos.

-         Ah – respondi.

-         Isso é bom – disse meu pai, com um sorriso enorme – talvez você fique mais feminina, e aí vamos poder ir no baile...

-         Baile? – perguntei, estranhando – que baile?

-         Bom... – começou minha mãe, e vi que dentro dela nascia um entusiasmo enorme. Minha mãe era super feminista – sabe o Lee?

Pensei. Eu lembrava de Lee. Rock Lee tinha sido meu amigo de infância, e havia tempo que eu não o via.

-         É claro – respondi.

-         Então... – minha mãe já estava dando pulinhos – os pais dele vão dar um baile, daqui a um mês, e já nos chamaram! Achamos que você não iria querer ir!

-         E não vou! – eu disse, sentando-me no sofá – baile é para maricas.

-         Não somos maricas – disseram os dois juntos.

Sorri.

-         São sim.

Minha mãe emburrou e saiu da sala. Ela parecia mais adolescente do que eu.

-         A questão é... – começou meu pai – gostaríamos que você fosse, minha filha. Por mim, por sua mãe, pelo Lee. Pelo menos você terá alguém para conversar lá.

Pensei naquilo. Eu... Acho que poderia fazer aquilo por meus pais.

-         ACHO que posso ir – eu disse, levantando-me do sofá – mas não esperem que eu vá usar um vestido. E porque estão tão entusiasmados? É só daqui a um mês.

-         Bom... – meu pai sorriu – você sabe... A família de Lee tem dinheiro... Temos que ir no mínimo arrumados.

-         Precisam de um mês para se arrumar?

Meu pai me ignorou; foi chamar minha mãe para jantar.

-         Porque não jantaram?

-         Ah... – meu pai suspirou – queríamos jantar com você.

-         Mas... São uma hora da manhã!

-         Sabemos.

 

Jantamos os três. Falamos sobre tudo: escola, religião, trabalho, vestibular, mas o que mais se ressaltou foi o maldito baile.

-         Porque gostam tanto disso? – indaguei, indo em direção a cozinha, para lavar a louça  - Quero dizer, sobre o baile. Eu não vejo nada demais.

-         Ah – minha mãe suspirou – cada um tem seu gosto, TenTen. Eu e o seu pai adoramos uma festa. Já você... Prefere ficar em casa. As pessoas têm gostos diferentes, graças a Deus. Imagine se todos fossemos iguais, seria chato, não?

Assenti.

-         Nisso você tem razão.

Ao terminar de lavar a louça, subi para o meu quarto. Estava cansada, e amanhã ainda tinha aula. Estava feliz, de certo modo. Gostei do pequeno momento que tive com meus pais, afinal, isso era raro. Estava feliz por ter descoberto o enigma de Neji, e por Usui estar lá quando precisei. Apesar de tudo, tinha sido um dia interessante.

 

Dormi feliz.

 

Acordei com despertador tocando. Levantei, cambaleando, e fui para o banheiro. Ao ver minha cara no espelho, levei um susto. Eu estava mal.

-         TenTen! – ouvi minha mãe gritando, e chegando em meu quarto – sem escola hoje, menina! Passou mal a noite, quer dizer, a madrugada inteira! Nada de escola! Deita aí de novo...

Ela me colocou na cama; e me fez tomar xarope.

Eca, como eu odeio xarope.

Minha mãe me disse que espirrei e vomitei a madrugada inteira. Tudo bem, a chuva havia feito eu ficar gripada, mas... Não fazia você vomitar.

Então... Porque eu vomitava?

Resolvi pensar sobre isso depois.

 

Passei a manhã inteira em casa, vomitando. Foi algo realmente nojento, que eu não fazia desde criança. Quando deu por volta de três horas da tarde, o telefone tocou. Era Kiba.

-         Você ficou maluca, TenTen? Porque faltou aula hoje?

-         Ah... Estou vomitando – respondi.

-         TenTen, hoje teve três provas!

-         O QUE? – berrei. – Como assim três provas?

-         Pois é – disse-me Kiba – e as três foram fodas, viu. Acho que este tutor não está lhe adiantando muito.

Eu ri.

-         Você sabia que nunca adiantaria.

Ficamos em silêncio; resolvi tocar no assunto.

-         E Hinata? Como esta?

Kiba ficou em silêncio  por um tempo; devia estar reunindo forças para falar.

-         Está mal, bem mal – ele bufou – que pai em sã consciência faz isso, TenTen? Ela está com feridas graves, e eu, Naruto, e Neji estávamos lá com ela, o tempo inteiro. Só teve um minuto em que Neji saiu, para... – ele tossiu – levar uma certa pessoa que estava dormindo na sala de espera para a casa.

-         Ah, não fui eu que pedi, Kiba. Eu ia ver Hinata, mas acabei dormindo.

-         Bom... Vou passar lá hoje. Quer ir comigo?

Pensei no caso.

-         Estou mal, mas... – suspirei – odeio ficar parada, então vamos. Mas minha mãe não pode ficar sabendo, então... Não toque em minha casa, eu vou até a sua. E... que horas?

-         Daqui a uma hora? – perguntou-me.

-         Pode ser. Tchau.

Desliguei o telefone, e fui para o banheiro. Eu precisava de um belo banho.

 

Encontrei-me com Kiba em sua casa. Ele estava com uma aparência ruim, cansada. Deve ter ficado acordado a noite inteira, pelo que eu conheço dele.

-         Você está bem? – perguntei, preocupada. Eu me importava bastante com Kiba.

Ele fez cara de dúvida.

-         Não sei bem... Acho que sim, e acho que não.

Fomos andando, e conversando; ele contou-me sobre as provas, uma de matemática, outra de inglês, e a pior: ciências. Merda. Eu tinha faltado justo quando tinha prova de ciências?

-         Você esqueceu que todos os três professores nos avisaram sobre a prova? – perguntou-me Kiba.

Sorri amarelo.

-         Acho que sim.

Continuamos andando. Resolvi perguntar o que eu temia.

-         E porque foi na aula? Achei que não fosse por causa...

-         Ah... – começou ele, tentando disfarçar a tristeza – minha mãe me obrigou a ir, e você sabe, minhas notas não são das melhores...

-         Entendo.

Pegamos um metrô, que nos levaria até o hospital. Pegar um táxi sairia caro demais, e sabe, não somos ricos.

Chegamos quatro horas ao hospital. Tempo certo do horário de visita.

Entramos, e nos dirigimos ao quarto 208. Quando entrei, lá estava Neji, sentado em uma poltrona, dormindo. Hinata lia um livro, Percy Jackson e os Olimpianos, e sorriu quando nos viu entrar.

Kiba correu até ela.

-         Você está bem? Onde está o Naruto?

-         Estou bem... – começou ela, fechando o livro e abraçando Kiba – Naruto saiu rapidinho, tinha um compromisso. Olá, TenTen-Chan.

-         Oi, Hinata.

Dei um abraço nela. Eu gostava de Hinata. Seu jeito doce, delicado, era um amor.

-         Não pense que esqueci de você! – eu disse, sorrindo. – eu vim ontem, mas um certo alguém me levou de volta para a casa...

Ela sorriu.

-         Ah, Neji-niisan estava fazendo isso para o seu bem.

Sorri novamente.

E espirrei.

Merda.

-         Está gripada? – perguntou-me Hinata.

-         Ah passei mal hoje de manhã, sabe como é...

-         Então o que está fazendo aqui? – perguntou-me Hinata – você deve estar mal. Vá já para a casa, TenTen-Chan!

-         Há, não mesmo – eu disse, sentando-me em uma cadeira – ah, e eu trouxe isso para você.

Deixei uma caixa de bombons em cima de uma mesa, onde havia vários presentes para a garota.

-         Sei que adora chocolates.

Ela sorriu.

-         Obrigada, TenTen-Chan.

Olhei para Neji; ele dormia tranqüilamente, então resolvi brincar com ele.

Peguei um graveto que tinha sobre a mesa e me aproximei dele; Sentei ao seu lado, e quando fui passar o graveto por dentro de sua orelha, ele disse:

-         Pensou que eu ia cair nessa?

Droga.

Ele abriu os olhos, e pegou minha mão. Olhou-me estranho.

-         O que houve com você?

-         Ahn... Nada.

-         Quer dizer... Está com um nariz vermelho...

-         Virei palhaça.

-         Isso você sempre foi.

-         Cale a boca.

-         Cale a boca você.

-         Af – disse Kiba, resmungando – se forem brigar, por favor, que seja fora daqui.

Olhei para Kiba.

-         Não estou brigando.

-         Está sim – disse Neji.

-         Já pode soltar minha mão – eu disse para ele, e levantei. Mas que saco. Eu não podia ficar um minuto sequer sem brigar com ninguém?

-         Bom, Hinata... Melhoras. Não sei se consigo vim ver você amanhã, pois é sábado, mas acho que venho domingo.

-         Tudo bem – Hinata sorriu – obrigada pela visita, TenTen-Chan. E... Melhoras.

-         Melhoras? – perguntou Neji, olhando-me – você está mal?

-         Eu? Eu estou bem, é só que...

Senti o chão tremer, e a sala a rodar um pouco. Apoiei-me em algo.

-         Estou bem... – repeti.

A visão de Kiba e Hinata foi ficando fosca; até que finalmente tudo ficou preto, e eu cai.

 

 


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Notas finais do capítulo

então, gostaram? Ui, o que será que aconteceu com a TenTen?