O Universo a Nosso Favor escrita por Ledger


Capítulo 5
Cinco - O pedido de Kiba


Notas iniciais do capítulo

pooooovo,oi.
capítulo maiorzinho,não?
Espero que gostem dele!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/82200/chapter/5

Bocejei.

Que comece de novo a segunda.

Enquanto ia me arrumando, pensei no sábado da pelada – o qual pensei ter visto Neji na praça.

O menino era idêntico. Mas, quando viu que eu olhava para ele, adotou uma expressão de tanto pavor no rosto, que na hora eu soube que  não era Neji.

Neji só tinha uma expressão. Nunca mudava.

Dei adeus a minha mãe, e fui para a escola. Os alunos hoje estavam todos meio para baixo – era segunda feira – e eu fazia parte desses alunos.

Entrei em minha sala.  As aulas correram normal, chatas e mais chatas. Dava-me sono.

Até chegar a aula de Gai Sensei.

Quando entrou na sala, olhou para mim instantaneamente.

-         Vejo que alguém veio de uniforme hoje.

-         Pois é... – respondi, bocejando – e vejo que alguém me elogiou hoje.

Gai Sensei sorriu.

-         Já deu tanto efeito assim o “treinamento” com seu tutor?

-         Só “treinei” com ele uma vez, a de sábado, ELE desmarcou – queria mostrar para os professores que eu não era a única irresponsável.

-         Ele deve ter seus motivos – respondeu-me Gai.

-         Ué, e eu não posso ter os meus?

Gai Sensei me ignorou.

Enquanto o Sensei explicava a matéria nojenta que era ciências, eu ficava pensando quando teria aula de novo com o Hyuuga. Quer dizer, se ele esquecesse completamente disso e nunca mais me procurasse, eu estaria radiante. Agora, ele não me falara nada sobre termos uma outra aula. E isso... Era demais.

O sinal bateu; todos os meninos saíram esbaforidos, e todas as meninas montadas neles.

Decidi voltar com calma para casa. Não estava com muito dispor aquele dia.

Senti alguém cutucar o meu braço.

Olhei para trás; era Kiba.

Bufei.

-         O que foi, Inuzuka? Você me pegou em um dia ruim.

-         Ahn... – ele falava mais com ele próprio do que comigo – como posso pedir isso...

-         Fale logo.

-         Eu... Bom – ele suspirou, e tomou uma expressão decidida. Vamos andando, no caminho eu te explico.

Caminhei ao seu lado. Ele suspirou fundo de novo. Meu deus, o que esse garoto queria?

-         Então... Sabe o Naruto?

-         Aham. Dã.

-         Ele pediu... Ele pediu a Hinata em namoro.

Ah! Entendi finalmente o que deixava o coraçãozinho de Kiba tão confuso.

-         E você não pode deixar, porque gosta dela – conclui.

-         Eu não gosto dela! – protestou ele, fazendo biquinho – eu só...

-         Estou apaixonado por ela – completei.

-         ISSO! – disse ele, mas depois mudou de expressão – Quer dizer, não! Jamais senti isso!

-         Ah, vamos lá Kiba. Copere.

Ele bufou, vencido.

-         Tudo bem, a quem eu estou querendo enganar?

-         O que quer de mim?

-         Bom... – ele tossiu – ela pediu minha ajuda. Disse que não sabia se aceitava ou não, e ainda pediu para mim! Que porra, Hinata! Não percebeu o que está na sua frente?

Sorri. O amor é mesmo... Uma merda.

-         Bom, eu acho que você deve se declarar para ela o quanto antes menino. Antes que ela aceite o pedido. Não tenho nada contra o Naruto, mas... Você é melhor.

Kiba sorriu.

-         Sabia que podia contar com você, TenTen-Chan.

-         HÁ! Você quer MESMO minha ajuda, para me chamar de TenTen-Chan...

Fomos para a casa do Kiba. Deixe um recado na secretária eletrônica lá de casa, avisando que ia passar o resto da tarde na casa dos Inuzuka. Meus pais não ligariam, afinal, eram grandes amigos dos Inuzuka a um bom tempo.

Ao entrarmos na casa de Kiba, dei oi para seus pais; que assistiam televisão, e estavam tão atentos, que nem nos virão entrar. Corremos para seu quarto, e ao chegarmos lá, sorri maliciosamente para ele.

-         Precisamos de um plano – falamos juntos.

Passamos o resto da tarde bolando tudo – o que ele faria, o que ele vestiria, o que ele faria caso o plano desse errado, como iria se comportar, e aonde seria. Tudo perfeito para Hinata-Chan ficar caidinha pelo nosso Inuzuka.

 

Os preparativos estavam prontos. Kiba ia até a casa de Hinata, e eu ficaria na janela de sua casa, espiando.

 

Ele desceu, com um cd na mão, e um pouco desajeitado. Seu rosto mostrava nervosismo. Ele andava meio que cambaleando, até tocar a campainha da casa dos Hyuuga, onde adotou uma postura firme, decidida.

Hinata abriu a porta, e sorriu ao ver Kiba. Disse que podia entrar, e vi novamente os dois no quarto da menina, que dava de frente para o quarto de Kiba. Como a janela do quarto de Hinata estava aberta, se eu chegasse um pouco mais perto da janela , conseguiria ouvir o que diziam.

Assim fiz.

-         H-h-hina-chan – gaguejava ele – t-t-tenho uma coisa para você.

Ela abriu um sorriso.

-         Para mim, Kiba-kun?

Kiba assentiu. Colocou o cd no aparelho  dvd da garota, e ligou a tv. Os dois sentaram-se na cama de Hinata.

A seguir, mostrou-se uma seqüência de fotos e vídeos dos dois juntos. Hinata estava maravilhada. Seus olhos brilhavam com uma intensidade que não sei descrever. Teve um momento em que eram os dois correndo pela praia, ela em seu colo, e ele dizia “Você é mesmo muito tapada, Hina-Chan. Quem mandou bater em um Pastor alemão?”

Ela, apenas ria. Ambos eram pequenos, deviam ter, no mínimo, dez anos. Mais fotos e vídeos engraçados seguiram, até que o tão esperado vídeo chegou.

A câmera focalizou no rosto de Kiba. Dava para ver que ele tinha um certo nervosismo no rosto.

“Hinata... – começou o Kiba do vídeo – bom...Todo esse vídeo que fiz para você, tem um propósito. Você... – ele tossiu – você me perguntou se devia aceitar o pedido de namoro do Naruto, certo? Bom... a minha resposta é não. Porque quero que você escolha a mim, não a ele. Eu... gosto de você, Hina-Chan.”

O vídeo encerrou-se.

Hinata olhava para Kiba, perplexa, enquanto esse, mantinha a cabeça abaixada. Ela não conseguia dizer nada, assim como ele. Hinata colocou a mão em seu coração. Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, até que a menina disse:

-         Kiba-kun... Eu... Não esperava por isso.

Kiba não disse nada.

Vi que as lágrimas vieram ao rosto da menina – e Kiba, ao vê-la chorando, limpou-as.

-         Por favor, não chore. Eu...Me dói te ver chorando.

Foi aí mesmo que a menina despencou uma cachoeira delas. Kiba a abraçou. Eu não sabia se Hinata chorava por emoção ou não. Estava difícil de entender.

-         Kiba-kun...- começou ela – eu... já aceitei o pedido do Naruto e...

Kiba saiu do abraço da menina. Vi que o mesmo tinha uma expressão séria, uma expressão de desapontamento. Levantou-se. Tinha os punhos fechados, e tremia.

-         Eu... – tentou explicar Hinata, mas Kiba não deixou ela terminar.

-         Não gaste suas salivas, Hyuuga.

E assim, Kiba saiu da casa de Hinata.

Corri para a porta da casa dele, e o encontrei lá.

-         Kiba, calma, a culpa não é dela... – tentava acalmá-lo.

-         Me deixe, TenTen.

-         Ela só aceitou o pedido, e...

-         SAÍ DAQUI MITSASHI! AGORA!

Bufei. Kiba era assim. Seu jeito de demonstrar que estava triste era ficando com raiva.

Ele sentou-se no chão. Falava com ele mesmo, como se eu não estivesse ali.

-         Eu tive tanto trabalho... Tanto trabalho para falar tudo o que eu sinto por ela...

-         Kiba...

-         Saia agora, Mitsashi. Quero ficar sozinho.

Bufei. Não conseguiria falar com Kiba agora.

Voltei para casa. Já estava a noite. Como não era muito longe, não me importei. Fui chutando as pedrinhas do caminho, e quando cheguei em casa, cumprimentei meus pais e fui para meu quarto.

A luz estava apagada; ao entrar, acendia-as.

E o que vejo a minha frente?

Sim, O Hyuuga sentado em minha cama, brincando com meus cds. MEUS CDS! Minha raridade!

Tentei me controlar ao máximo.

-         O que... O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? – urrei – E O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM AS MINHAS PRECIOSIDADES?

AcDc, Deep Purple, Led Zepelin, Guns N’ Roses, todos quebrados e jogados no chão.

-Descobri quais eram as suas más influencias, e decidi acabar com elas. Porque não? Não fiz bem?

Tudo o que eu queria fazer agora era mata-lo; se pudesse, até corta-lo em pedacinhos.

-         Neji... Você está ferrado.

Ele tossiu.

-         Esqueceu que para você, é Sr. Hyuuga?

Eu não agüentava tudo aquilo; não agüentava mesmo.

-         Preciso do meu celular – disse, sentando-me no chão.

-         Para que?

-         ORAS! PARA QUE, HYUUGA?

-         Acho que isso não lhe será útil também – ele pegou meu celular de seu bolso, e jogou pela janela.

Repetindo: Jogou pela janela.

Não consegui me conter. Corri para cima de Neji, e já ia meter-lhe um soco, quando o mesmo segurou minha mão.

-         Quer perder mais pontos, Mitsashi?

Então eu cai.

Não sei explicar ao certo como, mas cai.

Cai em cima dele.

E não estava nem aí; agora, eu só sentia-me torturada.

Ambos estávamos no chão – eu, pela primeira vez, vi uma expressão de espanto na cara de Neji – e bufei.

-         Quer parar... de me torturar? – eu falava calmamente, e não conseguia olhar para seus olhos – eu não agüento mais isso. Meu amigo teve um dia difícil, e eu estou triste por ele. E, quando chegou em casa, me deparo com essa cena: Todos os meus cds quebrados, um idiota em minha cama, e meu celular sendo atirado pela janela. O que quer de mim?

Olhei-o nos olhos.

- O que quer de mim, Hyuuga?

Ele tinha uma expressão confusa.

Há, eu havia o pego.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

hm, gostaram?
O próximo vai aparecer uma pessoa nova,lalala
só digo isso, e nada mais !
UASHUAHSAUHS beijos, continuem lendo