O Universo a Nosso Favor escrita por Ledger


Capítulo 6
Seis - Uma pessoa nova em minha vida


Notas iniciais do capítulo

oi oi gnt Bom, queria mais uma vez agradecer pelos reviews que estão mandando, e dar boas vindas as novas leitoras! Espero realmente que gostem Então geeente, esse capítulo eu amo, é um dos meus preferidos, HOHO. Vai acontecer uma coisa tensa no final, só adianto isso -q
beijocas, espero que gostem!



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Girei o corpo de Neji, para que suas costas ficassem viradas para mim. Puxei seus dois braços para trás, e sentei em suas costas.

Sorri, vitoriosa.

Neji estava um pouco surpreso. Foi essa expressão de surpresa que eu vi no garoto igualzinho ao mesmo na praça.

-         Te peguei – eu disse, rindo – terá de comprar um celular novo para mim, Hyuuga. E todos os meus cds.

Neji virou o rosto para mim. Não inteiro, pois isso não era possível. Mas o bastante para eu ver que o menino tinha um olho roxo.

Soltei-o na hora.

-         O... o que houve? – indaguei.

Neji pulou em cima de mim. Segurava meus braços.

Merda, ele havia me pego.

-         Não irei comprar nada, Mitsashi – vi o sorriso de vitória em seu rosto – meus alunos não podem ter más influências assim.

Droga. Ele havia ganhado.

Ele saiu de cima de mim – graças aos céus – e disse-me:

-         Como não compareceu a aula hoje...

-         Você nem me avisou que teria!

-         ... Teremos uma aula... Adivinha?

Olhei para ele, como se fosse louco.

-         Uma aula...?

-         De madrugada! – respondeu-me, sorrindo.

Eu o encarei. Concerteza, Neji Hyuuga havia vindo do próprio demônio.

-         Quer que façamos uma aula a noite? De madrugada?

Ele assentiu, já pegando seu livro.

-         Muito bem... Para onde vamos?

-         Vamos ficar aqui – disse-me.

Ele foi até um canto, onde havia sua mochila. Pegou 5 livros enormes, e quando digo enormes, é enormes mesmo. Sorriu, e colocou-os na minha mesa.

-         Vamos estudar.

-

Passei minha madrugada inteira fazendo exercícios de física, química, matemática, inglês, espanhol e ciências.

Sim. As melhores matérias possíveis.

Eu devia estar um caco ás seis horas da manha – quando finalmente terminei todos eles, sem reclamar de nada.

Neji ainda estava lá. Lendo o seu livrinho.

-         O que tem de tão bom nesse livro? – perguntei, colocando todos os livros enormes dentro de sua mochila.

Ele não me respondeu. Novidade.

Fui até o banheiro, e lavei meu rosto.

-         Neji. Você já pode ir embora, eu terminei.

Ele levantou os olhos.

-         Falou comigo?

AAAAAAAAAAAAAAH! Como isso me irrita!

-         Não, eu estou falando com a formiguinha que está passando por aqui. Não está vendo?

-         Ah – ele disse, e voltou a ler seu livro.

Peguei uma bolinha de gude, e mandei em sua cabeça.

-         É claro que eu estou falando com você, idiota!

Neji levantou. Abriu a janela, e disse-me:

Hoje, nos encontraremos ás 17:00. E todos os dias a seguir também. Até sexta. Entendeu?

Assenti, e Neji se foi, pela janela.

Corri para ela.

-         Idiota, temos porta! – berrei, mas ele já estava lá embaixo, e ia embora.

Ouvi alguém bater em minha porta.

Abri, e lá estavam meus pais.

-         Que gritaria é essa aí, TenTen? E porque está acordada tão cedo?

-         Eu...tive um pesadelo.

Minha mãe me encarou.

-         Pesadelo? Você?

-         É... – suspirei, tentando achar uma desculpa boa – sonhei que vocês tinham tirado meu videogame do meu quarto.

-         Ah! – os dois exclamaram, e desceram para tomar o café.

Fui para o banheiro; eu precisava de um banho quente depois dessa noite.

 

Os dias que se passaram não foram dos melhores. Kiba havia mudado totalmente, tinha tornado-se uma pessoa fria.Estava claro que Hinata estava sentindo-se culpada, pois toda hora ia tentar desculpar-se com o menino. Narutojá estava com ciúmes. Sasuke tinha começado a namorar com a tal da Yamanaka, e a rosada da Sakura toda hora tentava partir para cima da loira. E eu? Bom, eu estava sofrendo nas mãos do Hyuuga. Estudava mais de 3 horas por dia, fazia o dever de casa dele (para você quer, que folgado.), entre outras coisas. Nem tinha mais tempo para o caratê. Certo dia, disse-lhe:

-         Neji,eu não vivo só disso. Tenho minhas aulas de caratê, que afinal, eu tenho faltado a duas semanas.

Neji pensou, e deixou-me ir. Disse que caratê era útil caso algum dia eu fosse assaltada.

 

Fui andando tranqüilamente para o caratê, e quando cheguei lá, levei um baita de um sermão do professor.

-         Você faltou duas semanas, Mitsashi! – ele esbravejou – seu treino vai ser o dobro dos outros!

-         A culpa é da escola. Não me culpe.

-         Tudo bem, tudo bem. Vou colocar você para treinar com o Usui. (N/A: lembra que eu disse no início da fic que ia aparecer um personagem de minha invenção? Pois ai está o Usui. Espero que gostem dele.)

-         Espera, quem é...

Vi um menino parado a minha frente.Tinha os cabelos pretos até a altura do ombro, e olhos verdes. Era alto. Ele sorriu para mim.

-         Sou Yamamoto Usui, TenTen.

-         Hm... Acho que já sabe o meu nome.

Ele sorriu novamente.

-         Eu entrei para a aula de caratê semana passada. Mas como você não tinha vindo... só pude conhece-la agora.

-         Ah. – respondi.

-         Mas já treino caratê a um tempo – disse-me, sorrindo – meu pai é professor.

-         Ah. – respondi de novo,monotonamente.

Treinamos eu e ele - ele era forte, e estava sempre me derrubando. Merda. Odeio perder. Mas continuei tentando, até que finalmente, ele se viu no chão.

Bateu palmas para mim.

-         Você é daquelas que só funciona sob pressão? – perguntou-me.

Eu ri.

-         Acho que sim.

Voltamos para a casa, conversando. Ele me disse que estudava no colégio Matsuda – um colégio longe, onde só tinha gente “que podia”. Soltei uma exclamação.

-         Ah, então é daqueles que pode?

Ele sorriu.

-         Não seja indelicada, TenTen. Haja como uma dama.

Eu ri.

-         Damas não lutam caratê, nem jogam futebol. Desculpe-me desapontá-lo, Usui.

-         Estava só brincando – disse-me ele, e sorriu – o seu jeito machona é seu charme.

Charme... um, o que era isso mesmo?

-         Ah... o que é isso mesmo?

Usui caiu na gargalhada.

-         Não sabe o que é charme, TenTen?

Eu fazia um esforço para lembrar.

-         Ah... Não sei!

Usui suspirou.

-         Charme é encanto, TenTen. E o seu é esse.

Fiquei vermelha, é claro. Como eu já disse a um tempo atrás, as pessoas não tem costume de achar bonita ou... Charmosa, como ele diz. Para os meninos, eu era “o amigo”,não “ a amiga”, que tinha até possibilidade de ser bonita.

-         P-p-porque diz isso? –perguntei gaguejando. Merda. Era evidente que eu estava pra lá de nervosa.

-         Ah... –Usui suspirou – entramos no assunto, e eu decidi apenas falar a verdade.

O encarei.

-         Então alguma hora você mentiu para mim?

-         Não, é só que... Se a verdade é algo bom, porque ficar guardando-a  somente para si?

Tive de concordar com ele.

Chegamos em minha casa. Despedi-me de Usui, e entrei, com o objetivo de cair dura na cama e ter bons sonhos.

Não pensem que isso aconteceu.  É claro que não.  Pois um idiota estava lá.

-         Ah, qual é Neji! – exclamei ao vê-lo – primeiro: como entra aqui sem meus pais verem? E segundo: Você disse que eu poderia ir ao caratê hoje!

-         Primeiro: Seus pais me amam, me acham uma gracinha, falam que eu sempre posso te esperar – ele não tirava os olhos de seu livro – Segundo: Disse que poderia ir, mas não que ficaria livre depois.

-         Eca, você nunca que é uma gracinha.

Neji não disse nada, então eu desisti de insistir.

-         A propósito... – sentei-me ao seu lado, e peguei o livro que estava em sua mão – o que você tanto lê?

Escolhi um parágrafo qualquer.Nele, vinha escrito assim:

“Então Yuki percebeu como a menina era bela nua. Aproximou-se da garota, e abaixou suas calças, tornando seu membro assim visível. Pegou nos seios fartos da garota, e sentiu-se em casa. Respirou fundo. Lar doce lar”.

Não consegui prosseguir a leitura; meu estômago não permitiu isso.

-         Seu... PERVERTIDO! – eu gritei com toda força que pude, e, com também toda a força que pude, arremessei o livro pela janela. Licença Hyuuga, mas eu que tinha más influências? Olha só você!

Neji me encarou.

-         Menos seis pontos, Mitsashi.

Fiz as contas. Eu já estava com 17 pontos.

-         Bom...- começou Neji, deitando-se em minha cama. Folgado. – Eu ia dar uma folga para você hoje, mas como me... Desrespeitou, diga adeus a sua folga.

Suspirei. Ele sempre fazia isso.

-         Então... – fui para o chão de meu quarto – o que vamos fazer hoje?

-         Hoje... – começou Neji – vamos exercitar.

Ah?

-         Como? – perguntei.

-         Você é besta – disse-me ele – odeio explicar duas vezes.

-         Se você explicar mais claramente, talvez eu entenda.

Neji suspirou.

-         A questão, Mitsashi, é que...

Ouvi um celular tocar. Não era o meu,é claro. O meu tinha sido jogado pela janela. Neji foi até sua mochila, pegou o celular, e atendeu.

-         Alô?

Deu para ver que a outra pessoa gritava do outro lado da linha, desesperada. Neji adotou uma expressão de medo, que, por sinal, não queria que eu visse, pois se virou de costas pra mim.

-         Calma. Já estou indo.

Ele desligou o celular. Não se virou para mim.

-         Tenho de ir. Prometo que reponho sua aula.

-         Neji, o que houve?

Mas ele já havia pulado da janela.

Mas que merda! Olhei para o relógio. Eram seis horas da noite. Eu teria tempo de fazer o dever mais tarde.

Fui até minha janela. Olhei para baixo, e pulei, imaginando que estava numa piscina de bolinhas.

 

      Ao chegar ao chão, a única coisa que pensei foi em correr.

E muito, pois Neji não estava mais em meu campo de visão.

O primeiro lugar que veio em minha mente foi a casa de Hinata.

E assim fui, correndo. Chovia. No caminho, eu me perguntei porque fazia isso. Aquele menino não me importava. Suas preocupações não tinham nada a ver com as minhas. Mesmo se eu estivesse correndo por causa de Hinata... Ela não era minha amiga a ponto deu sair correndo em um dia de chuva para ver os seus problemas. O que estava realmente acontecendo comigo? Porque eu me importava?

Continuei correndo. Parecia que minhas pernas tinham vida própria.

Parei de correr quando ainda estava do outro lado da rua.

Havia uma ambulância na porta da casa da menina.

Neji estava lá, falando com os médicos. Vi uma maca saindo da casa, e nela, Hinata toda ensangüentada. Meu coração se apertou. O que era aquilo?

Também vi Kiba saindo da própria casa, e correndo na direção da menina. Naruto também estava lá, e ficou encarando Kiba quando esse chegou. Não agüentei. Eu tinha de fazer alguma coisa.

Saí correndo em direção a casa de Hinata. Pousei-me ao lado de Neji.

-         O que houve?

Neji tremia. Eu nunca tinha o visto assim.

-         TenTen, por favor. Isso não são horas.

Ele nunca havia me chamado assim. Era sempre “Mitsashi pra lá, Mitsashi pra cá”.

-         Neji, eu... – engoli seco – eu estou preocupada.

Neji virou-se para mim. Colocou a mão em meus ombros, e me levou até o outro lado da rua.

-         Por favor, TenT... Mitsashi, vamos... – ele lutava contra as palavras – somos aluno e professor, lembra? Você não se importa comigo, nem eu com você. Eu me importo com apenas o seu dever de casa, e você, com suas notas.

Eu estava indignada.

-         Como assim? Acha que eu me importo só com você aqui? Olha só pra Hinata! Neji, o que houve com ela? DIGA-ME!

Neji abaixou a cabeça; me soltou.

-         Vá cuidar da sua vida, Mitsashi. Cada um tem a sua. Não preciso que cuide da minha, e muito menos se preocupe com ela. Cuide de seus problemas... Não quero você na minha vida.

 

Aquilo doeu. Foi fundo. Não vou falar que foi como uma faca em meu coração, pois aposto que isso dói muito mais.

Mas doeu.

Olhei para Neji.

-         Pois bem. Torço pelo bem da Hinata...Apenas da Hinata.

Virei-me, e fui embora. Pensando qual lugar poderia aceitar uma menina muito... Puta.

 


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Notas finais do capítulo

HM, o que achaaaaaaaaram? Tadinha da TenTen, não? Mandem reviews!