O Universo a Nosso Favor escrita por Ledger


Capítulo 7
Sete - Direto do Maid of Love para o Hospital


Notas iniciais do capítulo

entãaaaao gente. Esse capítulo a seguir eu acho meio kawaii. UAHSUAHSUASH espero realmente que gostem, o clima entre a TenTen e o Neji ta melhorando... Ainda não explicou o que aconteceu com a Hinats, mas logo logo ta explicado! Queria saber se gostaram do Usui, eu, pessoalmente, adoro ele.
Beijos, e obrigada por lerem !



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Sim. Eu estava puta.

Muito puta.

Não voltei para a casa; meu “ânimo” não permitia isso.

Sentei-me em uma calçada qualquer, e fiquei pensando. Eu sou uma pessoa orgulhosa. Só penso em mim mesma. Sou egoísta, fútil, e hipócrita.

E, quando eu me importo com UMA, apenas UMA pessoa, ela me manda embora e diz que não preciso cuidar de seus problemas.

Vá se fuder, Hyuuga Neji.

A chuva ficava mais forte a medida que anoitecia. Mas era ali que eu me sentia bem. Sozinha, sem absolutamente ninguém conhecido por perto.

Mas logo senti o cheiro do café.

Olhei para trás. Eu estava sentada em frente a um café de Cosplay, chamado “Maid of Love”.U-au. Que maravilha.

Dentro do café, via-se meninas vestidas de empregadas, e atendendo carinhosamente seus clientes. 99% deles eram homens.

Levantei-me. Iria tomar um café.

Entrei lá, e sentei-me em uma mesa. Uma menina fofa veio falar comigo, perguntando o que eu gostaria de comer. Pedi apenas um café. Era tudo o que eu precisava. Algo que me deixasse... Viva.

Soltei meu cabelo, algo que eu fazia pouco. Respirei fundo, e falei para mim mesma que esqueceria tudo.

-         O que a senhora Mitsashi tanto pensa ai?

Olhei para o lado. Lá estava Usui, sentado ao meu lado, sorrindo.

-         Hm... Você também é daqueles homens que se sente excitado por meninas vestidas de empregada?

Ele riu.

-         Não, é que... Meu pai é dono daqui.

-         Ah. Que sofisticação.

Ele riu.

Ficamos um tempo em silêncio. Até que Usui o cortou.

-         Ta, pode contar.O que houve? Está com uma cara péssima.

Arregalei os olhos, surpresa.

-         Conhece-me a menos de um dia, como sabe que estou mal? Você é vidente? Ah, e outra – tentei disfarçar, mas foi em vão – não estou mal.

Ele riu.

-         É claro que não.

-         Ta, você venceu. Mas... Como você percebeu...?

-         Ah...É fácil entender você.

-         Isso é um elogio?

-         Não sei. Interprete da sua maneira.

Sorri.

-         Vou levar como um elogio.

Continuamos conversando; expliquei sobre a escola, Hinata, Kiba, e Neji. E a confusão de hoje.

Usui ficou pensativo.

-         Esse Neji... Tem cara de ser um cara que não gosta de mostrar seus defeitos, acha que é fraqueza.

-         Ah – bufei – os defeitos dele são fraqueza. Não os meus.

Usui sorriu.

-         Você...?

-         NÃO! MIL VEZES NÃO!

-         Calma, eu só ia perguntar se você já viu como você é teimosa.

-         Sou?

Usui assentiu.

-         Agora, essa Hinata... Pelo o que você diz, tem cara de bonequinha de porcelana. Parece que quebra. Gosto de meninas assim.

Dei um soco em seu ombro.

-         Ela tem namorado, seu tapado.

-         E isso me impede? – ele deu um sorriso malicioso.

-         O que irá te impedir é o soco que darei na sua cara.

Ele fez biquinho.

-         Ta com ciúmes?

Eu gargalhei.

-         Com certeza, Usui. A verdade é que eu te conheço a menos de um dia, e já te amo sabe. Foi amor a primeira vista.

-         Então dá beijinho vai. – ele fez beicinho.

Peguei sua boca e enfiei ela no sorvete que o mesmo havia pedido.

-         Come Usui, come.

Ele riu, e limpou a boca.

-         Agora, esse Kiba... – ele fez pose de Platão – tem cara de quem é nervoso, e não sabe falar sobre sentimentos. E que gosta mesmo dessa Hinata.

-         É, e ele gosta.

-         Aí você tem de falar assim: Desculpa Kiba-kun, mas a Hinata já é do Usui-kun.

-         Cale a boca, pamonha.

Eu gostava de conversar com Usui. Era natural, livre, leve, solto. Eu não me sentia presa como me sentia quando estava com Neji. Usui era tranqüilo, e estava sempre rindo. Ofereceu-me para me deixar em casa, mas eu neguei.

-         Não estou indo para a casa. Vou para o hospital.

-         Hm... vá com fé, TenTen-Chan.

-         Fique com Buda, Usui-kun.

Usui riu.

-         Ah não, Buda é muito feio para mim.

Eu ri.

-         Então venha comigo.

Usui me olhou estranho.

-         Sério?

Assenti.

-         Neji não pode me impedir de fazer nada, e eu tenho o direito de saber o que aconteceu com Hinata.

-         Então vamos, Mademoiselle.

-         Of course, my sir.

Fomos andando. A chuva havia passado, e eu ia desembaraçando meu cabelo no caminho. Prendi-o de novo. Ele estava uma tragédia.

Era fácil saber em qual hospital Hinata estaria; era fácil demais.

O hospital dos Uzumaki.

Os famosos Uzumaki. Eram ricos, e ricos. Médicos muito famosos em Konoha, e muito reconhecidos na cidade. E, Hinata ainda namorava o filho deles.

O meu Deus! Em qual hospital será que ela estaria?

Era um hospital longe, no entanto. Pegamos um táxi, e, depois de 10 minutos, chegamos finalmente ao nosso destino.

 

Eu olhei-o de fora. Era enorme.

-         Muito bem – olhei para Usui – vamos lá.

 

 

Ao entrar no hospital, fui direto para a Central de Atendimento.

-         Boa Noite – disse eu, para a mulher que estava no balcão – Eu gostaria de visitar  a paciente Hyuuga Hinata.

A mulher sorriu. Pegou o telefone, e discou um número.

-         Oi, Yuki. Temos uma visita para Hyuuga Hinata, do quarto 208 – a mulher ouviu a outra pessoa respondendo, e suspirou – sim, ok. Direi para ela.

A mulher virou-se para mim, sorrindo.

-         Lamento informar, mas o horário de visita é só a meia-noite. E ainda são oito horas.

Bufei. Que horário de visita bom, em?

-         Não tem problema – disse eu – eu espero.

Usui me olhou como se eu fosse louca.

-         Hm... você tem uma quedinha por essa Hinata?

Dessa vez, eu olhei para ele como se fosse louco.

-         Claro que não, eu não sou lésbica. É só que... Sei lá, porra. Ela é importante.

Usui assentiu, e sentou-se comigo na sala de espera.

-         Pode ir se quiser – eu disse, pegando uma revista – você não tem nada a ver com isso.

-         Bom... eu realmente não queria te deixar aqui sozinha, mas estou em semana de provas na escola – ele coçou a cabeça – e amanhã é matemática.

-         Pode ir – repeti, e levantei para me despedir dele. Dei um abraço no mesmo. Eca. Eu não costumava fazer isso. – O-o-obrigada por hoje.

Ele viu que eu estava nervosa.

E riu.

-         Tudo bem, TenTen-Chan, sei que eu sou sedutor, e você sempre fica nervosa quando está perto de mim.

Dei um tapa em sua cara.

-         Fica quieto, Usui. Eu... ah, deixa pra lá.

Sentei  de novo na poltrona, e voltei a folhear a revista. Eu não via problema em esperar. Eu via problema no que Usui acabara de falar. Quer dizer... Hm, eu achava ele...Sedutor? Aí, eca, foco TenTen, foco. Usui não tem nada de bonito, nada de sedutor... Ele é um nada.

Depois de folhear todas as revistas, eu fiquei cansada. Mas não. Não iria embora. Eu gostava de Hinata, e ficaria lá por ela.

Bocejei. Merda. Estava começando a ficar com sono. Espreguicei, e aos poucos, sem perceber, adormeci.

-

 

Eu corria. Corria sem parar, e fugia de algo desconhecido. Chovia forte, e eu procurava um lugar seco e coberto para ficar. Tropecei. Olhei para trás, preocupada com a coisa que corria atrás de mim. Levantei, e continuei correndo, dessa vez mais rápida. E, de repente, sem nenhum motivo, parei. Olhei para trás. Neji se encontrava agora a minha frente. Suspirei.

“O que você quer?” Perguntei.

Neji olhou no fundo dos meus olhos.

“Vá cuidar da sua vida, Mitsashi. Cada um tem a sua. Não preciso que cuide da minha, e muito menos se preocupe com ela. Cuide de seus problemas... Não quero você na minha vida”.

“Não precisa repetir isso!” Esbravejei “Não quero mais ouvir nada vindo de você!”

Senti alguém tocar em meu ombro. Olhei para trás, e lá estava Usui.

“Não é assim que se trata uma dama...” Começou Usui a falar, encarando Neji “Neji-Kun”.

Eu ri com desdém.

“Não sou uma dama.”

Os dois me olharam, surpresos, e falaram juntos:

“É claro que é!”

Acordei.

Senti que estava balançando. Eu não estava em terra firme.

Abri os olhos, e percebi que estava no colo de alguém.

De um certo alguém.

-         Porque você não é uma dama? – perguntou-me Neji, ainda que não me olhasse nos olhos.

-         Ahn?

-         Você fala enquanto dorme – disse-me ele, friamente.

Fiquei vermelha. Merda. Eu falava enquanto dormia?

-         Espera... o que estou fazendo aqui?

Neji continuou olhando para frente, e não me respondeu.

-         SEU IDIOTA, O QUE ESTOU FAZENDO AQUI?

Neji bufou.

-         Você dormiu no hospital, então, estou te levando para a casa. Falei para você não se preocupar mais comigo.

-         Não estava preocupada com você, idiota! Estava preocupada com Hinata! Me solta! Eu quero vê-la!

-         Já estamos quase na sua casa, e o horário de visita já terminou.

Eu não conseguia acreditar. Eu fiquei quatro horas lá por causa da Hinata, e ele havia me trazido de volta?

-         Neji, seu merda! Me põe no chão, eu preciso ver a Hinata, caralho! Neji, seu idiota!

Eu estava com tanta raiva, que comecei a soca-lo. Mas foi ai que ele me segurou forte, e continuou andando, sem fazer nada.

Continuei socando-o . Mas que grande merda.

-         Devia lavar sua boca, Mitsashi. Você fala muito palavrão.

-         E daí, PORRA? Eu quero voltar! Quero ver a Hinata!

Finalmente Neji me pôs no chão. Colocou as mãos em meus ombros, e disse:

-         Seus pais estão morrendo de preocupação. Não se importa com eles?

-         Me importo com eles, mas também me importo com Hinata!

Neji bufou mais uma vez.

-         Sua teimosia é uma... – ele procurou palavras adequadas, mas não achou – Merda.

Me pegou pela cintura, e colocou-me em seu ombro.

-         Olha, o fabuloso Hyuuga Neji falou um palavrão... – disse eu, ironicamente – já merece ganhar um Oscar!

-         Cale...A boca.

Espere. Eu estava conseguindo deixa-lo irritado? Estava conseguindo essa façanha?

-         Ah, tem alguém irritadinho, tem? – eu ri, cinicamente – Ah, não fique irritado, Hyuuga. Eu posso fazer um chá pra você lá em casa. Quantas gotas de adoçante deseja?

Ele me colocou no chão de novo.

-         Muito bem – ele respirou fundo, tentando se acalmar. – quer saber o que aconteceu com a Hinata, não quer? Pois bem. Sente-se aí, que eu vou contar tudo. Mas espero que não abra a boca por nenhum segundo da minha explicação, senão terei de fecha-la.

Eu ri nervosa.

-         O que quis dizer com isso?

 


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